CAPÍTULO 8

Ulisses pagou a conta e saíram em seus carros particulares, cada um indo em seu carro, ele ia frente e ela atrás. Paula não tinha certeza se devia ir até a casa de Ulisses, não era mulher de se envolver tão repentinamente com um homem que mal conhecia, ela sempre foi cautelosa em suas decisões. Mas naquele momento desesperador ela não tinha muita escolha, tinha que pensar em como ia fazer para salvar sua família de perder até a casa, caso seu pai não pagasse as dívidas, essa hora nem queria pensar em seu pai porque estava decepcionada com ele por deixar as coisas chegar a esse ponto, sem necessidade, sendo que tem uma família maravilhosa, bem sucedido e não tinha motivos de cair na tentação de jogar se tinha dinheiro, e isso Paula não se conformava, as irresponsabilidade do seu pai colocando um patrimônio construído com tanto trabalho por causa de um maldito vício. Agora ela terá que abrir mão de seu trabalho, que sempre foi seu maior sonho, e casar com alguém que mal conhecia para salvar a família da falência financeira. Mesmo que ela tenha gostado de Ulisses, mas mesmo assim não estava nos planos se envolver com ninguém, mesmo sabendo que o casamento era de mentira.

Quando se aproximaram da enorme mansão de Ulisses, Paula se encantou com o lugar, que era bem escondido do movimento da cidade grande e ficaria longe do lugar poluente das grandes cidades. Antes de chegar até a mansão, que dava uns cem metros, havia árvores enormes que cobria os dois lados da estrada que deixava uma escuridão tudo para não chamar atenção, e na medida que ia chegando havia um portão enorme com dez metros de altura que ficava no meio de dois paredões feito de pedras, com um controle remoto ele abriu o portão e assim foram passando, quando passaram os dois carros o portão baixou novamente. Então finalmente Paula estava conhecendo o lugar magnífico. A estrutura do lugar deixou ela encantada pelo belo jardim em volta da casa, que embora sendo uma mansão, mas que não era um prédio de três andares como muitas mansões.

Ele desceu do seu carro e foi ao encontro dela que também desceu do seu carro. Embora sendo noite, mas que deu para ver as belezas do lugar com muitas árvores.

Paula se deu conta que o homem era muito mais rico do que ela poderia imaginar. E como ela ia lidar com a nova realidade da qual não estava acostumada viver uma vida de rica? Algo que ela não era muito adepta a luxo e riqueza, nunca foi esse sonho de Paola. Ela procurava se manter com os pés no chão. Gentilmente Ulisses a convidou Paula para entrar enquanto ela ficava observando a decoração da enorme mansão.

— Que lugar lindo!

— Você gostou?

— Gostei muito, e que lugar enorme!

— As vezes me arrependo de ter construído algo tão grande!

— Porque está arrependido?

— Porque eu sonhava em ter uma família grande, mas como aconteceu aquela tragédia com a minha esposa então o sonho acabou!

— E você nunca mais quis casar com outra mulher? — Perguntou Paula curiosa.

— A princípio não, ainda estou traumatizado com tudo que aconteceu, uma lacuna profunda se abriu na minha alma, e eu não consigo confiar em mais ninguém, quando a gente se conheceu descobri que ela foi a melhor pessoa para compartilhar os meus projetos e sonhos e objetivos juntos. — Sem entender porque Paula sentiu uma dor no coração, surgiu um sentimento misterioso que ela ainda não havia provado, uma espécie de melancolia sem saber se queria ser solidária com sentimentos os de Ulisses? Ou era ciúmes pelo fato dele dizer que não haveria outra mulher igual a sua falecida esposa que compartilhasse as mesmas coisas e ter os mesmos gostos que ele tinha, por outro lado ela percebeu que ele era um homem romântico que tinha sentimentos, e isso era bom. Afinal de contas isso demonstrava que ele tinha caráter. Menos mal que ela não precisava alimentar esperança caso sentisse algo por ele, afinal ela estava aí para assinar um contrato. É óbvio que ela tinha que ver quais eram as condições do contrato, o que ela teria que fazer?

— Mas vamos mudar de assunto, quero lhe mostrar toda a casa, depois vamos conversar a respeito do contrato, não quero revelar minha intimidade. Afinal de contas você não está interessada em saber da minha vida, não é? — Paula balançou a cabeça fazendo sinal de positivo. Ulisses mostrou todos os repartimentos da casa, já e foi enfático afirmando que ela não ia mover um dedo para fazer qualquer trabalho.

— Estou curiosa o que eu tenho que fazer para agradar o senhor!

— Não é a mim que fará algo para me agradar, e sim a minha filha!

— Entendo. Eu já gosto dela desde a primeira vez que a vi quando a consultei.

— E ela gostou de você, e isso me despertou interesse em te contratar como babá, quanto o contrato de casamento foi a única alternativa para tentar te ajudar de alguma forma.

— Não sei como te agradecer pela ajuda!

— Cuidando bem da minha filha, mas antes disso vamos conversar sobre o contrato, primeiro.

— Então vamos! — Após Ulisses ter mostrado todos os repartimentos da mansão, foram até o escritório onde ele trabalhava de vez em quando. Pediu para que Paula sentasse que ele ia servir mais uma taça de vinho.

— Acho que não é uma ideia beber antes de acertar os detalhes do contrato?

— Acho que você tem razão. Ulisses pediu para Paula ler. Ela lia com toda atenção, a quantia em dinheiro que ela ia ganhar e as despesas seriam por conta de Ulisses assim como viagem, hospedagem em hotéis e horas de lazer com a filha Jéssica. Quanto a empresa estaria no nome dela assim que ele conseguisse comprar. O contrato era de três anos a multa de quem desistisse era bem maior do que foi tratado, o que deixou ela perplexa com um dos itens do contrato, sem envolvimento íntimo, dentro da mansão os dois eram livres, mas fora, ela tinha que se comportar como uma legítima esposa, e principalmente como mãe de Jéssica.

— Então aqui somos estranhos e fora daqui como esposo e esposa?

— Exatamente isso?

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