Ulisses pagou a conta e saíram em seus carros particulares, cada um indo em seu carro, ele ia frente e ela atrás. Paula não tinha certeza se devia ir até a casa de Ulisses, não era mulher de se envolver tão repentinamente com um homem que mal conhecia, ela sempre foi cautelosa em suas decisões. Mas naquele momento desesperador ela não tinha muita escolha, tinha que pensar em como ia fazer para salvar sua família de perder até a casa, caso seu pai não pagasse as dívidas, essa hora nem queria pensar em seu pai porque estava decepcionada com ele por deixar as coisas chegar a esse ponto, sem necessidade, sendo que tem uma família maravilhosa, bem sucedido e não tinha motivos de cair na tentação de jogar se tinha dinheiro, e isso Paula não se conformava, as irresponsabilidade do seu pai colocando um patrimônio construído com tanto trabalho por causa de um maldito vício. Agora ela terá que abrir mão de seu trabalho, que sempre foi seu maior sonho, e casar com alguém que mal conhecia para salvar a família da falência financeira. Mesmo que ela tenha gostado de Ulisses, mas mesmo assim não estava nos planos se envolver com ninguém, mesmo sabendo que o casamento era de mentira.
Quando se aproximaram da enorme mansão de Ulisses, Paula se encantou com o lugar, que era bem escondido do movimento da cidade grande e ficaria longe do lugar poluente das grandes cidades. Antes de chegar até a mansão, que dava uns cem metros, havia árvores enormes que cobria os dois lados da estrada que deixava uma escuridão tudo para não chamar atenção, e na medida que ia chegando havia um portão enorme com dez metros de altura que ficava no meio de dois paredões feito de pedras, com um controle remoto ele abriu o portão e assim foram passando, quando passaram os dois carros o portão baixou novamente. Então finalmente Paula estava conhecendo o lugar magnífico. A estrutura do lugar deixou ela encantada pelo belo jardim em volta da casa, que embora sendo uma mansão, mas que não era um prédio de três andares como muitas mansões. Ele desceu do seu carro e foi ao encontro dela que também desceu do seu carro. Embora sendo noite, mas que deu para ver as belezas do lugar com muitas árvores. Paula se deu conta que o homem era muito mais rico do que ela poderia imaginar. E como ela ia lidar com a nova realidade da qual não estava acostumada viver uma vida de rica? Algo que ela não era muito adepta a luxo e riqueza, nunca foi esse sonho de Paola. Ela procurava se manter com os pés no chão. Gentilmente Ulisses a convidou Paula para entrar enquanto ela ficava observando a decoração da enorme mansão. — Que lugar lindo! — Você gostou? — Gostei muito, e que lugar enorme! — As vezes me arrependo de ter construído algo tão grande! — Porque está arrependido? — Porque eu sonhava em ter uma família grande, mas como aconteceu aquela tragédia com a minha esposa então o sonho acabou! — E você nunca mais quis casar com outra mulher? — Perguntou Paula curiosa. — A princípio não, ainda estou traumatizado com tudo que aconteceu, uma lacuna profunda se abriu na minha alma, e eu não consigo confiar em mais ninguém, quando a gente se conheceu descobri que ela foi a melhor pessoa para compartilhar os meus projetos e sonhos e objetivos juntos. — Sem entender porque Paula sentiu uma dor no coração, surgiu um sentimento misterioso que ela ainda não havia provado, uma espécie de melancolia sem saber se queria ser solidária com sentimentos os de Ulisses? Ou era ciúmes pelo fato dele dizer que não haveria outra mulher igual a sua falecida esposa que compartilhasse as mesmas coisas e ter os mesmos gostos que ele tinha, por outro lado ela percebeu que ele era um homem romântico que tinha sentimentos, e isso era bom. Afinal de contas isso demonstrava que ele tinha caráter. Menos mal que ela não precisava alimentar esperança caso sentisse algo por ele, afinal ela estava aí para assinar um contrato. É óbvio que ela tinha que ver quais eram as condições do contrato, o que ela teria que fazer? — Mas vamos mudar de assunto, quero lhe mostrar toda a casa, depois vamos conversar a respeito do contrato, não quero revelar minha intimidade. Afinal de contas você não está interessada em saber da minha vida, não é? — Paula balançou a cabeça fazendo sinal de positivo. Ulisses mostrou todos os repartimentos da casa, já e foi enfático afirmando que ela não ia mover um dedo para fazer qualquer trabalho. — Estou curiosa o que eu tenho que fazer para agradar o senhor! — Não é a mim que fará algo para me agradar, e sim a minha filha! — Entendo. Eu já gosto dela desde a primeira vez que a vi quando a consultei. — E ela gostou de você, e isso me despertou interesse em te contratar como babá, quanto o contrato de casamento foi a única alternativa para tentar te ajudar de alguma forma. — Não sei como te agradecer pela ajuda! — Cuidando bem da minha filha, mas antes disso vamos conversar sobre o contrato, primeiro. — Então vamos! — Após Ulisses ter mostrado todos os repartimentos da mansão, foram até o escritório onde ele trabalhava de vez em quando. Pediu para que Paula sentasse que ele ia servir mais uma taça de vinho. — Acho que não é uma ideia beber antes de acertar os detalhes do contrato? — Acho que você tem razão. Ulisses pediu para Paula ler. Ela lia com toda atenção, a quantia em dinheiro que ela ia ganhar e as despesas seriam por conta de Ulisses assim como viagem, hospedagem em hotéis e horas de lazer com a filha Jéssica. Quanto a empresa estaria no nome dela assim que ele conseguisse comprar. O contrato era de três anos a multa de quem desistisse era bem maior do que foi tratado, o que deixou ela perplexa com um dos itens do contrato, sem envolvimento íntimo, dentro da mansão os dois eram livres, mas fora, ela tinha que se comportar como uma legítima esposa, e principalmente como mãe de Jéssica. — Então aqui somos estranhos e fora daqui como esposo e esposa? — Exatamente isso?Ulisses dissera que quando sua mãe chegasse ele teria que dizer a ela que eles se estavam se se casando por contrato. As pernas de Paula estremeceram, ela não estava acostumada a ter intimidade com pessoas que não conhecia, mas o contrato já está assinado, agora tinha que cumprir. — Por mim tudo bem, só tem um porém, e este porém, com certeza sua mãe não é boba, ela vai perceber que estamos mentindo para ela mesmo que o casamento seja de mentirinha, e ela vai saber que nosso casamento é uma farsa? — Ulisses ficou analisando o que Paula disse, então ele perguntou: — O que você está querendo dizer com isso? — Está escrito no contrato que nós não podemos ter contato íntimo, certo? O problema é que ela vai desconfiar então o que vamos fazer? — Boa pergunta, eu não tinha pensado nisso, seria uma decepção para ela, porque a minha mãe é muito conservadora e ia achar que eu sou gay! — E você é? — É claro que não, Deus me livre, nada contra, até p
O carro estava em alta velocidade sem ela ter condições de ter controle sobre o carro, que quanto mais ela tentava frear mais ele corria ultrapassando diversos veículos pela estrada federal. Quando ela se deu conta que alguma coisa estava errada e alguma coisa aconteceu com seu carro. Quando ela percebeu que atrás dela havia diversas viaturas da policia rodoviária tentando parar ela querendo multar por excesso de velocidade. O carro estava cada vez mais desgovernado correndo a quase 200 por hora e a policia não vendo saída chamou reforços e até mesmo um helicóptero e mesmo assim o carro seguia em alta velocidade, ela estava desesperada porque não conseguia frear seu carro. Então fechou seus olhos rezando para que ela conseguisse se salvar. Não queria deixar seu marido viúvo e sua filha única órfã de mãe. Ainda ela tentava se salvar, mas o carro foi descendo sem controle entrando numa mata verdejante e desceu bruscamente sendo jogado no rio afundando sem chances de sobre vivencia de
A semana foi difícil para Paula com a pressão psicológica que andava sofrendo ultimamente. Seu pai insistindo para se casar com um homem desconhecido, além dela não gostar dele, sabia que ele não era boa coisa, em alguma coisa ele estava envolvido. Ela tentou convencer seu pai que tal homem não era de confiança. Algo não lhe não cheirava bem, mas seu pai por desespero sendo chantageado não tinha outra saída, ou convencia Paula se casar com ele ou ele poderia ir preso por não pagar o que devia, que deixava Paula mais desesperada sem saber o que fazer. Como ela ia fazer para sair dessa enrascada em que seu pai meteu. — Pai, eu não amo esse homem, porque o senhor está querendo me obrigar a casar com um homem que eu não conheço? E mais, se ele está fazendo chantagem com o senhor é porque ele é mau caráter. Será que o senhor não pensa na minha felicidade? — O pai de Paula , que se chamava Lourenço, que tinha 55 anos de idade e vendo sua filha infeliz cortava seu coração, ele não pod
Passou-se uma semana e o clima ainda estava pesado na casa de seu Lourenço, que estava dormindo na sala. Sua esposa nem assunto queria com ele, aliás, os dois nem conversavam. Angélica estava pensando seriamente em pedir a separação e aceitar a proposta de morar com a filha Paula, que estava inconformada com a situação em que seu marido deixou. Precisava vender a casa. Porque a qualquer momento a polícia podia chegar e levar seu marido preso, por mais magoada que ela estivesse com ele, não queria o mal dele. Mal o bem ela amava seu Lourenço, que há muitos anos os dois estavam casados. Separação não era uma boa ideia. Paula que estava em seu apartamento sozinha, muito abalada com tudo o que estava acontecendo. Na clínica onde ela trabalhava as pessoas perceberam que ela não era mais a mesma pessoa e disposta como sempre foi, até mesmo Ulisses seu amigo especial pai de Jéssica sua paciente percebeu que ela estava triste, mas ela preferia não comentar o que aconteceu, era um assunto pes
Assim que Rodolfo virou as costas e foi embora, Paula ficou sentada pensativa pensando como ia conseguir arrumar o dinheiro? Ela percebeu que Rodolfo era um homem perigoso que não devia brincar com ele, mas não suportava a ideia de se casar com ele jamais ela faria isso, ela ia dar um jeito custe o que custasse, ia pedir um empréstimo no banco até porque o seu nome estava limpo pelo menos para salvar a empresa. Paula era uma mulher forte, tinha personalidade e decidida no que ela queria e uma fé inabalável, embora um pouco desanimada, mas acreditava no poder de Deus, e nos últimos acontecimentos ela nunca perdia a esperança de que iria encontrar uma saída, e encontrar uma luz no final do túnel, e finalmente sem ela imaginar a luz do final do túnel chegou de repente! Ela estava sentada ainda calada com seus pensamentos aéreos, quando ela deu de cara com Ulisses e a sua filha Jéssica, que estavam passando por aquele lugar e eles viram que ela estava sentada e se aproximaram dela e Jéss
Paula ficou aliviada e esperançosa de que nem tudo estava perdido, sentia que as coisas poderiam se reverter ao seu favor. Voltou para seu pequeno apartamento onde morava e ligou para sua mãe para saber como estavam as coisas em casa. — Filha, as coisas continuam do mesmo jeito, seu pai dormindo na sala e não falo mais com ele. — Paula ficou calada sem ter uma resposta para dar, e não se conformava que as coisas chegaram a esse ponto, eram uma família unida sem brigas, sem conflitos, só havia harmonia. Bastou aquele demônio aparecer que tudo mudou, quanto mais ela pensava nisso, mais ódio dele ela sentia. “Nem morta que vou me casar com esse desgraçado!”. Paula era uma mulher de forte personalidade e autocontrole que era difícil se estressar por qualquer coisa, mas aquele homem estava levando ela à loucura pelo alto grau de stress. E naquele momento o que ela mais precisava era ter controle de suas emoções. E acreditar que tudo ia dar certo! Ela acreditava que ia dar certo
Para Paula foi um choque ouvir a proposta de Ulisses, ela não esperava que ele fizesse essa proposta de casamento, justamente para ela que estava fugindo de um casamento com um homem desconhecido, é claro, que com Ulisses era bem diferente, ela o conhecia, e até tinha um carinho por ele, mas queria saber porque ele queria casar com ela. — Porque o senhor quer se casar comigo? — Perguntou Paula. — Eu sei que é estranho para você assimilar o que está acontecendo, mas é a única forma que eu tenho para te ajudar a pagar todas as dívidas que seu pai tem com aquele homem que te pediu em casamento! — Como assim me ajudar? — Eu sei que você não quer casar com aquele homem, por que ele está usando como chantagem, ele é rico e poderoso, se fosse outra mulher aceitaria só porque é rico, e eu não vejo em você essa mulher oportunista, vejo em você muita dignidade que nunca vi em outras mulheres. — Obrigada, até que enfim alguém que me entende. Não que eu seja contra o ca
A conversa estava bastante agradável, nenhum dos dois fazia ideia até onde ia aquela intimidade, tanto Paula como Ulisses nunca imaginavam que um dia o destino fosse caprichoso de unir duas pessoas solitária, sim solitária porque ambos fugiam de relacionamento sério ou ter qualquer compromisso, Ulisses por estar traumatizado com a tragédia de sua esposa ter sofrido um acidente e não ter resistido, três anos de luto e não conseguia suprir a dor da perda, mesmo sendo um homem rico e poderoso, mas que nada preenchia aquele vazio, o que amenizava a sua dor era a presença de sua filha, mas como ele não podia ficar o tempo todo com ela contratava babás, mas que ultimamente estava tendo muitas decepções com elas e sua filha queixava se por maus tratos, a noite que ele saiu para encontrar Paula deixou sua filha com a mãe, que também não tinha muito tempo para dar atenção para a neta, e por essas razões que ela pedia para seu filho casar e dar uma vida mais civilizada, cedo ou tarde Jéssica