CAPÍTULO 7

A conversa estava bastante agradável, nenhum dos dois fazia ideia até onde ia aquela intimidade, tanto Paula como Ulisses nunca imaginavam que um dia o destino fosse caprichoso de unir duas pessoas solitária, sim solitária porque ambos fugiam de relacionamento sério ou ter qualquer compromisso, Ulisses por estar traumatizado com a tragédia de sua esposa ter sofrido um acidente e não ter resistido, três anos de luto e não conseguia suprir a dor da perda, mesmo sendo um homem rico e poderoso, mas que nada preenchia aquele vazio, o que amenizava a sua dor era a presença de sua filha, mas como ele não podia ficar o

tempo todo com ela contratava babás, mas que ultimamente estava tendo muitas decepções com elas e sua filha queixava se por maus tratos, a noite que ele saiu para encontrar Paula deixou sua filha com a mãe, que também não tinha muito tempo para dar atenção para a neta, e por essas razões que ela pedia para seu filho casar e dar uma vida mais civilizada, cedo ou tarde Jéssica ia precisar de uma madrasta que respondesse as perguntas que a maioria das adolescentes precisa ouvir. Ulisses era um homem rico e poderoso dono de uma rede de shoppings espalhados em todos os cantos do país, então para ele pagar as dívidas de Paula era troco que não faria falta alguma em sua conta bancária. Paula se encaixava perfeitamente no perfil de mulher que ele precisava e daria todo o suporte que ela precisava para se sentir bem. A única coisa que não estava em seus planos era se apaixonar, até porque além do seu trauma por ter perdido sua esposa num grave acidente de carro ele se conhecia bem, sabia que sofria quando se apaixonava por ser um homem intenso, mas será que ele não estava jogando com a sorte? Diante de Paula uma linda mulher cheia de charme e simpatia que conseguiu conquistar o coração sofrido de sua filha Jéssica? Além de linda e charmosa, gostava de criança e tinha paciência para lidar com as adversidades, ele se encantou pelo fato dela fazer de tudo para salvar a família de um colapso financeiro. E mais ela estava dispensando um casamento com um homem milionário que estava disposto a tudo por ela, e Ulisses conhecia bem as mulheres e sabia que igual Paula era igual uma agulha no palheiro. Enquanto os dois ficavam jantando e bebendo um vinho suave, porque ambos não estavam a fim de beber muito para não se comprometer, nem Ulisses, e muito menos Paula queria mostrar o que sentia, em seu particular ela achava que Ulisses era um homem elegante lindo e poderoso, não era possível um homem daquele estar tão carente sozinho e inseguro que não tinha alguma mulher atrás dele, talvez muitas para ele querer contratar Paula para um casamento de mentirinha e estivesse numa situação desesperadora com medo de se apaixonar? Ela não estava acreditando que ela seria a mulher capaz de preencher um vazio e fazer sua filha feliz? Tinha mais alguma coisa que ela não sabia o que era?

— Eu ainda tenho uma desconfiança a seu respeito à Ulisses!

— Por que você está desconfiada de mim? — Perguntou Ulisses, olhando diretamente nos olhos dela, deixando ela hipnotizada.

— Porque um homem bonito e rico que pode ter a mulher que quiser está viúvo?

— Eu não consigo confiar em ninguém, e para dizer a verdade até agora você é a única mulher que me passa confiança, não sei como descrever isso, mas em você sinto que minha filha vai estar em boas mãos.

— Obrigada pela confiança, mas seu instinto está certo, eu sou muito careta também!

— Como assim? O que quer dizer em ser careta?

— Eu também tenho dificuldade em confiar nas pessoas, sou tipo bicho do mato, talvez por isso que sou solteira porque não sou o tipo de mulher que fica pulando de galho em galho, como se diz na gíria popular. — Ulisses deu um sorriso, em pensamento pensava. “Mulher perfeita para ser minha esposa de mentirinha e uma babá perfeita para a minha filha”.

— A propósito, trabalha amanhã?

— Não, amanhã estou de folga, só volto segunda-feira se Deus quiser.

— Então porque não vai lá em casa hoje conhecer a minha casa? — Paula sentiu seu coração bater forte sem entender porque aquele convite estava deixando ela intimidada. No dia seguinte ela não ia trabalhar, de qualquer forma ela tinha que conhecer a casa onde ela ia morar, saber se valeria a pena aceitar o pedido de casamento mesmo sendo de mentirinha. Ela estava de carro e certamente ele também. E como ela ia fazer?

— Não teria nenhum problema, só que estou com meu carro e com certeza você também deve estar de carro.

— Não tem problema, eu vou a frente e você me acompanha, se aceitar meu convite posso pedir a conta, o que acha?

— Por mim, tudo bem.

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