Os pais de Paula ainda estavam sem se falar desde que ele revelou tudo sobre o que aconteceu. Ele continuava dormindo em quarto separado, o único bem que ainda estava seguro era a casa que ele havia feito um documento passando para o nome de Angélica e sua filha Paula, elas ainda não tinham conhecimento disso e por esse motivo ele não queria revelar esse segredo temendo que quando sua esposa soubesse expulsaria ele de casa, e sem ter onde ir ele poderia virar mendigo, já que suas finanças estavam todas comprometida. Então para isso não acontecer ele guardava esse segredo. Estava ciente que a qualquer momento ia ser preso caso sua filha não aceitasse se casar com Rodolfo que todos os dias ligava fazendo ameaça pressionando o senhor Lourenço para que convencesse sua filha Paula aceitar o pedido de casamento, caso ela não aceitasse as consequências seriam das piores possíveis deixando Lourenço cada dia mais apavorado, e temendo que o pior pudesse acontecer com a sua família. E para piorar
Quando Paula desligou o telefone ficou pensativa e torcendo que o plano de Ulisses tenha dado certo. Quando chegou à mesa percebeu que Ulisses estava no telefone falando com alguém. A governanta que se chamava Maria disse: — Bom dia senhorita, como é mesmo seu nome? — Eu me chamo Paula , e a senhora? — Eu me chamo Maria, governanta da casa! — Nem parece casa, e sim um verdadeiro palácio! — É verdade, mas sente se e fique a vontade enquanto eu sirvo seu café. — Nada disso, não se dê o trabalho, eu mesma vou me servir. — Maria achou simpática da parte de Paula querer se servir, bem diferente de outras folgadas que ela conheceu. Quando chegou Ulisses de volta para terminar seu café e ficou admirado vendo que Paula estava se servindo com elegância. E olhando discretamente para Maria que fez sinal de que ela queria se servir sozinha. Ulisses deixou Paula se servir primeiro para depois cumprimentar. — Bom dia? — Bom dia! —
— Estou pensando seriamente em pedir demissão do meu trabalho. — Disse ela para Ulisses.— E porque você quer sair do trabalho, já que você gosta do que faz?— Por isso mesmo, para ser médica tenho que estar cem por cento concentrada no trabalho, se for assim, não serei capaz de fazer um bom trabalho, nem lá e nem aqui! Sua filha é prioridade, afinal assinei um contrato e eu tenho que cumprir com dignidade. — Ulisses ficou pensativo e admirado com a posição firme de Paola.— Eu lamento muito você ter que abrir mão do seu trabalho para se dedicar a minha filha!— Não lamenta, é a vida que impõe desafios para nós enfrentarmos, principalmente eu.— E a sua empresa, quem vai administrar?— Boa pergunta!— Paula ficou indecisa, não queria mais que seu pai seguisse à frente das empresas, temendo que ele caísse em tentação novamente e perdesse tudo de novo.— Você ficou calada porque? — Perguntou Ulisses.— É tanta coisa para mim pensar, eu não quero que meu pai siga à frente da empresa, el
Paula fez uma ligação para Rodolfo se encontrar num restaurante no shopping que pertencia a Ulisses. Deixando ele eufórico acreditando que ela estava desesperada após ele ter vendido a empresa para Ulisses sem ele saber que já estava no nome dela. A única coisa que deixou ele cismado foi o fato dela ter pedido para que ele levasse todas as promissórias. “A troco do que ela quer às promissória?”. Pensava ele em silêncio. Devido a sua arrogância em pessoa acreditava que Paula não tinha condições de pagar todas as aquelas dívidas, mesmo assim não queria arriscar, e para refrescar bem a memória de Paula ele fez questão de levar todas as promissórias e foi acompanhado por seu advogado para que ele explicasse a ela caso não pagasse as dívidas o juiz tinha autorizado dar voz de prisão ao senhor Lourenço pai de Paula. A única saída de Paula era aceitar o pedido de casamento e pedido aceito ela seria obrigada assinar um documento em cartório se comprometendo a casar se com ele. “Quero ver ela
Desesperado, Rodolfo jogou a última cartada. — Essa mulher não pode se casar com você? — Disse Rodolfo para Ulisses. — E porque não? — Porque eu vi primeiro! — É, mas ela deixou bem claro que não quer você, invés de tentar conquistar, jogou sujo, jogando o pai dela na lama. Acha que é desse jeito que vai conquistar? — Não me interessa seus argumentos, ela é minha e vai se casar comigo custe o que custar! — É mesmo? Pelo que sei ela pagou todas as dívidas. Há mais uma coisa, a empresa que era do pai dela fui eu que comprei e passei para o nome dela. — Eu tenho um trunfo que vai obrigar ela a se casar comigo! — Ulisses quando ia perguntar qual era o trunfo que Rodolfo tinha em mãos para usar obrigando Paula a se casar com ele recebeu um misterioso telefonema. — Alô! — Do outro lado da linha alguém lhe deu o recado. — Senhor Ulisses. — Sim, pode falar? — A operação foi um sucesso! — Que ótimo, o senhor Lourenço e a senhora Angélica estão seguros? — Estão? — Passe o telefone
Com os pais seguros finalmente Paula agora podia seguir sua vida se dedicando ao que Ulisses queria que ela o fizesse, mesmo não sabendo o que estava por vir, o futuro era incerto, pagou as dívidas agora era pagar as dívidas com Ulisses. Depois de tudo o que ele fez por ela, restava se esforçar e fazer da filha dele feliz como ela merecia. Chegando à mansão, Lourenço e Angélica não estavam entendendo nada o que estava acontecendo. Saíram de um sequestro e agora estavam numa mansão enorme que nunca viram na vida. — Filha, o que está acontecendo aqui? — Perguntou Angélica espantada. — É simples, Ulisses me ajudou a pagar todas as dívidas, ele é meu futuro marido! — Como assim? Seu futuro marido? — Perguntou Lourenço curioso. — Ué, o senhor duvidou de mim que eu tinha namorado? — É verdade filha, você tem razão. A empresa está no nome de quem? — Agora ela está no meu nome e meu marido vai administrar por enquanto, me perdoe papai, mas o senhor não é mais digno de administrar a empr
Finalmente Teresa, mãe de Ulisses, trouxe a filha Jéssica que entrou correndo dentro da mansão com saudades do pai. Ulisses que também estava com saudades recebeu de braços abertos deixando Paula encantada com a atitude dele em relação à filha. Poucos homens que ela ouviu falar que eram assim tão carinhosos e amáveis com suas filhas. Ou talvez tenha ouvido, mas não lembrava, porque tudo estava confuso na mente dela. — Papai! — Oi, minha filha, que saudades, achei que não ia voltar mais! — Eu também estava com saudades de você, papai. — Jéssica quando viu que Paula estava perto observando foi correndo para os braços de Paula deixando ela comovida com gesto de Jéssica que abraçou espontaneamente causando certa emoção em Ulisses que sabia que fez a coisa certa, e quem ficou admirada com a cena foi Teresa que de imediato se simpatizou com Paula percebendo que finalmente Ulisses encontrou a pessoa certa para fazer ele esquecer a dor de ter perdido a primeira esposa. Embora ela sabendo qu
Enquanto Ulisses tentava explicar para sua mãe o que de fato estava acontecendo com ele pelo fato de ter pago as dívidas de Paula e ele se casando por contrato. Paula estava no quarto de Jéssica começando a sua missão de se dedicar a ela, era um novo desafio, tudo novo na vida de Paula, até pouco tempo estava trabalhando numa clínica particular como uma médica pediatra, que tratava de problemas físicos, agora seu trabalho era cuidar de alma, como lidar com essa nova realidade? Não tinha experiência em ser uma babá diariamente para receber ordens de patrão, a responsabilidade de ficar quase 24 horas se dedicando a Jéssica, assim como alimentar ela para levar na escolinha cedo, ou ser uma verdadeira mãe? Todos esses cuidados passaram pela responsabilidade de Paula, que sabia lidar com crianças pelo fato de ser uma médica pediatra, embora tivesse uma experiência bem diferente do que estava trabalhando numa clínica. Paula não tinha medo de desafios e como Jéssica adorava, ela seria muito m