CAPÍTULO 6

Para Paula foi um choque ouvir a proposta de Ulisses, ela não esperava que ele fizesse essa proposta de casamento, justamente para ela que estava fugindo de um casamento com um homem desconhecido, é claro, que com Ulisses era bem diferente, ela o conhecia, e até tinha um carinho por ele, mas queria saber porque ele queria casar com ela.

— Porque o senhor quer se casar comigo? — Perguntou Paula.

— Eu sei que é estranho para você assimilar o que está acontecendo, mas é a única forma que eu tenho para te ajudar a pagar todas as dívidas que seu pai tem com aquele homem que te pediu em casamento!

— Como assim me ajudar?

— Eu sei que você não quer casar com aquele homem, por que ele está usando como chantagem, não sei se ele é rico e poderoso, se fosse outra mulher aceitaria só porque é rico, e eu não vejo em você essa mulher oportunista, vejo em você muita dignidade que nunca vi em outras mulheres.

— Obrigada, até que enfim alguém que me entenda. Não que eu seja contra o casamento, é claro que um dia eu terei que me casar, ninguém fica sozinho para sempre, mas não dessa forma, preciso conhecer alguém e me apaixonar e casar. Se amando uma pessoa já é arriscado casar, imagina com alguém que não se ama?

— Pois então, se você não aceitar a minha proposta, lamento muito, mas vai ter que aceitar o pedido de casamento do outro que você não conhece e não sabe como vai ser a sua vida fazendo algo que você não quer, será forçada a fazer sexo sem vontade fazer tudo o que ele quer, mesmo que você possa gostar dele na convivência, mas eu acho quase impossível. Comigo será um casamento por contrato de três anos, depois disso você estará livre!

— Como assim casamento por contrato?

— Me responda uma pergunta, você tem o hábito de gostar de homens ricos?

— Não, até porque sou independente e nunca quis depender de homem algum na minha vida. Mas por que a pergunta?

— Porque é de uma das qualidades que eu admiro em você, porque é uma pessoa especial para minha filha, e é por ela que estou fazendo isso, mas vamos direto ao assunto, o que eu quero é o seguinte, a única forma que eu tenho para te ajudar a pagar as dívida do seu pai, o meu plano é o seguinte, três anos de contrato de casamento, aí eu pago todas dividas e comprar a empresa e coloco no seu nome!

— Como assim você compra a empresa que é do meu pai e coloca no meu nome?

— A empresa não é mais do seu pai, ela está no nome de um tal de Rodolfo que eu não conheço!

— Sim, é o cara que quer me comprar, essa é a verdade.

— Pois então, quando ele descobrir que você não quer se casar com ele, com certeza ele vai vender a empresa, aí eu entro na jogada, mas ele não pode saber que sou eu que está comprando, meu advogado vai se apresentar como o comprador.

— Tudo bem, é uma ótima ideia, mas porque quer arriscar se casar comigo?

— Na verdade, é mais por causa da minha filha e da minha mãe que fica me pressionando para que eu me case!

— E porque ela quer que você se case?

— Porque depois que fiquei viúvo nunca quis me casar, foi um trauma que eu tive, as lembranças me atormentam, então jurei nunca mais me casar, e também tenho a minha filha que sente muita ausência da mãe, me desculpa eu estar falando da minha vida!

— Não tem porque me pedir desculpas, penso que você precisa desabafar. Eu sei que não é fácil passar pelo que passou.

— Tudo bem, acho que preciso mesmo, mas antes eu vou pedir o jantar, o que acha?

— Boa ideia porque estou louca de fome. — Os dois estavam em total sintonia como se conhecessem a muito tempo. Quando o garçom trouxe o cardápio para eles fazerem o pedido. Feito o pedido voltaram a conversar.

— Então o casamento vai ser de mentirinha, ou seja, para manter as aparências?

— Isso, mas você vai ter a liberdade de fazer o que bem entender da sua vida, não vai faltar nada, vou te liberar um cartão de crédito para comprar o que você quiser!

— O que eu tenho que fazer?

— Na verdade, eu estava pensando em te contratar para ser babá da minha filha. É claro que a oferta ia ser quatro vezes mais do que você ganha como médica pediatra, mesmo assim fazendo os cálculos nem trabalhando dez anos ia conseguir pagar as dívidas do seu pai. — Paula entrou em Pânico quando soube que a intenção de Ulisses era contratar como babá de sua filha com a intenção de ajudar ela, e agora estava se oferecendo a se casar com ela.

— Isso quer dizer que eu vou ser uma espécie de mamãe e esposa de mentirinha?

— Acho que é por aí mesmo? Você só cuida da minha filha, porque ela não fala em outra coisa, porque eu não me caso com você!

— Eu também amei a sua filha, adoro criança, mas a sua filha é especial não sei porque, o problema é que ela pode se apegar em mim e eu nela como vai ser quando vencer o contrato?

— Se você gostar, podemos renovar o contrato por mais três anos, até lá minha filha vai estar quase adulta.

— E se eu me apaixonar por você? — Disse Paula olhando diretamente nos olhos de Ulisses que ficou um pouco perturbado.

— Porque você acha que pode se apaixonar por mim?

— Um homem lindo bem sucedido legal, qualquer mulher pode se apaixonar?

— Bom, não sei o que dizer, porque eu acho que você pensa igual a mim de não se envolver emocionalmente com ninguém pelo fato de não ter aceitado se casar com tal Rodolfo. Eu como não queria me casar por causa do trauma, pelo que aconteceu com a minha falecida esposa. Então para te ajudar, e ajudar a minha filha não ficar sozinha, pensei em você, mas tudo pode acontecer.

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