CAPÍTULO 5

Paula ficou aliviada e esperançosa de que nem tudo estava perdido, sentia que as coisas poderiam se reverter ao seu favor.

Voltou para seu pequeno apartamento onde morava e ligou para sua mãe para saber como estavam as coisas em casa.

— Filha, as coisas continuam do mesmo jeito, seu pai dormindo na sala e não falo mais com ele. — Paula ficou calada sem ter uma resposta para dar, e não se conformava que as coisas chegaram a esse ponto, eram uma família unida sem brigas, sem conflitos, só havia harmonia. Bastou aquele demônio aparecer que tudo mudou, quanto mais ela pensava nisso, mais ódio dele ela sentia. “Nem morta que vou me casar com esse desgraçado!”. Paula era uma mulher de forte personalidade e autocontrole que era difícil se estressar por qualquer coisa, mas aquele homem estava levando ela à loucura pelo alto grau de stress. E naquele momento o que ela mais precisava era ter controle de suas emoções. E acreditar que tudo ia dar certo! Ela acreditava que ia dar certo, era uma mulher de fé, que acreditava que ia aparecer alguém para ajudar, ela percebeu que Ulisses era uma pessoa de confiança, embora ela não a conheça pessoalmente, mas viu algo positivo nele, só não sabia de que jeito ele poderia ajudá-lo?

Quanto o que estava acontecendo com seus pais, ela não queria mais se envolver, lamentava muito pelo seu pai estar passando por aquilo tudo, mas ele precisava de uma lição para aprender a nunca mais jogar e apostar em jogos clandestino e não confiar em pessoas estranhas como aconteceu com aquele maldito homem, pensava ela.

DEZ DIAS DEPOIS….

Ulisses ligou para o telefone de Paula convidando para ela sair para um jantar que ele tinha algo de muito importante para falar com ela. Isso deixou ela eufórica, misteriosamente o coração dela começou a bater forte em seu peito sem entender se era a emoção de saber que podia resolver o problema do seu pai, ou se realmente era algo que estava acontecendo e ela não sabia?

Aconteça o que acontecer, ela foi tomar seu banho e escolheu a sua melhor roupa que ela quase nem usava, só em ocasiões especiais. Sem entender porque aquele encontro era especial? Porque caso Ulisses resolvesse o problema sem precisar casar com um homem que ela mais odiava na face da terra. Após ter tomado seu banho ela colocou um vestido de seda da cor preta brilhante e ficou enfrente o espelho colocando um batom vermelho nos lábios, se sua mãe estivesse perto certamente ia fazer um comentário, essa hora ela sentiu falta de sua mãe, e só de lembrar do que sua mãe seria capaz de falar sobre a beleza da filha ela deu um sorriso tímido. Nem ela entendia porque de tanta produção se o assunto do jantar era de negócio e nada mais?

Após estar pronta entrou no elevador do quinto andar do prédio em que ela morava, havia dois casais que também estavam no elevador, ela cumprimentou com simpatia, as mulheres olharam com indiferença talvez porque os maridos perceberam o quanto ela estava linda. Paula não tinha intenção de provocar ninguém, apenas a sua beleza chamou atenção não só dos que estavam no elevador e sim até mesmo das pessoas da rua quando viram ela entrar dentro do seu carro.

Paula foi até o lugar que havia sido marcado por Ulisses, só não sabia se ele estava sozinho ou ele trouxe a sua filha Mônica?

Quando ela chegou percebeu que ele estava à sua espera, todo elegante bem diferente de outras vezes que ela a viu, ele estava vestido com um terno escuro, camisa rosa e calça preta e sapato listrado. Um homem elegante como ela nunca viu na vida, controlou seu entusiasmo, afinal ela estava aí para resolver seus problemas que eram muito e não foi para namorar. Ela chegou nervosa cheia de expectativa de saber o que ele tinha de tão importante para falar com ela. Ele gentilmente a cumprimentou.

— Que bom que você veio!

— Não tinha como não vir, estou ansiosa para saber se vou conseguir reverter o quadro desfavorável que meu pai se encontra? — Ulisses ficou preocupado com a expectativa de Paula.

— Mas, sente-se por favor! —Ele puxou a cadeira para ela sentar.

— Não quero esperar muito para deixar a par da situação.

— Então, por favor, fale de uma vez por que eu estou ansiosa.

— Bom, as notícias não são boas, meu advogado me informou que não tem como reverter a situação, seu pai assinou um documento diante de um juiz que dá o direito para o homem fazer o que bem entender da empresa do seu pai. Ele pode vender para quem ele quiser, quanto às dívidas, se seu pai não pagar vai preso!

— Meu Deus, isso não. — Paula ficou desolada quase não conseguindo falar deixando lágrimas descer dos seus olhos.

— Então a única saída é aceitar casar com aquele canalha!

— É tão ruim se casar com ele? — Perguntou Ulisses curioso.

Quase chorando ela disse:

— Você se casaria com uma mulher desconhecida por obrigação?

— Não!

— Então porque acha que vai ser bom casar com um homem desprezível, será que você não entende que a minha vida vai ser um inferno casando com um homem que não conheço e não a amo?

— Me perdoa, acho que fui estúpido em pensar assim! — Ele puxou do seu bolso um lenço dando a ela para enxugar as lágrimas. O lenço estava tão perfumado que fez ela esquecer um pouco o drama.

— Obrigada! — Disse ela.

— Mas, eu acho que posso te ajudar se você aceitar minha a proposta, assim seus problemas podem ser resolvidos, o seu e os meu!

— Proposta! Que proposta?

— Quer casar comigo?

— O que?

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