CAPÍTULO 3

Passou-se uma semana e o clima ainda estava pesado na casa de seu Lourenço, que estava dormindo na sala. Sua esposa nem assunto queria com ele, aliás, os dois nem conversavam. Angélica estava pensando seriamente em pedir a separação e aceitar a proposta de morar com a filha Paula, que estava inconformada com a situação em que seu marido deixou. Precisava vender a casa. Porque a qualquer momento a polícia podia chegar e levar seu marido preso, por mais magoada que ela estivesse com ele, não queria o mal dele. Mal o bem ela amava seu Lourenço, que há muitos anos os dois estavam casados. Separação não era uma boa ideia. Paula que estava em seu apartamento sozinha, muito abalada com tudo o que estava acontecendo. Na clínica onde ela trabalhava as pessoas perceberam que ela não era mais a mesma pessoa e disposta como sempre foi, até mesmo Ulisses seu amigo especial pai de Jéssica sua paciente percebeu que ela estava triste, mas ela preferia não comentar o que aconteceu, era um assunto pessoal que ela tinha que resolver, pensando em seus problemas como ela ia resolver, não podia deixar seu pai perder tudo por causa de uma m*****a chantagem.

Passaram mais alguns dias, era uma sexta-feira à tarde, seu último dia de expediente na clínica, até porque ela folgava sábado e domingo. Ela resolveu sair um pouco, e perto da clínica havia um bar restaurante e ela foi comer um lanche e beber uma cerveja que ela gostava fazer isso com suas colegas, mas aqueles dias não estava disposta a dividir seus problemas com ninguém, indecisa não sabia se aceitava o pedido de casamento de Rodolfo, ele deixou bem claro, se ela casasse com ele pagaria todas as dívidas e a vida voltava ao normal, mas o seu pressentimento de que se ela se casasse com ele a sua vida ia ser um inferno.

Ela não confiava naquele homem, talvez ela seja refém de uma chantagem que poderia durar a vida toda transando com homem assim de ganhar a força na santa paz era sinal que não ia dar certo e não era boa coisa.

Único jeito que ela fez para resolver esse problema, chamou ele para se encontrar naquele bar restaurante onde ela costumava ir na sexta-feira. Paula queria saber qual era as intenções de Rodolfo, e quanto seu pai devia. Ela estava nervosa, só de pensar naquele mau caráter deixou seu estômago embrulhado, queria pedir um tempo para ela pensar, ela ia dar um jeito, alguma coisa tinha que acontecer para ela não chegar ao ponto de se casar com um homem que ela não amava, e na verdade, ela odiava. Ele chegou com aquele sorriso irônico e de deboche e arrogante, tendo a certeza que ela ia aceitar o pedido de casamento. Rodolfo não aceitava um não como resposta, era um homem perigoso e obsessivo. Quando ele queria alguma coisa não desistia fácil, crendo que tinha ela nas mãos ela ia aceitar o pedido de casamento imediatamente, quando ele chegou a cumprimentou e quis beijá-la, mas ela não a deixou e disse:

— Por favor, sente-se. — Falou ela friamente. As pernas de Rodolfo estremeceu, e percebeu que ela não era daquelas mulheres ingênuas que ele estava acostumado a seduzir.

— Então você resolveu aceitar o meu pedido de casamento? — Perguntou Rodolfo, convencido de que ela ia aceitar o pedido de casamento.

— Em primeiro lugar, eu quero deixar bem claro, que eu só estou aceitando seu pedido de casamento para salvar a minha família da falência, mas antes eu quero saber quanto meu pai deve, e depois a gente vê. — Rodolfo tirou as notas promissórias que o seu pai devia e mostrou para ela que ficou apavorada e pasma com uma chantagem barata que ele estava fazendo com seu pai, ela sabia que isso era um crime, mas ela precisava ganhar tempo e saber aonde ela estava pisando, e com quem ela estava se metendo. Paula pensava em enrolar ele até onde fosse possível, casamento só em último caso.

— Então quer dizer que se eu não aceitar se casar contigo você vai dar um jeito de fazer com que meu pai vá preso, é isso?

— É isso mesmo, você não tem escolha, vai ter que se casar comigo!

— Ok, eu preciso pensar, e se eu conseguir dinheiro e te pagar, eu não preciso me casar com você, certo? — Ele acreditou que toda aquela dívida Paula jamais teria condições de pagar, sabendo que seu pai estava afundado em dívida até o pescoço e que não teria condições de arrumar todos esse dinheiro, ele tinha certeza que ela não ia conseguir pagar ia acabar aceitando a proposta. Ele disse:

— Proposta aceita, e para não dizer que eu sou mal eu vou deixar as cópias das promissória que seu pai assinou, as originais estão comigo.

— Então, o que você pretende fazer com a empresa do meu pai caso você tome ela?

— Ela não me interessa, vou arrumar um comprador que compra ela, e o que mais você quer saber?

— Você já pode se retirar, não temos mais nada para conversar, já sei o que eu queria saber.

— Somos noivos, e vamos comemorar o nosso encontro?

— Nada disso, estamos aqui para resolver o problema do meu pai que você induziu ao erro, eu vou dar um jeito de pagar todas as contas e não quero te ver nunca mais.

— Rodolfo ficou espantado com a personalidade forte de Paula, satisfeito acreditando que ela seria sua futura esposa. Ele saiu pedindo-lhe educadamente, mas por dentro estava se remoendo de raiva, pensava numa forma de se vingar dela quando se casasse, porque ele era o tipo de homem que não aceitava desfeita de mulher alguma, e por mais que ele amasse Paula jamais aceitaria essa desfeita. E ela ia pagar muito caro.

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