Capítulo 61

GUTEMBERG

A moto está caída no meio da rua, o motor ainda quente, soltando fumaça. As luzes dos postes oscilam, lançando sombras inquietas sobre o asfalto. Meu peito sobe e desce, o sangue correndo quente, mas nada disso se compara à raiva pulsando dentro de mim. Meus olhos fixam na figura de Timmy, punhos cerrados, parado a poucos metros. 

Eu jogo o capacete no chão com força, o som ecoa na rua vazia, e avanço como um animal faminto quando encontra um pedaço de carne.

— Tá ficando louco, porra!? — grito, empurrando-o com toda minha força. — Jogar o carro contra a minha moto? Quer me matar?

Ele não recua, nem um milímetro. O sorriso debochado dele só alimenta o fogo dentro de mim.

— E você quer acabar com a Davina, não é, Fantasma? — O apelido sai de sua boca como uma prov

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