26 I A MORTE E A DONZELA I
KATHRYN JÁ HAVIA perdido a noção do tempo desde que fora trancafiada naquela cela. Não sabia quantas vezes despertara sobressaltada, assombrada por pesadelos que invadiam sua mente sem piedade, torturando-a de maneiras cruéis e inimagináveis. Mas o pior nunca era encarar a própria morte — e sim a de Angeline. As formas estranhas e brutais em que a irmã morria em seus sonhos escancaravam seu sentimento de fracasso como uma lâmina afiada rasgando-lhe a carne, cortando de dentro para fora. Doía, sangrava e a despedaçava por completo. A sensação de impotência a consumia, corroendo-a pouco a pouco. Ela sentia-se um fracasso consigo mesma, com Angeline, com os próprios pais.

Você falhou.

Seu subconsciente sussurrava impiedosamente sempre que a dor começava a se dissipar — apenas para ressurgir logo depois, sufocando-a de todas as formas possíveis.

Você falhou, Kathryn.

Desde o instante em que despertara desorientada, com uma dor latejante na lateral da cabeça, soubera que a situação havia se
Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App