CAPÍTULO 5= NÃO VOU TOLERAR!

Quando ela e Kassiani chegaram ao endereço indicado no bilhete. Chegaram de táxi, pois o" noivo" nem sequer tinha mandado um carro pra ir pega-las em casa. Dentro do táxi, ela tentava se proteger com as mãos, dos olhares luxurioso do taxista, que mesmo sem dizer nada, olhava descaradamente pelo retrovisor para o seu decote.

Sabia que isso iria acontecer, afinal mesmo quando ela usava roupas discretas, chamava a atenção. Ás vezes Lucie tinha a impressão que era como se tivesse alguma espécie de atração que ela própria não sabia explicar. Afinal não se achava tão bonita assim, para essa atenção tão descabida. Ao perceber o seu incômodo, Kassiani chamou atenção do motorista:

— Por favor senhor, presta atenção no trânsito, pare de olhar tanto para o que não perdeu, e dê atenção ao seu trabalho! — Falou ela aborrecida, e saindo como que de uma espécie de transe ou torpor o homem voltou a dirigir. Porém, mesmo assim vez por outra voltava a olhar Lucie daquela forma.

Ela agradeceu que a viagem não foi muito longa, e depois que chegaram, Kassiani chingou o motorista de todas as formas fazendo Lucie riu temporariamente. Ao chegar elas notaram então que o local que o noivo escolheu para realizar o "maravilhoso casamento" era o cassino onde tudo tinha começado, elas se entre olharam chocadas.

Sim, aquele era outro grande absurdo daquela situação, o vestido, o bilhete a falta de consideração do noivo em mandar um carro lhe pegar. Tudo aquilo para ela, só demonstrava que ele realmente queria esfregar na sua cara, que ela estava ali porque foi comprada por ele, e que ela deveria aceitar tudo aquilo sem reclamar.

Porém, vindo daquele homem nada mais lhe assustava, além disso seu "casamento" não era nem um pouco convencional mesmo. Elas também perceberam que ele havia fechado todo o cassino naquela noite, somente para realizar o seu casamento, e aquilo tudo revoltava profundamente Lucie.

Ao entrar, ela notou que ainda não haviam chegado os convidados, ela planejou chegar bem mais cedo, para que dessa forma pudesse conhecer o seu noivo e a sua família.

Ao entrar, elas foram recebidas por uma senhora que se vestia elegantemente, ela as abraçou e falou:

— Boa Noite queridas sejam bem... vindas!

Tanto Kassiani quanto ela, perceberam o seu olhar discreto para o vestido de Lucie, naquele momento ela se senti ainda pior do que se sentiu minuto atrás com o taxista. Porém, ela foi super discreta, e nada comentou sobre o vestido, apenas se apresentou:

— Eu sou Dona Laurent, a mãe de Leon! — Por um momento tanto Lucie quanto Kassiani ficaram realmente atônitas, pois não sabíam de quem aquela senhora tão elegante estava falando, foi só quando ela disse:

— Eu não acredito que meu filho fez isso com você! Sequer mandou um um carro para ir buscá-la, e eu não sei o porque de tudo isso!

Ela fez um gesto abrangente mostrando o cassino, demonstrando que realmente ela não sabia de nada de todo aquele circo. Então Lucie olhou para Kassiani e acreditou que ela também pensou o mesmo que ela:

Que pelo jeito aquela pobre senhora, estava numa situação pior do que a delas, totalmente fora da realidade, e isso foi comprovado pelo o que ela falou novamente.

— Eu só soube hoje de manhã que meu filho iria se casar, e eu nem conhecia a noiva, mas olhe para você! É linda, parece uma fada! Não é atoa que meu filho tenha caído de amores por você!

Naquele momento Lucie não soube o que falar, foi então que a pobre senhora falou outra vez, com um olhar esperançoso:

— Diga-me minha filha, mas seja sincera, já posso me considerar uma vovó?

Naquele momento, Lucie não entendeu a sua pergunta, porém ao compreender foi inevitável não ficar corada, e olhando novamente para Kassiani que sorriu, pois achou engraçado a situação. Ela respondeu envergonhada para a senhora:

— Por Deus! Não senhora, não! Quer dizer ainda não.

Ela só falou daquela forma porque não queria ver morrer aquele lindo brilho nos olhos dela, pois simpatizou com a mulher.

— Que pena! disse a senhora, mas então por que de tudo isso? Por que o casamento não vai ser numa catedral e anunciado para todo mundo? Por que tem de ser escondido?!

Quando ela não soube o que responder, ouviu uma voz de barítono atrás da sua costa, que a fez arrepiar-se toda. Era muito bonita, rouca e grave.

— Porque nós assim decidimos mamãe, Lucie e eu, queríamos um casamento discreto.

—Deus que voz bonita!

Lucie pensou. Porém quando se virou e o viu pela primeira vez, percebeu que não estava preparada para aquele encontro. Ela ficou paralisada. Leon era lindo, não só lindo dele emanava uma áurea forte, como se em seus olhos e em seus gestos estivessem escritos que tudo ele podia ter, na hora e no lugar que desejasse. Com um gesto sensual ele aproximou-se dela e segurando na sua cintura a beijou no rosto, bem próximo a sua boca e disse:

— Querida que saudades!

Ela ficou totalmente sem reação, e sem saber o que falar naquele momento. De cabelos escuros, e olhos azuis intensos e profundos, e um sorriso diabólicamente sedutor assim era Leon.

Ao notar a reação dela, ele deu um sorriso malicioso e falou perto do seu rosto de forma que sua mãe também pudesse ouvir:

— Você é viciante, fiquei sem te ver apenas algumas horas, e já estava morrendo de saudades!

Lucie encarava aquele completo desconhecido, totalmente sem palavras. Ele beijando a sua mão ainda sem se virar, falou para Kassiani:

— Boa noite Kassiani!

Ela assim como, a própria Lucie não sabia como ele a conhecia. Porém, gaguejando lhe respondeu com o seu sobrenome, a única coisa que ainda sabia sobre ele:

— Bo... boa noite! Senhor Durand!

Foi a mãe de Leon quem quebrou o encantamento, daquele olhos sedutores sobre Lucie quando falou:

— Ora León, você não deveria ver a noiva antes do casamento!

Ele ainda olhando para ela, sorriu ao perceber que estava corada e confusa, então respondeu para a sua mãe:

— Sei disse mãe, mas agora já é tarde, já vi a minha bela noiva e o seu vesti...

Porém, Lucie percebeu o olhar de Leon varrer todo o seu corpo, e nesse momento ela se sentiu totalmente exposta. Mas diferente da reação que ela esperava, Leon franziu o cenho e parou de sorrir, como se estivesse com raiva. Ele então com o pretexto que queria falar algo a sós para a sua noiva, segurou pelo braço e a levou para o canto, então encarando-a falou de forma bastante aborrecida:

— Sei que não desejava esse casamento Lucie, porém não precisava demonstrar de forma tão escancarada assim, além disso jamais vou tolerar que me desafie! — Ela então se assustou e lhe perguntou intrigada:

—Do que está falando senhor Durand? O que fiz de errado?

— E ainda me pergunta?

— Sim, pois, não entendo do que está falando? Se até agora tudo que fiz foi seguir todas as suas ordens!

Perguntou ela enquanto tentava inutilmente esconder as curvas dos seus seios, com aquele mísero pedaço de pano. Ele segurando com ainda mais força o seu cotovelo, falou com olhar carregado, enquanto olhava do seu rosto para o vestido.

— Estou falando desse maldito vestido! Botou ele somente para me desafiar, não foi? — porém antes de Lucie responder ele continuou:

— Se estivéssemos sozinhos lhe arrancaria do corpo! Saiba Lucie que jamais tolerarei que a minha futura esposa use roupas assim, tão vulgares e que fique chamando a atenção indevidas dos olhares masculinos, como ousa usar algo tão impróprio no seu próprio casamento, não percebe o quanto está nos expondo?

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