Capítulo 4 #O filho do demônio
Uma semana depois... Ao amanhecer ela levantou fez a sua higiene pessoal e desceu para o seu pequeno jardim, era um bela manhã de sábado. Ao entrar no jardim Lucie respirou e deixou o ar da manhã, invadir os seus pulmões, tirou o seu sapato para sentir a terra fresca em seus pés, pois aquilo de alguma forma lhe revigora. Adorava também ouviu e sentir tudo ao seu redor. O zumbir das abelhas, o perfume das flores, bem como a brisa suave da manhã lhe envolvendo com se fosse o abraço de um amante afetuoso. Lucie sempre fazia aquilo quando se sentia triste, aflita ou tinha que tomar alguma decisão importante na vida. Ao olhar para cozinha viu Kassiani lhe olhando, desde que era apenas uma menininha, ela sempre lhe falava que lucie ficava ainda mais bonita, quando estava próxima a natureza, porém, nunca lhe explicou o porque. Então Lucie lhe acenou e sorriu, ela também lhe acenou e sorriu, depois voltou ao seus afazeres, lhe deixando novamente a sós no seu pequeno mundo. Ela sentou no banco do jardim, então tocando com suavidade as suas belas flores, sorriu elas eram belas e perfumadas, amava tocar e apreciar a sua beleza, às vezes queria que todos os seus vizinhos as visse, pois tinha orgulho delas. Porém, por algum motivo que até hoje ela não entendia, o seu pai mandou fazer um enorme muro em volta de todo o seu jardim, tornando dessa forma impossível alguém ver alguma coisa por trás dele. Apesar de adorar olhar a beleza das flores, naquele momento, ela queria somente senti-las, sentir suas boas energias. Afinal ela sempre imaginou que, todas as coisas vivas e belas que a natureza produz, são capazes de nos trazer boas energias e paz. E naquele momento precisava muito das boas energias que sempre sentia ali no seu jardim, pois a sua mente estava trabalhando frenéticamente. Afinal aparti daquele dia estaria casada, pois o seu "querido noivo" decidiu que seria naquela mesma noite o tão "aguardando casamento". — Hoje Lucie, é hoje o seu "grande dia" Pensou ela nervosa. Mas não nervosa no bom sentido como realmente deveria se sentir uma noiva. Porém, realmente nervosa e apreensiva no péssimo sentido da palavra. E até aquele momento, nem se quer sabia que aparência tinha o seu noivo, pois nunca o viu nem por foto. Já fazia uma semana desde que seu pai resolveu se internar para se livrar do vício, e ainda não tinha chegado nada da parte de meu algoz. Porém, essa calmaria lhe afligiu muito mais. Até que ontem sexta-feira de manhã, um entregador lhe trouxe um pacote, curiosa Lucie abriu imediatamente. Dentro havia um vestido de noiva, que provavelmente era de griffe cara. Porém Lucie jamais teria pensado em usar algo tão revelador, como aquele vestido, nem de longe seria a sua escolha. De alças finas, totalmente aberto na costa e com uma enorme fenda na lateral da coxa que ia até em baixo, o busto era aberto e lhe deixava muito desconfortável. Mas o mais incrível foi que, ele ficou perfeito em seu corpo, como se tivesse sido feito sob medida, não precisou de nenhum ajuste! Junto com vestido havia um bilhete escrito: — Seu vestido de núpcias querida! Nem ouse pensar em não usar, é o meu presente de casamento. Então espero vê-la hoje dentro dele, abaixo está o local do nosso casamento. Local : Du Palais de La Meditarranée Hora: 22:30. Quando ela mostrou o vestido para Kassiani, ela franziu cenho. Porém, ficou ainda mais aborrecida com o bilhete, dizendo: — Pelo visto esse monstro, não tem consideração com ninguém, pensa que pode mandar nos gostos e vontades das pessoas a seu bem prazer, maldito! Lucie então lendo novamente o bilhete, olhou para aquele maldito vestido e pensou: — Surreal! Estou realmente recebendo o convite do meu próprio casamento? Seria cómico se não fosse a tragédia da minha vida! Porém, apesar de estar realmente preocupada com tudo aquilo, havia algo a mais que lhe inquietava naquele momento. Eram os meus constantes sonhos. Quase toda noite eles íam e vinham em sua mente, criando imagens surreais desde a primeira noite, em que começou a sonhar. E o pior era que nunca era realmente ela quem estava ali nos seus sonhos. Sempre se via no corpo e na mente da sua mãe, em meio aquela guerra horrível, onde via aquelas mulheres serem mortas da forma mais terrível possível. Enquanto elas lhe pediam ajuda, e voz de comando, Lucie ficava sempre muito desesperada sem saber o que fazer. Afinal tudo aquilo, era tão real que lhe inquietava. Lembrou também que no seu sonho. O momento mais crítico, quando estava ferida no braço sentindo muita dor, esvaindo em sangue, e percebendo que realmente todas elas já pareciam, está totalmente perdidas e sem esperança, aquela criança linda e ruiva apareceu, Lucie achou incrível a sua aparência: — Ela vestia um vestido infantil e usava uma espécie de capacete estranho, estava em cima de algo semelhante a uma prancha enquanto... flutuava?! Sim, não havia dúvida era isso mesmo que ela estava vendo. A garota flutuava sobre elas, e não estava só, havia com ela mais uma pessoa, um homem extremamente alto, forte e bonito ao se aproximar a garota lhe sorriu de forma fraternal. Lucie ainda lembrava o que ela falou de forma suave: — Você me chamou Alexandra?_ — Sim amiga preciso...aí que dor... Aí maldição! — Ela disse sentindo muita dor devido o seu braço machudo, porém reunindo o resto de força que ainda possuía, continuou: — Preciso desesperadamente da sua ajuda, senão jamais a incomodaria! Porém naquele momento crítico, Lucie ouviu a moça a quem chamava de Eleni, gritar e correr na direção da menina dizendo de forma feroz: — Acabarei com você, e seu amigo m*****a bruxa! Ela e as outras poucas mulheres que ainda estava vivas, se armaram contra a menininha, e o seu parceiro que estava atrás dela os atacando. E enquanto elas os derrubavam e os atacavam, Lucie lembrava que gritou em desespero: — Parem! Parem agora não os faça mal! Eles são nossos amigos... Porém naquele momento ela acordou totalmente atordoada. E ficou novamente sem entender absolutamente nada daquele sonho. E embora tenha sonhado partes dessa guerra a semana toda, da sexta em diante não sonhou mais nada e aquilo lhe inquietava também. Esses sonhos aliado ao fato que teria que casar ainda aquela noite estava acabando com os seus nervos. No entanto, ao entrar novamente no seu querido jardim, sentiu como se estivesse realmente renovado as suas forças e agora poderia enfrentar sem medo, aquele homem que se tornaria o seu marido, aquele que Kassiani carinhosamente apelidou de: — O Filho do... Diabo!Quando ela e Kassiani chegaram ao endereço indicado no bilhete. Chegaram de táxi, pois o" noivo" nem sequer tinha mandado um carro pra ir pega-las em casa. Dentro do táxi, ela tentava se proteger com as mãos, dos olhares luxurioso do taxista, que mesmo sem dizer nada, olhava descaradamente pelo retrovisor para o seu decote. Sabia que isso iria acontecer, afinal mesmo quando ela usava roupas discretas, chamava a atenção. Ás vezes Lucie tinha a impressão que era como se tivesse alguma espécie de atração que ela própria não sabia explicar. Afinal não se achava tão bonita assim, para essa atenção tão descabida. Ao perceber o seu incômodo, Kassiani chamou atenção do motorista: — Por favor senhor, presta atenção no trânsito, pare de olhar tanto para o que não perdeu, e dê atenção ao seu trabalho! — Falou ela aborrecida, e saindo como que de uma espécie de transe ou torpor o homem voltou a dirigir. Porém, mesmo assim vez por outra voltava a olhar Lucie daquela forma. Ela agradeceu que
Lucie totalmente aborrecida também o encarou e disparou: — Está louco? Ou por acaso é bipolar? Se estou usando essa coisa ridícula, foi porque você me obrigou, ou já esqueceu o seu maravilhoso bilhete indicando que esse era o seu presente de casamento? — O quê? Eu lhe enviei essa coisa? Ele perguntou com o cenho franzido. — Sim e posso te provar!Respondeu ela sem exitar. Então seguiu até onde Kassiani estava conversando com a mãe dele. Ela então falou algo ao seu ouvido da mulher, e depois voltou até Leon, entregando-lhe o bilhete que havia chegado com o vestido. Ao ler, Leon olhou para a porta de entrada do cassino, como se tivesse procurando alguém, Lucie acompanhou seu olhar. Porém não havia ninguém lá, então de cenho franzido e olhar carregado de ódio ela ouviu ele falar entre dentes: — Maldito como ele ousa! Como sempre querendo se divertir as minhas custas! — O quê? Do que está falando? Ela perguntou intrigada diante o seu comportamento. — Nada Lucie, esqueça esse
Capítulo 7 # O casamentoQuando eles desceram, já estava organizado no salão principal as cadeiras e o local onde o juiz iria celebrar o casamento. Apesar de simples foi organizado tudo com bom gosto e sofisticação. Lucie notou também que haviam bem poucas pessoas, talvez uma faixa de dez, não sabia quem eram. Se amigos da família ou se familiares, naquele momento não tinha tempo para apresentações o casamento havia começado, o juiz proferiu as palavras e os dois falaram os votos. Apesar de estarem casando, naquele momento ele não a encarava nos olhos, ela então acreditou que fosse pela forma que ela o desafiou minutos atrás, com respeito ao vestido, e pelo visto aquele homem era terrívelmente sensível ao ser contrariado, e talvez ainda estivesse aborrecido com ela. — Não consigo entender Leon. Me parece tão estranho que mude tão rápido de opinião assim? Meu Deus e se esse homem tiver dupla personalidade?! Pensou assustada Lucie, e enquanto pensava nisso passou a analisá-lo melho
Donna que até o presente momento parecia prender o fôlego, se aproximou de Lucie e disse: —Querida, eu jamais pensei que essa mulher fosse entrar causando todo esse caos, provavelmente ela se aproveitou por ser cliente VIP do cassino, e enganou os seguranças, desculpe meu anjo. Se ela soubesse o que Lucie realmente estava pensando naquele momento. Enquanto tomava o seu champanhe e olhava para a porta por onde ela saiu, ela pensou: — Maldição, por que ela não entrou antes! Dessa forma teria impedindo o casamento, e me pouparia desse destino sombrio! Mas olhando outra vez para aquele, que agora havia se tornado o seu marido. Porém, Lucie percebeu pelo seu semblante que nada nem ninguém iria conseguir impedir aquele casamento. Pois ele jamais deixaria, afinal em seu olhar tinha uma resolução incrível. Que ao mesmo tempo que lhe assustava, também lhe fascinava. E como que se estivesse lendo seus pensamentos, Leon se aproximou dela e disse: — Nunca ninguém impediria o nosso casamento
Quando ela se virou para se deitar, se deparou com o Leon. Ele estava parado de braços cruzados lhe observando com olhar profundo, e ela não fazia ideia de quanto tempo ele estava lá. Lucie se assustou, então com a mão no peito e um olhar assustado perguntou: —Par Dieu Leon, o que faz aqui?! Ele lhe sorriu de forma extremamente sensual, como se fosse o próprio demônio em pessoa, então lhe pediu desculpas: — Pardon chéri, te assustei? Ela apenas sacudiu a cabeça enquanto ele lhe encantava com aquele maldito sorriso. — Droga precisava Leon ter esse maldito sorriso avassalador? Acho que esse demônio deveria ser proibido de ter tal sorriso! Com certeza ele o utiliza sempre, quando deseja seduzir alguma mulhere. Como fez com aquela pobre moça que apareceu no casamento e chorou desesperada, quantas promessas ele teria feito a ela? Ela pensava, enquanto ele se aproximava lentamente como se fosse um predador. Lucie pode percebeu que apesar do frio, ele estava sem camisa. — E que co
Disse Lucie com raiva, porém, apesar da razão está lutando freneticamente. Ela percebeu que aparentemente o seu próprio corpo começou a lutar contra ela. — O que como assim? Estou gostando dos toques brutos desse homem? Será que sou uma louca ou alguma masoquista? Pensava Lucie em desespero. Leon, porém sugava, lambia e beijava os bicos dos seus seios com voracidade, lhe causando dor e prazer, fazendo seu corpo arfar involuntariamente. Lucie não conhecia os limites do seu próprio corpo, e nunca fez sexo com ninguém, porém naquele momento a sua sanidade mental estava totalmente abalada. No entanto, percebeu que não era somente a sensualidade dele, que impulsionava o seu desejo. Era algo dentro dela, como se o seu próprio corpo tivesse sendo consumido por um desejo irracional. Pois realmente queria entregar-se a Leon, e ele conseguiu isso com facilidade. Seus beijos, seus toques e sussurros a deixavam louca. Mas Lucie, lutava em sua mente contra as ações do próprio corpo. Lutava
Ao levantar seu olhar, Lucie viu a pouco mais de trinta centímetros uma enorme criatura a sua frente. Por medo, ela se sentou no chão e se empurrou para trás, até sentir a sua costa, encostar em uma enorme árvore. No entanto, a criatura não se moveu de onde estava. Olhando para ela, Lucie viu que se assemelhava a uma corça, porém, naquele animal em particular havia grandes diferenças de uma corça comum. A um tempo Lucie havia estudado sobre aquela espécie de cervídeo. Uma corça comum no máximo que atinge e um metro e meio, e não chega a pesar nem quarenta quilos. Porém aquele ser a sua frente deveria ter quase dois metros, era tal alto quanto um cavalo adulto. E, além do seu enorme tamanho, ela possuía chifres dourados como se fosse feitos de... —Ouro?! Será isso mesmo que estou vendo isso? Lucie se perguntou. Observando um pouco mais o animal percebeu que seu casco também tinha a aparência de um metal. Mas específicamente de um cobre, então pensou: — Por Deus, como são rel
Então a corça percebeu que Lucie havia se perdido dela, por isso voltou. E quando a viu outra vez, incentivou Lucie a segui-la novamente. E assim ela, voltou a correr atrás dela, sem nem ao menos saber porque estava fazendo aquilo. Porém, por algum motivo, acreditou que aquele animal, era única chance para sair viva daquele lugar tenebroso. Mas enquanto corria se assustou novamente, pois ouviu um grande pio seguido de um guincho ensurdecedor, e algo passou por sobre ela batendo asas, devido ao susto ela correu na direção contrária a que, a corça tomava, e enquanto olhava para a enorme coruja que passou sobrevoando sobre ela, nem sequer observou onde pisava foi então que ela tropeçou em uma grande raiz, e caiu no que parecia uma enorme descida semelhante a um barranco. Lucie protegeu com as mãos, sua cabeça e seu rosto, porém bateu o corpo no que parecia ser um tronco de uma enorme árvore. E ainda zonza, e sentindo falta de ar, muita dor, e uma forte pontada na costela, ela levantou