Dona Laurent, que até então parecia prender o fôlego, aproximou-se de Lucie e disse:
— Querida, eu jamais imaginei que essa mulher fosse aparecer e causar todo esse caos. Provavelmente, ela se aproveitou por ser cliente VIP do cassino e enganou os seguranças. Desculpe, meu anjo. Se ela soubesse o que Lucie realmente pensava naquele momento. Enquanto tomava um gole de champanhe e olhava para a porta por onde Charlotte havia saído, pensou: ”Maldição, por que ela não entrou antes? Dessa forma, teria impedido o casamento e me poupado desse destino sombrio!” No entanto, ao olhar novamente para Leon, que agora era seu marido, percebeu que nada nem ninguém teria conseguido impedir aquele casamento. Em seu semblante, havia uma resolução incrível. Algo que, ao mesmo tempo que a assustava, também a fascinava. E, como se lesse seus pensamentos, Leon se aproximou e disse: — Nunca ninguém impediria o nosso casamento, meu amor. Nem mesmo a louca da Charlotte. Você agora é minha, e ninguém vai tirar você de mim. — Ora, já chega dessas insinuações sem graça! Você nem sequer me conhece, e eu tão pouco te conheço. Além disso, nós dois sabemos que esse casamento é resultado de uma m*****a aposta entre nossos pais. Então, pare de bancar o noivinho apaixonado! Ele, com aquele sorriso diabólico que ela teve vontade de apagar de seu rosto, respondeu: — Engano seu, ma fée (minha fada). Eu sempre te conheci. Aliás, desde muito tempo. E, desde sempre, te amei. Quando ela estava prestes a perguntar de onde ele a conhecia, um casal se aproximou para se despedir. Cerca de uma hora depois, Lucie se despediu de Kassiani. Enquanto a abraçava, chorou. No entanto, teve que seguir Leon. Agora, ambos estavam no carro, a caminho de... onde? Ela não fazia ideia, mas sua mente estava repleta de perguntas. No entanto, o cansaço a venceu, e ela acabou adormecendo. Quando acordou, já estavam entrando por um enorme portão de ferro batido, que dava acesso a um jardim deslumbrante. Era lindo e florido, e, apesar de ser noite, ela pôde sentir o delicioso perfume das flores noturnas. "Deus, que lugar lindo! Nunca imaginei que o Diabo moraria em um paraíso!" — pensou ela. O gramado era bem aparado, e os jardins eram deslumbrantes. Havia mais de um jardim, todos bem iluminados. Mesmo à noite, Lucie pôde observar a profusão de cores estonteantes, com uma variedade impressionante de flores. Notou também uma enorme estufa, um pouco mais distante da casa, igualmente repleta de plantas. Ao olhar disfarçadamente para o perfil de seu marido, ele sorriu e disse: — Ora, vejam só! Pelo menos a nossa "casinha" parece ter a sua aprovação! "Casinha" era modéstia da parte dele. À sua frente, havia uma enorme mansão. Lucie não pôde deixar de ficar de queixo caído diante da beleza daquele lugar. Ao descerem do carro, entraram no hall da mansão e foram recebidos por uma senhora vestida como uma governanta de filmes antigos. Apesar do penteado e das roupas austeras, ela tinha um sorriso caloroso. — Boa noite, Senhor Durand! — Boa noite, Júlia. Tudo bem? Esta é minha esposa, a nova Senhora Durand. Espero que tenha preparado o quarto conforme eu pedi esta manhã. — Sim, senhor. Muito prazer, senhora. Me chamo Julia Moreau. — Ela estendeu a mão, e Lucie se apresentou: — Lucie Katsaros. Muito prazer! — Durand. Você se chama Lucie Durand agora. Já esqueceu? — ele disse, franzindo a testa. Lucie odiou a forma prepotente como ele falou e já estava prestes a responder algo, mas Julia interveio, tentando acalmar os ânimos: — Tudo bem, isso é normal, Senhor Durand. Afinal, é uma grande mudança. Custa um pouco a se acostumar, não é? Ele sorriu e disse à governanta: — É verdade, Julia. Além do mais, acredito que minha esposa esteja muito cansada. A pobrezinha ainda não descansou, não é, querida? Lucie realmente precisava de um bom descanso. Estivera tensa e nervosa o dia todo. Por isso, sorriu para Julia, percebendo simpatia naquela senhora, e disse: — Sim, Julia. Preciso descansar. Julia a levou por uma enorme escada de corrimão entalhado. Enquanto subia, Lucie sentiu o olhar de Leon sobre ela. Quando olhou para trás, notou a forma como ele a observava — com um olhar carregado de luxúria. Ele mordia o lábio inferior enquanto a despia com os olhos. No entanto, quando percebeu que ela o encarava, não desviou o olhar. Pelo contrário, manteve o contato e sorriu de forma maliciosa. "Meu Deus, Leon é tão pervertido!"— pensou Lucie, apressando os passos. Tinha certeza de que estava vermelha. No entanto, uma lembrança a fez parar e ficar nervosa e apreensiva. "Leon agora é meu marido e tem total direito sobre o meu corpo. Mesmo porque, no nosso casamento, eu não tenho o direito de recusar nada. Nem mesmo aceitá-lo em minha cama". Lucie tinha certeza de que não estava preparada para isso. Julia, percebendo sua tensão, disse: — Percebi que é muito jovem, senhora, e que parece um pouco nervosa. Posso lhe dar um conselho? — Lucie assentiu, e Julia continuou: — Não tenha receio do futuro. Acredito que todas nós, mulheres, quando casamos, ficamos apreensivas quanto a isso, imaginando se seremos ou não felizes em nossa vida de casada. Principalmente alguém tão jovem como a senhora. Mas acredite, Senhora, o Senhor Leon é um bom homem e, pelo visto, a ama de verdade. Naquele momento, Lucie não soube o que dizer. Apenas agradeceu as palavras de incentivo. No entanto, pensou que Julia provavelmente não conhecia Leon de verdade. Depois disso, Julia mostrou-lhe o quarto. Era lindo, com uma mobília requintada. Aliás, tudo naquela casa demonstrava bom gosto — os quadros, a tapeçaria, as cortinas e os vasos chineses. Tudo decorado com requinte e sofisticação. Foi então que Lucie lembrou que não havia enviado suas malas, pois não sabia qual seria seu novo endereço. — Ó, eu tenho que ir pegar minhas malas no meu apartamento, Julia! — disse ela, levando as mãos à boca. — As suas malas, senhora? A senhora esqueceu? — respondeu Julia. — Esqueci? Esqueci do quê? — perguntou Lucie, franzindo a testa, sem entender. — A senhora as enviou esta manhã! — Não estou entendendo... — questionou Lucie, confusa. — Sim, inclusive eu já desfiz e guardei suas roupas no closet. Venha, vou lhe mostrar. Lucie a seguiu e, ao abrir o closet, viu uma variedade de roupas de bom gosto, além de sapatos e bolsas das grifes mais caras que conhecia. — Como assim? Essas roupas não são minhas! — pensou Lucie. Quando estava prestes a explicar isso para Julia, desistiu. A pobre mulher jamais entenderia. A única coisa que disse foi: — Por favor, Julia, você que guardou minhas roupas, pode me ajudar a encontrar uma camisola? Julia a ajudou a encontrar uma camisola e a deixou em cima da cama. Enquanto tomava banho, Lucie lembrou-se do horário e pensou que nunca havia dormido tão tarde. Sua vida sempre fora agitada, mas de uma forma diferente — do trabalho na cafeteria para a faculdade, e da faculdade para casa. Muitas vezes, precisava acordar ainda mais cedo para procurar o pai em algum cassino, onde ele perdia dinheiro e bebia até não lembrar como voltar para casa. Nessas horas, Lucie se sentia mais como sua mãe do que sua filha. Vestiu a camisola rosa transparente enquanto refletia sobre tudo isso. Então, suspirou e, chorando, olhou pela janela. No entanto, nada via naquele momento — apenas pensava: "Por Deus, pai! Em que situação você me meteu?" Nesse momento, fez uma prece silenciosa e se virou para ir para a cama. Porém... Antes que pudesse se deitar, a porta do quarto se abriu suavemente. Leon entrou, fechando-a atrás de si. Seus olhos brilhavam com uma mistura de desejo e possessividade. Ele se aproximou lentamente, como um predador cercando sua presa. — A noite ainda não acabou, ma chérie — sussurrou ele, com uma voz que fez Lucie tremer. Ela sentiu o coração acelerar, sabendo que, a partir daquele momento, não havia mais como fugir. O destino que tanto temera finalmente a alcançara.Quando Lucie encarou Leon, ele estava parado de braços cruzados, observando-a com um olhar profundo e luxurioso. Ela não fazia ideia de quanto tempo ele estava ali. Com um olhar assustado, ela perguntou: — Par Dieu, Leon! O que você está fazendo aqui? Ele sorriu de forma extremamente sensual, como se fosse o próprio demônio em pessoa, e então pediu desculpas: — Pardon, chérie. Te assustei? Ela apenas sacudiu a cabeça, enquanto ele a encantava com aquele maldito sorriso. "Droga, por que Leon tem que ter esse sorriso avassalador?" pensou Lucie, irritada consigo mesma. — "Ele deve usar isso sempre que quer seduzir uma mulher. Quantas promessas ele terá feito àquela pobre moça que apareceu no casamento, chorando desesperada?" Enquanto refletia, Leon se aproximou lentamente, como um predador cercando sua presa. Lucie percebeu que, apesar do frio, ele estava sem camisa. "Que corpo perfeito..." — pensou ela, mas rapidamente desviou o olhar, envergonhada. Ao se aproximar, Leon v
Lucie gritou, sua voz ecoando pelo quarto como um trovão. A raiva fervia em suas veias, mas algo dentro dela lutava contra sua própria vontade. Seu corpo, traiçoeiro, respondia aos toques brutos de Leon de uma forma que a envergonhava e a aterrorizava. — O que está acontecendo comigo? — pensou, desesperada. — Estou gostando disso? Sou uma louca? Uma masoquista? Leon, no entanto, parecia alheio à sua luta interna. Seus lábios e mãos exploravam seu corpo com uma voracidade animal, sugando, lambendo e mordiscando os bicos de seus seios com uma intensidade que misturava dor e prazer. Lucie nunca havia feito sexo antes, nunca havia conhecido os limites do próprio corpo. Mas agora, sua sanidade mental estava à beira do colapso. Ela percebeu que não era apenas a sensualidade de Leon que a dominava. Havia algo mais profundo, algo dentro dela, como se seu próprio corpo estivesse sendo consumido por um desejo irracional, primitivo. Seu corpo queria se entregar, mas sua mente lutava ferozmente
Ao levantar o olhar, Lucie deparou-se com uma criatura colossal a pouco mais de trinta centímetros de distância dele. O coração disparou em seu peito, e ela sentiu um frio cortante percorrer sua espinha. Instintivamente, sentou-se no chão e empurrou-se para trás, até que suas costas colidiram com a grossa casca de uma árvore. A criatura, no entanto, não se moveu. Permaneceu ali, imóvel, como uma estátua viva, observando-a com olhos que brilhavam como brasas douradas. Lucie fitou a criatura, tentando processar o que via. Assemelhava-se a uma corça, mas era como se a natureza tivesse decidido criar uma versão majestosa e sobrenatural do animal. Ela lembrava-se de ter estudado sobre corças comuns em algum momento de sua vida. Sabia que eram animais pequenos, com no máximo um metro e meio de altura e pesando menos de quarenta quilos. Mas a criatura diante dela era diferente. Era enorme, quase do tamanho de um cavalo adulto, com uma presença que emanava poder e mistério. E não era apenas
Então a corça percebeu que Lucie havia se perdido dela, por isso voltou. E quando a viu outra vez, incentivou Lucie a segui-la novamente. E assim ela, voltou a correr atrás dela, sem nem ao menos saber porque estava fazendo aquilo. Porém, por algum motivo, acreditou que aquele animal, era única chance para sair viva daquele lugar tenebroso. Mas enquanto corria se assustou novamente, pois ouviu um grande pio seguido de um guincho ensurdecedor, e algo passou por sobre ela batendo asas, devido ao susto ela correu na direção contrária a que, a corça tomava, e enquanto olhava para a enorme coruja que passou sobrevoando sobre ela, nem sequer observou onde pisava foi então que ela tropeçou em uma grande raiz, e caiu no que parecia uma enorme descida semelhante a um barranco. Lucie protegeu com as mãos, sua cabeça e seu rosto, porém bateu o corpo no que parecia ser um tronco de uma enorme árvore. E ainda zonza, e sentindo falta de ar, muita dor, e uma forte pontada na costela, ela levantou
Enquanto isso algumas horas depois que Lucie fugir da mansão Durand... Leon acordou, porém, totalmente zonzo, e sentindo uma forte e latejante dor na cabeça, não conseguiu falar e nem abrir os olhos naquele momento. E aquela dor insistentemente parecia querer o empurrar novamente para inconciencia. E para não sucumbir aquele sono infernal novamente, se pôs a pensar: — Droga o que aconteceu comigo? Por que estou nessa situação? E por que demônios a minha testa está doendo dessa forma infernal? Então ouviu a sua governanta perguntar baixinho para alguém, que estava com ele dento do quarto: — Então doutor, como o senhor Leon está? Por favor diga que ele ficará bem? Falou a mulher aflita, Leon então ouviu a voz grave do seu grande amigo e médico particular doutor Sidney, que calma pacientemente a respondeu: — Não se preocupe Julia, ele ficará bem, porém sentirá um pouco de dor quando acordar, mas eu já o mediquei, então a dor será menos intensa a medida que os remédios fizer e
Então Lucie ainda descobrindo o seu próprio mundo...Observou o sorriso sarcástico da sua amiga, que lhe respondeu: — E desde quando Eleni já esteve bem? A sua irmã é como um vulcão adormecido próximo a entrar em erupção! — Com ainda mais raiva ela falou: — Maldição Eleni não tem jeito, não custa tentar manter a calma e parar de cair nas provocações de Pandora! E se algo acontecer... — Não se preocupe amiga, Eleni é muito mais forte e hábil que Pandora, nada irá lhe acontecer. — Sei disso Despina, não estou preocupada com Eleni e sim com a própria Pandora, e é justamente por saber que ela não tem a mínima chance contra a minha irmã, se Eleni quiser pode dá realmente uma boa lição nela, e não que garota não mereça, porém... — Porém, sabemos que se algo acontecer a encrenqueira da princesa Pandora. As Náiades ficarão de vez contra a liderança de Eleni. Mas é justamente isso que Pandora deseja amiga — Pois é mas isso não pode acontecer, e muito menos agora, quando estamos em
Ao acordar Lucie, arregalou os olhos totalmente assustados. Nesse momento, ficou zonza e tocou na sua cabeça, afinal uma enxurrada de visões desordenadas vieram na sua mente, e lembrou de tudo que lhe aconteceu durante aquela terrível noite, inclusive o que aconteceu entre ela e o seu marido. Porém, tais informações eram surreais demais para que Lucie realmente pudesse processar, tanto que não conseguiu levantar imediatamente. No entanto, conseguiu virar o rosto e olhar para o lado, ao fazer isso viu que não estava mais deitada no chão frio daquela floresta, e sim entre lençóis limpos e perfumados, num quarto totalmente diferente do quarto onde tudo começou a acontecer. Para Luci tais acontecimentos eram ainda muito vividos na sua mente, então falou para si mesma: — Por Deus como voltei para a mansão? E o que aconteceu com Leon? Enquanto se perguntava isso, virou novamente o rosto para o outro lado, então viu Leon deitado num sofá próximo a sua cama, dormindo placidamente. Luci
Lucie então se perguntou assustada: — Por Deus como os batimentos cardíacos dele estão acelerados, ou seria os meus?! E notou também, que tudo o ela que ela desejava naquele momento era sentir os beijos e as mãos ávidas e quentes de Leon sobre todo o seu corpo. Não somente isso Lucie também queria arranhar, morde, lamber e sentir com toda a intensidade o corpo dele. Quanto a Leon, naquele momento quando a ouviu falar aquilo para ele. Tudo o que ele desejou foi responder Lucie a altura visto que percebeu que mesmo quando tentava fazer as pazes com ela, Lucie sempre conseguia tirá-lo do sério. Porém, quando a encarou para falar, se calou totalmente, e ficou com o olhar extremamente inebriado, pois a pequena mulher acabou com a sua estrutura, quando ele a observou com a boca entre aberta, nesse momento os seus batimentos cardíacos aceleraram e teve que engolir em seco. Por isso deixou escarpar um sofrido e gutural gemido enquanto sentia seu membro pulsar, ao sentir o calor da intimi