CAPÍTULO 6= OS SEUS OLHOS!

Lucie totalmente aborrecida também o encarou e disparou:

— Está louco? Ou por acaso é bipolar? Se estou usando essa coisa ridícula, foi porque você me obrigou, ou já esqueceu o seu maravilhoso bilhete indicando que esse era o seu presente de casamento?

— O quê? Eu lhe enviei essa coisa? Ele perguntou com o cenho franzido.

— Sim e posso te provar!Respondeu ela sem exitar. Então seguiu até onde Kassiani estava conversando com a mãe dele. Ela então falou algo ao seu ouvido da mulher, e depois voltou até Leon, entregando-lhe o bilhete que havia chegado com o vestido.

Ao ler, Leon olhou para a porta de entrada do cassino, como se tivesse procurando alguém, Lucie acompanhou seu olhar. Porém não havia ninguém lá, então de cenho franzido e olhar carregado de ódio ela ouviu ele falar entre dentes:

— Maldito como ele ousa! Como sempre querendo se divertir as minhas custas!

— O quê? Do que está falando? Ela perguntou intrigada diante o seu comportamento.

— Nada Lucie, esqueça esse maldito bilhete e esse pedaço de pano. Você não vai casar com ele, de forma alguma!

Ele respondeu de forma decidida, ela o encarou incrédula e falou de forma provocativa:

— Como pretende que me case então nua? Pois saiba que agora sou eu quem pretendendo me casar com esse vestido, acho até que ele me caiu muito bem!

Quando ela falou isso o olhar de fúria dele recaiu sobre ela, e Lucie se assustou tanto que deu dois passos atrás, porém ele lhe segurou pelo cotovelo e falou:

— Não me provoque Lucie, já disse que não gosto que me desfie, se não quiser saber o peso das consequências de suas provocações é melhor que me ouça, suba agora para o quarto que fica nesse cassino, e me espere lá, está me ouvindo?

— Você é um maldito lunático, Leon Durand, primeiro me obrigada a usar essa coisa, e agora se arrepende?!

— Não me conteste, apenas me obedeça! Disse ele entre dentes, enquanto apertava o seu braço a encarando aborrecido.

— Maldição Senhor Durand, te obedecer não é só o que tenho feito? Agora largue o meu braço que está me machucando, e me diga onde fica esse maldito quarto!

Disse ela puxando o braço da sua mão e o encarando com raiva, ela estava com muita raiva daquele homem naquele momento. Porém, pela primeira vez quem a encarou assustado foi ele, que disse:

— Seus olhos! O que ouve com... Com os seus olhos, eles parecem diferentes!

— Como assim do que está falando eu não...

Mas nesse momento eles foram interrompidos por Dona e Kassiani, pois aparentemente elas perceberam a tensão entre eles. Kássiani puxou Lucie para o seu lado, enquanto encarava Leon com raiva. Ele porém, não demonstrou se abalar, no entanto Dona perguntou preocupada:

— O que houve meus amores está acontecendo alguma problema?— Ele encarou novamente Lucie, percebeu que havia alucinado aquilo, por isso pigarreou, e olhando sério para a sua mãe falou:

— Não está acontecendo nada não mãe, estavamos apenas combinado algo. Me faz um favor?

— Sim, querido claro! pode falar. Disse Dona com um sorriso suave.

— Poderia levar Lucie e Kassiani até o quarto 420 e fazer companhia a elas até eu chegar, oui?

Perguntou Leon, enquanto encarava Lucie, para ver se haveria algum protesto de sua parte. Porém, ela nem o olhou, a sua mãe então lhe respondeu:

— Sim querido, sem problema, mas onde irá?

— Comprar um vestido decente para a minha noiva! Falou ele saindo sem dizer mais nada. Dona as encarou sorrindo sem graça e disse:

— Por favor querida, releve o comportamento do meu filho sim? Leon é controlador como o pai!

— Tudo bem senhora, já estou começando a me acostumar com o seu "suave" comportamento!

Falou sarcasticamente Lucie, enquanto olhava para Kassiani, que naquele momento estava sem entender nada.

Dona então pediu para elas lhe seguir. As três subiram para um elegante quarto mobiliado, chegando ao quarto ela indicou um sofá e ao sentarem, ela encheu Lucie de perguntas sobre onde, e quando havia conhecido seu filho, e porque Leon nunca havia falado dela.

Apesar de se sentir mal, Lucie teve que mentir e dar respostas evasivas a ela. Pois percebeu que era melhor poupar Dona de toda aquela sordidez. Kassiani também ajudou a esconder as verdades.

Lucie pensou que Leon custaria. Porém, quinze minutos depois, ele mandou entregar no quarto onde elas estávam o novo vestido que ele escolheu, este era lindo, discreto e de bom gosto com detalhes todo rendado. Dentro dele ela senti-se mais a vontade, depois de mais quinze minutos, ela percebeu que já havia chegado a hora daquele circo iniciar o seu espetáculo. E agora mesmo se quisesse, não poderia mais fugir de ser a atração principal, então comentou:

—Acho que está na hora do casamento!

— Ó sim, querida! Disse a mãe de León, então pegando na sua mão falou:

— Gostaria de dizer que foi um grande prazer te conhecer, e que tenho a certeza que você é a pessoa certa para o meu León, e por favor não me faça perder tempo quero ser vovó!

Lucie corou, pois naquele momento estava se sentindo uma completa *mitomaníaca. Como podia mentir para uma pessoa tão legal como aquela senhora? Mas, ela estava decidida a não se se culpar por isso. Pois sabia que o único culpado era Leon e do pai dele, que aliás ainda não tinha conhecido até o momento.

Porém, como se o houvesse chamado com o pensamento, bateram na porta, Dona então ainda sorrindo para Lucie falou:

— Entre!!!

Então entrou um senhor que era uma cópia mais velha de Leon, sem duvidas era o senhor Maxime, o homem culpado por armar todo aquele circo.

Como se estivesse avaliando um objeto recém comprado, Maxime a avaliou dos pés a cabeça, e no que lhe pareceu a ela, passou no seu "teste", pois ele lhe disse:

— Você está linda querida! Agora entendo o porque de Leon está tão nervoso lá em baixo, ficaria assim também com medo que uma noiva tão linda como você fugisse de mim!

Ela entendeu perfeitamente as palavras de ameaças veladas dele, estava estampado em seus olhos, aquele homem era um predador impiedoso, ela percebeu sua maldade sob uma falsa camada de gentileza e bons modos, seus olhos lhe causavam terror. Mesmo assim Lucie olhou para Kassiani que o encarava com raiva também, e lhe respondeu com o mesmo sorriso falso que o dele, dando a entender que não fugira não importava a situação:

— Muito obrigado pelos elogio senhor Durand e o seu filho não precisa se preocupar, não vou fugir sou uma mulher que cumpro as minhas palavras!

Ele então para disfarça a conversa, que Dona ouvia atentamente apenas disse:

— Você já está pronta, chérie?

— Sim! — Disse Lucie decidida.

— Ouça Maxime, nunca vou te perdoar por ter conhecido Lucie primeiro que eu, e não ter-nos apresentado — queixou-se Dona para ele.

— Não me culpe! Antes culpe ao seu filho, que escondeu o amor de sua vida de todos nós! Falou ele sorrindo para Dona que o encarava com um olhar de falsa raiva. Então virando-se para Lucie ele lhe disse:

— Querida, eu soube que seu pai não vai poder vir homenagear seu casamento, ele está internado, não é isso?

De repente ela viu nos olhos obscuro daquele homem um brilho de malícia, como se indicasse que ele sabia exatamente o porque seu pai estava internado.

— Sim! Foi a única palavra que ela lhe disse.

— Sinto muito querida! Falou Donna demonstrando realmente as suas palavras.

— Tudo bem senhora, mas era algo que papai precisava o quanto antes. Agora vamos por favor, não posso deixar meu noivo esperando! — falou Lucie desejosa de fugir daquela conversa.

— Ó sim! Se bem conheço meu filho, ele deve estar angustiado com a demora, esperando sua linda noiva — respondeu Dona de forma empolgada.

* Significado de mitomaníaca:

A mitomania é a compulsão pela mentira, contada de forma consciente, que tem por objetivo a autoproteção ou, muitas vezes, o falseamento da realidade, de maneira a fazê-la parecer melhor.

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