Capítulo 14

— Eu não tenho medo dele. Deixa a menina aí, Francis. Deixa o Velho vir. Um dia a gente tem que acertar as contas mesmo. Que seja agora, então. Ele foi até o quarto, pegou um revólver e colocou na calça.

— Não, Alemão. Se for pra vocês se matarem, não vai se por minha causa. Vou embora.

— Você não vai sair daqui. Deixa que ele venha. Estou preparado para ele.

Tia Francis me chamou.

— Vem, minha filha. Sente-se aqui. Vou pegar alguma coisa para você comer.

Por um minuto eu me senti no céu, porque eu vivia no inferno todo dia.

De repente o Velho chegou com seus capangas e chamou a tia Francis.

— Entrega a menina, Francis, senão eu atiro.

O Alemão revoltado gritou:

— Você não é dono dela, seu canalha. Ela não é nada sua, é sobrinha da Francis. E não vai sair daqui.

Ele então ordenou que os capangas atirassem. Foi uma troca de tiros terrível. A tia não parava de chorar, dizendo que todos nós iríamos morrer. O alemão tomou um ti

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