Capítulo 11

lugar onde não sei se vou dar certo. Vou deixá-la aí com vocês, porque eu sei que aqui ela vai ter todo o amor que eu não vou poder dar, pois tenho que trabalhar. Mas antes vou ter que dar um nome a ela. Não sei nem como vou chamá-la. Já pensei em vários nomes, mas ainda não decidi. Bom, depois eu penso nisso. Vou levar a menina na casa da dona Maria para ela conhecer a neta.

— Toma cuidado, minha filha, com aquele homem.

— Não se preocupe, mãe. Não quero saber mais dele. A dona Maria me ajudou muito e ela não pode pagar pelos erros do filho. É mais do que justo ela conhecer a neta.

E assim Loura fez. Levou a menina até a casa de dona Maria, que a partir daí não parou de mimar a neta com roupinhas e pagãzinhas que ela mesma fazia. E então perguntou:

— Loura, a menina já tem nome?

— Ainda estou pensando no nome, dona Maria. Gostaria de colocar um nome de uma estrela de cinema, porque ela foi uma vencedora. Depois de tudo que fiz, ela veio perfeita. Deus é maravilhoso comigo e com ela. Vou chamar de Angel. Li uma vez em um livro que Angel significava anjo. É assim que minha filha é, um anjo que Deus me deu pra mudar a minha vida. É um nome lindo, mas acho difícil de falar. E muita gente também vai falar errado.

— Se você não se importa, eu gostaria de dar um nome pra ela. Desde que soube que era menina, eu pensei em um nome, mas se você não gostar não tem problema.

— Pode falar.

— Edilene. Eu acho esse nome tão bonito!

— Por admiração e respeito pela senhora ela vai se chamar Edilene. Eu gostaria de te pedir um grande favor. Estou indo embora amanhã para capital e peço que a senhora ajude meus pais com minha filha caso eles precisarem.

— Pode deixar minha filha. Vá tranquila. No que depender de mim não vai faltar nada para minha neta.

Loura, com o coração partido, viajou sem a filha em busca de dar o melhor para sua família. Edilene ficava a semana com os avós maternos e o fim de semana com avó Maria. Ela era uma menina muito amada pela família, só o Carlão que não a aceitava como filha, nem mesmo olhava para a menina. Mas ela com seu jeitinho acabou conquistando o seu carinho. Ele nunca iria atrás, mas ela sempre fazia questão de chamá-lo de pai Carlão.

Depois de algum tempo, dona Maria começou a ter sérios problemas de saúde e tinha medo de nunca conseguir ver o seu filho assumir sua responsabilidade como pai.

Dona Maria trabalhava muito, fazia comida para todos os retireiros da fazenda. Ela já não aguentava mais tanto trabalho e um dia, no quintal da sua casa, ela caiu no chão se contorcendo. Um dos retireiros viu e começou a gritar. Carlão veio correndo desesperado e a pegou no colo. Ela, quase sem fôlego, pediu em seu ouvido para não abandonar sua filha, que cuidasse dela. E assim morreu em seus braços.

Passado algum tempo, ele foi à casa do seu Joaquim buscar a menina para ficar com ele no fim de semana. E disse que queria registrá-la em seu nome, mas seu Joaquim o expulsou de casa e disse que não queria nada dele porque, quando Loura precisou, ele tinha a rejeitado. E agora que a menina já tinha três anos ela já tinha um pai, que era ele.

Carlão saiu furioso, dizendo que ele iria se arrepender.

Passaram-se uns anos, Loura volta de São Paulo, bonita e arrumada. Já chega chorando e abraçando a filha, de saudades, com muitos presentes. E disse que sentia muito a falta dela, mas teria que ficar longe para poder dar pra sua filha tudo que ela não teve.

Ela estava de férias e passaria dois meses com a família. Nesse dia, Loura recebeu visita de todos os vizinhos e amigos. Até dos inimigos que comentavam pelas costas e que agora diziam o quanto ela estava bonita.

Pedro, amigo do Carlão, foi até sua casa e disse.

— Carlão, você não sabe o que perdeu. A Loura voltou mais bonita do que antes. Tá um mulherão!

— É verdade, Pedro? – perguntou ele animado. – Ela está aí? Vou vê-la agora mesmo.

— Você está louco? Se você for a casa dela o seu Joaquim te mata.

— Mas eu preciso ver ela, Pedro. Aquela mulher ainda mexe comigo.

— Mas depois do que você fez com ela, acha mesmo que ela vai querer alguma coisa com você?

— Claro que sim. Aquela mulher ainda me ama, eu sei que eu posso reconquistá-la, só preciso de uma oportunidade. – disse ele, todo contente.

— Hoje tem um chá de panela da filha do seu Zezinho. Vai ser um festão, quem sabe ela não vai? Chama a Ritinha e pede para ela chamar a Loura para a festa. Elas sempre foram amigas, com certeza a Loura vai. –disse Pedro.

— É, você tem razão. Vou agora mesmo falar com a Ritinha.

E assim fez Carlão. Ele foi até a casa de Ritinha e pediu para ela tentar convencer a Loura ir à festa com ela. Ritinha então respondeu.

— Tudo bem, eu já iria convidá-la mesmo.

Ritinha foi até a casa da Loura e a convidou para a festa. Ela negou de primeira, mas depois foi convencida.

— Tudo bem, Ritinha. Eu vou só um pouquinho, mas não vou demorar. Eu estou cansada da viagem e quero dormir mais cedo.

— Vai, filha. Vai, sim. É bom se distrair um pouquinho. Se arruma bem bonita e mostra pra esse bando de gente fofoqueira que você não é aquela Loura de antes. Se arruma e vai. – animou dona França.

Loura se arrumou, ficou toda bonita e foi para a festa. Chegando lá parecia ser o centro das atenções. As pessoas ficaram olhando e admirando sua beleza. Logo chegaram uns rapazes a convidando para dançar. Carlão, com ciúmes, começou a beber sem parar. O filho de um fazendeiro a convidou para dançar e começou falar baixinho no seu ouvido. Carlão, fora de si, partiu para cima do cara, puxou Loura pelo braço e gritou que ela era mulher dele. Ela o empurrou e disse para ele cair fora da vida dela e que ela não era sua mulher. Ele disse que a amava e que eles têm uma filha.

— Uma filha que você nunca quis reconhecer, ela só minha. 

Ela saiu correndo e foi embora da festa. Chegou cedo em casa e sua mãe perguntou.

— O que aconteceu, Loura? Por que está chorando?

— Eu encontrei o Carlão na festa. Por que ele não me deixa em paz?

— Você ainda gosta dele, filha? 

Loura ficou em silêncio.

— Responda, ainda gosta dele?

— Acho que sim, mãe.

— Minha filha, já não basta o que este homem já te fez sofrer. Fica longe dele, ele não te merece.

— Eu sei, mãe, jamais vou perdoá-lo. É um sentimento mais forte do que eu, mas não vou cai de novo na sua conversinha mole, pode ficar tranquila.

No dia seguinte ele foi atrás dela para conversar. Ela o expulsou de casa e disse que nunca ia perdoar o que ele fez com ela.

Ele, inconformado, disse que iria tê-la de qualquer jeito. Montou em seu cavalo e saiu a galope. No caminho ele encontrou seu amigo Pedro, que pergunta assustado.

— Aonde você vai desse jeito, homem? 

— Vou atrás da dona Santa. Vou ver se ela faz um trabalhinho pra mim. 

— Você ficou louco, cara? Você não precisa disso. Tantas mulheres aí caindo no seu pé e você ainda insiste com a Loura?

— Se eu fosse você não mexia com aquela velha, ela é muito perigosa. Você vai m****r matar a Loura?

— Só se for de amor – disse ele sarcástico – porque eu quero que ela fique de joelhos nos meus pés. Ela vai ficar comigo por bem ou por mal. Não importa o que aquela velha vai pedir, pra ter a Loura de volta não tem preço. Pago com maior prazer. Você vai ver, Pedro. Ela vai ser minha de novo ou não me chamo Carlão.

Carlão, por ser o homem mais bonito daquela redondeza e filho de um rico fazendeiro, poderia ter a mulher que ele quisesse em seus braços, mas, inconformado, ele não queria outra se não fosse Loura.

A velha disse a ele que iria fazer o trabalho, mas ele não podia contar para ninguém. E se um dia Loura descobrisse, ela iria odiá-lo para sempre. Era só colocar o remédio na bebida dela sem ela perceber. Carlão, sem saber como faria, pediu ajuda para seu amigo Pedro, que não ajudou,0 alegando que Loura também não gostava dele, mas o ajudou a armar uma estratégia.

Era aniversário da sua amiga Ritinha, só que ela não tinha condições de fazer uma festa. Aproveitando que Ritinha gostava do Pedro, eles disseram que iriam dar uma festa de presente. Para isso pediram que ela chamasse Loura, mas não poderia contar que foram eles que deram a festa pra ela.

Ritinha, muito contente, foi à casa da Loura para convidá-la:

— Oi, amiga, tenho uma novidade. Vou dar uma festa de arromba na minha casa.

Loura, sem entender, perguntou que festa era.

— Minha festa de aniversário.

— Ah, sim, que legal. Você merece.  – disse Loura.

— Eu quero que você vá.

— Olha, Ritinha, não fica chateada com a minha pergunta, mas de onde você vai tirar dinheiro para fazer esta festa?

Ritinha, sem saber o que falar, começou a gaguejar e ficou pensativa.

— O que foi? Porque ficou assim? Só perguntei por que eu sei que nem você nem seus pais têm condição de fazer uma festa dessas, mas se não quiser responder, tudo bem. Vou entender.

— Olha, Loura, é porque eu não poderia te contar, tenho medo que meus pais descubram.

— Claro que não, você não confia em mim, Ritinha? Sou sua melhor amiga, pode falar.

— É porque eu peguei o dinheiro emprestado com uma pessoa, mas não me pede para contar quem. Só se contenta em saber que o dinheiro é limpo e vou pagar com juros e correção.

— Tudo bem, você sabe o que faz. Pode contar comigo na sua festa. 

Disse Loura alegre, que nem imaginava que estava prestes a cair em uma trama sórdida e cruel.

Chegou o dia da festa. Loura foi para casa da Ritinha ajudá-la a organizar as coisas. Depois de tudo pronto, elas foram se arrumar.

Todas as pessoas do povoado foram chegando e cumprimentando a aniversariante. Loura estava animada até chegar o Carlão. Ele e seu amigo Pedro estavam em seus cavalos, muito bem arrumados, parecendo príncipes. A mulherada ficou toda ouriçada, mas ele só tinha olhos para Loura, que assim que o viu se virou para Ritinha e perguntou.

— Porque você o convidou? Você sabe que eu o não suporto.

— Olha, Loura, eu chamei todo pessoal daqui do povoado. Não poderia fazer uma desfeita com eles.

— Vou embora. Não quero ficar no mesmo ambiente que esse homem.

— Se você fugir vai parecer que está fugindo porque gosta dele. Se eu fosse você, eu ficaria, curtia a festa e agarraria um gatinho.

— É, você está certa. Não vou dar este gostinho para ele, mas prefiro ficar na minha. Não quero ficar com ninguém. Esses homens não prestam, só querem se aproveitar da gente.

— Ah, Loura, o Carlão está arrependido. Ele gosta de você, dá uma chance pra ele.

— Claro que não, você acha o que ele fez comigo foi pouco? Ele nunca quis saber da menina, nem mesmo o seu sobrenome ele deu pra ela. Eu quero trabalhar e poder dar o melhor pra minha filha. – disse Loura amargurada.

— Olha quem vem ali, Loura.

— Quem é?

— É ele. Finge que não se importa.

Carlão chegou todo cabisbaixo e se virou para Loura.

— Oi, será que podemos conversar?

— Eu não tenho nada para falar com você, fique longe de mim.

— Calma, Loura. Eu só quero conversar, me dê uma chance, por favor. Depois, se você quiser, eu prometo que te deixo em paz.

— Tudo bem, fala logo.

—Eu sei que errei muito com você, mas eu quero reconhecer a minha filha e se você me quiser podemos recomeçar tudo de novo.

— Você acha que vou cair nessa conversa mole de novo? Não sou mais aquela menina boba que você conheceu. Eu sofri muito, quase perdi minha filha por sua culpa. Agora você diz que quer começar tudo outra vez? Só se eu fosse louca. Se eu tiver de ter outra pessoa na minha vida, pode ter certeza que não vai ser você.

— Pois fique sabendo que se você não for minha não vai ser de mais ninguém.  – disse Carlão nervoso, que saiu em busca do seu amigo Pedro.

— Que bom que eu te encontrei, Pedro. Temos que pôr nosso plano em prática.

— Me tira dessa cara! Eu já fiz tudo o que tinha de fazer, agora é com você.

—Mas eu não posso conseguir isso sozinho, Pedro. Ela não quer nem beber nada. Como posso fazer com que ela beba a erva?

—Me diz uma coisa, Carlão. Essa erva faz o quê? Não é para matar ela, é?

— Lógico que não cara. Você acha que eu vou matar a mulher que desejo. Essa erva só a deixa meio grogue. Assim ela vai fazer o que eu quiser e o que eu bem entender.

— Olha, Carlão, eu acho que não deveria fazer isso com a Loura, ela é uma boa mulher. Já não basta o que você fez?

— Você está contra mim, Pedro? Vou ter essa mulher e você vai me ajudar.

— E o que eu vou ter que fazer?

— Nada, só convencer a Ritinha a dar a bebida para Loura. O resto deixa comigo. A Ritinha morre por você. Vai ser mole você convencê-la.

E assim Pedro fez. Ele chamou a Ritinha para o canto da parede e pediu pra ela dar a bebida para sua amiga.

Você está louco, Pedro? – disse Ritinha assustada. – Eu não posso fazer isso. Se ela descobre, jamais vai me perdoar.

—Ela só vai descobrir se você contar. Afinal só pagamos essa festa justamente para isso. Ou você acha que o Carlão iria te dar essa festa de graça? Você prometeu nos ajudar. Cumprimos com a nossa palavra, agora cumpra com a tua.

— Tudo bem, prepara a bebida que já volto.

Ritinha foi até Loura.

— E aí, amiga. Sai dessa fossa e vamos nos divertir. Você tem que mostrar pra ele que não liga. Vamos tomar alguma coisa.

— Hoje eu não quero beber nada, Ritinha.

— Claro que quer! Só um pouquinho pra descontrair.

Ritinha foi até a cozinha, pegou o copo de bebida e levou pra amiga. Sem imaginar, Loura pegou o copo e tomou a bebida com a erva dentro. Ela achou que a bebida estava com um gosto forte, mas a amiga garantiu que era uma mistura que ela fez na bebida para ficar fraca.

Já era fim de noite. As pessoas já estavam indo embora e Loura começou a rir sem parar. Chamou a Ritinha e disse que estava enxergando tudo embaçado. Estava tonta, via coisas estranhas e caía em gargalhadas. Ritinha então chamou o Carlão e disse que ela estava estranha. Ele respondeu que ela estava do jeito que ele queria. Agora sim, mais uma vez, vou tê-la em meus braços depois de tanto tempo.

Ele a pegou pelo braço e diz que iria levá-la pra casa. Ela, fora da razão, não fazia outra coisa a não ser sorrir. Ele montou em seu cavalo, colocou Loura na frente e a abraçou, dizendo que ela iria ser dele de novo. No caminho ele parou e colocou Loura deitada no chão, dizendo que a amava e que a desejava. Começa a beijá-la e ali mesmo fez amor com ela.

No dia seguinte ela sabia o que tinha acontecido, mas não entendia porque não teve forças para reagir. Chorava muito porque sabia que tinha feito uma besteira. Sua mãe preocupada perguntou porque ela estava chorando. Ela dizia que não era nada. Faltavam poucos dias pra ela voltar para seu trabalho em São Paulo e não queria preocupar a mãe. Sem entender o que tinha acontecido naquela noite, ela foi até a casa da Ritinha para saber o que tinha acontecido. Quando se aproximava da casa da amiga, a viu discutindo com Pedro. Foi se aproximando devagar e, escondida, ouviu a discussão. Ritinha parecia nervosa e gritava alto.

— Não vou devolver o dinheiro da festa. Eu fiz tudo que vocês me pediram. Dei a bebida pra Loura e fiz essa festa porque vocês me pediram. Agora querem que eu pague?

— Olha, Ritinha, por mim não precisa pagar. O Carlão é que está querendo o dinheiro de volta. Eu não tenho nada a ver com isso. Desde o primeiro momento eu não concordei com isso, mas você sabe como ele é teimoso. Quando mete uma coisa na cabeça não tem quem tira.

— Diz pra ele cumprir sua parte, que eu já cumpri a minha. Eu a convenci a beber aquela porcaria que nem eu sabia o que era, pondo em risco a vida da minha amiga, pra agora ele querer que eu pague? Nem morta!

Loura, que estava escondida atrás do muro, entrou em prantos e disse.

—Sua falsa, sem-vergonha. Diz que é minha amiga, mas me apunhalou pelas costas. Você não vale nada, Ritinha.

— Loura, eu posso explicar.

— Cala sua boca, vagabunda.

Loura então deu uma tapa na cara de Ritinha e saiu dizendo que a odeia tanto quanto os outros que fizeram as armações.

Ela chega em casa chorando e contou para dona França o que aconteceu, o que amiga aprontou. Imediatamente dona França foi até a casa dos pais da Ritinha e contou o que a filha deles fez com Loura. Eles, decepcionados, disseram que vão dar o castigo que ela merece.

Chegou o dia da viagem de Loura. Ela fez sua mala, muito triste por deixar sua família e sua filha para trás. Mas ela sabia que precisava trabalhar para ajudá-los. Na saída ela encontrou Ritinha e disse revoltada.

— O que você faz aqui?

—Calma, amiga. Só queria pedir que me perdoasse, eu não pensei no que ele poderia fazer com você. Ele só me pediu para aceitar a fazer festa e te convencer tomar aquela bebida. Eles disseram que não iriam te fazer mal. Não era essa minha intenção. Eu também já paguei pelo que fiz. Meus pais me deram uma surra e me proibiram de sair por muito tempo para qualquer festinha.

— Já acabou, sua hipócrita? Esse castigo foi pouco. Você acha que é tão simples assim? Se seu pedido de perdão fosse verdadeiro talvez eu te perdoasse, mas sinto falsidade na sua voz. Para mim você não serve para ser minha amiga e nem de outras pessoas, mas aqui o que se planta a gente colhe, e você vai colher. Apesar de você não merecer, vou te dar um conselho. Muda suas atitudes se você ainda quer colher coisa boa. E se você quer mesmo o meu perdão, perdoe a si mesma.

Loura pegou sua mala e saiu para pegar seu ônibus para São Paulo.

Passam-se alguns meses e Loura começou a se sentir mal. Sua patroa Rosana perguntou o que ela tinha, mas ela não sabia explicar. Disse que só foi uma tontura. Rosana chamou seu marido João e disse que estava preocupada com Loura. Ele disse que é normal de vez em quando ter essa vertigem. Inconformada, Rosana foi até a cozinha e disse à Loura para procurar um médico, fazer uns exames. Mas ela se negou, dizendo que estava bem e que não precisava se preocupar.

Loura foi até a casa de uma vizinha onde trabalhava sua amiga Cidinha e a chamou para conversar.

— Entra, Loura – disse Cidinha – como você está amarela. O que você tem?

Loura desabafou.

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