Capítulo 6

disso. Você as trata como suas prisioneiras – disse França, nervosa.

— Eu faço isso para o próprio bem delas. Não quero que elas fiquem faladas e com fama ruim por aí.

E assim o assunto se deu por encerrado. Depois de três dias Loura ainda não havia aparecido em casa.

— França, até quando você pretende esconder essa menina de mim? Traga ela agora ou eu mesmo vou atrás dela.

Então ele saiu à procura dela em todas as casas vizinhas. Quando descobriu que ela estava na casa do seu irmão, deu meia hora para ela voltar para casa. Ela chegou de mansinho e entrou no quarto chorando. Dona França tentou consolá-la.

— Não fica assim, minha filha. Vai dar tudo certo.

Logo em seguida seu Joaquim entrou, pegou Loura pelos cabelos e a jogou no chão, chamando-a de vagabunda. E começou a espancá-la.

Dona França gritou apavorada e pediu para não bater mais nela, porque ela estava esperando um filho. Ele, fora de controle e cego de raiva, expulsou-a de casa e disse que, para ele, ela morreu e que nunca mais queria vê-la novamente.

Loura saiu desesperada, correndo para o mato, sem destino. Dona França ficou aos prantos, pedindo a Deus para tomar conta da filha. Loura, sem saber o que fazer, foi à procura do seu namorado e anunciou que estava grávida e que seu pai a expulsou de casa.

— O que você quer que eu faça, Loura? Eu não prometi me casar com você. Eu nem sei mesmo se esse filho é meu.

Loura, com um ataque de fúria, partiu pra cima dele.

— Seu miserável, eu achei que você gostasse de mim. Bem que todo mundo dizia que você não prestava, só eu não queria ver – respondeu Loura, no desespero, chorando.

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