No passado brutal da Idade Média, o Arcanjo Gabriel enfrenta a culpa pelas próprias ações e por ter iniciado a guerra, enquanto tenta pelo menos salvar a vida da mulher que ele ama e da família dela. Tudo vira de ponta cabeça da noite pro dia. Os demônios estão aqui e alguns são humanos. O proclamado Rei vai ter que fazer uma escolha. Seu povo ou o amor de sua existência? Há um alvo das costas dela... Inimigos por todos os lados O destino é implacável e já está traçado pois o fruto deste amor mudará o rumo da guerra... Ela precisa nascer A Herdeira da Fúria está vindo..
Ler mais***GabrielVoltar ao esconderijo foi uma parte difícil. Vencemos, mas a que preço? Tudo podia ter sido evitado por mim no passado, e ao olhar nos rostos de cada um ali presente, que tiveram seus destinos tão alterados por mim, era pior.– O quê? - Meisner me encarava com lágrimas escorrendo dos olhos. Agora, ele estava sozinho no mundo, mas não aceitava- Ninguém viu o corpo! Não podem afirmar que ela está morta!
** GabrielNós invadimos a fortaleza do inimigo naquela noite. Chegamos pelo céu e ali fomos recepcionados pelo novo exército de monstros profanos que Valak havia criado. Por um momento, tive pena deles pois eu sabia que haviam sido Desertores torturados mas agora, precisavam morrer.Miguel e eu focamos em Valak e em seus servos mais fortes. Pela pri
** SerenaPrecisei de um tempo sozinha para processar aquela informação. Por mais que eu estivesse, de certa forma feliz, eu também temia pois sabia o que aquela criança era.— O que faremos agora? - Melína me questiona.À essa altura, as duas estavam no quarto comigo, à portas abertas.— Você precisa tirar, Serena, é o mais sensato a se fazer - Daisy sugere friamente , demonstrando estar diferente do que me lembrava - Existem formas de se fazer isso, não é?— Não ..- Eu disse baixo, tocando minha barriga - Isso nunca!— Esse bebê pode te matar e nem sabemos aonde o pai está! Se ainda vive ou se ainda te quer viva! - Melína se senta ao meu lado - Sei que não acredita nisso mas lembre do que Miguel fez.— Não tem um dia em que eu não pense nisso! - Olhei nos olhos dela.—
** Lilian--- Seis meses antes ----Eu estava caminhando na floresta em busca de algumas ervas específicas. Eu e minha mãe, apesar de sempre sermos taxadas como bruxas, costumávamos ser última esperança de muita gente na cidade. Enfim, era um dia de sol, pois o clima naquela região era sempre mais quente naquela época do ano.Eu usava meus cabelos soltos ao vento, um vestido em tom de verde escuro e carregava uma cesta. Cantarolava uma canção quando ouvi sons de algo se movendo na copa das árvores.Tudo de que me lembro era que vi um ser de asas negras de pássaro caindo por sobre mim. Um ser de aparência incomum que parecia um homem e agia como um da pior espécie. Ele me manteve deitada enquanto rasgava minhas roupas e tentava se enfiar entre minhas pernas. Eu me debatia mas ele era a criatura m
** HonanEstava tudo sendo devidamente preparado para dar um desfecho glorioso à essa saga. Me vingaria, faria todos pensarem que o fazia apenas pelo meu amigo e ainda aumentaria o meu prestígio e poder, pois eu seria o responsável por salvar a todos da temível Bruxa. Ah ! Essa noite tinha cheiro de triunfo.— E então? Já a matou? - A voz de Miguel se fez presente em meus aposentos.— Ainda não, tenho que fazer tudo como manda as regras - Virei na direção dele- Essa sua mania de invadir aposentos alheios é uma característica da espécie?— Por que a demora? - Ele cruzou os braços após revirar os olhos como resposta ao meu comentário.— Se estava com tanta pressa, devia ter afundado o barco no caminho pra cá
**MelínaEstávamos agora trancadas numa ante sala do palácio do Regente. O lugar era até bonito, com algumas poltronas, cortinas vermelhas e uma lareira, mas haviam dois guardas na porta do lado de fora. As janelas estavam abertas mas por conta da altura, não representavam ameaça alguma de fuga.Eu andava de um lado pro outro, mil pensamentos me torturam.— Não devíamos ter voltado! - Daisy , sentada numa das poltronas, chora copiosamente.— E que opção nós tínhamos? Estávamos cercados por todos os lados! - Eu me sentia tão culpada quanto ela - Tudo teria dado certo se não tivéssemos confiado em Miguel! Ir&
** SerenaO dia amanhecia normalmente naquela casa. Já se completava agora quase um mês que estávamos ali. Eu , Daisy e Melína fazíamos de tudo que estava ao nosso alcance para sermos prestativas. Buscar água, deixar tudo limpo e arrumado, ajudar na cozinha, o que fosse necessário e mesmo assim, eu me sentia em dívida eterna para com Lilian, sendo este mais um motivo para eu manter seu segredo, mesmo que eu tivesse certeza de que não seria possível esconder por muito tempo.Eu estava na cozinha quando Gabriel chegou me abraçando por trás. Era tão bom tê-lo tão perto, ao mesmo tempo em que eu sabia no fundo do coração que momentos como estes no futuro ainda eram tão incertos. Eu sentia como se fosse a ú
**ElieserDepois do que eu descobri, chegar até Lorde Stefan tornou-se mais importante ainda, porém, como o faria? Ele ainda é um nobre e sou um ¨plebeu¨. Mesmo se não fosse, não podia arriscar que alguém me reconhecesse antes. Ele me conhecia fisicamente, pois era próximo de minha família, mesmo sendo de classes levemente distintas, mas devido ao contexto, não tenho certeza se ele acreditava ou não em Honan.Primeiro, me certifiquei de que ele estava em casa e depois, cheguei até o mais próximo da propriedade possível . Era um palacete afastado da cidade, cercado por uma densa mata e um rio que lhe contornava antes de seguir seu curso. Stefan não era um senhor de armas, portanto haviam poucos homens à seus serviços, em comparação com os demais, é claro, apenas guardas pes
** ValakMeu plano chegou ao seu ápice e era a hora de colocar em prática. Primeiro, usei boa parte das crianças nephilins prisioneiras como alimento. Suas almas puras e carne incorrupta me fortaleceram .Em seguida, mandei que cinco dos prisioneiros mais fortes fossem trazidos até mim na sala do trono. Ali, após me alimentar, os recebi como velhos amigos.Abri as grandes asas de morcego, adornadas por fogo, assim como as chamas dos meus olhos, minhas mãos agora eram como as de uma besta infernal, com garras letais. Um a um, tiveram minhas garras cravados no peito mas não para os matar.A princípio, seus corpos paralisaram e caíram duros no chão, quase mortos. Depois, cada qual começou a se contorcer, gritando enquanto era possível ouvir o som de seus ossos quebrando e órgãos sendo contorcidos