** Azazel
Eu não estava derrotado, mas não podia contra um arcanjo em seu ápice, não sozinho e sem meus subordinados, então, eu tinha que buscar reforços.
O esconderijo dos Rebeldes ficava em uma fortaleza que haviam tomado em algum reino gelado cujo nome não importa. Era um lugar isolado, de clima invernoso, escondido dos olhos celestiais, de onde vinham as ordens de Theliel, a Corpo do Rei.
Assim que cheguei, fui levado até ele em sua sala do trono. Era apenas um salão comum com uma cadeira de madeira com alguns poucos adornos. Theliel, anteriormente, era conhecido como o Arcanjo -Menino, por conta de suas feições joviais e ser de fato o mais jovem e gentil dentre os sete que caíram com Gabriel....e porquê não dizer, o mais fraco dentre eles ou seria o mais forte? Agora, ele parecia bem menos bonito do que antes. Sua pele estava rugosa, seus olhos caídos e estáticos, os lábios arroxeados e os cabelos caíram por completo. Ele não tinha mais asas e nem se quer se levantava dali. Mas apesar da aparência cadavérica, quem falava pela boca dele sim causava calafrios e era responsável por mantê-lo na posição de maior poder neste lado da guerra.
Ao lado do Rei, estava o mais temido de seus generais. Uma mulher , uma nephilim de origem misteriosa. Seu nome era Lucena e o que se sabia sobre ela até então é que sua mãe era um anjo de patente baixa que fez parte de um pequeno grupo de anjos caídos que fugiram do inferno a muito tempo antes da guerra e que se abstiveram de escolher um lado (céu e inferno). Este grupo se dividiu em dois, um migrou para o leste do mundo e outro, se misturou aos humanos , querendo apenas viver uma vida comum à medida do possível. Bom, mas parece que a filha renegou o legado da mãe. Era uma bela mulher, alta, magra mas com porte de guerreira, longos cabelos negros e completamente lisos que mantinha trançados no estilo viking, afinal parece que ela viveu na Escandinávia. Seus olhos penetrantes em tom de azul tinham um delineado proporcionado pelos cílios grossos e sobrancelhas finas, que lhe dava olhos de boneca . Usava couro em cor preta ao invés de sedas e trazia uma espada embainhada. Como uma nephilim chegou tão alto? Bom, ela tinha liderança nada, chegou com mais de mil guerreiros rebeldes sob seu comando e tinha habilidades únicas.
— Estou profundamente irritado com você, Azazel, de modo que a simples presença de sua pessoa me dá vontade de esquartejar alguém - Ele disse, a diferença no timbre da voz era notável.
— Eu sinto muito, meu Rei - Me mantive de joelhos- Gabriel foi salvo por Rafael, eu nem desconfiei que ele estava em nosso encalço.
— Parece que o Comandante inimigo não é tão fraco como supúnhamos, Majestade - Lucena se dirige ao Rei.
— Você sabe da importância de matar Gabriel, não sabe? - Lúcifer/Theliel cerra os olhos, usando de ironia- Eu estou preso no inferno, eu, e todas as minhas grandes legiões, o Altíssimo usou o último resquício de seu poder pra isso e agora, tenho que me manter nesta casca podre pra poder lutar a guerra e depender de incompetentes iguais a você!
— A presença de Rafael na luta só mostra o quanto é falho..- Lucena desceu até mim- Só mostra que você não perdeu apenas a chance de matar o Rei em Ascensão como seu Comandante mais leal e aparentemente, o mais influente.
— Mas a viagem não foi totalmente em vão , General - Me ergui, olhando nos olhos dela, rebatendo sua ofensa - Eu sei como atingir o coração de Gabriel.
— É ? E como seria? - Uma quarta voz rompe o silêncio , entrando logo atrás de mim.
Era Valak, o Líder do Exército, a figura de maior poder ali abaixo do próprio Theliel, e a mais desprezível até para nossa própria espécie .Em forma humana, é um homem alto de porte robusto mas elegante. Era dono de longos cabelos ruivos que mantinha presos de modo desgrenhados, tinha um rosto desproporcional e amedrontador, olhos vermelhos, lábios finos, nariz grande , mas isto, mesclado com sua postura extremamente confiante, só o deixava mais repulsivo e intimidador - Perdão pelo atraso, Majestade, General...e Azazel.
— Atacaremos a casa onde Gabriel esteve, onde vive a mulher por quem ele se apaixonou - Afirmei com convicção, ignorando-o.
— Que original - Valak coloca as mãos para trás, olhando para mim- Sinceramente, Azazel, eu sempre ouvi falar tanto de você ...pra um Lorde Demônio , você surpreende pouco.
— Mais original do que o demônio de patente baixa que matou um dos Lordes e assumiu seu posto, impossível - Sorri com a mesma ironia, afinal, todos sabiam que ele havia assassinado Abaddon e tomado seus domínios e suas legiões, mas havia sido mandado pra esta missão na Terra com poucos guerreiros, comparado ao que tinha, pois até Lúcifer desconfia dele.
— Tem alguma ideia melhor, Valak? - Lucena cruza os braços, encarando Valak com certo desdém.
— E você tem? - Ele a olhou com certo desprezo - Não se engane , você é apenas uma nephilim.
— Ah como vocês são entediantes! - Theliel/ Lúcifer pragueja, batendo as mãos no trono - O inimigo está do lado de fora, Valak, poupe suas forças! Estamos muito perto!
— E quanto a Gabriel? - O ruivo questiona- Porque perder tanto tempo correndo atrás de um humano e sua prostituta?
— Por que ele é e sempre foi um Rei em ascensão - Lúcifer afirma - Não me interessa como farão, apenas aniquilem Gabriel e Rafael, pois cortando a cabeça, a serpente morre.
A irritabilidade entre Valak e Lucena era mais nítida que a luz do Sol. Valak infernizava Lucena e a queria pra si como mulher mas todos sabiam que Lucena preferia o sexo semelhante descaradamente e mesmo que não gostasse de mulher , tenho certeza de que ela preferiria se deitar com um cavalo do que com Valak. Se bem que, quem poderia culpá-la?
-----** Gabriel
Acordei de um sonho ruim que no fundo eu sabia que havia sido real. Eu estava agora deitado em uma cama mais confortável do que o colchão de palha onde dormi na propriedade dos Ylírios. Meu corpo estava anestesiado, leve e pesado ao mesmo tempo. Ao me sentar como dificuldade , olhei em volta, vi que as paredes eram simples, assim como os móveis, apenas uma mesinha num canto e uma penteadeira feminina improvisada.
— Bom dia, flor do dia - A voz de Rafael se fez presente , vinda de um canto onde eu não tinha olhado. Ele usava roupas comuns de plebeu, mas seus traços físicos em nada mudaram - Como está se sentindo, irmão?
— Como se tivesse sido pisoteado por mamutes raivosos - Apertei os olhos ao me encostar, dando um longo suspiro e em seguida, arregalando os olhos - Serena!
— A moça está bem, garanti que voltasse pra casa - Rafael afirma com tranquilidade.
— Não sei se isso é bom ou ruim, meu irmão, sinceramente... - Algo me dizia que as coisas por lá poderiam estar piores do que a guerra em si.
— De qualquer forma, acredito que você a verá em breve e poderá tirar a dúvida - Ele se levanta- As coisas saíram do controle desde que nos vimos pela última vez.
— Me conte o que está acontecendo! Demônios andam livremente pelo mundo humano, o que mais eu perdi?
— Depois que você foi condenado e os outros de nós abandonados, Lúcifer tentou influenciar na guerra, mandando um forte contingente para auxiliar os rebeldes e tomou o corpo de Theliel como receptáculo, porém, nosso pai, como ato final, selou Lúcifer e o resto de sua corja dentro do inferno, impedindo-o de seguir com seus planos. Boa parte deles está aqui, Valak, Azazel, dentre uma legião de bestas infernais e demônios de todas as patentes sob o comando do próprio Marquês das Serpentes . Eles agora tem um objetivo, tomar a Terra e libertar ao Rei- Rafael cruza os braços , negando com a cabeça- De qualquer forma, o apocalipse começou.
— Meu Deus! - Coloquei as mãos em volta da cabeça, como eu havia sido tão negligente?- O que foi que eu fiz, Rafael?
— O que foi que nós fizemos, Gabriel....o que nós fizemos - Ele se volta ao meu lado- Eu seguro as pontas como posso mas o nosso Rei é você, sempre será você.
— Eu comecei isso, Rafael! Não sou Rei, a não ser da catástrofe.
— Começou mas quem sabe um dia não possa concertar? Auto piedade não é característica sua, meu irmão - Suspirou , baixando os olhos- Dois tipos de soldados desceram dos céus conosco aquele dia: os que queriam sangue e os que queriam seguir você. Os sanguinários continuara a matança e os que te seguiram, estão prontos para te seguir novamente! - Se sentou ao meu lado, segurando a minha mão.
— E onde estão os outros do nosso lado?
— Se dissiparam no mundo, ficou muito mais difícil localizá-los aqui. Os que encontrei, lutam ao meu lado mas não são muitos - Olhou em volta- Quanto a sua dama, acredito que ela corre perigo, Azazel a viu, sabe o quanto ela vale pra você e as ordens dele, são pra te matar a todo custo.
— Ele vai atacá-los.... - Concluiu, negando com a cabeça- Eu devia ter cortado esse envolvimento quando começou mas ao me dar conta, já estava rendido como nunca estive antes! E agora, ela está condenada por minha causa, tanto por Azazel, quanto pela própria família!
— Sei como é esta sensação - Ele sorriu de lado, levemente corado- Nós dois caímos em tentação, meu caro..- Ele deu uma leve risada na qual tive que acompanhá-lo, mas logo ele estava sério de novo - Ela se chama Lilian, é uma curandeira...não nos vemos muito, ela sabe o que eu sou mas corre tanto perigo quanto se não soubesse. E o pior, meu irmão..- Ele olhou para mim.
— O que tem de pior, pelo amor de Deus?!
— Nossas tropas procriaram com os humanos e deram origem a um verdadeiro surto de mulheres humanas e celestiais esperando por nephilins que em breve nascerão. E ainda pior ...uma praga se alastra pelo continente onde estamos , Valak a dispensou, o fato é que está dizimando dezenas de vidas , os humanos a estão chamando de A Peste Negra - Olhou fundo em meus olhos, enquanto segurava na minha nuca- Por isso, meu caro, nem eu e nem você temos espaço pra viver os sonhos que queremos, se amamos as mulheres que estão em nossos corações, devemos protegê-las e isso nem sempre significa estar com elas.
— Tem toda razão..- Senti meu coração se partir em dois. Entre decidir ir embora por medo e ouvir a verdade de outra pessoa , há um abismo de diferença e senti isso na pele-
— Devemos proteger a família de sua mulher , tirar o alvo das costas deles e depois, procurar..
— Nós? - Questionei o interrompendo com um sorriso de lado- Podem me considerar o que quiserem mas ainda sou apenas um exilado, não posso fazer nada , Rafael...eu sou só um alguém a mais para proteger...
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Miguel
Estava na sala do Espelho, através do qual eu conseguia assistir aos desfechos que me interessava. Era literalmente um grande espelho emoldurado de ouro, cobrindo uma parede inteira. Eu observava o caos se instaurando na Terra, pragas, ataques de demônios à céu aberto, nossas tropas acuadas, os caídos que viviam escondidos sendo revelados à força. O inimigo vencia , nós perdíamos . E agora, Gabriel e Rafael juntos novamente, aos poucos tudo voltará a ser como antes. Ou não.
— O mundo que construí com tanto amor , está sendo destruído- O Altíssimo se aproxima de mim com olhar de pesar - Tenho filhos demais, é impossível controlá-los ou puni-los, é preciso deixar que lidem com a vida.
— Aonde está tentando chegar? - O encarei confuso.
— O caos está na Terra, logo não se trata mais de quem está certo ou não, se trata de sobrevivência e pra isso, só há uma coisa a se fazer - Olhou para mim - Tenho uma solução.
Após ouvir a ideia dele; meu coração se encheu de indignação.
— Como é que é?! - Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.
— Não me interessa o que você acha, é isso que fará! - Voltou a olhar pro espelho- Sabe que tem muito mais a perder do que a ganhar se tentar me questiona.- Passou por mim- Vai passar as ordens e conduzir Gabriel ao caminho certo, quer queira, quer não. Esse desfecho pertence a ele.
** SerenaQuatro dias se passaram desde que o ataque na mata aconteceu. Eu não via a luz do sol desde então , nem tinha direito de receber qualquer visita. As janelas nem se quer podiam ser abertas e pra não correr esse risco, meu pai mandou que fossem seladas com madeiras, duas grandes ripas em cada que eu jamais teria força pra tirar . Eu só sabia se era dia ou noite graças a uma pequena fresta que entrava por um vão da janela ou pela movimentação do lado de fora. Mas eu tentei sair, ah se tentei! Mesmo inutilmente, mesmo me ferindo no processo, eu tentei até me dar conta de que não conseguiria.As refeições eram trazidas duas vezes por dia e mesmo assim, a criada nem se quer me olhava. Ela entrava acompanhada por dois brutamontes, deixava a bandeja ao pé da cama e saia tão rápido quanto um raio. Ne
**GabrielAssim que recuperei as forças, pude me levantar e me dar conta de onde estava. Era uma cabana no meio da floresta, pequena , porém , muito bem organizada. Certamente, pertencia a uma mulher, dava pra deduzir pela minúcia nos detalhes. E não uma qualquer e sim, provavelmente uma curandeira graças a quantidade de ervas e especiarias estranhas nas prateleiras da cozinha mas não cabia mais a mim julgar.Segui até a saída, onde encontrei Rafael aos beijos com uma mulher alta de longos cabelos negros ondulados e volumosos. Pelas vestes de camponesa, ela certamente era a dona da casa.— Interrompo? - Perguntei já interrompendo, mas com um tom amigável.— Finalmente! Depois daquela conversa, você dormiu por dias...- Rafael deu um leve sorriso ao se aproximar de mim- Permita - me apresentar, esta é Li
** SerenaAquele era um dos poucos momentos em que eu conseguia dormir, quando minha mente envaidecida atingia o ápice de exaustão e meu corpo, por consequência, vinha a ceder ao mesmo sentimento. Porém, logo acordei com o barulho forte de muitos passos subindo pela parede do lado de fora. A luz e o cheiro do fogo enchiam o ar, assim como o som de gritos e rugidos de monstros semelhantes aos que vi na mata aquele dia.A princípio, pensei ser apenas alucinação, mas logo notei a diferença quando algo simplesmente estraçalha uma de minhas janelas pelo lado de fora e duas daquelas criaturas humanoides saltam para dentro. Dessa vez, meu instinto primário foi gritar o mais alto que consegui. Eu senti que seria o meu fim e naquele momento de quase morte, foi quando tive a maior das surpresas . A sombra de um ser alado passa pela luz que entrava por onde es
** RafaelValak era de longe a criatura mais vil de todo o Inferno e eu o conheci quando ainda era um anjo, na época em que este mundo nem sonhava em nascer. Ele era um dos mais belos, fortes e adorados dos céus, também o mais ambicioso. Ele tinham planos de ascender e a oportunidade surgiu mas não foi como ele esperava.Começou quando o Altíssimo nomeou a Tríade Celeste, os Príncipes dos Céus, que no caso, seriam os três arcanjos de maior poder, que exerceriam comando supremo por sobre todos os outros arcanjos e suas legiões: Miguel, Gabriel e eu.Mesmo não sendo um arcanjo, Valak se destacava tanto que sempre acreditou que podia ocupar um lugar na Tríade. O fato é que ele sabia que Miguel e Gabriel seriam os escolhidos, mas a terceira vaga ainda estava sob forte mistério e algo
**ElieserSe o mundo de fato teria algum final dramático , certamente seria igual a este dia. Eu simplesmente estava conversando com a minha família a respeito de um problema e num piscar de olhos, meu irmãozinho estava morto, a fortaleza invadida pelas hordas do inferno, fogo, sangue, morte por todo lado, seres alados do nosso lado e nós nem sabíamos o que eles eram e a minha mãe está morta. E ainda não havia acabado.Nós nos escondemos atrás daquelas moitas mas o objetivo era esperar , ir se afastando cuidadosamente até o mais longe possível de onde um dia já foi nosso lar. Meu coração doeu ao olhar para minhas irmãs , também para Daisy que agora variava enquanto minha pobre Melína tentava desesperadamente estancar o sangramento no rosto da irmã. Não é preciso ter
** ValakO clima era de festa quando vimos o inimigo bater em retirada. Terminei de incendiar a fortaleza. Acreditei que naquela forma, Gabriel jamais sobreviveria com aqueles ferimentos, mas antes de partirmos de volta para contar ao nosso Rei sobre a vitória, vimos o clarão no céu e eu soube exatamente o que significava. Uma sombra pairou em meus olhos e no que deveria ser um coração dentro de meu peito.— O que é isso? - Lucena se aproximou, perguntando,— O inimigo tentando se fortalecer...Ao chegarmos na fortaleza, eu , ela e Azazel nos dirigimos direto ao Rei. Eu temia contar-lhe sobre o que acontecera ao final da expedição, tentei manter meu orgulho afinal, Ra
**LilianEstava amanhecendo quando todas aquelas pessoas pousaram no meu quintal, literalmente. Eu não havia dormido nada, sabia que algo de ruim tinha acontecido com Rafael, eu tinha essa sensibilidade mas isso é o mais próximo de uma mística que eu sou. Na verdade, eu sou apenas uma mulher que gosta de conhecimento. Pelo menos, eu não passei pela agonia sozinha pois minha mãe veio me visitar e ela era meu modelo de sabedoria. Fisicamente, ela era uma versão minha mais velha.Nós duas vimos o pouso, aquelas pessoas feridas, Gabriel vestido como um Rei e a ausência de Rafael. Ah essa ausência me falava tanto! Olhei fundo nos olhos de Gabriel e pude praticamente ver o que tinha acontecido.Dali por diante , tudo em que me concentrei , com a ajuda de minha mãe e da eufórica Daisy, foi a cuidar do físico e da mente daquel
** HonanComo Regente, eu trazia o meu país com mãos de ferro e longe do mundo exterior o máximo possível. O contato comercial , era inevitável mas eu não permitia a aproximação além disso. Eu não prestava contas a ninguém, nem mesmo ao Vaticano, assim como nenhum Regente jamais prestou .Desde percepções religiosas até os costumes mais ferrenhos. Emoed não faz parte do mundo, está acima dele.Tudo parecia ir bem até que recebo a notícia do ataque brutal a fortaleza de meu amigo, Kayfar, que reduziu a tudo e a todos à cinzas e parece ter sido conduzido por um exército de criaturas aladas. Eu tinha que ver para crer..Cheguei às ruínas ao entardecer do primeiro dia depois do ocorrido. Eu estava a cavalo, trajando uma batina vermelha escura. Eu a