26

A casa da Ju era pequena, mas aconchegante. O cheiro do incenso que ela sempre acendia me trouxe uma sensação estranha de paz, mesmo com minha cabeça girando de raiva e frustração. Me joguei no sofá e deixei o cansaço me dominar.

— Quer comer alguma coisa? — Ju perguntou, já se levantando.

— Não tô com fome — murmurei, abraçando uma almofada.

Ela me olhou de lado, desconfiada, mas não insistiu. Sabia que eu falava pouco quando estava assim.

— Você vai dormir aqui, né? — perguntou, como se houvesse outra opção.

Eu assenti, aliviada por não precisar voltar praquela casa. Por mais que eu soubesse que uma hora teria que encarar Falcão, essa noite não seria essa hora.

Ju sumiu no quarto e voltou com um short e uma blusa larga.

— Toma, troca essa roupa, pelo menos.

Peguei sem discutir e fui pro banheiro. Me encarei no espelho por um momento, os olhos inchados, a expressão cansada. Passei a mão na barriga, sentindo aquele peso de que minha vida não era mais só minha. Eu não podia mais agir c
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