15

Falcão

Eu não estava brincando. Lara podia tentar o que fosse, mas não ia escapar de mim. O filho era meu, e isso mudava tudo. Ela podia tentar se esconder ou se convencer de que podia viver a vida dela do jeito que quisesse, mas eu sabia melhor. Essa criança, mesmo antes de nascer, já tinha me dado o direito de tomar controle da situação.

Eu a vi resistir, eu vi o fogo nos olhos dela, mas não me importei. Se tivesse que forçar, eu faria. Eu não ia ser mais um desses pais ausentes, que só aparecem quando querem. Eu ia ser o pai dela, ia estar lá. Não ia deixar ela criar essa criança sozinha, e muito menos deixá-la decidir por si mesma.

Quando a levei até o carro, ela não falou nada. Ficou calada, os dentes cerrados, provavelmente pensando que poderia me desafiar de novo, mas isso era besteira. Não ia ter outra opção. Ela sabia disso. Não ia conseguir ficar sozinha. Não ia ficar longe de mim.

Ajeitei o retrovisor do carro e pisei no acelerador, sentindo o peso da situação. A casa dela
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