19

Passei o resto do dia remoendo a conversa com minha avó. Eu sabia que ela tava certa, que esse mundo não era pra ela, mas eu precisava dela perto. Eu não ia conseguir passar por tudo isso sozinha.

Quando Falcão chegou em casa à noite, jogando as chaves na mesa como sempre fazia, criei coragem.

— A gente precisa conversar.

Ele arqueou a sobrancelha, se jogando no sofá.

— Lá vem… fala.

Respirei fundo, tentando não perder a paciência antes de começar.

— Quero que minha avó venha morar aqui.

Ele riu de canto, balançando a cabeça.

— Tá ficando doida, né?

Trinquei os dentes.

— Eu tô falando sério, Falcão.

Ele me encarou por um momento, depois se levantou, vindo até mim devagar, como quem já sabe que a conversa não vai dar em nada.

— Aqui não é lugar pra velha, Lara. Minha casa não é casa de família, cê sabe disso.

— E daí? — Cruzei os braços, não recuando nem um centímetro. — Eu preciso dela aqui. Eu tô grávida, não dá pra ficar sozinha o tempo todo.

Ele bufou, esfregando o rosto.

— Cê não
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