Nosso Zayn vai dar o nome dele nos próximos capítulos.💕 Johnny Huynh - HELL ON ME
Emmy ZackO ar parecia pesar sobre meus ombros. Meus pulmões pediam socorro, e meus pensamentos, dilacerados e frenéticos, imploravam por silêncio. Eu andava ao lado de Matteo, cambaleante, sem absorver o mundo ao redor.A única coisa que me mantinha em pé era o instinto. Queria sair.Precisava sair.Aquele templo... aquela cerimônia... aquele beijo.Caminhamos por uma trilha silenciosa, ladeada por borboletas de luz que flutuavam como estrelas perdidas. Suas asas cintilavam em tons violáceos e dourados, como se carregassem fragmentos de uma noite encantada. Mas eu não via beleza.Eu via labirintos. Dentro de mim, algo havia sido despertado — ou talvez invadido. Um calor antigo e desconhecido serpenteava por minha pele.Não me lembrava do rosto dos outros rapazes. Não soube dizer se sorriram, se gritaram, ou se me olharam com choque ou inveja. O único som que ecoava em minha mente era o alvoroço abafado dentro do salão, risos e aplausos misturados ao som de meus próprios batimentos
Zayn FieldsRi, baixo e rouco.— Docinho... você é tão... deliciosa. — minha língua quase salivava com a lembrança.— Sabe, eu ainda posso te sentir aqui dentro — bati o peito. — Como se já tivesse provado tudo de você.Ela me olhou, enfim. Olhos confusos, mas com a raiva acesa neles.— O que você quer agora? — perguntou, a voz embargada.— Primeiro... — comecei, desabotoando lentamente a camisa, deixando a pele à mostra — beije-o.— O quê? — ela parecia não entender.— Beije-o, docinho. — sussurrei, cada palavra um açoite. — Aproxime essa sua boquinha doce da dele... e dê a ele o seu laço.— Você...— Vamos, Emmy. — minha voz saiu dura, incontestável.Era uma ordem.Matteo me encarava com fúria nos olhos. Mas a fera dentro dele... tremia.— Ela não precisa... — ele tentou.— Não perguntei, porra! — rugi. O ar vibrou ao meu redor. — Eu mandei ela beijar!Silêncio.Pesado.Cortante.— Sabe, Emmy... — me aproximei mais, ficando a centímetros do rosto dela — eu não posso manipular você..
EMMY ZACKAcordei com um solavanco, caindo da cama com um estrondo surdo contra o chão frio de mármore. Meu coração disparava dentro do peito, e o suor frio escorria pela nuca. Outro pesadelo. Mais um.Madison apareceu no meu campo de visão antes que eu pudesse me recuperar. Seus cabelos dourados estavam soltos, caindo sobre os ombros como uma cortina cintilante sob a luz bruxuleante do abajur. Ela estendeu a mão, a expressão meio divertida, meio exasperada.— Você bebeu chá de hortelã antes de dormir de novo, não foi?Soltou um suspiro enquanto me puxava de volta para cima. Sua força me desequilibrou por um segundo, e eu quase tropecei.— Você sabe o que as guardiãs dizem sobre isso, Emmy.Antes que eu pudesse responder, Sol entrou no quarto, equilibrando um monte de toalhas dobradas no braço. Seu olhar deslizou rapidamente para mim, e ela franziu o cenho.— Pelos deuses menores e maiores, você precisa parar de desobedecer as guardiãs.Ela fechou a porta atrás de si com o quadril e j
EMMY ZACKObservei minha mãe analisando todas nós, Denise Zack parou diante de nós, e seu olhar gelado desceu até a maçã no chão. Com um simples movimento de mão, um feixe de energia se formou ao seu redor, levantando a fruta do mármore e conduzindo-a até sua palma.— Quem fez isso?Madison sequer hesitou.— Jennie. Ela sempre joga coisas na Emmy.Minha mãe lançou um olhar afiado para Jennie, que deu um passo para trás instintivamente. Sem desviar os olhos, mamãe apertou os dedos, e a maçã explodiu em pó entre suas mãos.— Por hora, deixarei isso passar.Seu tom deixava claro que não era uma concessão, e sim um aviso.Ela se virou, seus longos cabelos negros ondulando com o movimento.— Me sigam. Teremos visitantes na Torre. — Suas palavras ecoaram pelo corredor. — E vocês, comportem-se.Seguimos atrás dela, mantendo a postura reta, como nos foi ensinado desde crianças.A época não era comum para visitas. O outono trazia recolhimento. Lobos, vampiros, transmorfos e outras criaturas se
Isaac FieldsO mundo parou.Por um instante, o tempo perdeu o significado. O ar ficou mais pesado, como se cada partícula ao meu redor estivesse absorvendo o impacto daquela visão. Meu coração martelou no peito, meu sangue cantava em um ritmo selvagem.Céus, era ela.Minha prometida. Minha outra metade.A peça que sempre esteve ausente, um vazio que eu nem sabia nomear até agora.Ela estava ali, tão real quanto a própria vontade de Malac'h. Seus olhos azuis brilhavam como um reflexo do céu antes da tempestade, um convite e um aviso ao mesmo tempo. Havia algo neles — algo feroz, indomável — que me fez esquecer como respirar.O destino havia nos unido. Como deveria ser. Como sempre foi escrito.O instinto rugiu dentro de mim. A posse, a necessidade. Era visceral, inegável. Meu corpo reconheceu antes mesmo da minha mente. O cheiro dela, a presença dela. Tudo me chamava.Ela era minha.E eu nunca a deixaria escapar.O mundo poderia desabar agora, e eu não me moveria um centímetro.Porq
EMMY ZACKMinha pele ardia.As garras deslizavam pelo vale dos meus seios, descendo preguiçosamente até minha barriga. O toque era afiado e, ao mesmo tempo, adorável. Um arrepio percorreu minha espinha quando abri os olhos, respirando fundo.E lá estava ele.O homem de cabelos castanho-dourados, encaracolados, com a pele clara banhada pelo brilho âmbar das velas ao redor da cama. Seus olhos castanhos faiscavam, reluzindo em dourado à medida que me devoravam com a intensidade de um predador.Senti seus braços me envolverem, puxando minha cintura contra seu corpo sólido. O calor de sua pele me consumia.Então veio a dor.Uma pontada aguda, profunda. Meus lábios se entreabriram num gemido involuntário, um som que ele recebeu com um sorriso satisfeito.Uma de suas mãos deixou minha cintura e subiu até minha nuca, enredando meus cabelos entre seus dedos. Ele me puxou para si, forçando minha boca contra a dele. Seu beijo era faminto, reivindicador, como se quisesse selar algo muito além de
CHASE FIELDSOs corredores da Torre Masculina da Dívisa Guardiã eram austeros, de pedras escuras e frias, iluminadas apenas por tochas presas às paredes. Havia umidade no ar, carregada com o cheiro de pergaminhos antigos e ferro das espadas embainhadas nos cintos dos guardiões.Poucos homens eram aceitos aqui. A maioria eram maridos, filhos ou irmãos das Guardiãs, e aqueles que não tinham um vínculo de sangue ou aliança precisavam ser escolhidos a dedo para permanecer.Sete dias. Esse era o tempo que ficaríamos na torre.Sete dias até que Malac’h decidisse revelar a razão de nossa presença.Meu pai não costuma compartilhar segredos comigo. Ele não compartilha nada com ninguém.Malac’h é um Deus recluso.Ele vem e vai quando quer, passando a maior parte do tempo trancado em seus aposentos, observando em silêncio a pintura de uma deusa morta.Afasto os pensamentos ao ver Emmy Zack atravessar os portões da Torre Feminina.Os portões eram altos e imponentes, decorados com inscrições antig
EMMY ZACKTropecei duas ou três vezes, amaldiçoando a mim mesma por toda essa situação. Só me dei conta de como estava transtornada ao chegar a uma das salas de leitura vazia.Tranquei a porta e deixei algumas lágrimas caírem, me perguntando o que estava acontecendo comigo.Afinal de contas, aquele era o nosso lugar.Meu e do Devon.Até não significar mais nada. Mas agora, era como uma ferida aberta. Algum tipo de vergonha percorria meus poros.Eu cedi àquele lobo… Isaac.Naquele momento, foi como se eu respirasse através da minha pele, e minha pele pedisse por ele. Como se ele fosse o ar necessário para me manter viva.O cheiro dele impregnava meu vestido. Um aroma amadeirado, e fresco.Menta.A porta se abriu, mas continuei sentada no chão, perto da estante.— Olá, criança… — Adélia Bosckow me analisou. — Você está bem, Emmy?Levantei-me rapidamente, alinhando o vestido e abaixando a cabeça. Estendi as mãos à frente do corpo, levemente, em reverência a uma das guardiãs mais import