━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━
_
Os dias se passaram e logo vieram meses, e depois anos, o noivado de Catarina com Vinicius continuou firmado este tempo inteiro, e posso dizer que o amor aumentava a cada dia.
Catarina se fez ainda mais forte, o amor de sua vida agora estava na igreja, assim como ela, isso era gratificante e de grande ajuda. A fé de ambos aumentava, as dúvidas eram tiradas e a certeza de finalmente estarem felizes surgia.
Rita melhorou consideravelmente, porém, levará este acidente por toda a vida, a dor repentina e algumas marcas sempre estará em seu corpo para lembrá-la do acontecimento.
O pai de Cat, assim como o de Vini, permaneciam cada vez mais firmes e fortes, apesar de não estar sendo nada fácil para eles, eles proseeguiram, lutaram e conquistar
— Sim — respondeu ela, deletando os sentimentos de seu coração e aceitando o que Deus lhe dizia —, eu aceito.🌟— Radassa — gritou com a voz ofegante —, espere.Suas pernas estavam doloridas, correr atrás da filha era um trabalho incrivelmente árduo, mas ela não podia deixar isso para a mãe, temia que algo de ruim acontecesse com as marcas deixadas nas pernas dela.— Minha filha, deixe a criança, você era pior — aconselhou sua mãe, sentada na varanda descascando uma laranja numa paz incompreensível.— Eu sei mãe, mas ela precisa comer — suspirou e sentou-se no chão, ao lado da poltrona onde sua mãe se sentará. — Ela já não nasceu tão fortinha, porque não segue as atitudes dos irmãos?Radassa surgiu rindo, colocando as mãozinhas nos joelhos simbolizando seu cansaço. Quando levantou-se, encontrou um olhar nada agradável de sua mãe, dando um sorriso desajeitado, a criança
― Mãe, por que eu não posso namorar?Catarina Moura julga viver sofridamente os dilemas de uma juventude avassaladora, onde tudo lhe é proibido, porém, o desejo de ter e fazer é maior e isso a angustiava. Aqui, ela via-se necessitada de um amor, de uma paixão, coberta de carências, ela buscava satisfazer a sua carne e não fazê-lo parecia-lhe cruel e doloroso.O caso perturbante é que sua mãe proibia-lhe quaisquer ação e desejo da mocidade, consciente do resultado dos "desejos carnais" e tentando ao máximo proteger sua filha, para que a mesma não acabasse por vivenciar e repetir tudo que a mãe, Rita, consequentemente vivera. E Catarina, apelidada por Cat, caminhava pela praça movimentada de seu bairro, com as lembranças ávidas em sua mente, questionando-se quando ela poderia, finalmente, alcançar sua liberdade.Enquanto ela se distraía, chutando uma pequena pedra pelo caminho, a pessoa que seria a sua perdição, ou a sua liberda
Catarina dava passos lentos e errantes até a cantina da escola, ignorando as pessoas a sua volta, ela pensava em algo ao mesmo tempo que não pensava em nada.Tivera uma noite, inegavelmente boa, porém, coberta de pensamentos e inseguranças. Ela certamente não sabia o que se sucederia e nem sabia como melhor encarar os acontecimentos de sua vida. Ao acordar, não sentiu tanta vontade de levantar, a não ser a lembrança de um certo garoto determinado que ansiava — segundo ele — vê-la naquele dia.Certamente não escolhemos o rumo que nossas vidas pode tomar repentinamente, acabamos também vivendo rodeado de questões. De fato, nos encontramos em um mundo repleto de perguntas e sedento de respostas.Cat havia pedido seu lanche e o degustava calmamente enquanto observava as folhas repousadas no chão do pátio e o clima ameno se transformar em algo indiferente e dispensável. Deixou-se esvair aos pensamentos e imaginações do que certamente nun
O acolher dos braços do moço bonito e traiçoeiro durou tempo o bastante para que o coração da garota pulasse em seu peito e toda emoção fosse demonstrava em seus suspiros e em seu estômago inquieto.O moço bonito e traiçoeiro foi quem finalizou o abraço e afastou a garota de seus braços, numa distância curta o suficiente para ainda sentir-se a respiração um do outro.Aquele contato dos olhos durou um tempo curto, pois o garoto logo anunciou a sua ida e se despediu brevemente da garota. Ele disse ter esquecido que teria um compromisso naquele momento e que passou apenas para ver a menina ingênua por mais uma vez. De modo desconfiado, ele foi embora e ela manteve-se o observando pensativa.Observando ao seu redor, ela se deparou com sua amiga caminhando em sua direção, com uma expressão cansada. Consertou a alça de sua mochila em seu ombro e deu um sorriso fraco para Deyse, a garota com a qual seguia para casa.As dua
A noite chegava lentamente em Belo Horizonte. Algumas ruas ficavam numa penumbra, o céu escurecia rapidamente e as lâmpadas dos postes se ascendiam. Algumas pessoas vagavam silenciosamente pelo caminho. O clima estava ameno e o ar levava para todos os lados o cheiro de pães frescos e café moído. Era quase impossível passar por aquelas ruas naquele horário e não parar em uma padaria ou em uma lanchonete para provar um pouco do café amargo, mas muito saboroso e, é claro, os pães frescos com o queijo mineiro tradicional.Catarina passava pela rua, indo em direção à igreja, o ambiente do qual passara um período sem visitar. Um misto de ansiedade cobria a garota, ela não podia evitar, a dança era a sua paixão. Entrou em uma ruazinha, algumas pessoas estavam em frente às suas casas, conversando distraidamente com algum vizinho ou alguém conhecido.Ela trajava roupas leves e calçava uma sapatilha branca, levando uma meia para vestir assim que chegasse. Seu
Catarina não dormiu bem aquela noite. O céu estava limpo, a brisa estava suave e fresca, não havia sons da noite se esvaindo lá fora, mas ainda assim, ela não dormiu, pois, os seus pensamentos estavam acesos e sua cabeça latejava a cada vez que um pensamento voltava a se ascender. Era como se eles ganhassem forma.— Como foi lá, querida? — a mãe havia perguntado, assim que ela chegou em casa.— Ah! Mãe... — ela respirou fundo e disfarçou. — Foi legal! Mas, sinceramente... isso não me serve mais.— Bom... você pode tentar outra coisa, filha, há bastantes possibilidades...— Por favor, mãe. Não mais, só quero ficar na minha, e certamente nunca voltarei lá.— Então... — resolveu finalizar — ok.Naquele momento, eles jantaram silenciosamente e se despediram com afeto, cada um para seu cômodo ainda mais silencioso, onde Cat se encontrava agora.Ela não sabia,
Fora uma manhã chata com provas chatas. O outono se aproximava, o clima ficava uma loucura e as pessoas se agitavam. Catarina começava a lembrar de sua época morando no campo, um pouco longe dali, nas colheitas de outono sem previsão de como viria o inverno, da fome que já enfrentara por conta de dias chuvosos ou de terra infrutífera. Certamente ela não queria voltar àquele tempo e não comentava com ninguém sobre seus medos.— Catarina?Ela se virou bruscamente, estava sentada na cadeira, em uma mesa da lanchonete, a voz que surgiu por trás dela pertencia, sim, a pessoa que ela não queria ver, definitivamente. Ela sentiu seu rosto ganhar rubor, mas não lhe era mais vergonha, era raiva. Ela segurou a mochila e se preparou para ir embora.— Vinícius? Desculpe, já estou de saída.&nb
Tem pessoas que, quando chegam em nossa vida, conseguem fazer uma revira-volta no nosso subconsciente, não é verdade? Dono de uma beleza de tirar o folego, Vinícius é um dos garotos mais desejados da cidade — digamos assim —, estava sempre recebendo fretes, pedidos de namoro e, é claro, estava sempre dando esperanças para as garotinhas. Piscadinhas aqui, sorrisinhos ali. Ele nunca iria assumir um compromisso sério, era o que todos diziam.Quando ele via Catarina, com seus cabelos esvoaçantes, passando distraidamente pelos corredores, ignorando-o totalmente, ele acreditou que aquela seria a garota certa. Ele certamente não iria querer garotas oferecidas para viver, precisava de um ser puro e intocado.Passara muito tempo observando-a em certa distância e quando fez contato, não se importou com mais nada que o cercava. Trabalho, casa, namorada. Ele queria em parte provar que conseguiria ficar com a menina certinha do colégio, mas, por outro lado, ele