London Rider se meteu em uma grande encrenca e para fugir de uma dívida vai ter que aceitar viver na casa do Senhor Morgan. Um homem cheio de mistério e com um temperamento peculiar. Vai ser difícil para a jovem abdicar da sua liberdade para deixar esse homem cuidar dos seus problemas, mas algo no meio dos dois pode até tornar tudo um evento interessante. Inspirado em A Bela e a Fera, vamos conhecer um conto moderno e cheio de Fetiches!
Ler maisA semana se passou rapidamente e finalmente, recebi alta depois de dias no hospital em observação.— Consegue andar? — disse Tomás enquanto eu descia da cama hospitalar.Assenti dando um sorriso para o mesmo, mas ainda sim ele me segurou pela cintura apoiando um de meus braços em seu ombro, ajudando-me a caminhar até o elevador.Melissa havia me arrumado, me levou uma simples calça jeans da cor azul que se encaixou perfeitamente em meu corpo, uma blusa branca com um enorme símbolo da paz desenhado em várias cores no centro com rasgos propositais nas costas e tênis.Antes de entrar no elevador, fui colocada em uma cadeira de rodas dada pela enfermeira de cabelos ondulados, a mesma que cuidou de mim o tempo todo.Percebi que Melissa fez uma carranca para Tomás quando o rapaz sorriu para a mulher e eu não pude deixar de dar risada da cena. Ambos conversaram bastante naqueles dias que me visitaram no hospital e já começavam algo mais sério mesmo com o tonto do investigador não notando o c
Eu poderia implorar para ser levada daquela vida depois de tanto me machucar. Até mesmo quando já havia parado de fugir alguém fazia questão de tirar um pedaço de mim e estava começando a ficar chato.O clarão entrou em meus olhos sem dó quando despertei, pressionei-os para expulsar o incômodo enquanto uma dor horrenda percorria todo meu corpo até se concentrar em meu peito. Esperei um pouco antes de ver o ambiente em minha volta e quando já estava acostumada com a claridade, abri os olhos para ver onde eu estava.Em minha mente eu imaginei que talvez já estivesse no céu pronta para encontrar minha mãe e finalmente poder ver seus olhos de perto ou estivesse na porta do inferno por conta incrível dor que me percorria e pelo calor que aquecia minhas entranhas. Contudo, eu encontrei um teto iluminado pelos raios de sol.A mão quente e macia envolveu a minha fazendo-me olhar para a jovem ao meu lado que sorriu. Não era o céu, nem o inferno.Eu me encontrei no quarto branco com janelas gra
No final das escadas senti um vento abafado soprar meus cabelos para cima. As janelas da sala estavam escancaradas para mim e o sol conseguia entrar na casa misturado com o cheiro de natureza. Foi impressionante ver que finalmente tudo estava aberto depois de tanto tempo.John admirou minha face enquanto eu com um bobo sorriso, me divertia sentindo cheiro de terra e grama verde entrando em meus pulmões.— Você vem? — Eu não sabia o que ele estava tramando e sua frase, me deixou curiosa o suficiente para querer avançar no tempo. Ele sorria com a mão estendida em minha direção e mesmo receosa, eu a segurei.O moreno me puxou para um abraço forte parecendo que não me soltaria mais. Contudo, depois de um tempo saímos daquele contato quando ele se colocou atrás de mim e suas mãos cobriram meus olhos. Nos movemos pela sala bem calmos para não cair pelo trajeto.— Devagar — balbuciou, se divertindo com tudo aquilo.Eu estava em uma total escuridão e meu guia naquele momento parecia dançar co
Acordei ao sentir os beijos em meu pescoço e a mão quente acariciar minha barriga me proporcionando uma sensação deliciosa que acalmava meu coração e me causava cócegas ao mesmo tempo.Resmunguei com o sol batendo em meu rosto enquanto sentia os lábios em minha pele sorrir levemente.— Bom dia, gatinha — sussurrou a voz rouca ao pé de meu ouvido.— Que gostoso — a mordida leve em meu pescoço me fez encolher ligeiramente e me virei para poder ver os olhos de Jonathan. — Bom dia.Acariciei seu rosto, meus dedos analisaram a cicatriz pequena em sua bochecha. Ele deu outro meio sorriso, um tão lindo que fazia meu peito acelerar.Sua mão deslizou do meu ombro até meus dedos e os levou para seu coração.— Está sentindo ele? — Assenti, o pulsar de seu peito estava calmo ao ponto de relaxar meu corpo também. — Você dá vida para ele. Um sentido para continuar batendo.Mantive nosso olhar preso um ao outro. Eu absorvia suas palavras e pensava em nossa situação, pensava em tudo o que nos levou a
A princípio, um tremor percorreu meu corpo e me fez quase desistir da ideia. Era como se eu nunca tivesse me deitado com Jonathan antes, mesmo que sempre estivéssemos caindo em tentações. Contudo, meu cérebro queria continuar com aquilo e meu corpo o desejou intensamente.Eu queria ter a total certeza do que estava acontecendo comigo, tudo o que me cercava em meio aquela história estava mexendo com a minha cabeça e me empurrando para aquilo. Aquele ato mais real.Mesmo com toda a situação conturbada Jonathan havia me mostrado partes dele que eu jamais descobriria se não fossem os ocorridos.Eu não me sentia obrigada a fazer aquilo, por ele ter feito coisas que ninguém faria. Na verdade, eu me sentia amada, me sentia parte de alguém e queria que ele sentisse o mesmo.Claro que demoraria para dizer um "eu te amo", mas creio eu que nesse caso apenas o sentir, seria suficiente.John me deitou na cama e caminhou até a porta. Pensei por um instante que ele iria embora, que iria me deixar pe
George conversou um pouco mais comigo me contando sobre suas aventuras e perguntando diversas coisas do meu relacionamento com o rapaz que ele tanto admirava. Tive que mentir muita coisa e guardar em minha mente um lembrete para contar a John as coisas que disse, assim meu pai não teria um infarto ou tentaria matar o cara que fez um acordo com sua filha para ela ficar presa em casa. Até explicar toda situação, ele já teria colocado fogo na mansão.Quando meu pai se retirou do meu quarto, me dirigi ao banheiro para tomar um banho demorado e calmo. Deixei a água bater em meus músculos, me massageando enquanto lavava as mentiras do meu corpo. De tanto conviver com Melissa, eu aprendi muito, principalmente a encenar.Depois do banho vesti as calças jeans desbotadas que encontrei no fundo da gaveta junto de uma blusa larga e fina com mangas longas da cor branca. Havia faixas amarelas nos ombros deixando a peça simples, um pouco mais moderna.Penteei os cabelos com a escova que acariciou mi
Na maioria das vezes tive atitudes estúpidas que me levaram a lugar nenhum, na maior parte de minha vida tive que presenciar coisas estranhas que jurava não ver piores, mas não tinha nada mais estranho do que aquilo que se passava em minha frente.Jonathan conversava com meu pai como se fossem amigos de anos. Eles riam de assuntos que eu mal conseguia compreender e tudo à minha volta ficava cada vez mais estranho.O fato do quadro em minha frente ser de uma fera que conversa com o pai da Bela em um banquete é ainda mais engraçado do que se possa imaginar. Teve momentos que me peguei sorrindo feito boba e momentos que mal conseguia segurar o brilho em meus olhos quando Jonathan me olhava.Eu até tentava.Dizer que eu estava apaixonada por ele era até clichê, acho que na maioria das histórias a garota se apaixona pelo bad boy ou pelo princípe comportado, mas John tinha as duas face das personalidades. Afinal as vezes ele parecia o tipo de pessoa que não estava nem aí para nada e às veze
— Quando vai me chamar da forma correta? — Disse o homem com um sorriso de canto no rosto.— Quando vai criar responsabilidade? — Retruquei, lembrando que por muitos anos aquela foi nossa saudação.George ainda tinha sua barba quase grisalha mal feita e os cabelos sem pentear enrolando-se nos cachos, nunca em nenhum momento de nossas vidas ele havia mudado algo em si e finalmente encontrou as roupas perfeitas para provar que seu estilo era uma bagunça.Ele parecia um rapaz, mesmo com a terceira idade batendo em sua porta. Seu rosto era bonito demais, aparentava 40 e poucos anos, talvez fosse por isso que as pessoas me achavam mais nova. Eu havia puxado aquilo de meu pai.— Sabia que estou na cidade há duas horas e ninguém me recebeu como eu queria? Com aquela devida recepção.Seus braços foram abertos fazendo meus olhos brilharem. Há tanto tempo que não me envolvia em seu abraço que não pensei duas vezes.Desci as escadas o mais rápido que consegui, saltando alguns degraus enquanto ou
Estávamos entrando nas festividades de fim de ano quando finalmente consegui colocar minha cabeça em seu lugar. Havia se passado algumas semanas sem que eu e Jonathan, tocássemos no assunto de nosso acordo e ele parecia aguardar pacientemente pela resposta.Passei dias sem chegar a uma conclusão, eu só conseguia fritar meu cérebro depois de o cozinhar em banho Maria e era horrível tudo aquilo. Era pavoroso, mas ao mesmo tempo magnífico.Eu realmente estava presa em um dilema e o engraçado era que antes eu achava dilema uma coisa de gente com grandes conquistas para a vida.Naquele momento, eu percebi que não era nada incrível ter sua mente consumida pela indecisão. Acho que enfiar a cabeça na parede ainda estava em meus planos, mas eu estava guardando aquele pensamento para um momento de grande desespero.Lá estava eu dentro do meu presente, a galeria que John me dera há semanas antes. Admirei o quadro grande em minha frente no fundo da sala, onde um lindo jardim feito com tinta a óle