Foi numa viagem à Paris, onde tudo começou... ou foi devido a uma postagem no F******k?
A mais ou menos uns dois ou três anos, Helena namora com Luiz, um lutador de UFC que ela conheceu na academia... o engraçado é que ela não era tipo que frequenta academia e muito menos se envolver com um lutador de artes marciais. Nada contra, mas ela é mais do tipo que passaria o dia inteiro em uma livraria, biblioteca ou em algum evento literário.
É uma moça culta, fina e sofisticada.
Formada em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo, a USP, com todas as honras, algo já esperado por sua família e amigos. Mesmo sendo de origem humilde, sempre foi dedicada em relação aos estudos e ao trabalho. Não foi à toa que assim que se formou, conseguiu um emprego em uma multinacional da moda... fazendo contas, é claro!
E mesmo tendo um título de bacharel e ocupando um cargo importante em um ótimo emprego, ela tinha muito orgulho de suas origens...
Helena Petropoulos é neta de imigrantes gregos, residentes no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Sempre participa das festas tradicionais gregas e quase todo domingo, vai a igreja ortodoxa grega com sua mãe e com sua avó (por parte de pai). É uma profissional bem-sucedida e segura de si, mas tinha um amor incondicional pelas tradições de seu povo.
Ou seja, ela é muito top!
A tradição já se começa por ela mesma. Seu nome foi dado por seu pai, Constantino Petropoulos, para homenagear a Rainha Helena de Tróia. Bom, na verdade, a ideia foi da sua avó, que queria lembrar a força e coragem da mulher grega. Seu nome significa "a reluzente", "a resplandecente". É um nome feminino originário do grego Heléne, a partir de heláne, que significa "tocha". O termo hélê significa
"raio de Sol".E realmente, tanto na aparência quanto na alma, Helena é reluzente, o raio de sol da casa, da família e se deixar, de toda a comunidade grega. É a filha mais velha de três irmãos e a única menina da casa. Seus irmãos Heitor e Hermes adoram a irmã, principalmente quando ela os ajuda a sair de encrencas...
Alguns de seus amigos perguntavam de brincadeira, se ela era a reencarnação de Athena, a Deusa da Sabedoria, pois desde criança, já demonstrava inteligência. Era também uma referência ao anime Cavaleiros do Zodíaco, do qual ela e seus irmãos adoravam assistir. Até seus pais entravam na onda!
O maior sonho da mãe de Helena, Dona Sophia, é ver a sua única filha casada na tradicional Igreja Ortodoxa Grega de São Paulo, a mesma onde ela se batizou e fez primeira comunhão. E ai dela se isso não acontecer...
Mas ela não quer se casar, pelo menos não agora. Ainda quer fazer muita coisa na vida, como viajar pelo mundo, conhecer outras culturas e quem sabe fazer uma outra faculdade ou uma pós-graduação.
Assim como algumas mulheres, ela até tem vontade de se casar, usar o vestido de noiva, véu e grinalda, como manda a tradição de seu povo, de ter filhos, formar a sua família... e de quebra, também arrumar um gato e um cachorro. Porém, ainda quer manter a sua conta pessoal no banco e não faz a menor questão de ter uma conta conjunta.
— Bom, ninguém se casa pensando em se divorciar. Mas é sempre bom ter um plano B, no caso de acontecer, pois não sabemos o dia de amanhã. — era uma de suas alegações. Era difícil para mulheres como Helena arrumarem um companheiro à sua altura. Infelizmente alguns homens não sabem lidar com mulheres bem resolvidas e independentes. Ela até chegou a arranjar alguém para compartilhar a sua vida, mas parece que o fato de seu salário ser muito acima do dele, meio que atrapalhou o relacionamento e por esse motivo, acharam melhor se afastar, antes que um magoasse o outro.
É o preço que se paga por ser bem-sucedida.
Porém ela não pretende desistir do amor assim tão fácil, pois é guerreira. Não que esteja desesperada correndo atrás de alguém, muito pelo contrário. Só não fica procurando. Sabia que quando menos esperar, o amor há de bater na sua porta. Enquanto isso, curte livre, leve e solta, a sua vida de solteira.
É também uma mulher fina e elegante. Não usa roupas de marca, mas todos à sua volta admitiam que ela tem muito bom gosto para se vestir. Sempre discreta, mostra apenas o básico de seu corpo. É bonita sem ser vulgar.
Além disso, ela gosta e muito de ler. É uma verdadeira "rata de biblioteca", nas suas horas de folga, pesquisa sobre livros na internet e possui crédito na maioria das livrarias, sejam físicas ou online. Ela lê de tudo e mais um pouco, mas os seus favoritos são os romances hot e sempre dá preferência aos livros físicos, porém não via problemas em ler em P*F. Sua estante de livros era maior do que seu guarda-roupa.
— Se você conhecer uma garota que tenha mais livros do que sapatos, case-se com ela! — Era uma frase que Luiz sempre dizia em relação à Helena, que por sua vez, nunca entendeu o motivo de não poder conciliar as suas duas paixões, livros e sapatos. Ela adora livros, mas também gosta muito de sapatos... apesar de ter mais livros do que sapatos.
Muitos se perguntavam como duas pessoas tão diferentes se conheceram e namoraram. Foi mais ou menos assim... ela tem uma amiga de infância, Samantha, que trabalha como personal trainer na academia onde Luiz treina. É professora de Educação Física, especializada em Condicionamento Físico.
Se foi Samantha que a apresentou ao Luiz? Não. Sam, para os mais chegados, nem fala muito com ele, somente o cumprimenta por educação e o pouco que sabia sobre ele, não era boa coisa...
Luiz era do tipo pegador e a mulherada se jogava em cima dele. Bom, ele realmente é o tipo de homem que encanta as mulheres, alto, forte, moreno, de olhos verdes... e sabia como e quando jogar o seu charme. Segundo as más línguas, ele já saiu com a maioria das alunas da academia.
Não foi à toa que Helena ficou fascinada por ele!
Um dia, por insistência de Samantha, foi à academia para uma aula experimental da amiga e foi fazendo um tour pelo local, que acabou por conhecê-lo. E ele também não resistiu aos encantos daquela bela morena de cabelo liso, comprido e bem tratado, dona de um corpo bem-feito e de um sorriso carismático. Para ele, Helena era o máximo da beleza.
E venhamos e concordamos, ela é muito linda, uma joia rara, cobiçada pela maioria dos rapazes, que não resistem aos seus encantos. Não sabe o quanto desperta o desejo nos homens e por várias vezes, isso foi um problema para ela. Mas graças a sua deusa interior, sempre dá o seu jeito de escapar de situações embaraçosas.
Helena nunca se permitiu "perder a cabeça" por causa de homem. Se tem algo que ela não faz em hipótese alguma é correr atrás de homem, pois era muito orgulhosa para se submeter a um papelão desses. Já teve alguns relacionamentos sérios, ficantes e "casinhos" de momento, mas quando via que a relação não tinha futuro, caía fora. Sempre procurou se colocar em primeiro lugar.
Quando Luiz e Helena começaram a sair juntos, ela contou o quanto gostava de ler. Tanto que quando a pediu em namoro, pediu com um livro. E sempre em época de Natal, Dia dos Namorados, aniversário dela ou de namoro, ele dava livros para ela.
— Nossa amiga, ele é realmente muito apaixonado por você. — Dizia Samantha, toda vez que Helena ganhava um livro de Luiz: — A ponto de te dar livros... não é do feitio dele.
— Ah ele gosta de me agradar... e a gente vai morar junto...
— O QUE? COMO? QUANDO? ONDE?
— Calma Sam, uma pergunta de cada vez! — Pediu espantada e se divertindo com o susto da amiga: — Já tem um tempo que estamos conversando sobre isso. Ele disse que precisava sair da república e...
— Então ele só quer morar com você para sair da república? — Concluiu Samantha.
— Credo, também não é assim! — Protestou Helena: — a gente só quer unir o útil ao agradável. Parece que ele e os amigos estão tendo problemas com o dono da casa onde moram. Ele precisa de um lugar para morar e por que não morar comigo? Já que ele está sempre lá em casa, então que fique de uma vez.
— Bom se é assim..., mas já pensou no que os seus pais vão dizer?
— Sim e é isso que me preocupa... vou ter que pedir aos deuses muita coragem para enfrentar os dois. E pedir a minha vó para rezar por mim!
Dona Constantina Vardalos Petropoulos, mais conhecida como Vó Tina ou giagiá Tina na comunidade grega, a matriarca da família, era a pessoa que Helena mais admirava no mundo. Era uma mulher à frente do seu tempo. Claro que era apegada as tradições e as crenças de seu povo, mas sabia ser flexível a certos conceitos da vida, principalmente no que diz respeito ao papel da mulher na sociedade.
Quando a Europa estava sendo devastada pela Segunda Guerra Mundial, ainda menina, Tina fugiu para o Brasil com um grupo de refugiados, depois de perder tudo o pouco que tinha. Ajudou a formar a comunidade grega em São Paulo, se tornando uma espécie de líder comunitária. E mesmo com a idade avançada e sendo mulher, ainda liderava com mãos de ferro.
Graças aos deuses, Helena sempre pôde contar o apoio da sua avó. Quando começou a trabalhar e namorar na adolescência foi aquele escândalo, mas para sua sorte a sua avó ficou do seu lado e soube muito bem como contornar a situação. Quando decidiu sair de casa para ir morar sozinha, claro que seus pais foram contra, pois eram muito tradicionais (para não dizer caretas). Acreditavam que os filhos somente poderiam sair de casa apenas para se casarem e de preferência na igreja, principalmente ela que era filha única. E claro, com alguém que seja digno de ser seu marido.
— Ela não está passando necessidade, somente quer ganhar o próprio dinheiro e isso é maravilhoso. Mostra que quer ser independente. E ela só está saindo de casa para ter o próprio espaço e porque é mais próximo do seu trabalho, não porque está incomodada com alguma coisa ou porque não os ama mais.
Eram as sábias palavras da vovó Tina. Realmente Helena possuía um espírito indomável, que só quer ser livre. E quando o assunto era sexo, sempre dava certos conselhos que deixava a sua mãe constrangida.
— Na sala ou na cozinha, a mulher deve agir como um cordeiro. Deve ser gentil e prendada. Mas no quarto, principalmente na cama, a mulher deve agir como uma tigresa no cio. Deve ser selvagem e fogosa! _ Era o que sua avó sempre lhe dizia.
E Helena sempre seguia os conselhos da giagiá, principalmente o segundo.
Helena mora sozinha numa quitinete no centro de São Paulo, "próxima" ao seu serviço, uma multinacional japonesa de grande porte, a Shingen S/A, referência mundial em moda e especializada em produção de roupas, acessórios e tecidos. Estilistas do mundo todo sonham em ter suas grifes produzidas por esta empresa. Um deles é Dayane Remy Ribeiro, amiga franco-brasileira de Helena e Samantha. Ela estudou moda na ESMOD em Paris, já trabalhou com os maiores nomes da moda internacional e hoje lança a sua própria coleção. Quando se diz "próxima", quer dizer ter o acesso mais fácil e mesmo assim, precisa enfrentar o metrô de São Paulo, como a maioria dos paulistanos. Mas seria muito pior se continuasse a morar com seus pais, onde o tráfego é muito mais contramão. Assim que alugou a quitinete, Luiz queria morar junto com ela, porém Helena foi firme, dizendo que era muito cedo. Queria curtir o fato de morar sozinha por um tempo, comemorar a sua independência em seu próprio espaço, conquistado
Mais alguns dias se passaram e nenhum sinal de Luiz. Helena ligava, mandava mensagens, olhava no F******k e nada. Chegou a perguntar para Samantha se o viu na academia, mas ela também não soube lhe dizer nada. O que por um lado foi inútil, uma vez que os seus horários não se coincidem. Ela já pensava no pior. "Notícia ruim sempre vem primeiro!" Disse para si mesma. * Em uma manhã quente de janeiro, Helena se arrumava para ir trabalhar, quando ouviu um barulho de algo se quebrando. Era o seu olho grego, feito especialmente para ela, por sua vó, que estava pendurado na parede da sala. Na cultura grega, este artefato simboliza o Olho dos Deuses, protegendo a pessoa da inveja e do mal olhado. Quando se quebra, é porque a protegeu de algum mal... ... ou é porque algo muito ruim está para acontecer com ela. Mas seu olho grego quebrou de um jeito tão estranho, que a deixou assustada. O objeto se partiu em mil pedaços, que se espalharam por toda a sala. Foi como se alguém tivesse
Como prometido, Samantha realmente passou o dia todo cuidando de Helena. Limpou os cacos de porcelana do vaso e do olho grego, passou uma pomada em seu machucado e fez uma comprinha básica no mercadinho da esquina, para preparar um almoço simples, mas bem gostoso para elas. Também fez questão de comprar algumas guloseimas, como chocolates e sorvete. Encontrou uma edição limitada sabor baunilha com calda de goiaba e quis levar para experimentarem. Nada como um docinho para adoçar um coração amargurado. Também ligou para o seu escritório, para explicar que ela não estava se sentindo muito bem, mas amanhã estaria melhor. A secretária parecia que já estava ciente do caso do F******k, foi muito grosseira e desligou na sua cara. — Credo, que grossa! Vai desligar na cara da sua vó! — Esbravejou. De lá do seu quarto, Helena ouvia a amiga reclamar, só imaginando quem foi que a atendeu. Como era de se esperar, a família de Helena ligou para saber como ela estava. Sophia fez um verdad
No dia seguinte, Helena foi trabalhar, tentando fingir que nada aconteceu. Vestiu o seu melhor conjunto social para provar, pelo menos a si mesma, que era melhor do que aqueles dois. E também porque precisa acertar alguns detalhes da viagem. Chegando lá, muitos a olhavam de forma muito estranha: uns davam risada, outros ficavam com pena e alguns com curiosidade. A profissional bem-sucedida e admirada por sua garra e competência, agora não passa de uma pobre coitada que levou um chifre pelo F******k. Chegou a ouvir os comentários: "Se uma moça como ela não conseguiu segurar um namorado, então não há esperança para nenhuma de nós..." “Coitada, ela não merece isso. Saber da traição do namorado pelo F******k não deve ter sido nada fácil para ela...” “Sinceramente, aquele cara nunca me enganou...” "Ela sempre se achou perfeita demais! Achou que nunca seria traída! Bem-feito para ela!" "Agora que está solteira, podemos ter alguma chance! Vamos apostar quem é que consegue sair com
As duas só olharam para o lado e quando viram quem era, não sabiam onde enfiar a cara. Sim, era ele mesmo, o presidente da empresa, Takeda Shingen, com a sua imponente presença, olhando para elas naquela cena deplorável. Helena somente pensou na hora que realmente não era o seu dia. — Sr. Shin-gen! — Gaguejou ao vê-lo. Fez a tradicional reverência japonesa, pois sabia o quanto seu chefe era apegado às tradições de sua Terra Natal. — Eu a avisei que o senhor queria falar com ela, mas ela não quis me ouvir. — Disse a bruxa da Olga, querendo se safar. — O QUÊ? Isso é mentira, eu já ia mesmo falar com o senhor, mas... O presidente somente um gesto com a mão pedindo basta, com toda a sua calma oriental: — Dona Olga, volte agora para sua mesa, por favor. Deixe que eu mesmo converso com a Helena. E todos vocês, voltem ao trabalho. — Sim senhor. — A velha senhora só a olhou de cima a baixo e saiu pisando firme. Todos olhavam a cena. E ela o olhou com o rosto vermelho, esperando pel
Dias depois, Helena recebeu uma ligação e ficou aliviada ao ver na tela no celular que era a Samantha. Porém quando foi atender, percebeu que no lugar da voz da amiga, era outra pessoa. — Helena Petropoulos? Por acaso é amiga de Samantha Ferreira e Duarte? Era a voz de uma mulher. Naquele exato momento, sentiu um aperto no coração. Aliás, era só o que tem sentido ultimamente. — Sim, sou eu. — Aqui é do Pronto Socorro, sua amiga foi agredida e precisou ser socorrida. — O que? Como ela está? Por favor me passe o endereço que eu vou buscá-la! Após anotar o endereço do local, saiu correndo já pedindo um Uber escadaria a abaixo. Durante a corrida, ficou imaginando o que poderia ter acontecido a sua amiga... Chegando lá, perguntou por ela na recepção e a encaminharam até a sala de repouso, onde a encontrou com arranhões, hematomas, a mão enfaixada e um corte na testa. — Pelos Deuses amiga, o que houve? — Se eu te contar, você não vai acreditar... e eu não sei por onde começ
Dias depois daquela confusão na academia e dias antes da viagem, Samantha ficou hospedada na casa de Helena para ajudá-la a fazer as malas. Quis ficar na casa da amiga para de lá, partirem juntas até o aeroporto. E também para evitar o olhar de reprovação de seus pais. Sim, eles e toda alta sociedade paulistana já souberam da sua briga na academia. — Já verifiquei o seu passaporte. Está atualizado, então não terá nenhum problema na hora do embarque. E eu já falei com a Day, ela ficou muito feliz em saber que você vai junto comigo no lugar do Luiz... — Valeu, eu também estou contente em poder vê-la de novo. Nossa, faz tempo que não a vejo. E faz mais tempo ainda que nós três não nos encontramos. — Comentou Samantha, tentando se lembrar da última vez em esteve com as amigas. Se a sua memória não falha, foi no seu casamento quando as convidou para serem as suas madrinhas. Lembrou também que na época, chegou a adiar a viagem de Lua de Mel apenas para ficar mais tempo com elas, pois não
Finalmente chegou o grande dia! Helena e Samantha foram à Paris, a famosa Cidade-luz, onde a vida é vivida com beleza e paixão, também conhecida por ser a capital mundial da moda. Foram mais ou menos onze horas de viagem, mas foi tranquila, desde o Aeroporto Internacional de Guarulhos até o Aeroporto de Charles de Gaulle. Elas pareciam duas garotinhas animadas, indo ao parque de diversões pela primeira vez. E se animaram ainda mais quando viram a sua amiga de infância, Dayane Remy no portão de desembarque. — Oh mes chers amis (minhas queridas amigas)! — Miga sua loka! — Gritaram as duas ao mesmo tempo. "Como foi bom ter feito esta viagem!" Pensava Helena. — Oh meu Deus, deixe-me olhar para você, está tão linda! — Disse Samantha ao vê-la depois de tantos anos. A última vez que se viram foi em seu casamento, quando a amiga criou o seu vestido de noiva. Foi um dos seus primeiros trabalhos como estilista profissional. Ela foi recebê-las com um elegante blazer rosa pastel, uma