RICOAcordei desnorteado, com uma zonzeira na cabeça. O sono ainda não tinha me deixado, meu celular não parava de tocar e eu quase deixei o moleque cair no chão.O segurei pela camisa com uma mão e ajeitei ele em cima de mim, peguei o celular no bolso da bermuda. Ele ainda dormia, então atendi o celular.— Porra, cadê você? Estamos te esperando atrás do hospital, parceiro — Sorriso falou um pouco alto e todo afobado.— Calma aí, irmãozinho — me ajeitei na cadeira — Pra quê essa afobação, a Aninha tá bem? — Perguntei com receio e levantei da cadeira ajeitando o moleque no braço.— A Aninha tá bem, caralho! Tô preocupadão com tu, pô — Falou suspirando — o Teixeira tá aí procurando a ninfeta dele. A garota teve um filho dele, mas abandonou o cria e saiu vazada — disse e eu logo liguei os pontos. O garoto ter a mesmo sobrenome nome que aquele verme não era nem de longe coincidência — pensei, ao lembrar da ficha.— Então ele não tá atrás de mim?! — dei risada.— Pelo menos hoje não. Mas s
Algumas semanas depois.RAEL- Papai, o Rian é muito feio - a Rita falava enquanto estava pendurada nos braços do padrinho babando o moleque, e eu apenas ria da folguisse dela.- Papo reto, Ritinha! Maior carinha de joelho, pô - Rico concordou dando risada enquanto brincava com o bebê.Eu estava feliz à beça pelo meu irmãozinho, mas temia que a felicidade dele não durasse por muito tempo. O Teixeira não iria deixar como está, era só questão de tempo pra ele invadir a procura do moleque e matar quem estivesse em seu caminho.E o que me impressiona, é que o Talibã aceitou tudo isso numa boa. Sem cara feia, sermões ou surtos de raiva. E aí eu já poderia esperar o pior.- Cadê o meu afilhado ein? - o Sorriso entrou carregando três caixas de cerveja, sendo seguido pelo Neguinho que trazia vários pacotes de carne e algumas garrafas de uísque e energético.- Meu papai que vai ser o dindo do Rian - a Rita deu lingua pra ele e eu ri.- Vou não, gatinha. O teu dindo nem chamou pra isso - joguei
TEIXEIRAEu e o Talibã éramos melhores amigos, aquela típica amizade que vai dá escola pra vida. Ele morava em uma comunidade e não tinha uma boa índole e mesmo meus pais enchendo meu ouvido falando que ele não era boa companhia, continuei andando ao seu lado.Mas eu deveria ter ouvido os meus pais, porque não demorou muito pra ele me colocar em um rolo errado.Começou a vender drogas, e eu só servia de aviãozinho e foi assim até os nossos dezoito anos, quando conhecemos a Samantha. Um menina linda, toda meiga e gostosinha.Nós dois ficamos de quatro por ela, mas quem a tinha avistado primeiro foi eu. Tentei uma chance com ela e não deu em porra nenhuma. Fiquei arrasado pô, e quando vi os dois juntos eu me recusei a continuar com a nossa amizade.Falei com os meus pais e eles me mandaram pra uma escola militar e já que meu pai era Tenente foi tudo mais fácil. E mesmo sabendo que eu não tinha nascido para aquilo, eu fui mesmo assim.Me formei e me tornei um policial militar, dando um o
RAELAlguns tiros foram disparados ao longe e antes de sairmos, o Talibã entregou o moleque pro Rico dando a ordem pra ele não sair de casa.O meu irmão ficou bolado por não poder ir junto, mas foi pra dentro de casa sem querer fazer alarde.O Sorriso e o Neguinho desceram pra buscar o maluco, e eu peguei a moto levando o Talibã na garupa até a linha que dividia o morro, do matagal.Estacionei alí, e ele desceu. Coloquei o descanso e desci, ajeitando meu fuzil. Coloquei o mesmo atravessado nas costas e cruzei os braços esperando, junto do Talibã os crias chegarem com o verme.Não demorou muito e eles chegaram arrastando o Teixeira até onde estávamos e o jogaram no chão, empurrando à pontapés.— Cadê o meu filho? — gritou exageradamente, assim que caiu aos pés do Talibã.— Agora vai dizer que amava a putinha também? — Talibã perguntou e riu debochado encarando o policial, e erguendo o mesmo pela camisa o jogou em direção dos crias, fazendo eles segurarem o mesmo.Fiquei observando tudo
5 meses depois.RAELDepois da morte lenta e dolorosa do Teixeira, agora eu poderia dizer que tínhamos a paz que tanto almejavamos. Não fomos cobrados, nem nada. Talvez ele fizesse mais mal a sociedade do que a ajudasse, e tivemos essa comprovação quando o pai dele apareceu aqui apenas para pedir o corpo do filho.— Ele não era digno da sua profissão. Abusava muito do poder, e se quer fazia o seu devido papel como policial. Era odiado por muitos, e por causa disso, ele teve a morte como consequência — essas foram suas palavras enquanto olhava para o corpo do filho estirado no chão do valão.O Talibã liberou para tirarem o corpo dalí, mas mandou o rabecão subir. Nenhum soldado iria ajudar em nada, e foi assim. A justiça do cara lá de cima tardou pro Teixeira, mas a do chefe veio só nos adiantamentos.— Tô falando contigo, cara! — o Rico me deu um tapão na cabeça me fazendo acordar dos meus pensamentos.Tava na casa dele desde cedo. Hoje era o aniversário da minha princesa e a Aninha t
CLARA— Tá muito bom, tomaaa! — a Rita colocou a colher de brigadeiro na minha boca de uma vez só, me sujando toda e eu ri pegando a colher.Coloquei a Rita sobre um dos bancos ao lado do balcão e começamos a raspar a panela juntas, e vez ou outra eu olhava para a sala. Especificamente, para o Rael.E meu Deus, que homem era aquele! Fiquei tão boba quando vi pela primeira vez que até falei uma besteira e quando me dei conta do que havia falado, quase morri de tanta vergonha.— Clara, tá escorrendo ó... — a Lis falou e fez um gesto pra limpar minha a boca e eu a olhei sem entender — a baba — completou e a Ana deu risada.Revirei os olhos mandando o dedo do meio para elas e voltei o meu olhar para a colher, e a panela.Assim que eu e a Rita terminamos coloquei ela no chão e levei a panela até a pia. Coloquei água na mesma para lavar depois, e Ana me pediu para ir ajudar a Rita a tomar banho e se arrumar já que faltava poucas horas para a festinha.Passei pela sala e os meninos estavam t
RAEL— Você e meu papai são tão lindos juntos — minha filha falou dando um risinho e a Clara se afastou de mim rapidamente.Sorri encarando ela que tava toda sem graça. Passei a mão pelos meus cabelos ainda preso ao que tinha acabado de acontecer e virei, olhando para a minha princesinha.— Cadê teu padrinho? — perguntei e ela deu de ombros.— Não sei — falou com a boca cheia de doce.— Maria Rita! Se você der mais uma volta nessa cozinha, fica sem bolo — Aninha falou subindo as escadas e parou bem ao lado da minha filha — Vem, você precisa trocar de roupa — pegou na mão da Rita e foi descendo as escadas, mas antes sussurrou um "continuem o que estavam fazendo" para nós e saiu rindo.— Mas o meu vestido de princesa tá lá em cima — ouvi minha princesa reclamar.Me virei novamente, agora encarando a Clara que estava encostada na parede. Sua respiração era pesada, e seus lábios ainda estavam avermelhados por causa do beijo.Me aproximei dela e peguei na sua mão, a trazendo para perto de
CLARAParamos o beijo por falta de ar e ele beijou o meu queixo, fazendo uma trilha até o meu pescoço. Soltei alguns suspiros e ele logo tomou os meus cabelos em sua mão, deixando o meu pescoço mais exposto para ele, até que do pescoço ele desceu para os meus seios.Puxou uma das alças do meu cropped para baixo e logo em seguida a outra, fazendo os meus seios saltarem para fora. Beijou cada um deles e depois começou a chupá-los.O puxei para mim, beijando sua boca com urgência e deslizei uma das minhas mãos para dentro de sua bermuda, sentindo sua ereção.Envolvi meus dedos ao redor e apertei, sentindo ele pulsar em minha mão e o Rael arfar entre o beijo. Mas antes de começar a movimentar a minha mão, ele a puxou de sua bermuda e cessou o beijo com alguns selinhos, me deixando sem entender absolutamente nada.— Vamos pra minha casa? Eu não tenho nada aqui — falou se referindo a camisinha e levantou as alças do meu cropped, deixando um beijo no colo dos meus seios, outro no meu rosto e