Entre dois IRMÃOS - apaixonada pelo irmão do meu ex
Entre dois IRMÃOS - apaixonada pelo irmão do meu ex
Por: Bhia Pear
Que sacanagem

— Que merda é essa?! — gritei, a raiva fervendo em minhas veias como um vulcão prestes a entrar em erupção.

A cena diante de mim parecia uma piada de mau gosto, um pesadelo que eu esperava apenas encontrar nas novelas mexicanas.

Mas ali estava eu, a realidade é muito mais cruel do que qualquer ficção.

Depois de dias longe, me deparo com a imagem que jamais imaginei ver: meu namorado, jogado na cama da minha melhor amiga, com quem divido meu apartamento.

Nu, por cima dela e ela parecendo aquelas gatas no cio, que há muito não consegue o que precisa e agora está tirado o atraso, de tanto que mia.

Que pesadelo!

A traição não era apenas uma facada; era uma tortura, um golpe baixo na confiança que eu havia depositado em ambos.

Eles simplesmente estavam me fazendo de trouxa, fingindo uma animosidade na minha frente e se comendo nas minhas costas.

É de doer na alma!

Os dois me olham espantados assim que se dão conta que estou na plateia do showzinho que estão dando, me olham como se eu fosse um fantasma surgindo do nada, mas a verdadeira surpresa deveria ser deles.

Eu os encontrei juntos!

Seus rostos pálidos e os olhos arregalados, como se eu tivesse interrompido um momento sagrado entre eles.

Aquela cena, que deveria ser um refúgio para mim, agora se transformava em uma prisão de dor e desilusão.

Que canalhice!

— Alby, eu... — começa Ana, a voz trêmula, mas não há palavras que possam salvar a situação.

Não há explicações que possam justificar o que eu vejo, a traição crua e exposta diante de mim.

— Cala a sua m*****a boca! — interrompo, o grito saindo como um lamento, um desespero aguçado.

O coração b**e acelerado em meu peito, e a adrenalina corre por mim como um rio revolto.

Estou furiosa, mas também me sinto traída, como se tivessem rasgado a única coisa que eu considerava sagrada: minha confiança.

Eu confiava nos dois.

Eu considerava os dois.

A dor é quase palpável, como se uma lâmina afiada estivesse cortando minhas entranhas.

— Eu não posso acreditar que você, de todas as pessoas, faria isso comigo! — digo, minha voz tremendo de indignação.

Meus olhos queimam de lágrimas não derramadas, enquanto me dirijo a Ana, mas meu olhar se volta para Denis, que permanece em silêncio, provavelmente paralisado pela culpa.

Como se houvesse alguma palavra que pudesse desfazer a traição.

Enquanto eles trocam olhares de vergonha e confusão, sinto a raiva crescendo dentro de mim, uma tempestade prestes a estourar.

Não posso ficar ali parada, e não quero ser a vítima que chora em um canto.

Já basta a humilhação que eles estão me provocando.

Em um impulso, avanço, quase sem pensar.

— Isso é uma palhaçada! — grito, apontando para a cama desfeita, para a cena que eu gostaria de apagar da minha memória.

— Vocês acham que eu sou uma idiota? Que eu não percebi a distância entre nós? Eu não sou ingênua! Acham que poderiam se esconder de mim, me fazendo de besta e outras coisas mais?

Literalmente, vocês, se merecem!

A verdade é que, apesar da revolta, uma parte de mim se sente completamente despedaçada.

Por mais que eu desconfiasse de algo, por mais que essa traição não fosse tão surpreendente assim, a dor de enfrentar a verdade é devastadora.

Porque esse canalha do Denis fez isso comigo?!

E o que dizer da Ana?!

Meu Deus!

Ela falava tanto sobre como ele iria me magoar, que iria me passar para trás.

Bingo!

Ela era a razão!

A dor e a traição me atingem como uma onda brutal, mas não posso deixar que eles vejam isso.

Não agora.

O que eu quero é que sintam a mesma intensidade da dor que estou sentindo, que sintam o desespero que me consome.

Com um movimento brusco, viro as costas e deixo o quarto, sabendo que aquela cena ficaria marcada para sempre em minha mente.

Enquanto fecho a porta, uma mistura de alívio e raiva se apodera de mim.

Eu precisava sair daquela situação, mas, ao mesmo tempo, sabia que o confronto estava longe de terminar.

A raiva era minha aliada, e eu estava disposta a usá-la.

Fui para meu quarto e, na fúria do ódio, comecei a arrumar minhas coisas, cada movimento sendo um protesto contra a traição.

A dor se transforma em combustível, a determinação crescendo a cada segundo.

Eu não iria ficar ali e ser a espectadora do felizes para sempre deles.

Não seria plateia para esse show de horrores.

Pego meu telefone, mãos tremendo de indignação e dor, e ligo.

A voz do outro lado responde exatamente o que eu preciso ouvir.

— Ainda está de pé sua oferta?

— Ótimo, já vou para o aeroporto — digo, a decisão ecoando em meu coração.

Não há mais nada que me prenda ali.

O alívio se mistura à raiva, e, ao sair, sei que essa é apenas a primeira etapa de um novo começo, uma luta para me reconstruir e redescobrir quem sou longe das sombras daquela traição.

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