Entre dois IRMÃOS - apaixonada pelo irmão do meu ex
Entre dois IRMÃOS - apaixonada pelo irmão do meu ex
Por: Bhia Pear
01 Que sacanagem

— Que merda é essa?! — gritei, a raiva fervendo em minhas veias como um vulcão prestes a entrar em erupção.

A cena diante de mim parecia uma piada de mau gosto, um pesadelo que eu esperava apenas encontrar nas novelas mexicanas.

Mas ali estava eu, diante da realidade cruel e suja, muito pior do que qualquer ficção.

Depois de dias longe, me deparo com a imagem que jamais imaginei ver: meu namorado, jogado na cama da minha melhor amiga, com quem divido meu apartamento.

Nu.

Por cima dela.

E Ana, aquela desgraçada, se contorcia como uma gata no cio, miando de tanto prazer, como se estivesse tirando um atraso de anos.

Que pesadelo!

A traição não era apenas uma facada; era uma tortura, um golpe baixo na confiança que eu havia depositado em ambos.

Eles estavam me fazendo de trouxa esse tempo todo, fingindo uma animosidade na minha frente e se comendo pelas minhas costas.

Meus olhos ardiam.

Não sabia se era pela raiva ou pela decepção.

Talvez pelos dois.

E então, o passado veio como uma avalanche.

Flashback – Dois meses antes

Nossa respiração entrecortada preenchia o quarto, o som abafado dos lençois sendo revirados acompanhando o ritmo que nos envolvia.

A noite lá fora era silenciosa, mas aqui dentro, tudo era feito de sussurros, toques e olhares intensos.

Denis me segurava com firmeza, os dedos deslizando pela minha pele em uma reverência silenciosa, como se quisesse imprimir sua marca em mim.

Seu corpo estava sobre o meu, quente, forte, uma âncora que me mantinha ali, presa ao momento, submersa nele.

Seu olhar era puro desejo.

O calor que emanava de nós dois se misturava ao ar do quarto, tornando tudo mais denso, mais carregado.

Quando seus lábios encontraram os meus, o beijo veio urgente, faminto, uma dança de línguas e suspiros entrecortados que falava mais do que qualquer palavra.

Nossas mãos exploravam um ao outro com avidez, como se nunca fosse o suficiente, como se precisássemos absorver cada fragmento da nossa existência juntos.

Denis traçou um caminho de beijos pela minha pele, descendo por meu pescoço, meu colo, saboreando cada parte de mim com uma devoção que fazia minha pele arder.

— Você é perfeita… — ele murmurou contra minha barriga, sua respiração quente me fazendo arfar.

Meus dedos se enterraram em seus cabelos quando ele se demorou ali, brincando, provocando, me levando a um estado de euforia e desespero.

Seu toque era preciso, hábil, explorando cada reação minha com um conhecimento perigoso.

Então, sem aviso, ele subiu novamente, seus olhos cravados nos meus, escuros, intensos.

Seu membro roçava contra mim, provocando um gemido baixo que escapou dos meus lábios antes mesmo que eu pudesse contê-lo.

— Denis… — seu nome saiu quase como um suspiro, carregado de desejo.

Ele sorriu, um sorriso torto, cheio de malícia, e então, sem pedir licença, adentrou-me em um único movimento, fazendo-me ofegar e arquear o corpo contra o dele.

Seus quadris começaram a se mover, primeiro em um ritmo lento, intenso, cada investida nos levando mais fundo ao abismo do prazer.

Meus dedos cravaram-se em seus ombros quando o ritmo se intensificou, o som de nossas respirações misturando-se ao deslizar das peles, ao ranger da cama, ao murmúrio rouco de palavras incompreensíveis que escapavam de sua boca contra minha orelha.

Cada investida me puxava para mais perto do limite, cada saída e entrada me deixava à beira do colapso.

Eu me perdi nele, me afoguei em seu toque, em sua boca, no calor de seu corpo colado ao meu.

Nem sei em que momento ele se protegeu, nem quando foi que deixamos de ser dois para nos tornarmos um só.

Tudo que sei é que, no instante em que atingimos o ápice juntos, meu mundo inteiro se dissolveu em um turbilhão de prazer e loucura, e por um breve momento, tudo que existia era ele e eu.

Denis me olhava como se eu fosse a única coisa no mundo que importava.

— Você é linda… — Denis murmurou contra meu pescoço, sua voz rouca fazendo meu coração acelerar.

Suas mãos exploravam meu corpo sem pressa, como se estivéssemos dançando uma melodia que apenas nós dois podíamos ouvir.

Eu arqueei as costas mais uma vez, quando ele deslizou os lábios pelo meu colo, o calor de sua boca incendiando cada centímetro que tocava.

Ele sabia exatamente como me levar ao limite e me puxar de volta, como me fazer desejar mais, como transformar cada momento entre nós em algo único, inesquecível.

E naquela noite, ele fez isso de novo, e de novo, me amando com uma intensidade que me fez esquecer de tudo, de qualquer preocupação, de qualquer medo.

O mundo se dissolveu ao nosso redor.

Eu estava envolta por seus braços, meu corpo ainda sensível ao seu toque, enquanto o calor da nossa união permanecia no ar.

— Eu te amo, Alby, você sabe disso, não sabe? — Denis sussurrou contra meus lábios, sua voz baixa, rouca, embriagante.

Nós estávamos deitados na minha cama, os lençois embolados ao nosso redor, minha perna entrelaçada à dele.

O quarto estava iluminado apenas pelo abajur fraco, criando sombras suaves em seu rosto.

Eu sorri, deslizando os dedos por seus cabelos escuros.

— Às vezes, acho que você só diz isso para me manter por perto — provoquei.

Denis riu, segurando meu rosto entre as mãos.

— Se eu quisesse alguém só por conveniência, você acha que escolheria justamente você? A mulher mais teimosa, geniosa e impossível que eu já conheci?

— Ei! — bati de leve em seu peito, rindo, mas ele me puxou para mais perto.

— É sério — sua expressão ficou mais intensa.

— Eu nunca faria nada para te magoar. Nunca. Você é a única pessoa no mundo que eu realmente amo.

Meus olhos se fecharam enquanto ele selava nossas promessas em um beijo lento, profundo.

Atualmente

Mentiroso.

Minha mente gritou.

Cada palavra dele agora parecia ridícula.

Uma piada sem graça.

Eu estava parada ali, vendo o homem que me fez promessas vazias entre os lençois de outra mulher.

E não era qualquer mulher.

Era minha melhor amiga.

A ironia era cruel.

— Alby, eu... — começou Ana, sua voz trêmula, os olhos arregalados.

— Cala essa sua boca nojenta! — cuspi as palavras, sentindo a bile subir na garganta.

Meu olhar cortou para Denis, que ainda tentava puxar os lençois para cobrir a própria vergonha.

Tarde demais para isso.

— E você? — avancei até a cama, apontando o dedo no rosto dele.

— Vai falar o quê? Que não é o que parece? Que foi um erro? Que o diabo te fez fazer isso?

Denis respirou fundo, a culpa estampada em sua cara de canalha.

— Foi um erro, Alby...

— Não, Denis. Um erro é esquecer o leite fora da geladeira. Um erro é perder o horário de uma reunião. Isso aqui?! — gargalhei, mas minha risada saiu ácida, carregada de ódio — Isso é escolha! Você escolheu me trair! Escolheu subir nessa vadia e destruir tudo o que a gente tinha!

Ana arfou, ofendida.

— Olha como você fala comigo!

— Com você?! — me virei para ela, meu corpo inteiro fervendo de fúria.

— Com você eu devia era falar com os punhos! Mas sabe o que é pior? Eu não preciso levantar um dedo. Você se destruiu sozinha, sua cobra.

Ana apertou o lençol contra o peito, as bochechas vermelhas.

— A culpa não é só minha.

Dei um passo para frente, tão perto que pude sentir sua respiração descompassada.

— Você me dizia que ele ia me trair. Que ele não prestava. Agora sei o porquê! — minha voz saiu entrecortada, carregada de desgosto.

— Porque era você a vadia rastejante esperando a oportunidade.

Denis bufou, se sentando na cama, os olhos cheios de culpa e impaciência.

— Eu não planejei isso, tá bom?

Revirei os olhos, cruzando os braços.

— Ah, claro! Você tropeçou e caiu pelado em cima da minha amiga. Super convincente.

— Você estava sempre ocupada! Sempre colocando outras coisas na frente do nosso relacionamento! — Denis rebateu, como se a culpa fosse minha.

— Ah, entendi! — bati palmas, a raiva pulsando em cada célula do meu corpo.

— Então, em vez de conversar como um adulto, você decidiu abrir as pernas dela?

O silêncio foi ensurdecedor.

Ele não tinha desculpa.

Nenhuma palavra poderia justificar isso.

E, de repente, me dei conta de que eu não queria mais ouvir nada.

Minha raiva era uma tempestade devastadora, mas por trás dela vinha algo pior: o desprezo.

Fui até meu quarto e comecei a jogar minhas roupas na mala com violência, minha respiração acelerada.

Peguei meu telefone e disquei um número.

— Ainda está de pé sua oferta? — minha voz saiu firme, mas meus dedos tremiam.

A resposta do outro lado foi curta.

— Ótimo. Já vou para o aeroporto.

Eu saí daquela casa não como uma mulher derrotada.

Mas como alguém que renasceria das cinzas, forjada pela dor, esculpida pela traição.

O peso do que fizeram ainda ardia em meu peito, cada lembrança latejando, como uma ferida aberta, mas algo dentro de mim havia mudado.

Eu não seria mais a mesma.

Se Denis e Ana achavam que essa história terminava aqui…

Eles estavam redondamente enganados.

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