Entre dois IRMÃOS - apaixonada pelo irmão do meu ex
Entre dois IRMÃOS - apaixonada pelo irmão do meu ex
Por: Bhia Pear
01 Que sacanagem

— Que merda é essa?! — gritei, a raiva fervendo em minhas veias como um vulcão prestes a entrar em erupção.

A cena diante de mim parecia uma piada de mau gosto, um pesadelo que eu esperava apenas encontrar nas novelas mexicanas.

Mas ali estava eu, diante da realidade cruel e suja, muito pior do que qualquer ficção.

Depois de dias longe, me deparo com a imagem que jamais imaginei ver: meu namorado, jogado na cama da minha melhor amiga, com quem divido meu apartamento.

Nu.

Por cima dela.

E Ana, aquela desgraçada, se contorcia como uma gata no cio, miando de tanto prazer, como se estivesse tirando um atraso de anos.

Que pesadelo!

A traição não era apenas uma facada; era uma tortura, um golpe baixo na confiança que eu havia depositado naqueles dois.

Eles estavam me fazendo de trouxa esse tempo todo, fingindo uma animosidade na minha frente e se comendo pelas minhas costas.

Meus olhos ardiam.

Não sabia se era pela raiva ou pela decepção.

Talvez pelos dois.

Eu estava parada ali, vendo o homem que me fez promessas vazias entre os lençois de outra mulher.

E não era qualquer mulher.

Era minha melhor amiga.

A ironia era cruel.

— Alby, eu... — começou Ana, sua voz trêmula, os olhos arregalados.

— Cala essa sua boca nojenta! — cuspi as palavras, sentindo a bile subir na garganta.

Meu olhar cortou para Denis, que ainda tentava puxar os lençois para cobrir a própria vergonha.

Tarde demais para isso.

— E você? — avancei até a cama, apontando o dedo no rosto dele.

— Vai falar o quê? Que não é o que parece? Que foi um erro? Que o diabo te fez fazer isso?

Denis respirou fundo, a culpa estampada em sua cara de canalha.

— Foi um erro, Alby...

— Não, Denis. Um erro é esquecer o leite fora da geladeira. Um erro é perder o horário de uma reunião. Isso aqui?! — gargalhei, mas minha risada saiu ácida, carregada de ódio — Isso é escolha! Você escolheu me trair! Escolheu subir nessa vadia e destruir tudo o que a gente tinha!

Ana arfou, ofendida.

— Olha como você fala comigo!

— Com você?! — me virei para ela, meu corpo inteiro fervendo de fúria.

— Com você eu devia era falar com os punhos! Mas sabe o que é pior? Eu não preciso levantar um dedo. Você se destruiu sozinha, sua cobra.

Ana apertou o lençol contra o peito, as bochechas vermelhas.

— A culpa não é só minha.

Dei um passo para frente, tão perto que pude sentir sua respiração descompassada.

— Você me dizia que ele ia me trair. Que ele não prestava. Agora sei o porquê! — minha voz saiu entrecortada, carregada de desgosto.

— Porque era você a vadia rastejante esperando a oportunidade.

Denis bufou, se sentando na cama, os olhos cheios de culpa e impaciência.

— Eu não planejei isso, tá bom?

Revirei os olhos, cruzando os braços.

— Ah, claro! Você tropeçou e caiu pelado em cima da minha amiga. Super convincente.

— Você estava sempre ocupada! Sempre colocando outras coisas na frente do nosso relacionamento! — Denis rebateu, como se a culpa fosse minha.

— Ah, entendi! — bati palmas, a raiva pulsando em cada célula do meu corpo.

— Então, em vez de conversar como um adulto, você decidiu abrir as pernas dela?

O silêncio foi ensurdecedor.

Ele não tinha desculpa.

Nenhuma palavra poderia justificar isso.

A raiva me consumiu como um incêndio descontrolado.

Meu corpo tremia de ódio, e antes que pudesse racionalizar qualquer coisa, avancei como um animal ferido.

Meus dedos se fecharam ao redor do lençol que Ana segurava contra o peito, puxando-o com brutalidade.

Ela gritou, encolhendo-se contra a cabeceira da cama, os olhos arregalados em puro pavor.

— Você é uma desgraçada! — rugi, a voz tão carregada de dor que nem parecia minha.

— Você destruiu tudo, Ana! Tudo!

Ela se encolheu ainda mais, a respiração ofegante, mas não fui capaz de sentir piedade.

Minha visão estava turva de raiva.

— Alby, para! — Denis se colocou entre nós, segurando meus pulsos antes que eu pudesse agarrá-la de verdade.

Meu olhar encontrou o dele, e o choque de vê-lo ali, nu, protegendo-a, fez minha raiva escalar para um nível insuportável.

Eu o empurrei com toda a força que tinha, mas ele segurou firme.

— Me solta, Denis! — gritei, me debatendo contra ele, minha raiva alimentada pelo nojo, pelo ódio, pela dor.

— Você precisa se acalmar! — Ele segurava meus braços, tentando me conter, mas eu não queria me acalmar. Eu queria gritar, socar, destruir tudo ao redor.

— Se acalmar?! — gargalhei, um som amargo e insano — Eu peguei vocês dois na cama dessa vadia! No quarto dela na minha casa! E você quer que eu me acalme?!

Meu corpo tremia violentamente, meu peito subia e descia de forma descompassada.

Eu sentia meu coração martelando, pulsando de tanto ódio.

— Você é um lixo, Denis. Um verme. E você... — virei meu olhar para Ana, que chorava baixinho, agarrada ao lençol.

— Você é pior. Eu te amava. Eu confiava em você! E agora olha só... — soltei uma risada trêmula.

— Você deitada na sua cama, em nossa casa… com meu homem, como uma vadia barata.

— Alby, chega! — Denis me segurou mais forte, os olhos escurecendo como um alerta.

Mas eu já tinha passado do ponto de volta.

Meu punho se ergueu, e antes que ele pudesse me impedir, eu o atingi com força no rosto.

O impacto foi brutal, o estalo ecoando pelo quarto.

Denis cambaleou para trás, levando a mão ao rosto.

— M*****a seja, Alby! — ele cuspiu, tocando o lábio cortado.

— Eu te odeio! Eu te oooodeeeeiiiioooo!!! — gritei, lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Ana soluçava, os olhos arregalados de medo.

Denis, por outro lado, parecia irritado, a respiração pesada, os olhos brilhando de raiva.

— Vá embora — ele disse, sua voz baixa e ameaçadora.

— Agora!!!

O riso que saiu de mim foi amargo, quebrado.

— Pode deixar, Denis — cuspi as palavras — Mas se você acha que isso acabou aqui... você está muito enganado.

E, de repente, me dei conta de que eu não queria ouvir mais nada.

Minha raiva era uma tempestade devastadora, mas por trás dela vinha algo pior: o desprezo.

Fui até meu quarto e comecei a jogar minhas roupas na mala com violência, minha respiração acelerada.

Peguei meu telefone e disquei um número. Minha voz saiu firme, mas meus dedos tremiam.

— Ainda está de pé sua oferta?

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