Capítulo 116

Eu estava atônita, e nem sabia se deveria rir ou ficar preocupada. Mas uma coisa era certa: a manhã definitivamente estava começando de uma forma que eu jamais imaginaria.

Os cozinheiros estavam desesperados.

Dava para ver nos olhos deles — um pedido silencioso de socorro, como se esperassem que eu, de alguma forma, conseguisse controlar o furacão teimoso que era minha avó. Um dos auxiliares segurava um pote de açúcar com as mãos trêmulas, como se estivesse manuseando dinamite prestes a explodir. Outro tentava limpar discretamente a farinha que cobria quase todo o balcão de mármore, enquanto o chef, aquele mesmo que ousou questionar a metodologia de "medir com o coração", lançava olhares suplicantes na minha direção.

Eu suspirei.

— Vó... — comecei, me aproximando cautelosamente.

Ela continuava mexendo uma tigela com uma intensidade impressionante, como se estivesse preparando a receita mais importante do século. Seu cabelo grisalho estava um pouco bagunçado, e su
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