Capítulo 115

A luz fraca da manhã mal começava a se infiltrar pelas frestas da cortina quando abri os olhos, ainda mergulhada na névoa do sono. Meu corpo estava pesado, quente sob as cobertas, e por um momento considerei fechar os olhos de novo, me permitindo mais alguns minutos de descanso. Mas algo estava fora do lugar.

Havia um silêncio estranho na mansão—não o silêncio tranquilo da madrugada, mas um tipo de quietude carregada, como se o ar ainda estivesse preso nos resquícios de algo que havia acontecido enquanto eu dormia.

Então, a lembrança veio.

Acordei mais cedo, em algum ponto da noite, com um som distante de vozes abafadas. O vidro frio da janela contra minha palma, a névoa da respiração formando um véu sobre o vidro. E então, vi: Scarlett.

Ela descia os degraus da entrada, o cabelo loiro preso de forma impecável, o rosto virado para frente, determinada a não olhar para trás. Guardas cercavam a saída, rígidos e silenciosos, e um carro de luxo de portas abertas aguardava
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