Ela o olhou com cara de espanto.
- Não pense demais, é de praxe para o formulário e o certificado, assine aqui!Ela o olhou desconfiada e assinou a ficha, anotou o telefone no rodapé da fich.Depois olhou para os lados e viu que ninguém pedia telefone, ela tinha sido tapeada. E mais,depois que entrou no salão, olhou para fora e o viu entregar a prancheta para uma garota que se derretia na sua frente.Ana ficou furiosa consigo, mas também achou graça não podia negar ele era esforçado.Ela encontrou seus amigos que estavam sentados no início da fileira, próximo ao corredor.- Com licença, com licença.Estava sentada perdida em pensamentos quando viu Bruno se esgueirar entre as pessoas de sua fileira e se sentar ao lado de Julia.Ela agiu com naturalidade, afinal estavam em um lugar público e ele poderia se sentar onde bem quisesse, isso era o que sua razão dizia, mas seu coração palpitava. Ele vestia uma camisa polo preta impecável e uma calça caqui, ele estava sempre muito bem vestido, mesmo quando se vestia casualmente, ainda assim, parecia superior aos outros.Ela focou na palestra, isso lhe custou um esforço hercúleo, até que de repente Julia se levanta e sai.Ana pensou, "se Julia foi ao banheiro porque não me chamou, todo mundo sabe que mulheres sempre vão juntas ao banheiro".Ela só entendeu quando percebeu um movimento ao seu lado, Bruno é claro!Ela o olhou séria, dizendo:- Este lugar está ocupado!- Não, não está a garota que estava aqui me disse que não vai voltar.Ele respondeu em tom despreocupado.Ana ficou sem entender, teria que ter uma conversa com sua amiga, em compensação Pedro e João, não gostaram muito da história, mostraram insatisfação.Julia nunca que voltava deste banheiro.Então, ela o ignorou, se é que isso era possível, seu perfume a fazia lembrar do beijo de sexta, mesmo assim ela fingiu prestar atenção na palestra, de repente seu celular começa a vibrar com mensagens.Eram de Julia, " Amiga aproveite a chance"."Meus Deus do que ela está falando"? Ana pensou apavorada."Ele é lindo e está interessado em você, não o deixe escapar".Outra mensagem dela, ela não queria começar a digitar no meio da palestra, mas queria esfola-la viva! Do lado Bruno a observava com curiosidade.Outra mensagem chega "Acho que sua amiga não vai voltar, posso te fazer companhia"."É sério? Ela fez, mesmo, isso comigo"?Pensou Ana desamparada.A palestra terminou, e Ana mais do que de pressa tentou sair o mais rápido possível, mas os meninos que estavam do lado eram atrapalhados e demoraram sair.Bruno se esforçava para não rir em ver seu pânico e pressa para se livrar dele.A pressa era tanta, que ao sair ela nem notou que a alça de sua bolça havia se enroscado no braço da cadeira.Ao andar com pressa ela ficou presa e quase caiu de joelhos no meio do corredor, por conta da tentativa de fuga.Bruno vendo a alça presa e ela tentado fugir a segurou no momento certo.Não fosse por ele tê-la segurado, certamente teria caído. Ela não sabia o que seria mais constrangedor cair no meio do corredor de joelhos ou ser amparada pelos braços de Bruno, depois de uma tentativa patética de fuga, neste momento ela agradeceu por ter vindo de calça e tênis.- Obrigada, a alça da bolsa enroscou!- Não tem problema, você se machucou? Vejo que está com pressa!- Não me machuquei, obrigada! E sim, estou com pressa o ônibus passará logo no ponto e eu preciso pega-lo.- Não se preocupe! Posso te dar uma carona, na verdade, será um prazer acompanha-la até sua casa.Ele disse olhando para ela.- Não quero incomoda-lo! Ela disse apressadamente, já recusando e caminhando para a saída, neste momento seu pulso foi segurado. Ela se virou e olhou para seu braço atônita.- Desculpe, mas você estava fugindo e não tive outra forma de conte-la, porque você está fugindo?Ele disse solene.- Não estou fugindo, eu, eu apenas não quero realmente incomoda-lo e meu ônibus está prestes a passar.- Venha! Vou te levar para casa.Ele disse caminhando para fora segurando sua mão.- Você pode me soltar?- Hum, não sei não! Você vai fugir novamente?Ele perguntou olhando sério para ela.- Não, não vou!- Ok, então!Então, saíram caminhando juntos do saguão, na verdade, não tão juntos Ana ficava um pouco distante dele, não queria chamar a atenção para eles.Ele pensou “ garota difícil, não quer que nos vejam juntos, por acaso ela acha que não estou à altura dela ”?Na verdade, ela realmente não queria ser vista com Bruno, mas o motivo era o outro, pois ela reconhecia sua excelência e embora dissessem que ela era muito bonita ela não estava a altura dele, além de bonito ele tinha dinheiro e prestigio.Além disso, Ana também sabia que, mesmo que improvável, caso ela viesse a ter um relacionamento com Bruno ela enfrentaria muitos problemas com o fã clube dele, a fila parecia ser extensa.Ele ficou incomodado, mas não deixou transparecer.Os dois caminharam até o estacionamento, seu carro era um SUV muito caro, combinava com ele.Enquanto caminhavam em silencio até o carro, cada um estava perdido em seus pensamentos.- Ana!Ouviram alguém chamar!Ana olhou para trás e viu Pedro vindo rapidamente em sua direção, ela se sentiu um pouco confusa.- Oi! Ela disse quase gaguejando, tentando não transparecer que estava nervosa, ela não sabia dizer por que estava inquieta, mas algo estava deixando seu coração em alerta.- Onde você está indo? Posso te levar para casa!- Ah! Obrigada, eu...Bruno a interrompeu estendendo a mão para Pedro.- A dama já tem carona, sou Bruno e você quem é?- Sou Pedro e você quem é?Saia faiscas dos olhos dos dois, mesmo assim se cumprimentaram enquanto Ana dizia:- Bruno este é Pedro um grande amigo e Pedro este é Bruno organizador da semana de engenharia.Bruno olhou para ela levantando uma sobrancelha, ele era para ela apenas o carinha que organizou uma semana de estudos? Ao passo que o outro era seu amigo? Pedro também não ficou contente ao ouvi-la dizer "amigo", na verdade, ele queria ser bem mais que amigo. Pedro acompanhava Ana há tempos, mas não se declarava, pois tinha medo de que, se caso ela o rejeitasse, até a amizade ficasse arruinada.Pedro era um belo rapaz, um pouco mais baixo que Bruno, era do tipo que gostava de academia e jogar bola, era divertido e também muito protetor. Conheceu Ana há uns três anos, ele era veterano e ela a caloura, se conheceram por intermédio de Julia, que se tornou amiga de Ana, desde o momento que iniciaram o curso juntas. Quando Ana entrou para a faculdade, era apenas uma garotinha vinda do interior, longe da família se aventurando na capital. Porém, tinha algo mais, ela trazia em seus olhos uma certa fragilidade. por trás do sorriso tímido havia uma insegurança e até mesmo uma tristeza.M
Bianca era de família rica, era muito mimada estava disposta a tudo para não perder Bruno, ela acabaria com qualquer mulher que atravessasse seu caminho, pois acreditava em suas qualidades. Ana com a ajuda do homem se levantou e foi para o escritório. - Você não quer que te leve ao hospital? - Agradeço, foi só um ralado. Ana disse se despedindo do senhor que a acompanhou até o escritório.No escritório Antônio viu Ana chegar, mancando e o joelho ensanguentado.- O que aconteceu? Ele foi até ela.- Nada demais, um carro passou no sinal vermelho e quase me acertou na faixa, desequilibrei e cai.- Você acha que isso não foi nada demais? Ele disse olhando e apontando para o joelho dela que sangrava.Ela olhou para o joelho e não respondeu nada.- Não precisa trabalhar hoje, vá ao médico. Junior? Ele chamou.Um rapaz apareceu na porta.- Leve Ana ao hospital, tenho uma reunião agora, depois deixe-a em casa.- Sim senhor.Junior era o assistente, Ana era secretária, ele ajudou Ana a se l
- Certamente eu farei, embora eu pense em casa e ficar em casa e cuidar da família.Bruno a olhou desconfiado, não acreditava nas palavras dela -Fique a vontade, vou tomar banho, quando sair feche a porta.- Está bem! Bianca engoliu seco imaginando Bruno no banho, não pode deixar de fantasiar uma situação com ele no banheiro.Enquanto isso, Ana passou o dia em casa. Seu joelho havia feito um pequeno corte, a dor era mais por ter batido no chão.Tomou banho e lavou os cabelos e escolheu um short saia de tafetá, ele ia até uns dois dedos acima dos joelho, se colocasse calça o tecido poderia machucar a ferida.Ela não usava roupa curta para ir a faculdade colocou uma camisa branca, leve e um relógio azul, no pulso, realçava sua pele clara, sapatilhas nos pés. Fez uma maquiagem natural, e quando olhou no espelho gostou, era singela e romântica. Então, já estava quase na hora ela resolveu descer para o saguão, quando Bruno ligasse ela já estaria lá embaixo, não gostava de deixar as pesso
Neste momento Ana olhou para o retrovisor e encontrou o olhar de Bruno, ele ficou um tempo parado enquanto Bianca se afastava. Ele saiu do carro e abriu a porta traseira para que Ana descesse e se sentasse no banco do carona.- Desça!- Obrigada, vou aqui mesmo. Estamos com pressa- Ela disse em tom um pouco descontente.- Porque você não me ligou quando se feriu? Você viu quem foi? Anotou a placa?- Não havia necessidade, e não anotei nada, foi muito rápido.Ele fechou a porta com um baque e dirigiu diretamente para a faculdade estava aparentemente irritado.Quase chegando ele disse – Você é muito torpe.Ana ficou espantada com a afirmação dele, ela não via a hora dele parar o carro para que ela descesse.Assim que ele estacionou o carro, ela abriu a porta e saiu, ela nem se lembrou do joelho machucado.Ele saiu rápido do carro e foi atrás dela e a segurou pelo braço, ela se desequilibrou e por pouco não foi ao chão.- O que você pensa que está fazendo?- Indo para a aula, já estou a
Eles comeram em silêncio. - Você poderia me emprestar um carregador? Meu celular está descarregado. - Descarregado? Por isso te liguei e você não atendeu! Você não consegue se cuidar? - O que tem a ver? Ela disse espantada. - Como você sai com o celular descarregado? E se você precisa ligar por ajuda? - Eu, Eu... Ana começou a gaguejar não sabia o que dizer. - Tome, pode dormir no quarto eu ficarei na sala. Ele disse, lhe entregando o carregador. Ela pegou o celular e o carregador e foi para o quarto, sem entender porque ele estava tão zangado. Ela colocou o celular para carregar e se deitou na cama, virou de um lado para outro não consegui pegar no sono, a cama tinha o cheiro de Bruno. Como não conseguia dormir flashes do incidente mais cedo, com aquele homem nojento, vinha a sua mente. Neste momento outra coisa também lhe chamou a atenção, a fúria com que Bruno o atacou, ela se esforçou para não pensar mais, queria esquecer este dia. Na manhã seguinte ela vestiu sua roupa
Bianca estava o tempo todo observando o casal de longe, ela viu quando Ana e bruno se separaram na porta do vestiário, neste momento ela tomada pelo ciúme tomou uma decisão, ela tinha que se livrar de Ana. Ela encontrou um garoto perto do banheiro. - Ei garoto, quer ganhar uma nota de duzentos reais? Seus olhos brilharam - O que eu preciso fazer? - É simples, tem uma mulher que me maltratou muito e eu queria só dar um susto nela, você só precisa passar por ela e esbarrar nela para que ela caia na piscina, não se preocupe ela sabe nadar. O menino ficou um pouco cismado. Ela percebeu. - Olha, quatrocentos reais, não se preocupe ninguém vai ficar sabendo, é só uma brincadeira, para ela aprender não pegar o que é dos outros. - Está bem, sendo assim eu faço. Bruno viu quando um garoto passa correndo por Ana e esbarra nela com força, ela se desequilibra e cai. Bruno se levantou na hora e desceu rápido as escadas. O local que ela estava não tinha muitas pessoas só algumas mulheres
Ana, na banheira, ficou pensando em como tudo havia acontecido, tão rápido, ela não se lembrava de nada, só de sentir seu corpo sendo atingido e a dor forte na cabeça. Ela saiu do banho e se vestiu estava um pouco acanhada, não sabia como explicar sua situação para dona Joana, não sabia se dizia algo ou deixava quieto, só falando caso ela perguntasse. - Doa Ana? Está tudo bem? De repente ela ouviu, tirando-a dos seus pensamentos. –Sim, já estou saindo. Ela respondeu rápido. Saiu do quarto e foi para a cozinha, vestia apenas uma calcinha e a camisa de bruno, por sorte não era transparente. Ela se sentou à mesa e o cheiro da comida era muito bom, ela tirou um pouco da sopa e colocou no prato comendo devagar. Dona Joana a observava discretamente. - Como está a sopa? Bruno adora essa sopa. - Ah! Uma delícia, mas não imaginava que ele gostava de sopa. Ana disse, brincando. - Sim, ele gosta! Desde que era pequeno faço essa sopa para ele. - A senhora o conhece desde pequeno? - Sim t
Não subestime a curiosidade e a lealdade de uma mãe para com outra. Mal saiu do apartamento, Joana ligou toda contente para Cristina, mãe de Bruno. - Senhora, o menino trouxe uma linda garota para o apartamento. - Você está falando de Bianca? - Não senhora, essa é Ana, muito educada, me parece que sofreu um acidente e o menino a trouxe para casa para cuidar dela. - Cuidar dela? Como ele tem se comportado? - Calmo e parece gostar muito da moça, me fez fazer sopa para ela e foi comprar roupas para ela, parece cuidar pessoalmente de tudo que está relacionado a ela. - Só vendo para acreditar, meu filho não dá moral nem para mim. - Não diga nada, deixe-o, acho que ele encontrou o amor. - Hum! E a garota? Pode ser uma caça dotes? Cristina estava contente pelo filho estar em um relacionamento, aparentemente sério, mas não pode evitar de sentir ciúme. - Não acredito, é muito reservada e até tímida, bem diferente das garotas que costumam persegui-lo. - Ok, não diga nada. Ele não pre