9- Você parece deliciosa!

Neste momento Ana olhou para o retrovisor e encontrou o olhar de Bruno, ele ficou um tempo parado enquanto Bianca se afastava. Ele saiu do carro e abriu a porta traseira para que Ana descesse e se sentasse no banco do carona.

- Desça!

- Obrigada, vou aqui mesmo. Estamos com pressa- Ela disse em tom um pouco descontente.

- Porque você não me ligou quando se feriu? Você viu quem foi? Anotou a placa?

- Não havia necessidade, e não anotei nada, foi muito rápido.

Ele fechou a porta com um baque e dirigiu diretamente para a faculdade estava aparentemente irritado.

Quase chegando ele disse – Você é muito torpe.

Ana ficou espantada com a afirmação dele, ela não via a hora dele parar o carro para que ela descesse.

Assim que ele estacionou o carro, ela abriu a porta e saiu, ela nem se lembrou do joelho machucado.

Ele saiu rápido do carro e foi atrás dela  e a segurou pelo braço, ela se desequilibrou e por pouco não foi ao chão.

- O que você pensa que está fazendo?

- Indo para a aula, já estou atrasada, desculpe incomoda-lo.

Ela se soltou dele e saiu caminhando com dificuldade.

Ela foi para seu curso e ele foi cuidar dos contratempos que apareceram durante o evento.

Ele esperava que ela voltasse com ele e pudessem conversar, mas ela não ligou para ele.

Quando ele estava indo para o estacionamento tentado ligar para ela, a viu caminhando com Pedro, ele acelerou os passos para alcança-los.

- Você vem comigo. Ele disse puxando-a pelo braço.

Ana e Pedro se assustaram, ela não teve reação e quando viu estava sendo puxada por Bruno.

- Não se preocupe. – Ela disse olhando para Pedro para acalma-lo ela não queria um confronto.

Ao chegar no carro Bruno abriu a porta para ela. – Entre!

- O que você pensa que está fazendo? Ela perguntou com um misto de medo e de raiva.

- Entre! Vamos conversar. Ele disse em tom firme.

Ela entrou, ele ajustou seu cinto e saiu cantando pneu.

- Você está brava por que dei carona para Bianca?

- O que você faz da sua vida não me diz respeito.

- Ah! Não? Porque você está com raiva então?

- Eu não vou perder meu tempo discutindo, quero apenas ir embora, você pode para o carro.

- Você está zangada queria ter ido embora com seu amigo Pedro?

- Ele é mais educado. Ela disse sem pensar olhando pela janela.

- Desça. Ele parou o carro e ordenou, estavam no meio do nada.

Ana era orgulhosa, desceu imediatamente.

Ele partiu, e viu pelo retrovisor sua figura ficando cada vez menor.

Ana sentiu seu coração esfriar, aquele lugar era deserto, mas não estava tão deserto assim, um homem de meia idade viu quando Ana desceu do carro, ele achou que ela era uma garota de programa.

- Perdeu seu cliente gracinha?

Ana se assustou e começou a caminhar sem olhar para o homem, que a acompanhava com o carro em velocidade reduzida.

- Ora não se faça de difícil, estou disposto a pagar uma boa grana por umas horinhas com você.

- Não é o que o senhor está pensando.

Ele parou o carro e correu atrás dela, ela não conseguiu correr estava com o joelho machucado e tão pouco tinha força para lutar contra um homem corpulento quanto aquele.

- Me solte, ela disse tentado se livrar do homem que queria beija-la.

- Você parece deliciosa!

O coração de Ana estava quase saltando pela boca, ela tentou escapar, mas tropeçou o homem lhe agarrou, sua camisa se abriu, ela não sabia se afastava as mãos do homem de seu corpo ou cobria seu peito.

Pam! Um estrondo, o homem no chão.

- Você é louco? Como ousa encostar suas mãos imundas na minha mulher!

Paf! Um chute acertou o homem no chão que agora gemia.

- Eu não sabia, me perdoe.

Ana chorava, encostada na parede tentando ajeitar suas roupas, seus joelhos estavam sangrando.

- Venha, Bruno tirou a jaqueta e colocou sobre ela. Abraçou-a – Passo, você está bem? Ele te machucou? Me desculpe, perdi a cabeça.

Ana não disse nada, ainda estava chorando e abalada. Isso nunca havia acontecido com ela.

- Entre vou te levar ao hospital. Ele disse com a voz mansa tentando acalma-la.

- Não precisa, só quero ir para minha casa.

- Você está machucada e abalada, não pode ficar na sua casa sozinha.

- Não é nada demais, já estou acostumada ser sozinha.

- Agora você não estará mais sozinha, vamos vou te levar.

Ana entrou no carro, seu coração doía pelas palavras de Bruno mais cedo, e também pela humilhação que acabara de passar.

Ele a levou para seu apartamento.

- Este não é meu prédio. Ela disse olhando para ele, um pouco mais calma.

- Eu sei, você está ferida por minha causa, você não quis ir ao hospital, eu só posso cuidar de você.

- Eu..

- Não tem acordo será assim e pronto.

Ela olhou para ele suspirou e não quis mais discutir, estava exausta.

No apartamento ele mostrou-lhe o sofá.

 - Sente-se vou pegar uma água para você e lhe preparar um banho.

Ele trouxe a água, as mãos dela estavam tremulas ainda.

Ele percebeu, mas não falou nada “ela é muito teimosa e ingênua” ele pensou irritado, pensando o que poderia ter acontecido com ela se ele não tivesse voltado a tempo.

Ele preparou o banho, deixou um roupão dele limpo, sobre a cama e também uma camisa. Ele não tinha roupa feminina em casa. Preparou a banheira com água morna, iria fazer bem a ela.

- Está pronto, entre e tome um banho. Está com fome?

Ela ia recusar, mas já prevendo outra discussão, apenas assentiu.

Ele foi para a cozinha preparar algo e ela seguiu para o quarto, ela trancou a porta do banheiro, ela entrou na banheira e suas lágrimas desabaram.

Ela ficou um tempo na banheira, colocou a camisa que ele havia deixado, mesmo ele sendo maior que ela, suas pernas ainda ficaram de fora, ela saiu tímida do quarto.

Ele vinha saindo da cozinha com um prato nas mãos, venha se sente vou ver seu machucado e depois sentamos para comer.

Ela se sentiu estranha, Bruno lhe dava ordens como se ela fosse criança.

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