8- Posso ficar no seu apartamento? 

- Certamente eu farei, embora eu pense em casa e ficar em casa e cuidar da família.

Bruno a olhou desconfiado, não acreditava nas palavras dela -Fique a vontade, vou tomar banho, quando sair feche a porta.

- Está bem! Bianca engoliu seco imaginando Bruno no banho, não pode deixar de fantasiar uma situação com ele no banheiro.

Enquanto isso, Ana passou o dia em casa. Seu joelho havia feito um pequeno corte, a dor era mais por ter batido no chão.

Tomou banho e lavou os cabelos e escolheu um short saia de tafetá, ele ia até uns dois dedos acima dos joelho, se colocasse calça o tecido poderia machucar a ferida.

Ela não usava roupa curta para ir a faculdade colocou uma camisa branca, leve e um relógio azul, no pulso, realçava sua pele clara, sapatilhas nos pés.

Fez uma maquiagem natural, e quando olhou no espelho gostou, era singela e romântica.

Então, já estava quase na hora ela resolveu descer para o saguão, quando Bruno ligasse ela já estaria lá embaixo, não gostava de deixar as pessoas esperando e ela ainda estava sentindo um pouco de dor.

No elevador recebeu uma mensagem, achou que já era Bruno, mas na verdade era de Pedro.

" Como vai"?

" Tem aula hoje, quer uma carona?"

Ela repondeu rapidamente: " obrigada, já estou a caminho"

Ela teve que mentir se não ele ia insistir e ela não queria chatea-lo, embora, não gostasse de mentir, ainda mais, para um amigo.

No apartamento de Bruno, Bianca vasculhava o lugar, enquanto ele estava no banho.

Seu apartamento era muito bem decorado, ela podia sentir o cheiro da loção pos barba que ele estava usando, ela sentiu seus hormônios ferverem.

Bruno se vestiu rápido, não queria se atrasar, colocou uma calça jeans escura sem lavagens, e uma camisa jeans mais clara, dobrou as mangas deixando parte de seus braços a mostra.

No pulso um relógio muito bonito com correia de couro. Levou uma jaqueta preta na mão, o clima era instável, além disso um homem quando sai com uma garota sempre tem que ter uma jaqueta ele pensou “ela pode precisar”.

Quando saiu do quarto, viu Bianca curiosamente bisbilhotando as fotos numa estante, ela se assustou.

- Oh! Você já terminou?

Ela disse, olhando para ele admirando sua beleza e com inveja de quem pudesse ficar próximo dele," ela sem dúvida causaria muita inveja se chegasse a algum lugar com ele", ela inevitavelmente pensou.

- Sim, terminei. Sua amiga não chegou?

- Ainda não.

Ela disse em tom triste como se estivesse chateada, mas a verdade era que não existia colega alguma ela só queria a oportunidade de estar perto dele.

- Eu preciso ir, você terá que esperar no saguão, vamos descer.

Ela não queria deixa-lo, estava curiosa para saber onde e com quem ele iria, afinal, parecia que ele tinha se arrumado para algum evento ou para alguém.

- Posso usar seu banheiro?

Bruno levou a mãos na têmpora estava irritado, não queria se atrasar.

- Sim, não demore tenho horário.

- Está bem.

Bruno, olhava ansioso para o relógio, já estava na hora, mandou uma mensagem para Ana,

“ Tive uns contratempos e já estou chegando”.

Logo recebeu a resposta.

“ Tudo bem, estou aguardando”

Bianca estava demorando, teve vontade de deixa-la lá. Mais alguns intermináveis minutos ela saiu.

- Vamos!

Ele já estava na porta com a bolsa dela nas mãos.

No elevador, ela percebeu que ele estava um pouco impaciente. “Ele tem um encontro” ela pensou.

Ele disse quando o elevador chegou ao estacionamento.

- Você deveria ter ficado no saguão, suba e fique lá aqui no estacionamento não é um bom lugar, além disso, não pode sair a pé por aqui.

- Pensei se você não poderia me dar uma carona, minha amiga não vem mais.

Ele olhou para ela com olhos frios, ela estava abusando de sua educação e consideração, ele nunca se sentiu tão exausto.

- Onde você vai? Estou com pressa e não passo pelo seu bairro.

- Não precisa, meu caro está estacionado no shopping do centro.

Ele pensou “ não dá tempo de ir lá e voltar para apanhar Ana a tempo”.

O jeito foi levar Bianca com ele, ele estava muito irritado, mandou uma mensagem de texto para ela.

“Estou a caminho”.

“Ok”!

Ela respondeu saindo do saguão para a calçada.

Quando ele chegou, parou o carro Ana pode ver Bianca ao lado dele no banco do carona. Não se pode dizer que ela não ficou chateada afinal,  ele fez questão de busca-la.

Ele saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para Ana, ele parecia indiferente.

- Desculpe não sabia que estava ocupado, eu poderia ter ido de ônibus ou de aplicativo. Ela disse um pouco constrangida.

- Não pense demais, é só uma carona. Ele disse abrindo a porta traseira.

Ana não entendeu se o “é só uma carona era para ela ou para a outra pessoa”.

Ela entrou e apenas disse boa noite.

Bianca respondeu melosamente boa noite e ao olhar para Ana deu um sorriso cínico quando perguntou – Oh! Você se machucou?

Ana instintivamente tentou esconder os joelhos- Sim, não é nada demais.

Bruno olhou para ela com a cara fechada – Você se machucou? Porque não disse nada?

- Você não perguntou, porque eu diria, além disso não foi nada demais.

- Nada demais? Ele perguntou olhando para ela no banco de trás.

- Um carro furou o sinal enquanto eu estava na faixa, fui ao médico não é nada demais.

Ele olhou para frente e colocou o carro em movimento estava chateado, provavelmente de manhã quando a viu ela estava indo ao médico e não ligou para ele, preferiu ajuda de outro.

- Vamos esquecer isso, ela está bem, não está? E a propósito Bruno você não vai nos apresentar?

Ele com uma cara de poucos amigos – Ana está é... Ele foi interrompido por Bianca.

- Sou Bianca uma grande amiga de Bruno nos conhecemos desde a infância, nossas famílias são muito amigas. E você Ana é de onde?

Bruno sempre achava que Bianca falava demais.

Ana percebeu que ela queria demarcar território, mas ela não se importou se limitou a responder – Minha família não é daqui você certamente não os conhece.

Para Bruno e Ana o caminho pareceu mais longo do que de costume, enfim o lugar onde Bianca desceria.

- Chegamos. – Ele disse, com um certo alivio, Bianca veio o trajeto todo contando sobre eles na infância.

Antes de descer ela deu um beijo no rosto de Bruno, e disse toda cocotinha – A tarde foi ótima obrigada pela carona.

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