- Certamente eu farei, embora eu pense em casa e ficar em casa e cuidar da família.
Bruno a olhou desconfiado, não acreditava nas palavras dela -Fique a vontade, vou tomar banho, quando sair feche a porta.- Está bem! Bianca engoliu seco imaginando Bruno no banho, não pode deixar de fantasiar uma situação com ele no banheiro.Enquanto isso, Ana passou o dia em casa. Seu joelho havia feito um pequeno corte, a dor era mais por ter batido no chão.Tomou banho e lavou os cabelos e escolheu um short saia de tafetá, ele ia até uns dois dedos acima dos joelho, se colocasse calça o tecido poderia machucar a ferida.Ela não usava roupa curta para ir a faculdade colocou uma camisa branca, leve e um relógio azul, no pulso, realçava sua pele clara, sapatilhas nos pés.Fez uma maquiagem natural, e quando olhou no espelho gostou, era singela e romântica.Então, já estava quase na hora ela resolveu descer para o saguão, quando Bruno ligasse ela já estaria lá embaixo, não gostava de deixar as pessoas esperando e ela ainda estava sentindo um pouco de dor.No elevador recebeu uma mensagem, achou que já era Bruno, mas na verdade era de Pedro." Como vai"?" Tem aula hoje, quer uma carona?"Ela repondeu rapidamente: " obrigada, já estou a caminho"Ela teve que mentir se não ele ia insistir e ela não queria chatea-lo, embora, não gostasse de mentir, ainda mais, para um amigo.No apartamento de Bruno, Bianca vasculhava o lugar, enquanto ele estava no banho.Seu apartamento era muito bem decorado, ela podia sentir o cheiro da loção pos barba que ele estava usando, ela sentiu seus hormônios ferverem.Bruno se vestiu rápido, não queria se atrasar, colocou uma calça jeans escura sem lavagens, e uma camisa jeans mais clara, dobrou as mangas deixando parte de seus braços a mostra.No pulso um relógio muito bonito com correia de couro. Levou uma jaqueta preta na mão, o clima era instável, além disso um homem quando sai com uma garota sempre tem que ter uma jaqueta ele pensou “ela pode precisar”.Quando saiu do quarto, viu Bianca curiosamente bisbilhotando as fotos numa estante, ela se assustou.- Oh! Você já terminou?Ela disse, olhando para ele admirando sua beleza e com inveja de quem pudesse ficar próximo dele," ela sem dúvida causaria muita inveja se chegasse a algum lugar com ele", ela inevitavelmente pensou.- Sim, terminei. Sua amiga não chegou?- Ainda não.Ela disse em tom triste como se estivesse chateada, mas a verdade era que não existia colega alguma ela só queria a oportunidade de estar perto dele.- Eu preciso ir, você terá que esperar no saguão, vamos descer.Ela não queria deixa-lo, estava curiosa para saber onde e com quem ele iria, afinal, parecia que ele tinha se arrumado para algum evento ou para alguém.- Posso usar seu banheiro?Bruno levou a mãos na têmpora estava irritado, não queria se atrasar.- Sim, não demore tenho horário.- Está bem.Bruno, olhava ansioso para o relógio, já estava na hora, mandou uma mensagem para Ana,“ Tive uns contratempos e já estou chegando”.Logo recebeu a resposta.“ Tudo bem, estou aguardando”Bianca estava demorando, teve vontade de deixa-la lá. Mais alguns intermináveis minutos ela saiu.- Vamos!Ele já estava na porta com a bolsa dela nas mãos.No elevador, ela percebeu que ele estava um pouco impaciente. “Ele tem um encontro” ela pensou.Ele disse quando o elevador chegou ao estacionamento.- Você deveria ter ficado no saguão, suba e fique lá aqui no estacionamento não é um bom lugar, além disso, não pode sair a pé por aqui.- Pensei se você não poderia me dar uma carona, minha amiga não vem mais.Ele olhou para ela com olhos frios, ela estava abusando de sua educação e consideração, ele nunca se sentiu tão exausto.- Onde você vai? Estou com pressa e não passo pelo seu bairro.- Não precisa, meu caro está estacionado no shopping do centro.Ele pensou “ não dá tempo de ir lá e voltar para apanhar Ana a tempo”.O jeito foi levar Bianca com ele, ele estava muito irritado, mandou uma mensagem de texto para ela.“Estou a caminho”.“Ok”!Ela respondeu saindo do saguão para a calçada.Quando ele chegou, parou o carro Ana pode ver Bianca ao lado dele no banco do carona. Não se pode dizer que ela não ficou chateada afinal, ele fez questão de busca-la.Ele saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para Ana, ele parecia indiferente.
- Desculpe não sabia que estava ocupado, eu poderia ter ido de ônibus ou de aplicativo. Ela disse um pouco constrangida.
- Não pense demais, é só uma carona. Ele disse abrindo a porta traseira.
Ana não entendeu se o “é só uma carona era para ela ou para a outra pessoa”.
Ela entrou e apenas disse boa noite.
Bianca respondeu melosamente boa noite e ao olhar para Ana deu um sorriso cínico quando perguntou – Oh! Você se machucou?
Ana instintivamente tentou esconder os joelhos- Sim, não é nada demais.
Bruno olhou para ela com a cara fechada – Você se machucou? Porque não disse nada?
- Você não perguntou, porque eu diria, além disso não foi nada demais.
- Nada demais? Ele perguntou olhando para ela no banco de trás.
- Um carro furou o sinal enquanto eu estava na faixa, fui ao médico não é nada demais.
Ele olhou para frente e colocou o carro em movimento estava chateado, provavelmente de manhã quando a viu ela estava indo ao médico e não ligou para ele, preferiu ajuda de outro.
- Vamos esquecer isso, ela está bem, não está? E a propósito Bruno você não vai nos apresentar?
Ele com uma cara de poucos amigos – Ana está é... Ele foi interrompido por Bianca.
- Sou Bianca uma grande amiga de Bruno nos conhecemos desde a infância, nossas famílias são muito amigas. E você Ana é de onde?
Bruno sempre achava que Bianca falava demais.
Ana percebeu que ela queria demarcar território, mas ela não se importou se limitou a responder – Minha família não é daqui você certamente não os conhece.
Para Bruno e Ana o caminho pareceu mais longo do que de costume, enfim o lugar onde Bianca desceria.
- Chegamos. – Ele disse, com um certo alivio, Bianca veio o trajeto todo contando sobre eles na infância.
Antes de descer ela deu um beijo no rosto de Bruno, e disse toda cocotinha – A tarde foi ótima obrigada pela carona.
Neste momento Ana olhou para o retrovisor e encontrou o olhar de Bruno, ele ficou um tempo parado enquanto Bianca se afastava. Ele saiu do carro e abriu a porta traseira para que Ana descesse e se sentasse no banco do carona.- Desça!- Obrigada, vou aqui mesmo. Estamos com pressa- Ela disse em tom um pouco descontente.- Porque você não me ligou quando se feriu? Você viu quem foi? Anotou a placa?- Não havia necessidade, e não anotei nada, foi muito rápido.Ele fechou a porta com um baque e dirigiu diretamente para a faculdade estava aparentemente irritado.Quase chegando ele disse – Você é muito torpe.Ana ficou espantada com a afirmação dele, ela não via a hora dele parar o carro para que ela descesse.Assim que ele estacionou o carro, ela abriu a porta e saiu, ela nem se lembrou do joelho machucado.Ele saiu rápido do carro e foi atrás dela e a segurou pelo braço, ela se desequilibrou e por pouco não foi ao chão.- O que você pensa que está fazendo?- Indo para a aula, já estou a
Eles comeram em silêncio. - Você poderia me emprestar um carregador? Meu celular está descarregado. - Descarregado? Por isso te liguei e você não atendeu! Você não consegue se cuidar? - O que tem a ver? Ela disse espantada. - Como você sai com o celular descarregado? E se você precisa ligar por ajuda? - Eu, Eu... Ana começou a gaguejar não sabia o que dizer. - Tome, pode dormir no quarto eu ficarei na sala. Ele disse, lhe entregando o carregador. Ela pegou o celular e o carregador e foi para o quarto, sem entender porque ele estava tão zangado. Ela colocou o celular para carregar e se deitou na cama, virou de um lado para outro não consegui pegar no sono, a cama tinha o cheiro de Bruno. Como não conseguia dormir flashes do incidente mais cedo, com aquele homem nojento, vinha a sua mente. Neste momento outra coisa também lhe chamou a atenção, a fúria com que Bruno o atacou, ela se esforçou para não pensar mais, queria esquecer este dia. Na manhã seguinte ela vestiu sua roupa
Bianca estava o tempo todo observando o casal de longe, ela viu quando Ana e bruno se separaram na porta do vestiário, neste momento ela tomada pelo ciúme tomou uma decisão, ela tinha que se livrar de Ana. Ela encontrou um garoto perto do banheiro. - Ei garoto, quer ganhar uma nota de duzentos reais? Seus olhos brilharam - O que eu preciso fazer? - É simples, tem uma mulher que me maltratou muito e eu queria só dar um susto nela, você só precisa passar por ela e esbarrar nela para que ela caia na piscina, não se preocupe ela sabe nadar. O menino ficou um pouco cismado. Ela percebeu. - Olha, quatrocentos reais, não se preocupe ninguém vai ficar sabendo, é só uma brincadeira, para ela aprender não pegar o que é dos outros. - Está bem, sendo assim eu faço. Bruno viu quando um garoto passa correndo por Ana e esbarra nela com força, ela se desequilibra e cai. Bruno se levantou na hora e desceu rápido as escadas. O local que ela estava não tinha muitas pessoas só algumas mulheres
Ana, na banheira, ficou pensando em como tudo havia acontecido, tão rápido, ela não se lembrava de nada, só de sentir seu corpo sendo atingido e a dor forte na cabeça. Ela saiu do banho e se vestiu estava um pouco acanhada, não sabia como explicar sua situação para dona Joana, não sabia se dizia algo ou deixava quieto, só falando caso ela perguntasse. - Doa Ana? Está tudo bem? De repente ela ouviu, tirando-a dos seus pensamentos. –Sim, já estou saindo. Ela respondeu rápido. Saiu do quarto e foi para a cozinha, vestia apenas uma calcinha e a camisa de bruno, por sorte não era transparente. Ela se sentou à mesa e o cheiro da comida era muito bom, ela tirou um pouco da sopa e colocou no prato comendo devagar. Dona Joana a observava discretamente. - Como está a sopa? Bruno adora essa sopa. - Ah! Uma delícia, mas não imaginava que ele gostava de sopa. Ana disse, brincando. - Sim, ele gosta! Desde que era pequeno faço essa sopa para ele. - A senhora o conhece desde pequeno? - Sim t
Não subestime a curiosidade e a lealdade de uma mãe para com outra. Mal saiu do apartamento, Joana ligou toda contente para Cristina, mãe de Bruno. - Senhora, o menino trouxe uma linda garota para o apartamento. - Você está falando de Bianca? - Não senhora, essa é Ana, muito educada, me parece que sofreu um acidente e o menino a trouxe para casa para cuidar dela. - Cuidar dela? Como ele tem se comportado? - Calmo e parece gostar muito da moça, me fez fazer sopa para ela e foi comprar roupas para ela, parece cuidar pessoalmente de tudo que está relacionado a ela. - Só vendo para acreditar, meu filho não dá moral nem para mim. - Não diga nada, deixe-o, acho que ele encontrou o amor. - Hum! E a garota? Pode ser uma caça dotes? Cristina estava contente pelo filho estar em um relacionamento, aparentemente sério, mas não pode evitar de sentir ciúme. - Não acredito, é muito reservada e até tímida, bem diferente das garotas que costumam persegui-lo. - Ok, não diga nada. Ele não pre
Pegou o seu travesseiro e foi para a sala, não queria arriscar deitar ao lado dela, pois seria uma tortura não toca-la. Ana acordou assustada de manhã, olhou a cama do outro lado estava arrumado, ela saiu da cama e saiu pé por pé do quarto, ela olhou para a sala e Bruno dormia tranquilo no sofá. Ele estava deitado com os braços dobrados atrás da cabeça, seu peitoral a mostra ele era muito bonito, ela sentiu um frio no estômago. Ela não podia negar, ela tinha desejo por ele. Logo ela ouviu uma chave na porta, ela voltou rápido para o quarto. Dona Joana chegou, viu Bruno dormindo no sofá, ela balançou a cabeça e riu “ é acho que está apaixonado” ela pensou sorrindo. Ana voltou para o quarto e tomou um banho, procurou uma roupa das que Bruno trouxe, ela escolheu um conjunto leve e foi para a cozinha ver no que podia ajudar. - Bom dia dona Joana. Ela disse sorrindo para a senhora que lidava com uma cafeteira. - Bom dia, como você está? - Estou bem melhor, acho que hoje vou para cas
Ana entrou e deu passagem para ele. - Vamos entre, vou fazer um café para você. Como pode chegar a este ponto? O que meus vizinhos irão pensar? Ele se aproximou dela a abraçando-a, ele cheirava a perfume e álcool. - Você é incrível! Eu neste estado por sua causa e você preocupada com o que seus vizinhos irão pensar? Ele a beijou antes que ela pudesse dizer alguma coisa. Ana tentou sair do abraço dele, mas sua força era muito inferior a dele. - Você precisa crescer Ana. Ele disse em seu ouvido, Ela não gostou do que ele disse, se sentindo ameaçada. - Deixe-me fazer um café para você. Você bebeu demais. - Eu não bebi. Ele protestou beijando-a. - Me solte! Você está parecendo um moleque mimado. Ela disse irritada, se soltando e indo para a cozinha. Bruno não gostou de ser chamado de moleque, ele a seguiu a pegou pelo braço e trouxe-a para a sala novamente jogando-a no sofá. Ana olhou assustada para ele sem entender nada, enquanto o via tirar a camiseta. - Moleque? Você acha q
Ana, Pedro, Julia, Bia e João há dias já haviam combinado irem juntos no carro de Pedro para o hotel fazenda onde um amigo de Pedro se casaria, eles iam aproveitar o fim de semana. Bruno tentou várias vezes falar com Ana, mas ela o estava evitando. Ela não sabia o que dizer a ele, e as lembranças daquele dia ainda a machucavam. A noite Ana e seus amigos combinaram de comer fora, era uma pizzaria que costumavam ir, de lá Julia e Bia dormiriam na casa de Ana, pois Pedro e João as pegariam de manhã para irem ao hotel fazenda, onde seria a festa de casamento. Ana saiu direto do trabalho e foi para a pizzaria, Pedro foi o primeiro a chegar. Estavam os dois sentados numa mesa do lado de fora o clima estava bom, os dois estavam conversando sobre a viagem. Bianca estava no trânsito quando avistou Ana com um rapaz sentados na pizzaria. Ela ainda não tinha engolido o fato de Bruno ter levado Ana para seu apartamento e ainda tê-la mimado com presentes caros. Ela odiava Ana achava que ela ti