Semanas se passaram e a felicidade podia ser vista nos olhos de todos, até os empregados trabalhavam mais felizes. - Ana? Está acordada? Adrian pergunta baixinho no ouvido dela. Ele abraça Ana que dorme ao seu lado em sua cama, ela estava de costas para ele com os ombros descobertos, sua pele clara e sedosa era um convite para ser beijada. Ele toca o ombro e o pescoço dela com aponta do nariz inalando seu delicado perfume. Ana involuntariamente se arrepia, ele ri de ver seus pelos eriçados tão quando seu desejo. - Oi. Ela se vira para ele com a voz ainda sonolenta. - Estive pensando, você aceitou meu pedido de casamento, mas não marcamos a data você já está com quase três meses de gestação, mulheres querem vestir vestido de noiva, se demorarmos você ficará redondinha no vestido. Ele disse sorrindo, em imagina-la no vestido com a barriga grande. Olhando-a nos olhos e colocando um pequeno cacho de seu cabelo atrás de sua orelha –Quando podemos marcar a data? Ele perguntou. - Eu n
Adrian vestiu um terno na cor chumbo e uma camisa azul bem clarinha de linho. Ele foi buscar Ana em casa e ficou maravilhado quando a viu descer as escadas. O cabelo de Ana foi preso em um coque banana com cachos soltos de um lado, seu pescoço esguio e seu colo ficaram a mostra, a pele branca e fresca, quase fizeram Adrian adiar o jantar. Ele caminhou até ao pé da escada e deu seu braço para que ela se apoiasse nele e saíram os dois, juntos de braços dados. - Você está maravilhosa, estou seriamente pensando em pular a parte do jantar. Ele disse sorrindo para ela de forma maliciosa. - Nem pense nisso, me produzi muito para ficar em casa. Ela disse entrando na brincadeira. Ele olhou para ela com o olhar zombeteiro e disse: -Quem disse a você que voltaremos para casa hoje? Ana sentiu seu coração disparar e sua mão começar a suar. No restaurante Ana percebeu que Adrian, apesar de muito discreto, era muito conhecido na lata sociedade, pois o dono do restaurante veio pessoalmente cump
Duas semanas foram suficientes para Margarete e a equipe contratada por Adrian preparar o casamento, todos estavam ansiosos. Ana acompanhou Margarete nas escolhas, mas ela se sentia muito cansada e também não entendia muito dessas coisas. Ela apenas escolheu juntamente com Adrian que o lugar seria a vinícola, que ele a levou na primeira vez, o prédio era lindo além disso, já existia o restaurante. Uma exigência que Adrian fez foi que queria a receita da cuca de frutas vermelhas de Ana. As flores dos arranjos seriam lírios e as uvas do vinhedo, o casamento seria a tarde, a cerimonia ao ar livre em um deque para aproveitar o pôr do sol. O smoking escolhido por Adrian era na cor chumbo, vindo diretamente da Itália, corte fino e elegante. O vestido de Ana era de seda o colo, ombros e parte das costas de um tecido delicado bordado com pequenas flores, manga três quartos e os botões, que iam de cima até a altura do bumbum, eram encapados com seda. Estavam todos ansiosos, mas a alegria
Clic! Clic!CliC! - O que aconteceu? Veronica pergunta desesperada. Adrian pula em sua mão e tira a arma, rapidamente ele aciona a trava e solta o pente (onde ficam as balas da pistola) e vê que estão vazios. Neste momento os pais de Veronica, Rubens e o pai de Adrian aparecem também na porta. - Não! Como isso foi acontecer! Eu vou matar você! Veronica grita e tenta alcançar Ana. - Veronica! Seu pai grita alto, indo em sua direção –O que você está fazendo? - Como pode eu peguei sua arma papai, porque não funcionou? Ela chorava. - Eu não confio em você e vi você mexendo em minha gaveta eu desarmei a pistola, onde você estava com sua cabeça? Ele perguntou furioso arrastando-a para fora do quarto. - Você está bem? Adrian foi até Ana. - Estou! Ela disse, mas estava se sentindo um pouco tonta. Adrian lhe serviu um pouco de água. - Devemos ir, estão nos esperando. Ela disse logo que terminou sua água. A cerimônia foi linda, o sim foi dito com o pôr do sol quase no fim, mas ainda
- Ana você precisa ir, me deixe seus documentos. - Para que você precisa deles? Eu quero ficar com você esta noite, não vou te deixar. - Não se preocupe vou ficar bem! Me prometa que vai cuidar de Isabel. - Eu prometo! É claro que prometo, você e Isabel são tudo que tenho agora, e enquanto eu viver cuidarei de vocês, só tenho medo que ele me encontre e possa fazer algo a vocês. Ana disse segurando as mãos da amiga, com lagrimas pelo rosto. - Olhe eu tenho uma conta, vou te dar meu cartão, você saca o dinheiro da sua conta e deposita na minha, vou te dar também a senha, lá tem um pouco de dinheiro não é muito. Depois você vai para casa e fique sem vir aqui no hospital. - Porque? o que você está pensando? Eu passo o dinheiro para você! Eu já disse que o dinheiro das ações é para você e Isabel caso aconteça algo comigo. - Você confia em mim? - Claro que confio Clara. - Então faça o que estou te dizendo, eu só tenho mais uns dias de vida, é minha última vontade. - Não fale assim
Há 5 anos Ana estava na biblioteca da universidade, nesta época estava com 19 anos, era uma garota simples e cheia de sonhos.Absorta em seus pensamentos se afastou com o intuito de ter uma visão geral da prateleira e ver se encontrava um livro. De família simples desde cedo ela sabia que precisava estudar e trabalhar duro, para ser independente e ter uma vida digna. Cursava o terceiro ano de matemática, ela era muito dedicada, conseguiu entrar na faculdade aos dezessete anos. Tempos difíceis aqueles. Faltava grana para quase tudo, mas apertando aqui e ali dava para ir se virando, mesmo com toda as dificuldades era feliz, tinha a juventude, amigos e sonhos. Ela realmente precisava do livro, haviam poucos exemplares na biblioteca, sem querer, ao afastar-se ela esbarra em algo grande, parecia-lhe uma pessoa. Ana se assustou e institivamente se virou já com o pedido de desculpas na ponta da língua, mas quando viu a pessoa ela só fez menção de falar, todavia não conseguiu proferir nen
Passou-se alguns dias e Ana não o viu mais, mesmo frequentando a mesma faculdade os dois não se viram.As vezes ela se pegava lembrando do sorriso maroto de Bruno, e do vexame que passou. Seus dias foram comuns, como tantos outros, se não fosse por algumas vezes vir a sua mente a imagem do desconhecido e a sensação estranha que ela sentia toda vez que se lembrava dele.Durante uma aula, que Ana não gostava muito, houve uma batida na porta. O professor foi até a porta e ao avistar uns garotos do lado de fora abriu-a e fez um gesto com a cabeça para que o grupo entrasse.O grupo tinha vindo convidar os alunos de matemática para participar da semana de engenharia, para a surpresa de Ana, Bruno estava entre eles. Quando ela o viu tentou se encolher na cadeira, para que não fosse notada, mas ele a viu e fez questão de mostrar que a tinha visto.Logo depois, de uma breve apresentação sobre o que tinham ido fazer ali, ele se dirigiu a uma garota que estava toda animada logo ao lad
Ele não se importou com o protesto dela. Caminhou com passos largos de forma que Ana, bem menor que ele, estava quase correndo para alcança-lo, mais um pouco e ele a arrastaria pela calçada. Quando localizou um lugar mais tranquilo, ele a colocou de costas para uma parede, soltou seu pulso e olhou-a nos olhos com um sorriso nos lábios. Ela estava muito brava, com os braços cruzados no peito como forma de protesto, fazendo bico. - Por que você foge de mim? Ana olhou para ele curiosa, tentando descobrir o que se passava na cabeça dele. - Eu estou fugindo de você? Por que acha que fujo de você? - Tenho te procurado por dias e você simplesmente sumiu. - Eu nem sabia que você me procurava, você é maluco? Ele gargalhou e respondeu colocando a as mãos na parede, uma de cada lado dela, de forma que ela ficasse presa entre seus braços. - Não era, mas desde que você propositalmente trombou em mim aquele dia, acho que tem me faltado algum parafuso. - De propósito? Por que acha que e