Bruno olhou para ela levantando uma sobrancelha, ele era para ela apenas o carinha que organizou uma semana de estudos? Ao passo que o outro era seu amigo?
Pedro também não ficou contente ao ouvi-la dizer "amigo", na verdade, ele queria ser bem mais que amigo.Pedro acompanhava Ana há tempos, mas não se declarava, pois tinha medo de que, se caso ela o rejeitasse, até a amizade ficasse arruinada.Pedro era um belo rapaz, um pouco mais baixo que Bruno, era do tipo que gostava de academia e jogar bola, era divertido e também muito protetor.Conheceu Ana há uns três anos, ele era veterano e ela a caloura, se conheceram por intermédio de Julia, que se tornou amiga de Ana, desde o momento que iniciaram o curso juntas.Quando Ana entrou para a faculdade, era apenas uma garotinha vinda do interior, longe da família se aventurando na capital.Porém, tinha algo mais, ela trazia em seus olhos uma certa fragilidade. por trás do sorriso tímido havia uma insegurança e até mesmo uma tristeza.Mais tarde, soube-se que ela havia perdido seu pai e que daí, então, começou a ter problemas com sua mãe por conta do padrasto. Assim os amigos adotaram e a mimaram, pois era uma garota muito doce e leal.Ana sentiu uma certa tensão no ar.- Bom, obrigada Pedro, mas Bruno já havia me oferecido uma carona, então fica para próxima. Ela disse, tentando ser o mais natural possível, fingindo não ter notado a tensão entre os dois, um com ar de descontentamento e o outro com ar de satisfação.- Você tem certeza? Pedro insistiu.- Sim! Obrigada, nos vemos amanhã.- Então está bem, quando chegar em casa me mande uma mensagem, ok? Disse ele, relutante.- Está certo!Ela sorriu e se despediu.Pedro se afastou, tentando disfarçar sua insatisfação.Ana e Bruno entraram no carro em silencio. Ela não cogitou a hipótese de olhar para ele, pois sentia que os olhos dele estavam nela como se quisessem ver o que ela estava pensando.Ele olhou para ela.- Coloque o cinto, por favor.- Ah! Esqueci, desculpe. - Percebi, está triste porque não foi com seu amigo? Ou está com medo de mim? E ele continuou:-Eu não mordo! Bom a não ser que você peça.Ele disse sorrindo, com tom malicioso.Ana não pode evitar de imaginar a cena e neste momento sentiu seu rosto corar. "Ele é muito safado", ela pensou.Ele riu de vê-la corar e olhar para as mãos sem jeito, não era possível que ainda existia garotas assim!- Não seja bobo!Ela disse sem jeito, e ficou a olhar as luzes pela janela do carro, tentando não pensar no que ele tinha dito.Bruno deu mais uma olhada nela e decidiu não incomodar mais, dirigindo diretamente para o centro.- Onde você mora?- Jardim Europa, no prédio Muller.Ela disse olhando para ele, enquanto ele dirigia atentamente olhando para o trânsito.- É mesmo? Moro bem próximo, no prédio Boulevard, fica a uns três quarteirões do seu.- É verdade, passo em frente de vez em quando.- Mesmo? Qualquer hora chega lá para tomar um café!Ele disse de forma divertida.- Está bem!Ela respondeu sem a pretensão de fazê-lo.Ele ficou feliz, embora não acreditasse que ela faria a visita, mas ele a cobraria com certeza.O clima dentro do carro havia melhorado e conversaram sobre algumas coisas em comum então, chegaram ao prédio de Ana.Ele parou o carro, Ana desafivelou o cinto e agradeceu a carona.- Obrigada, e boa noite.Ela saiu do carro e olhou pela janela.- Tudo bem, quando precisar pode me chamar, boa noite durma bem!- Obrigada, tenha uma boa noite de sono também!Então, ela entrou para o prédio e quando já havia entrado na portaria, olhou para trás e Bruno ainda estava lá, olhando para ela, ele só seguiu depois que ela sumiu de vista.Ele estava feliz, embora fosse somente uma carona, ele a conquistaria! Estava certo disso.Ana suspirou ao entrar no elevador, ela estava tensa, mas não sabia porquê.Bruno entrou em casa e se jogou no sofá, ficou repassando alguns momentos da noite, sem perceber seus lábios sorriam.O perfume dela lhe causava um certo comichão no baixo ventre, quando se lembrou do momento que a segurou em seus braços mais cedo, ele sorriu involuntariamente.Também se sentiu um pouco incomodado, quando pensou em Pedro cercando Ana. Ele, como homem, sabia do verdadeiro interesse de Pedro.Era obvio que ele não estava somente atrás de sua amizade, ele queria algo mais, mas Bruno estava disposto a lutar por ela e ele não costumava perder.Ana tomou seu banho e comeu alguma coisa e caiu na cama, logo adormeceu estava exausta.Bruno, já na cama, mandou-lhe uma mensagem “este é meu telefone, guarde-o e me ligue sempre que precisar, sonhe comigo”.Porém, ela não viu a mensagem, já havia dormido. Bruno ficou esperando resposta, mas deduziu tempos depois que ela certamente já estaria dormindo.A noite passou num piscar de olhos, ambos levantaram cedo, tomaram seu café e cada um foi para seus afazeres. Ana foi para o escritório e Bruno para a faculdade.Ana saiu a pé para pegar o ônibus e teve uma sensação estranha, como se estivesse sendo seguida.A verdade é que ninguém notou, mas a mesma garota, Bianca, que viu Bruno beijando Ana, também tinha os visto no estacionamento e os seguiu e viu quando Bruno deixou Ana em casa.Ela nem conseguiu dormir, e amanheceu na porta do prédio de Ana queria saber tudo sobre ela. "Conhecendo-a poderei desmascara-la para Bruno, ao mesmo tempo preciso estar mais próxima de Bruno, estar onde ele estiver" ela pensou. Ana havia descido do ônibus e estava caminhando pela calça o sinal fechou quando ela colocou os pés na faixa de pedestres um carro em alta velocidade quase a acertou. Ana se desequilibrou e caiu, um homem de meia idade viu e correu até ela.- Você esta bem?- Estou, obrigada. Ela disse segurando na mão do estranho tentando se levantar.Bianca era de família rica, era muito mimada estava disposta a tudo para não perder Bruno, ela acabaria com qualquer mulher que atravessasse seu caminho, pois acreditava em suas qualidades. Ana com a ajuda do homem se levantou e foi para o escritório. - Você não quer que te leve ao hospital? - Agradeço, foi só um ralado. Ana disse se despedindo do senhor que a acompanhou até o escritório.No escritório Antônio viu Ana chegar, mancando e o joelho ensanguentado.- O que aconteceu? Ele foi até ela.- Nada demais, um carro passou no sinal vermelho e quase me acertou na faixa, desequilibrei e cai.- Você acha que isso não foi nada demais? Ele disse olhando e apontando para o joelho dela que sangrava.Ela olhou para o joelho e não respondeu nada.- Não precisa trabalhar hoje, vá ao médico. Junior? Ele chamou.Um rapaz apareceu na porta.- Leve Ana ao hospital, tenho uma reunião agora, depois deixe-a em casa.- Sim senhor.Junior era o assistente, Ana era secretária, ele ajudou Ana a se l
- Certamente eu farei, embora eu pense em casa e ficar em casa e cuidar da família.Bruno a olhou desconfiado, não acreditava nas palavras dela -Fique a vontade, vou tomar banho, quando sair feche a porta.- Está bem! Bianca engoliu seco imaginando Bruno no banho, não pode deixar de fantasiar uma situação com ele no banheiro.Enquanto isso, Ana passou o dia em casa. Seu joelho havia feito um pequeno corte, a dor era mais por ter batido no chão.Tomou banho e lavou os cabelos e escolheu um short saia de tafetá, ele ia até uns dois dedos acima dos joelho, se colocasse calça o tecido poderia machucar a ferida.Ela não usava roupa curta para ir a faculdade colocou uma camisa branca, leve e um relógio azul, no pulso, realçava sua pele clara, sapatilhas nos pés. Fez uma maquiagem natural, e quando olhou no espelho gostou, era singela e romântica. Então, já estava quase na hora ela resolveu descer para o saguão, quando Bruno ligasse ela já estaria lá embaixo, não gostava de deixar as pesso
Neste momento Ana olhou para o retrovisor e encontrou o olhar de Bruno, ele ficou um tempo parado enquanto Bianca se afastava. Ele saiu do carro e abriu a porta traseira para que Ana descesse e se sentasse no banco do carona.- Desça!- Obrigada, vou aqui mesmo. Estamos com pressa- Ela disse em tom um pouco descontente.- Porque você não me ligou quando se feriu? Você viu quem foi? Anotou a placa?- Não havia necessidade, e não anotei nada, foi muito rápido.Ele fechou a porta com um baque e dirigiu diretamente para a faculdade estava aparentemente irritado.Quase chegando ele disse – Você é muito torpe.Ana ficou espantada com a afirmação dele, ela não via a hora dele parar o carro para que ela descesse.Assim que ele estacionou o carro, ela abriu a porta e saiu, ela nem se lembrou do joelho machucado.Ele saiu rápido do carro e foi atrás dela e a segurou pelo braço, ela se desequilibrou e por pouco não foi ao chão.- O que você pensa que está fazendo?- Indo para a aula, já estou a
Eles comeram em silêncio. - Você poderia me emprestar um carregador? Meu celular está descarregado. - Descarregado? Por isso te liguei e você não atendeu! Você não consegue se cuidar? - O que tem a ver? Ela disse espantada. - Como você sai com o celular descarregado? E se você precisa ligar por ajuda? - Eu, Eu... Ana começou a gaguejar não sabia o que dizer. - Tome, pode dormir no quarto eu ficarei na sala. Ele disse, lhe entregando o carregador. Ela pegou o celular e o carregador e foi para o quarto, sem entender porque ele estava tão zangado. Ela colocou o celular para carregar e se deitou na cama, virou de um lado para outro não consegui pegar no sono, a cama tinha o cheiro de Bruno. Como não conseguia dormir flashes do incidente mais cedo, com aquele homem nojento, vinha a sua mente. Neste momento outra coisa também lhe chamou a atenção, a fúria com que Bruno o atacou, ela se esforçou para não pensar mais, queria esquecer este dia. Na manhã seguinte ela vestiu sua roupa
Bianca estava o tempo todo observando o casal de longe, ela viu quando Ana e bruno se separaram na porta do vestiário, neste momento ela tomada pelo ciúme tomou uma decisão, ela tinha que se livrar de Ana. Ela encontrou um garoto perto do banheiro. - Ei garoto, quer ganhar uma nota de duzentos reais? Seus olhos brilharam - O que eu preciso fazer? - É simples, tem uma mulher que me maltratou muito e eu queria só dar um susto nela, você só precisa passar por ela e esbarrar nela para que ela caia na piscina, não se preocupe ela sabe nadar. O menino ficou um pouco cismado. Ela percebeu. - Olha, quatrocentos reais, não se preocupe ninguém vai ficar sabendo, é só uma brincadeira, para ela aprender não pegar o que é dos outros. - Está bem, sendo assim eu faço. Bruno viu quando um garoto passa correndo por Ana e esbarra nela com força, ela se desequilibra e cai. Bruno se levantou na hora e desceu rápido as escadas. O local que ela estava não tinha muitas pessoas só algumas mulheres
Ana, na banheira, ficou pensando em como tudo havia acontecido, tão rápido, ela não se lembrava de nada, só de sentir seu corpo sendo atingido e a dor forte na cabeça. Ela saiu do banho e se vestiu estava um pouco acanhada, não sabia como explicar sua situação para dona Joana, não sabia se dizia algo ou deixava quieto, só falando caso ela perguntasse. - Doa Ana? Está tudo bem? De repente ela ouviu, tirando-a dos seus pensamentos. –Sim, já estou saindo. Ela respondeu rápido. Saiu do quarto e foi para a cozinha, vestia apenas uma calcinha e a camisa de bruno, por sorte não era transparente. Ela se sentou à mesa e o cheiro da comida era muito bom, ela tirou um pouco da sopa e colocou no prato comendo devagar. Dona Joana a observava discretamente. - Como está a sopa? Bruno adora essa sopa. - Ah! Uma delícia, mas não imaginava que ele gostava de sopa. Ana disse, brincando. - Sim, ele gosta! Desde que era pequeno faço essa sopa para ele. - A senhora o conhece desde pequeno? - Sim t
Não subestime a curiosidade e a lealdade de uma mãe para com outra. Mal saiu do apartamento, Joana ligou toda contente para Cristina, mãe de Bruno. - Senhora, o menino trouxe uma linda garota para o apartamento. - Você está falando de Bianca? - Não senhora, essa é Ana, muito educada, me parece que sofreu um acidente e o menino a trouxe para casa para cuidar dela. - Cuidar dela? Como ele tem se comportado? - Calmo e parece gostar muito da moça, me fez fazer sopa para ela e foi comprar roupas para ela, parece cuidar pessoalmente de tudo que está relacionado a ela. - Só vendo para acreditar, meu filho não dá moral nem para mim. - Não diga nada, deixe-o, acho que ele encontrou o amor. - Hum! E a garota? Pode ser uma caça dotes? Cristina estava contente pelo filho estar em um relacionamento, aparentemente sério, mas não pode evitar de sentir ciúme. - Não acredito, é muito reservada e até tímida, bem diferente das garotas que costumam persegui-lo. - Ok, não diga nada. Ele não pre
Pegou o seu travesseiro e foi para a sala, não queria arriscar deitar ao lado dela, pois seria uma tortura não toca-la. Ana acordou assustada de manhã, olhou a cama do outro lado estava arrumado, ela saiu da cama e saiu pé por pé do quarto, ela olhou para a sala e Bruno dormia tranquilo no sofá. Ele estava deitado com os braços dobrados atrás da cabeça, seu peitoral a mostra ele era muito bonito, ela sentiu um frio no estômago. Ela não podia negar, ela tinha desejo por ele. Logo ela ouviu uma chave na porta, ela voltou rápido para o quarto. Dona Joana chegou, viu Bruno dormindo no sofá, ela balançou a cabeça e riu “ é acho que está apaixonado” ela pensou sorrindo. Ana voltou para o quarto e tomou um banho, procurou uma roupa das que Bruno trouxe, ela escolheu um conjunto leve e foi para a cozinha ver no que podia ajudar. - Bom dia dona Joana. Ela disse sorrindo para a senhora que lidava com uma cafeteira. - Bom dia, como você está? - Estou bem melhor, acho que hoje vou para cas