Miguel Ylmaz AksoyDiana havia chegado de Paris naquela tarde e me visitou após quatro anos, após ela ter se casado, decidi me casar com Anny, apesar de nunca sentir nenhum tipo de amor por ela.Anny apareceu no meu trabalho no começo da tarde e pediu o divórcio, ao me ver com Diana, era o que eu sempre esperava, toda minha indiferença diante dela, só a fazia continuar tentando se aproximar de mim, até hoje, ela pedir o divórcio.Levei a Diana para minha casa, ela ficaria hospedada lá por um tempo, finalmente eu teria uma chance de estar ao lado da mulher que amei por muito tempo, e a conheço desde a minha infância, deixei Diana no quarto de hóspedes e fui até o meu quarto, tomei um banho e depois desci, foi então que todo caos começou.Eu nunca achei que uma noite pudesse explodir em tamanha confusão, mas ali estava eu, segurando Diana no chão da sala. Ela soluçava, lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto eu a ajudava a se levantar. Meu coração disparava, uma mistura de raiva e preoc
Anny CelikCheguei em casa com o coração apertado e uma sensação de vazio tão grande que parecia me engolir. Cada canto daquela mansão gritava o desprezo de Miguel, e ainda assim, ela havia sido o único lar que conheci nos últimos anos. Meu lar, e ainda assim nunca foi realmente meu.Subi para o quarto, respirando fundo, tentando não desabar. Quando entrei, senti um nó na garganta ao olhar para a cama onde tantas noites chorei em silêncio. Respirei fundo, abri o armário e comecei a tirar minhas roupas. Coloquei peça por peça nas malas, com mãos trêmulas.Eu queria ser forte, mas quando vi meu vestido de noiva pendurado lá, como um lembrete cruel de tudo que perdi, minhas forças me abandonaram. Minhas pernas cederam, e eu caí de joelhos no chão, segurando o vestido com tanta força que os dedos doíam. As lágrimas vieram sem controle, uma torrente que eu não conseguia parar.— Por quê? — sussurrei, minha voz ecoando pelo quarto vazio. — Por que ele nunca me amou?Mas eu não tinha respost
Miguel Yılmaz Aksoy Eu não estava esperando visitas naquela manhã. Eu tinha acabado de me sentar no escritório, revisando documentos sobre as clínicas que a rede de hospitais planejava adquirir, quando ouvi a campainha soar. Antes que o mordomo pudesse atender, eu mesmo me levantei, intrigado. Quando fui até a porta, encontrei Marc. Meu sobrinho, que crescemos juntos como irmãos. Vestido em um terno impecável, carregava aquele sorriso confiante que sempre o acompanhava. Ele estava com uma mala ao lado, claramente vindo direto do aeroporto. — Marc? O que faz aqui tão cedo?— perguntei, surpreso, mas genuinamente feliz.. — Cheguei mais cedo para o Natal! — respondeu ele, abraçando-me brevemente. — E tenho boas notícias. Mas antes de tudo... onde está Anny? O nome dela foi como um soco. Meu sorriso vacilou por um instante, mas recuperei a compostura rapidamente. — Ela deve estar no quarto. Vou chamá-la.— Não era mentira, mas a situação era bem mais complicada do que ele imagina
Miguel Ylmaz Aksoy Desci com a Anny e logo nos juntamos a Diana e Marc para o café da manhã que parecia um estranho, apesar de nós quatro nos conhecermos desde a infância, já que Diana e Anny eram nossas vizinhas por muito tempo. Marc estava sentado à mesa comigo, Diana e Anny. Havia algo nele, em como olhava para ela, que me incomodava profundamente, embora eu não conseguisse entender exatamente o porquê. — Você está linda hoje, que bom que consegui passar o natal com vocês, podemos ir juntos Anny até a casa da nossa família, tenho algo para lhe dar que está lá na mansão dos meus pais— ele disse para Anny, com um sorriso que me irritou imediatamente. Anny agradeceu, sem dar muita importância, mas aquilo me fez cerrar os dentes. Não era como se ela estivesse errada por aceitar o elogio, mas o tom casual de Marc me provocava de um jeito que eu não sabia explicar. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Marc a convidou para sair. — Vamos até a casa da minha família.Ten
Anny CelikAcordei com os primeiros raios de sol invadindo o quarto. Quando abri os olhos, encontrei Miguel dormindo ao meu lado. Era estranho estar tão perto dele, como nunca estive em anos, mas decidi não pensar muito sobre isso. Levantei da cama sem fazer barulho, tomei um banho quente e me vesti com um vestido azul simples, que acentuava meu tom de pele. Passei uma maquiagem leve para esconder qualquer sinal de cansaço e desci para a cozinha. Marc já estava lá, sentado à mesa, com um café na mão e um sorriso caloroso no rosto. — Bom dia, Anny. Dormiu bem? — ele perguntou. — Dormi, sim. Obrigada. E você? — Melhor agora — respondeu, com um brilho nos olhos que me fez desviar o olhar. Antes que eu pudesse dizer algo, ouvi os passos de Miguel descendo as escadas. Ele apareceu na sala de estar com uma expressão séria, mas seus olhos me analisaram rapidamente antes de se sentar ao meu lado. — Onde vocês vão? — perguntou ele, a voz carregada de curiosidade e uma pitada de ir
Miguel Ylmaz Aksoy A tensão no jantar era palpável, e cada palavra de Anny parecia um golpe direto no meu ego. Eu sentia o olhar de todos sobre mim, esperando uma reação, mas tudo o que consegui fazer foi apertar os punhos sob a mesa, tentando não transparecer o que realmente sentia. "Ele já é médico, ama o que faz..." As palavras ecoavam na minha mente, como um disco quebrado. Eu sabia que não era o favorito para assumir a rede de hospitais, mas ouvir isso dela, na frente de todos, me atingiu como um soco. Tentei sorrir, mas parecia mais uma careta forçada. — Você tem razão, querida. Advogar sempre foi minha paixão — respondi, a voz controlada, embora por dentro eu estivesse fervendo. Os olhares aliviados de Leyla e Ferman foram o suficiente para eu engolir meu orgulho por mais alguns minutos. Mas, enquanto o jantar continuava, não consegui tirar os olhos de Anny. Ela estava tão tranquila, tão... indiferente. Isso me incomodava mais do que eu gostaria de admitir.
Anny CelikSentada à mesa, sentia como se cada palavra trocada fosse uma punhalada silenciosa no meu coração. Sorri para Leyla e Ferman, como sempre fiz, mas tudo dentro de mim estava em pedaços. Não sei como ainda conseguia sustentar essa máscara de tranquilidade. Quando Miguel voltou, seu rosto estava pálido, e havia algo diferente em sua expressão. Ele parecia... derrotado. — Quero dizer algo — começou Miguel, com a voz grave, cortando a conversa descontraída que Leyla tinha com Ferman. Todos olharam para ele, curiosos e tensos. Eu sabia que algo estava prestes a mudar, e meu coração disparou. — Não posso mais mentir para vocês. Eu e Anny... — ele pausou, como se reunir coragem para continuar fosse o maior desafio de sua vida. — Estamos divorciados. O choque estampou o rosto de Leyla, enquanto Ferman arqueava as sobrancelhas, surpreso. Minha boca se abriu levemente, mas nenhuma palavra saiu. Miguel não parou, e sua voz ficou mais firme. — Eu cometi um erro ao forçar Anny a fin
Anny Celik Aceitei a oferta de Marc. Mesmo que algo em mim hesitasse, parecia ser a escolha certa. Um novo começo. Ele me conduziu até o quarto de visitas. O cômodo era luxuoso e confortável. Deitei na cama, sentindo o peso de tudo que havia acontecido nos últimos dias. O teto branco era um alívio para os olhos cansados, mas minha mente estava cheia de lembranças. Fechei os olhos, e as memórias vieram com força. Lembrei de como Miguel parecia se importar comigo nos primeiros meses do noivado. Havia momentos em que ele me olhava de um jeito que fazia meu coração acreditar que, talvez, eu pudesse ser feliz. Que, talvez, um dia ele pudesse me amar. Mas com o passar do tempo, percebi que eu era apenas uma parte do plano dele, uma peça no tabuleiro que ele controlava com precisão. Suspirei, sentindo o amargor das escolhas que fiz. Se eu tivesse negado os sentimentos que tinha por ele, tudo poderia ter sido diferente. Talvez eu tivesse mantido minha dignidade intacta. Talvez não estives