Capítulo vinte e um

Pedro acordou de um sonho. Um sonho extremamente ruim. Suas mãos tremiam e ele suava frio. A cama estava molhada — e não apenas de suor. Queria esquecer o pesadelo, mas agora os lençóis o lembravam dele o tempo inteiro.

Levantou-se lentamente, ainda na inocência de seus gestos pequenos, retirando os lençóis sem fazer barulho. Queria chorar, mas sua mente insistia: qualquer som, por menor que fosse, poderia acordar as outras crianças. E não havia nada pior do que o bullying que duraria, no mínimo, o resto do ano.

Nunca pensou no termo "sono pesado", mas sabia que os únicos adultos que ficavam ali durante a madrugada geralmente tinham isso.

Arrastou os lençóis até a lavanderia, ao lado dos banheiros. Normalmente teria medo do escuro, mas essa parte do medo havia sido empurrada para outros cantos da sua consciência. Jogou os lençóis sobre a pia e ligou a torneira, tentando molhar o bastante até que o cheiro de xixi sumisse — ainda que soubesse, lá no fundo, que aquilo não funcionava assi
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