CARMEM NARRANDO. Acordo e olho para o lado e o Alex não está. Acho até que ele nem dormiu tadinho. Está se culpando por tudo que aconteceu ontem. Mas que história é essa meu Deus. O que será que de fato está por trás disso tudo, que mistério envolve a mãe dele? Fico com pena do Sr James, ele está completamente abatido. O Alex de uma lado exaltado culpando a mãe por tudo, o pai tentando apaziguar achando que tem algo muito sério nisso tudo e que precisa e que precisa escutar ela. Levanto e já estou enjoada, aff vai ser assim até quando hein? vomito o que tenho e o que não tenho. Tomo um banho e desço, já eram 10h, hoje era domingo. Na sala estava o Alex, o Ian brincando no quadrado, a Noemi e o Sr James.. — Bom dia a todos. — Oi amor, bom dia. - Ele levanta e vem ao meu encontro e nos beijamos. — Dormiu bem? tá tudo bem com você, não sentiu nada? - Passo a mão em seu rosto, essa preocupação dele é maravilhosa. — Não senti não amor, só os enjoos de sempre. Não se pre
IGOR NARRANDO Depois da conversa com meu avô fui para a empresa e em seguida soubemos que houve um roubo de carga enorme em Ecaterimburgo e o Mikhael teve que ir e só voltaria dali a 5 dias, não entendi porque tanto tempo. Agora depois do alerta que a Irina fez, observarmos que quando ele viajava deixava muitos homens em nossa casa, não era apenas para a proteção, era para vigiar mais ainda a nossa mãe. Uma coisa boa nisso tudo, era que quando ela estava com nos 3 ele não ficava tão em cima, porque eu tinha os meus seguranças que eram muito bem treinados e ele não mandava os dele. Isso era uma coisa boa. Meu telefone toca, era o meu avô. — Oi vô, aconteceu alguma coisa? — Sim, seu pai vai viajar hoje, eu fiz com que ele passe mais tempo por lá, resolvi ligar para umas pessoas para marcar umas reuniões que iriam acontecer de toda forma, mas eu só resolvi que ele ficaria mais tempo para que um plano que veio a minha cabeça pudesse ser posto em prática. — Do que o senh
ANNA NARRANDO. Você já foi forçado a fazer algo que não queria? Eu fui. Meu nome é Anna Contini, filha de Angelo Contini, o chefe da máfia. Acabo de completar 18 anos e, para minha surpresa, estou prestes a me casar com um homem onze anos mais velho que eu. Sim, onze anos. E claro, contra a minha vontade. Meu pai insiste que este casamento é necessário, uma forma de unir os clãs Contini e Mallardo e alcançar a tão esperada paz. Mas, sinceramente, isso não me convence.Tudo mudou na minha vida quando minha mãe morreu. Antes disso, eu era feliz, ou pelo menos achava que era. Minha mãe era a única capaz de controlar meu pai, fazer com que ele refletisse melhor sobre suas decisões. Desde que ela se foi, sinto que ele está perdido, tentando desesperadamente manter o controle, não apenas da máfia, mas de mim também. Agora, estou sendo usada como moeda de troca para uma aliança que nunca desejei.Na verdade, nem conheço meu noivo. Nunca vi uma foto, não sei absolutamente nada sobre ele, exc
ANNA NARRANDO.Depois de um tempo observando o mar, finalmente o navio atracou na ilha. Respirei fundo e caminhei lentamente ao lado da Tânia. Entramos no grande salão, e logo pude sentir os olhares sobre mim. Senti borboletas no estômago, prestes a ter um colapso nervoso.Avistei meu pai sentado em uma das mesas de jogos. Tânia foi falar com minha avó, e eu caminhei devagar até a mesa onde ele estava. Chegando perto, reconheci Eduardo Mallardo, a quem havia visto pessoalmente apenas uma vez e em algumas fotos na pasta do escritório do meu pai. Junto a ele estavam mais três homens, todos mais velhos, exceto dois que pareciam um pouco mais jovens. Um deles, até que era bem apresentável, tinha porte de atleta, olhos claros, cabelo bem penteado, parecia até um fantoche.Ao me aproximar da mesa, notei algumas mulheres por ali. Sabia bem o que estavam fazendo. Elas são usadas para distrair os jogadores e fazê-los perder. Uma das maneiras da máfia ganhar dinheiro, chamada exploração de jogo
VIKTOR NARRANDO. Eu não sou um homem muito cativante. Sou tranquilo e não gosto de me meter nos problemas dos outros, especialmente nos do meu irmão, Nathan. Esses últimos dias têm sido cansativos. Meu pai descobriu que está com câncer em fase terminal e precisa que eu me case urgentemente para assumir a direção da máfia Mallardo. Mas há um detalhe: ele fez um pacto com os Contini. Em troca de assumir a liderança, devo me casar com a filha deles, uma virgem, por um contrato de um ano. Não estou feliz com isso, mas farei o que for necessário para garantir meu lugar. Curiosamente, meu irmão não quis disputar a cadeira comigo, sabe que a preferência é sempre do filho mais velho. Contudo, o que mais me incomoda é ter que me casar com uma garota de apenas 18 anos. Hoje pela manhã, pedi à minha secretária que comprasse um vestido para presentear a moça. Como hoje é o dia da troca das alianças, ela precisava estar com algo que eu escolhesse. O dia passou depressa. Quando cheguei ao cass
Anna narrando.A tortura começou. Meu pai chamou a mim e ao velho à frente para consumar nosso noivado. Parece que todos os chefes dos clãs espanhóis estão presentes, e se eu fizer uma cena agora, vou prejudicar todos. Sem contar o líder da máfia Carroma, que veio direto da Itália para prestigiar nossa união, achando, coitado, que estou de acordo com tudo, e que isso não passa de um contrato.— Boa noite a todos. Estamos aqui para comemorar o noivado da minha filha Anna Contini com Viktor Mallardo. Através deste casamento, as duas máfias se unirão para evitar ataques e ajudar todos aqueles que precisam de nós. Estou muito feliz em receber Viktor Mallardo como meu genro — disse meu pai ao microfone. — Venham até aqui, Viktor e Anna…Assim que ele nos chamou à frente, caminhei devagar, contra minha vontade. Meu rosto estava tão fechado que qualquer pessoa sensata fugiria ao passar por mim.O velho, Viktor, veio caminhando com um sorriso de lado. Que vontade de dar um tapa bem no meio d
Anna narrandoDesci as escadas devagar. Quando cheguei ao fim, pude ouvir vozes masculinas conversando na sala de jantar. Fiquei com medo do que Viktor estava contando para o meu papá, pois ele ouviu parte da minha discussão com Carlos e, com certeza, estava revelando tudo o que aconteceu.O pior de tudo nessa história seria meu papá descobrir que menti para ele esse tempo todo. Eu não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas espero que ele não vá atrás do Carlos. Eu sei que erramos, principalmente eu. De certa forma, ele não teve culpa, fui eu quem mentiu.O pior é que meu papá pode achar que estou mentindo até sobre a minha virgindade. Sei que isso pode prejudicar a vida dele e, pior ainda, colocar a vida da Abuela em risco. A Tânia me avisou desde o início, e eu deveria ter ouvido. Como pude me deixar levar pelos meus sentimentos e acreditar que meu papá um dia aceitaria tudo isso?Quando entrei na sala, todos me olharam surpresos. Lá estavam papai, Viktor e minha abuela.— N
Anna narrando:Eu desci do carro com as pernas trêmulas, estavam tão bambas que eu estava vendo a hora de cair no chão. Parei em frente ao portão e toquei o interfone diversas vezes até ouvir um barulho na porta. Alguém estava abrindo, o que me fez suar frio e, ao mesmo tempo, encher meu coração de esperança.— O que está fazendo aqui? — Ele perguntou ao abrir a porta.— Precisamos conversar, me escuta… Por favor… Somente dez minutos. — Praticamente implorei com o olhar.— Não sei se é uma boa hora. — Ele falou, abrindo um pouco mais a porta, me dando a visão de uma garota sentada no sofá.— Você é um cretino, usurpador! — Falei com os olhos cheios de lágrimas.— Anna, você achou mesmo que eu te amava? — Ele falou sorrindo, e eu olhei sem entender. — Entenda, você é rica, bonita, tem empresas em seu nome… Qual homem não se interessaria por você?— Você é nojento, como todos os outros! — Falei, dando um tapa em seu rosto. — Eu te odeio!Virei as costas e saí de lá chorando, entrei no p