Isadora— Ah, filha, eu estava com tantas saudades do meu cantinho! — Mamãe sibila um tanto emocionada assim que abro a porta. Ela entra, observa a sala de visitas por um bom tempo e libera alguns suspiros apreciativos longos e baixos. Seus olhos se enchem de lágrimas, mas elas não se derramam. É como se não se permitisse chorar e acredite, eu a entendo. Procuro não me abraçar as lembranças desse lugar, então fico neutra no meio da sala apenas a observando enquanto toca os seus móveis com as pontas dos dedos. Ela segura um dos porta-retratos, fita-o por alguns segundos e faz o mesmo com outro e mais outro. Contudo, ela vai até uma janela e parece viajar um pouco no tempo. Após a sua inspeção de longos minutos silenciosos, ela me olha e sorri secando o cantinho dos seus olhos. — Quero organizar um jantar de boas-vindas para mim e comemorar a minha vitória com os meus verdadeiros amigos — informa. E lá está aquela alegria que amo tanto de volta. Sorrio retribuindo o sorriso mais doce e
IsadoraNão há muito o que fazer aqui na mansão D’angelo. Sempre que volto da casa da minha mãe me perco nesse imenso lugar ou fico presa a essa biblioteca, ou até mesmo curto um pouco a piscina. Às vezes opto por dormir a tarde quase inteira. Por esse motivo, decidi voltar com as minhas corridas matinais. Dessa vez acompanhada pelo brutamontes do meu segurança e não pensem que estou fazendo isto fora da propriedade, porque isso aqui é tão grande que parece não ter fim. Como agora que estou voltando de mais uma corrida e quando chego do meu exercício subo as escadas correndo, e vou direto para o banheiro. Para a minha surpresa escuto o som do chuveiro ligado e noto a porta está entreaberta. Curiosa, aproximo-me lentamente e tenho o vislumbre do corpo molhado de Heitor. Ele está de costas para mim e debaixo a água que cai como uma cascata sobre ele. Suspiro audível e penso se devo entrar ou não? Mordo o lábio inferior com um pensamento atrevido e começo a me despir, invado o cômodo dev
IsadoraO clube de golfe não é muito diferente do clube de tênis que costumava frequentar na minha adolescência. Todo o luxo da estrutura, as gramas verdejantes em grande parte do perímetro e as cercas brancas que comportam um belo jardim florido. Stayce desce do carro e caminha para dentro de um chalé onde algumas mulheres nos aguardam em uma mesa redonda na varanda. Assim que nos aproximamos noto as meninas me olharem de alto a baixo sem esconder suas curiosidades. Respiro fundo, mas de modo bem sútil pois não quero que percebam o meu desconforto em estar aqui. Ao nos aproximarmos observo-as atentamente enquanto se cumprimentam e se abraçam festivas e demoradamente, e possivelmente cochichando algo entre si.— Meninas, essa é Isadora D’angelo. — Stayce fala assim que se afasta da roda de amigas, abrindo um sorriso gigantesco para todas. Sinto-me como um troféu sendo exibido para elas.— Oh meu Deus, então é verdade?! Aquele pedaço de mal caminho se casou realmente? — Uma delas comen
Isadora— Como estou? — Ele pergunta dando as costas para o espelho e ainda mexendo em sua gravata. Apenas olho para o belo homem em pé na minha frente e não consigo deixar de reparar em seu rosto másculo e sério. Nos olhos que têm agora um tom ainda escuro e intenso devido à escuridão da noite que passa pela janela, e com um suspiro o meu olhar observador desce para a sua boca delineada por uma barba rala e igualmente escura. — E então? — Ele insiste, mas continuo com a minha avaliação minuciosa demais, delirando agora no seu peitoral firme e alto, bem-vestido em uma camisa preta de botões e uma gravata azul-marinho que tem minúsculos detalhes de losangos cor de grafite. A calça social preta desenha com perfeição as suas coxas e ressalta a sua cintura deixando pouco para a minha imaginação fértil demais. Seguro um suspiro alto e penso que está na hora de me despertar desse transe ridículo e dar o meu parecer.— Você está perfeito, Heitor! — Resumo a minha resposta com uma voz branda
IsadoraAssim que as portas da mansão D’angelo se abriram, as nossas mãos ávidas não se contêm e atacam os nossos corpos mutuamente. É incrível como elas estão por todo lugar simultaneamente. Nossas bocas se devoram famintas, gulosas e as nossas respirações pesadas e altivas se de gladiam. Logo os meus gemidos se espalham por toda a sala e Heitor me imprensa forte contra uma parede. Uma mão sua levanta a saia do meu vestido com urgência, enquanto a outra me mantém presa ao seu colo, entre a parede e o seu corpo. Ele afasta a minha calcinha para o lado com uma pressa inexplicável e na sequência posso sentir o seu desespero para abrir o zíper da sua calça e liberar o seu membro que com certeza já está pronto para mim. Sua boca febril chupa, lambe e beija a minha pele ardente.— Estava louco de vontade de tê-la em meus braços assim! — confessa com um rosnado áspero, apalpando o meu seio por cima do tecido e eu quase grito quando ele finalmente me penetra. Sua boca volta a tomar a minha q
IsadoraAlguns meses…Esses dias têm sido bem diferentes para mim aqui na mansão D’angelo. Tenho ficado bastante tempo sozinha como sempre, mas não nas primeiras horas do dia e também não nas últimas horas dele. Não sei se ele tem noção de que é um amante envolvente tanto quanto é um garoto irreverente e Deus me ajude, eu estou me apaixonando por esse homem que está se revelando aos poucos para mim. Os finais de semana esses sim, mudaram completamente. Heitor vivia para o trabalho, mas nesses últimos meses ele tem frequentado a sua casa em minha companhia. Sabe a parte mais interessante disso tudo? Aquele CEO carrancudo e mandão se escondeu. Simplesmente não o vejo em parte alguma dessa casa e deixou em seu lugar um homem atencioso e engraçado. Engraçado sim, pois ele me faz rir sempre que pode, como agora que repentinamente me joga nos seus ombros e me larga dentro da piscina. Através da água cristalina o vejo mergulhar em minha direção. Ele me puxa, cola os nossos corpos e me beija
Isadora— Vocês são lindos juntos! — A voz de Lupe me desperta quando estou com os meus bem pensamentos distantes, navegando nas lindas e excitantes imagens do meu marido na telinha do meu celular. Desvio os meus olhos das fotos na galeria e olho para a meiga jovem sentada do meu lado, abrindo um sorriso de boca fechada. Se ela soubesse. — Posso dizer uma coisa? — Ela continua.— Claro que pode.— Desde que chegou a essa mansão a senhora mudou tudo lá dentro. — Curiosa com o seu comentário eu me ajeito e fico de frente para ela no banco traseiro do carro, e faço sinal para continuar.— Quais coisas? — Ela dá de ombros.— O senhor D’angelo tem ficado mais em casa esses meses. Antes da senhora a casa era silenciosa e quase vazia se não fossem pelos empregados habitando lá dentro. E só o víamos no final da noite quando recebia algumas garotas, ou às vezes pela manhã quando tomava apenas uma xícara de café rapidamente. Então ele saia correndo para a empresa. É incrível como ele está mais
HeitorEntro no pequeno quarto de um flat e como sempre a encontro deitada em uma sofisticada cama king-size, usando apenas um ousado conjunto de lingerie vermelho. Não posso negar que Ellen Montreal é uma mulher estupidamente atraente e fogosa, mas o que me trouxe até aqui com certeza não foi o sexo quente que ela sempre me oferece. Saber que esteve em minha casa, que ameaçou a Isadora e quase fez um escândalo na entrada da mansão me deixou furioso. Ela está fugindo do meu controle e isso não é bom nem para mim e menos ainda para ela. Entro no apertado, porém, luxuoso cômodo, fecho a porta e me livro do meu terno, tendo o cuidado de dobrar a peça ao meio e o ponho no encosto da poltrona, próxima a uma janela comprida e estreita. E faço tudo sobre o seu olhar escrutínio. Caminho até a cama larga e paro a centímetros dela. Observo atentamente quando ela morde o lábio extremamente vermelho de um jeito sexy e sedutor. Meus olhos recaem sobre os cílios loiros e longos e no colo que sobe e