Isadora
Enquanto o carro corre pelo asfalto eu olho pela janela, mas não me concentro nas coisas que acontecem lá fora. Minha cabeça está fervendo com essa novidade de Sara estar decidida a ir morar em nossa antiga casa e eu sei que essa não é uma sugestão plausível no momento. Ela precisará de alguém que a acompanhe em casa e ao médico e que fique atenta aos horários dos seus medicamentos. E a pior parte foi sair da clínica sem conseguir convencê-la a vir morar comigo, e por esse motivo estou indo em busca de outras soluções.
— Siga para a periferia, Jonas! — peço repentina para o motorista antes que ele entre na BR.
— Desculpe, Senhora, mas eu não aconselho...
— Você não está aqui para me aconselhar, Ulisses! — ralho irritada para o segurança sentado do meu lado e escuto o som da sua respiração alta, provavelmente chateado com a minha relutância.
— Preciso informar isso ao senhor D’angelo!
— Faça o que você quiser! — rebato e passo o endereço para o motorista. Volto o meu olhar para