Isadora — Aaah! — Solto um último suspiro arrastado de pura apreciação quando o meu corpo começa a se recuperar do meu terceiro orgasmo. Heitor cai sem forças ao meu lado na cama e escuto o som alto da sua respiração pesada em seguida. Queria poder olhá-lo e constatar o quão bagunçado e suado ele está, mas os meus olhos estão pesados e simplesmente não me obedecem. Desperto dos meus pensamentos quando sinto o seu corpo se mexer do meu lado no colchão e abro apenas uma brecha de olhos encontrando um perfeito par de pérolas negras me encarando com diversão. Sorrio languida também. — O que foi? — pergunto mordendo meu lábio inferior não permitindo que o meu sorriso se amplie. Ele faz um gesto de desdém e me beija rapidamente na boca. — Gostou? — Dou de ombros fazendo descaso para a sua pergunta. — Deu para o gasto! — ralho com desdém e penso em encontrar forças para sair da cama. — Ah, assim você me magoa! — resmunga levando uma mão ao meu antebraço. — Onde pensa que vai? — Respiro f
Isadora— Ah, filha, eu estava com tantas saudades do meu cantinho! — Mamãe sibila um tanto emocionada assim que abro a porta. Ela entra, observa a sala de visitas por um bom tempo e libera alguns suspiros apreciativos longos e baixos. Seus olhos se enchem de lágrimas, mas elas não se derramam. É como se não se permitisse chorar e acredite, eu a entendo. Procuro não me abraçar as lembranças desse lugar, então fico neutra no meio da sala apenas a observando enquanto toca os seus móveis com as pontas dos dedos. Ela segura um dos porta-retratos, fita-o por alguns segundos e faz o mesmo com outro e mais outro. Contudo, ela vai até uma janela e parece viajar um pouco no tempo. Após a sua inspeção de longos minutos silenciosos, ela me olha e sorri secando o cantinho dos seus olhos. — Quero organizar um jantar de boas-vindas para mim e comemorar a minha vitória com os meus verdadeiros amigos — informa. E lá está aquela alegria que amo tanto de volta. Sorrio retribuindo o sorriso mais doce e
IsadoraNão há muito o que fazer aqui na mansão D’angelo. Sempre que volto da casa da minha mãe me perco nesse imenso lugar ou fico presa a essa biblioteca, ou até mesmo curto um pouco a piscina. Às vezes opto por dormir a tarde quase inteira. Por esse motivo, decidi voltar com as minhas corridas matinais. Dessa vez acompanhada pelo brutamontes do meu segurança e não pensem que estou fazendo isto fora da propriedade, porque isso aqui é tão grande que parece não ter fim. Como agora que estou voltando de mais uma corrida e quando chego do meu exercício subo as escadas correndo, e vou direto para o banheiro. Para a minha surpresa escuto o som do chuveiro ligado e noto a porta está entreaberta. Curiosa, aproximo-me lentamente e tenho o vislumbre do corpo molhado de Heitor. Ele está de costas para mim e debaixo a água que cai como uma cascata sobre ele. Suspiro audível e penso se devo entrar ou não? Mordo o lábio inferior com um pensamento atrevido e começo a me despir, invado o cômodo dev
IsadoraO clube de golfe não é muito diferente do clube de tênis que costumava frequentar na minha adolescência. Todo o luxo da estrutura, as gramas verdejantes em grande parte do perímetro e as cercas brancas que comportam um belo jardim florido. Stayce desce do carro e caminha para dentro de um chalé onde algumas mulheres nos aguardam em uma mesa redonda na varanda. Assim que nos aproximamos noto as meninas me olharem de alto a baixo sem esconder suas curiosidades. Respiro fundo, mas de modo bem sútil pois não quero que percebam o meu desconforto em estar aqui. Ao nos aproximarmos observo-as atentamente enquanto se cumprimentam e se abraçam festivas e demoradamente, e possivelmente cochichando algo entre si.— Meninas, essa é Isadora D’angelo. — Stayce fala assim que se afasta da roda de amigas, abrindo um sorriso gigantesco para todas. Sinto-me como um troféu sendo exibido para elas.— Oh meu Deus, então é verdade?! Aquele pedaço de mal caminho se casou realmente? — Uma delas comen
Isadora— Como estou? — Ele pergunta dando as costas para o espelho e ainda mexendo em sua gravata. Apenas olho para o belo homem em pé na minha frente e não consigo deixar de reparar em seu rosto másculo e sério. Nos olhos que têm agora um tom ainda escuro e intenso devido à escuridão da noite que passa pela janela, e com um suspiro o meu olhar observador desce para a sua boca delineada por uma barba rala e igualmente escura. — E então? — Ele insiste, mas continuo com a minha avaliação minuciosa demais, delirando agora no seu peitoral firme e alto, bem-vestido em uma camisa preta de botões e uma gravata azul-marinho que tem minúsculos detalhes de losangos cor de grafite. A calça social preta desenha com perfeição as suas coxas e ressalta a sua cintura deixando pouco para a minha imaginação fértil demais. Seguro um suspiro alto e penso que está na hora de me despertar desse transe ridículo e dar o meu parecer.— Você está perfeito, Heitor! — Resumo a minha resposta com uma voz branda
IsadoraAssim que as portas da mansão D’angelo se abriram, as nossas mãos ávidas não se contêm e atacam os nossos corpos mutuamente. É incrível como elas estão por todo lugar simultaneamente. Nossas bocas se devoram famintas, gulosas e as nossas respirações pesadas e altivas se de gladiam. Logo os meus gemidos se espalham por toda a sala e Heitor me imprensa forte contra uma parede. Uma mão sua levanta a saia do meu vestido com urgência, enquanto a outra me mantém presa ao seu colo, entre a parede e o seu corpo. Ele afasta a minha calcinha para o lado com uma pressa inexplicável e na sequência posso sentir o seu desespero para abrir o zíper da sua calça e liberar o seu membro que com certeza já está pronto para mim. Sua boca febril chupa, lambe e beija a minha pele ardente.— Estava louco de vontade de tê-la em meus braços assim! — confessa com um rosnado áspero, apalpando o meu seio por cima do tecido e eu quase grito quando ele finalmente me penetra. Sua boca volta a tomar a minha q
IsadoraAlguns meses…Esses dias têm sido bem diferentes para mim aqui na mansão D’angelo. Tenho ficado bastante tempo sozinha como sempre, mas não nas primeiras horas do dia e também não nas últimas horas dele. Não sei se ele tem noção de que é um amante envolvente tanto quanto é um garoto irreverente e Deus me ajude, eu estou me apaixonando por esse homem que está se revelando aos poucos para mim. Os finais de semana esses sim, mudaram completamente. Heitor vivia para o trabalho, mas nesses últimos meses ele tem frequentado a sua casa em minha companhia. Sabe a parte mais interessante disso tudo? Aquele CEO carrancudo e mandão se escondeu. Simplesmente não o vejo em parte alguma dessa casa e deixou em seu lugar um homem atencioso e engraçado. Engraçado sim, pois ele me faz rir sempre que pode, como agora que repentinamente me joga nos seus ombros e me larga dentro da piscina. Através da água cristalina o vejo mergulhar em minha direção. Ele me puxa, cola os nossos corpos e me beija
Isadora— Vocês são lindos juntos! — A voz de Lupe me desperta quando estou com os meus bem pensamentos distantes, navegando nas lindas e excitantes imagens do meu marido na telinha do meu celular. Desvio os meus olhos das fotos na galeria e olho para a meiga jovem sentada do meu lado, abrindo um sorriso de boca fechada. Se ela soubesse. — Posso dizer uma coisa? — Ela continua.— Claro que pode.— Desde que chegou a essa mansão a senhora mudou tudo lá dentro. — Curiosa com o seu comentário eu me ajeito e fico de frente para ela no banco traseiro do carro, e faço sinal para continuar.— Quais coisas? — Ela dá de ombros.— O senhor D’angelo tem ficado mais em casa esses meses. Antes da senhora a casa era silenciosa e quase vazia se não fossem pelos empregados habitando lá dentro. E só o víamos no final da noite quando recebia algumas garotas, ou às vezes pela manhã quando tomava apenas uma xícara de café rapidamente. Então ele saia correndo para a empresa. É incrível como ele está mais