IsadoraO clube de golfe não é muito diferente do clube de tênis que costumava frequentar na minha adolescência. Todo o luxo da estrutura, as gramas verdejantes em grande parte do perímetro e as cercas brancas que comportam um belo jardim florido. Stayce desce do carro e caminha para dentro de um chalé onde algumas mulheres nos aguardam em uma mesa redonda na varanda. Assim que nos aproximamos noto as meninas me olharem de alto a baixo sem esconder suas curiosidades. Respiro fundo, mas de modo bem sútil pois não quero que percebam o meu desconforto em estar aqui. Ao nos aproximarmos observo-as atentamente enquanto se cumprimentam e se abraçam festivas e demoradamente, e possivelmente cochichando algo entre si.— Meninas, essa é Isadora D’angelo. — Stayce fala assim que se afasta da roda de amigas, abrindo um sorriso gigantesco para todas. Sinto-me como um troféu sendo exibido para elas.— Oh meu Deus, então é verdade?! Aquele pedaço de mal caminho se casou realmente? — Uma delas comen
Isadora— Como estou? — Ele pergunta dando as costas para o espelho e ainda mexendo em sua gravata. Apenas olho para o belo homem em pé na minha frente e não consigo deixar de reparar em seu rosto másculo e sério. Nos olhos que têm agora um tom ainda escuro e intenso devido à escuridão da noite que passa pela janela, e com um suspiro o meu olhar observador desce para a sua boca delineada por uma barba rala e igualmente escura. — E então? — Ele insiste, mas continuo com a minha avaliação minuciosa demais, delirando agora no seu peitoral firme e alto, bem-vestido em uma camisa preta de botões e uma gravata azul-marinho que tem minúsculos detalhes de losangos cor de grafite. A calça social preta desenha com perfeição as suas coxas e ressalta a sua cintura deixando pouco para a minha imaginação fértil demais. Seguro um suspiro alto e penso que está na hora de me despertar desse transe ridículo e dar o meu parecer.— Você está perfeito, Heitor! — Resumo a minha resposta com uma voz branda
IsadoraAssim que as portas da mansão D’angelo se abriram, as nossas mãos ávidas não se contêm e atacam os nossos corpos mutuamente. É incrível como elas estão por todo lugar simultaneamente. Nossas bocas se devoram famintas, gulosas e as nossas respirações pesadas e altivas se de gladiam. Logo os meus gemidos se espalham por toda a sala e Heitor me imprensa forte contra uma parede. Uma mão sua levanta a saia do meu vestido com urgência, enquanto a outra me mantém presa ao seu colo, entre a parede e o seu corpo. Ele afasta a minha calcinha para o lado com uma pressa inexplicável e na sequência posso sentir o seu desespero para abrir o zíper da sua calça e liberar o seu membro que com certeza já está pronto para mim. Sua boca febril chupa, lambe e beija a minha pele ardente.— Estava louco de vontade de tê-la em meus braços assim! — confessa com um rosnado áspero, apalpando o meu seio por cima do tecido e eu quase grito quando ele finalmente me penetra. Sua boca volta a tomar a minha q
IsadoraAlguns meses…Esses dias têm sido bem diferentes para mim aqui na mansão D’angelo. Tenho ficado bastante tempo sozinha como sempre, mas não nas primeiras horas do dia e também não nas últimas horas dele. Não sei se ele tem noção de que é um amante envolvente tanto quanto é um garoto irreverente e Deus me ajude, eu estou me apaixonando por esse homem que está se revelando aos poucos para mim. Os finais de semana esses sim, mudaram completamente. Heitor vivia para o trabalho, mas nesses últimos meses ele tem frequentado a sua casa em minha companhia. Sabe a parte mais interessante disso tudo? Aquele CEO carrancudo e mandão se escondeu. Simplesmente não o vejo em parte alguma dessa casa e deixou em seu lugar um homem atencioso e engraçado. Engraçado sim, pois ele me faz rir sempre que pode, como agora que repentinamente me joga nos seus ombros e me larga dentro da piscina. Através da água cristalina o vejo mergulhar em minha direção. Ele me puxa, cola os nossos corpos e me beija
Isadora— Vocês são lindos juntos! — A voz de Lupe me desperta quando estou com os meus bem pensamentos distantes, navegando nas lindas e excitantes imagens do meu marido na telinha do meu celular. Desvio os meus olhos das fotos na galeria e olho para a meiga jovem sentada do meu lado, abrindo um sorriso de boca fechada. Se ela soubesse. — Posso dizer uma coisa? — Ela continua.— Claro que pode.— Desde que chegou a essa mansão a senhora mudou tudo lá dentro. — Curiosa com o seu comentário eu me ajeito e fico de frente para ela no banco traseiro do carro, e faço sinal para continuar.— Quais coisas? — Ela dá de ombros.— O senhor D’angelo tem ficado mais em casa esses meses. Antes da senhora a casa era silenciosa e quase vazia se não fossem pelos empregados habitando lá dentro. E só o víamos no final da noite quando recebia algumas garotas, ou às vezes pela manhã quando tomava apenas uma xícara de café rapidamente. Então ele saia correndo para a empresa. É incrível como ele está mais
HeitorEntro no pequeno quarto de um flat e como sempre a encontro deitada em uma sofisticada cama king-size, usando apenas um ousado conjunto de lingerie vermelho. Não posso negar que Ellen Montreal é uma mulher estupidamente atraente e fogosa, mas o que me trouxe até aqui com certeza não foi o sexo quente que ela sempre me oferece. Saber que esteve em minha casa, que ameaçou a Isadora e quase fez um escândalo na entrada da mansão me deixou furioso. Ela está fugindo do meu controle e isso não é bom nem para mim e menos ainda para ela. Entro no apertado, porém, luxuoso cômodo, fecho a porta e me livro do meu terno, tendo o cuidado de dobrar a peça ao meio e o ponho no encosto da poltrona, próxima a uma janela comprida e estreita. E faço tudo sobre o seu olhar escrutínio. Caminho até a cama larga e paro a centímetros dela. Observo atentamente quando ela morde o lábio extremamente vermelho de um jeito sexy e sedutor. Meus olhos recaem sobre os cílios loiros e longos e no colo que sobe e
HeitorUm dia cheio na D’angelo Corporation era tudo que eu precisava para manter minha cabeça no lugar. Lidar com as equipes de advogados e de contadores em seguida foi exaustivo e exigiu muito de mim, ainda mais quando se descobre um certo gatuno no meio deles. Isso estragará os meus planos para essa noite. Penso enquanto organizo algumas pastas para análise em minha maleta executiva e antes de sair do escritório vou até o bar de canto e me sirvo uma pequena dose de uísque. Diante da parede de vidro transparente encaro a noite de Seattle com suas luzes e movimentos, e beberico a bebida. A porta da minha sala se abre e Tadeu passa por ela trazendo um envelope pardo na mão. O homem me olha com aquele maldito olhar avaliador e um sorriso minúsculo brinca no canto de sua boca.— Trouxe os dados que me pediu. — Ele fala se aproximando da minha mesa. Vou ao seu encontro e ele me estende o envelope.— Ótimo! Só estava esperando por isso para ir para casa.— Sério? Estava pensando em te cha
Heitor— Boa noite, Senhor D’angelo!— Boa noite, Charles! E a senhora D’angelo? — inquiro para o meu mordomo.— Está no banho, Senhor.— Ótimo! Estarei no meu escritório e não quero ser incomodado por ninguém. Pode levar algo para eu comer lá?— Desculpe, mas não acompanhar a sua esposa a mesa essa noite?— Eu não posso, Charles. Trouxe trabalho para casa e provavelmente terei que trabalhar até mais tarde essa noite.— Sim, Senhor! Avisarei a Senhora D’angelo. — Ele diz me dando as costas e eu vou direto para o escritório da casa.Solto um suspiro frustrado quando lembro que poderia estar com a Isadora em um jantar descontraído e depois… Solto uma lufada de ar e meneio a cabeça negativamente rindo dos meus pensamentos mais obscenos. Largo a Pasta em cima da mesa e tiro alguns papéis de dentro dela. Ligo o computador e abro na página de contabilidade da D’angelo para acessar alguns arquivos de pelo menos dois anos atrás para cá. Enfim, me acomodo em minha cadeira e começo a rigorosa t