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Isadora

— Ah, filha, eu estava com tantas saudades do meu cantinho! — Mamãe sibila um tanto emocionada assim que abro a porta. Ela entra, observa a sala de visitas por um bom tempo e libera alguns suspiros apreciativos longos e baixos. Seus olhos se enchem de lágrimas, mas elas não se derramam. É como se não se permitisse chorar e acredite, eu a entendo. Procuro não me abraçar as lembranças desse lugar, então fico neutra no meio da sala apenas a observando enquanto toca os seus móveis com as pontas dos dedos. Ela segura um dos porta-retratos, fita-o por alguns segundos e faz o mesmo com outro e mais outro. Contudo, ela vai até uma janela e parece viajar um pouco no tempo. Após a sua inspeção de longos minutos silenciosos, ela me olha e sorri secando o cantinho dos seus olhos. — Quero organizar um jantar de boas-vindas para mim e comemorar a minha vitória com os meus verdadeiros amigos — informa. E lá está aquela alegria que amo tanto de volta. Sorrio retribuindo o sorriso mais doce e
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