28

Isadora

— Como estou? — Ele pergunta dando as costas para o espelho e ainda mexendo em sua gravata. Apenas olho para o belo homem em pé na minha frente e não consigo deixar de reparar em seu rosto másculo e sério. Nos olhos que têm agora um tom ainda escuro e intenso devido à escuridão da noite que passa pela janela, e com um suspiro o meu olhar observador desce para a sua boca delineada por uma barba rala e igualmente escura. — E então? — Ele insiste, mas continuo com a minha avaliação minuciosa demais, delirando agora no seu peitoral firme e alto, bem-vestido em uma camisa preta de botões e uma gravata azul-marinho que tem minúsculos detalhes de losangos cor de grafite. A calça social preta desenha com perfeição as suas coxas e ressalta a sua cintura deixando pouco para a minha imaginação fértil demais. Seguro um suspiro alto e penso que está na hora de me despertar desse transe ridículo e dar o meu parecer.

— Você está perfeito, Heitor! — Resumo a minha resposta com uma voz branda
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