Aquela atitude de Augusto me pegou de surpresa. Estávamos a um mês sem nos falar, nos desencontrando propositalmente como se estivéssemos tentando medir o nosso orgulho para saber quem sairia ganhando e agora isso, ele fingindo que éramos como dois amigos. Tentei ignorar o fato de Augusto estar tranquilamente sentado no sofá enquanto eu estava sentada na bancada, digitando qualquer coisa na tela do computador, para poder desviar meu foco. E de repente, meu celular tocou. Assim que olhei para o nome na tela, vi que era o advogado da empresa. Primeiro eu me questionei sobre ele estar me ligando naquele horário e depois, sobre o que ele queria. E antes que a curiosidade me tomasse, deslizei o dedo pela tela do eletrônico, o atendendo. — “Pois não, senhor Cooper?” - Perguntei o ouvindo me responder sem rodeios. —Luiza, amanhã as dezenove horas, na mansão Eisner! - Disse ele fazendo minha atenção ir para o Homem na minha sala. —Mansão Eisner? - Perguntei confusa com um timbre não mui
—Você só pode estar de brincadeira. - Falei entre dentes, me virando para o olhar, fingindo estar sobre controle, mas na verdade, eu queria surtar. Ele olhou e sorriu, balançando a cabeça em negação. —Vamos conversar lá dentro! - Disse ele tomando a taça novamente da minha mão, colocando-a sobre a mesa enquanto agarrava meu pulso e me puxava com ele. Entramos na casa novamente, mas dessa vez, fomos até o escritório e assim que passamos pela porta, Augusto a fechou com força, me soltando em seguida. —O que você está fazendo? - Perguntei vincando as sobrancelhas, o encarando com raiva enquanto alisava o meu pulso. Augusto caminhou até a mesa e pegou um envelope pardo o jogando sobre ela. —Assine! - Disse ele me exibindo o acordo de casamento. —Que porcaria é essa? - Perguntei encarando os papéis, subindo os olhos até os dele. —Augusto, não era para estarmos nos divorciando? —Era, mas eu mudei de ideia! - Disse ele arqueando uma sobrancelha, me encarando como quem estivesse um pa
A festa continuou. Eu fui obrigada a cumprimentar cada convidado, colocando um sorriso nos lábios como se fosse a noite mais feliz da minha vida. A essa altura da festa, só restaram os convidados, todos os jornalistas haviam sido dispensados e bem remunerados pelo trabalho deles; outra coisa que me deixou irritada. Para que pagar para aqueles abutres? Eu estava inconformada, bebericando o champanhe da minha taça, quando de repente alguém tocou meu braço. —Luiza, me segue! - Disse Aimée, andando na frente. Segui o mesmo caminho que ela, entrando novamente na casa, seguindo outra vez para o escritório. Assim que passei pela porta, ela a trancou e caminhou até a mesa, respirando fundo. —Querida, eu sinto muito por tudo o que tem passado! - Disse ela com um olhar de arrependimento. —Se ao menos eu soubesse que estava grávida... —Senhora Eisner, não precisa se desculpar. A senhora não teve culpa! - Falei me sentando na frente dela e então, a vi com os olhos pesados. Era um misto de
South Yellow, quatro anos atrás... “Paixão Eloquente” - Um tipo de paixão excessiva que não se esconde e/ou não tem a intenção de se esconder. Acho que é dessa forma que devo chamar o que estou sentindo. —Pare de olhar para eles Luiza, ou vão pensar que você é louca! - Cochichou Isabela, me cutucando. - Eu sorri, voltando a atenção para o meu livro. O professor de literatura estava falando sobre o tempo renascentista e enquanto ele explicava sobre o clássico de Shakespeare, meus olhos fitavam com intensidade os dois garotos pelo qual eu era apaixonada. Eles eram para mim, como dois deuses mitológicos. O corpo deles era motivo de cobiça em todo campus; ombros largos, braços fortes e abdômen chapado. As pernas e coxas bem torneadas, dava um leve vislumbre da marcação entre o cós da calça. Se fosse só o corpo tudo bem, mas eles eram ricos, gostosos e lindos de rosto também. Um maxilar marcante, uma silhueta perfeita, boca levemente carnuda e olhar intenso. Um era branco e o outr
Chegamos na enorme mansão onde eles moravam e então, hesitei um pouco antes de passar pela entrada. De repente, Augusto se virou para me olhar e arqueou uma sobrancelha, me estendendo a mão. —O que foi? Se arrependeu? - Disse ele levando um tapa de Rangel que o encarou sorrindo com humor. —Não a assuste! - Disse ele me estendendo a mão também. Respirei fundo trancando a respiração, enquanto os olhava mostrando meu nervosismo. Eles estavam bem na minha frente, me tratando como se eu fosse uma convidada de honra. - Ou talvez eu realmente fosse. Segurei as mãos deles e então, fui levada para um enorme corredor, os vendo parar em frente a uma enorme biblioteca. —Senhores Eisner! - Disse uma das empregadas passando por nós. —Senhora, vamos estudar um pouco. Por favor, não deixe que ninguém nos interrompa! - Pediu Rangel, sorrindo como se fosse o homem mais delicado do mundo. - Às vezes ele até conseguia ser! Passamos juntos pelas enormes portas de madeira e então, Augusto olhou pa
Fiquei o olhando sem reação e então. Augusto se virou para encarar o irmão. Ele então, sinalizou com o olhar fazendo com que Rangel estendesse a mão, fazendo menção para que ele continuasse. August então, voltou a me encarar e rapidamente tomou meus lábios para si, me beijando afoitamente. Ele não tinha limites; os lábios dele foram rapidamente dos meus lábios para o meu pescoço e logo em seguida, tive meu corpo levemente maneado para trás enquanto ele descia para a minha clavícula. Deixei que ele me comandasse, segurando meu corpo com firmeza. Pude sentir a ponta dos dedos dele me apertarem com vontade, onde provavelmente ficariam marcas para eu recordar. De repente, senti uma leve pressão e vi que Augusto estava fazendo aquilo propositalmente. Eu então o empurrei e me levantei. —Onde estava escrito que eu deveria parecer uma prostituta para os outros? - Perguntei o vendo sorrir. —E qual é o problema de te verem assim? Isso não seria sinônimo de que está bem servida? -
Baile Beneficente Eisner Holdings - Desci do carro com delicadeza, tentando não amassar o vestido que os rapazes haviam enviado para a minha casa. Eu estava usando um vestido de seda vermelho. Ele era colado e havia um decote na frente e atrás, fazendo como alça uma fina corrente de ouro. Nos pés um salto preto tamanho dezoito, com pedras nos detalhes. E no meu ombro, havia uma pequena bolsa pendurada com as mesmas pedras que a sandália. Minha maquiagem era minimalista, mas o vermelho dos meus lábios tinha que dar destaque, para mostrar a elegância do look. Eu me senti como se estivesse em um filme de Hollywood. - Mesmo sabendo que as pessoas que estavam ali não era diferente com as da televisão. —Senhorita! - Disse um homem uniformizado, estendendo a mão para que eu entrasse pelo tapete vermelho com ele. Eu então a segurei e o acompanhei. Eu já havia sido instruída do que eu deveria fazer; eles ensaiaram tudo, desde como eu deveria me portar ao jeito que eu deveria falar
Augusto estava acelerando o máximo que conseguia. Os olhos dele estavam na pista, mas a cabeça dele não estava presente. Ele olhava par ao nada mostrando-se enfurecido enquanto travava o maxilar. Quando vi que estava vindo um carro na direção contrária e ele estava saindo da pista, o gritei apertando a coxa dele. —Augusto! - Minha voz saiu desesperada. Naquele instante, engoli seco achando que o pior aconteceria, mas ele desviou o carro rapidamente, entrando em uma pista completamente escura. O carro freou bruscamente e então, Augusto respirou fundo, tocando a cabeça. Um silêncio tomou conta de nós naquele instante e então, Augusto o quebrou. —Você está bem? - Perguntou ele, se virando para me olhar em seguida. —Desculpa, eu quase perdi a cabeça. Quando ele disse aquilo, respirei fundo e soltei o cinto, tentando me recuperar do susto. Ele então, me olhou e vincou as sobrancelhas. —Não vai gritar, fugir ou me dar um tapa? —Por que eu deveria? Você está mais fora de si do que