Meus olhos levantaram até os dele imediatamente e Augusto tocou a linha das minhas costas, me guiando para dentro. Depois que passamos as catracas de segurança, ele se inclinando para o lado, o bastante para que eu pudesse o ouvir. —Não pense demais. Eu só fiz isso porque sou o único quem pode te intimidar. - Disse ele apertando o botão do elevador. As pessoas que estavam passando pelo lugar, nos olhavam e cochichavam sobre o que assistiam. Aquilo me dava uma certa raiva, confesso, mas eu respirava fundo e fingia não estar prestando atenção. —Então, fingir ser o marido perfeito é o seu plano? - Perguntei me virando para o olhar, vendo Augusto sorrir torto. —Por quê? Não gostou? - Disse ele com humor e então as portas metálicas se abriram. Ele entrou primeiro e eu o segui e assim que o elevador se fechou, Augusto tocou o painel de comando apertando o último e se virou para me olhar. —Tome cuidado Luiza. Vai acabar se apaixonando por mim desse jeito. —Então esse é o seu plano? - Pe
Eu permaneci parada no meu lugar, vendo-a se afastar e então, me virei para a olhar, vendo-a se perder de vista pelo corredor. —Luiza! - Chamou Augusto com um timbre baixo, mas mantendo a firmeza. Eu me virei para o olhar, sentindo-me confusa. —Hm? —Queria alguma coisa? - Perguntou ele me vendo balançar a cabeça em negação. —Ah, eu ... Deixa para lá. - Falei o dando as costas, indo até a minha sala e assim que passei pela porta, a fechei escutando-a ser aberta atrás de mim. Não me virei porque a princípio pensei que fosse Rangel, mas assim que a ouvi sendo batida, me virei assustada vendo Augusto vir até mim. —O-O que foi? - Perguntei com a voz trêmula, dando um passo para trás, a cada passo que ele dava em minha direção. De repente vi que eu já havia chegado perto da mesa. Apoiei meus braços nela e em seguida, Augusto me pegou no colo com uma atitude rápida, me colocando sobre ela. —Por que você faz isso, por que fica se fazendo de boba achando que está me passando para trás?
A classe executiva tinha muitas vantagens. Era mais silenciosa, confortável e tranquila. E por ser mais discreta, ninguém atrapalhava o que estava acontecendo ali. Senti a mão de Augusto adentrar pelo botão do meu jeans o abrindo e descendo lentamente até minha calcinha. Fechei meus olhos e respirei fundo, sentindo-o me tocar delicadamente, causando sensações inexplicáveis. Eu gemi baixo quase não conseguindo me conter e então, fui puxada para o colo dele. Nós nos olhamos fixamente e Augusto sorriu, me puxando para um beijo. Estava tudo tão quente, intenso, fora de controle, mas tinha um problema, não era real. Senti uma cabeça tocar meu ombro e despertei dos meus sonhos, vendo um estranho dormindo encostado em mim. Olhei para o outro lado e a senhora que estava ocupando o banco, roncava mais do que um trator. Empurrei a cabeça do homem ao meu lado e me levantei, indo até o banheiro. Entrei na cabine apertada e abri a torneira, lavando o rosto para me acalmar. Assim que saí,
Continuamos a viagem calados, mas os olhares que eu recebia eram provocantes, confesso. Tinha horas que Augusto era o Homem mais atraente do mundo, me olhando, fazendo com que eu me sentisse a mulher mais atraente do mundo. Outras horas, ele simplesmente conseguia ser frio e uma incógnita para mim. O avião pousou e a primeira coisa que fiz foi ligar para Judith para saber de Anne. —Ela já dormiu? - perguntou Augusto, encarando o relógio em seu pulso. —Hm! - Respondi desligando o telefone e assim que segurei a alça da mala, Augusto a tomou de mim. —Deixa que eu levo! - Disse ele me acompanhando. Alisei a minha têmpora, sentindo minha cabeça latejar e assim que chegamos na calçada, estendi o dedo para chamar um taxi, Augusto abaixou a minha mão. —Pode parar de ser impulsiva um instante? - Disse ele apontando com os olhos para um carro negro que parou bem na nossa frente. Um homem uniformizado com um social preto saiu de dentro e veio até nós. —Senhor Eisner, seja bem-vindo! -
Nossos olhos se encontraram por um instante e então, quando ele parecia dizer algo, alguém bateu na porta e a voz de Cybele soou do lado de fora. —Augusto, deixei a mesa pronta. Preciso dar uma saída e mais tarde volto para conversarmos. - Disse ela se retirando. Aquilo foi o limite para mim. Por que ela era tão intima dele e eu me sentia desconfortável. —Obrigada Augusto, mas não quero estar aqui quando ela voltar. Isso é realmente muito desnecessário. Eu sei que errei com você em muitos aspectos, mas se está feliz, não quero atrapalhar. Me des...- Antes que eu terminasse de falar, ele levou a mão até a minha nuca e me puxou para um beijo. Foi simples e rápido. Eu o empurrei e limpei minha boca o encarando com desprezo. —Pare com isso. Não está vendo como estou me sentindo? —Como está se sentindo, Luiza? - Perguntou ele com o timbre de voz grave. —Me fala! Como se sente em relação a mim? —Eu não quero ser vista como um monstro. Não é porque eu não aproveitei a oportunidade ao
(+18)Aquelas palavras fizeram o meu corpo congelar. O olhar de Augusto era intenso e queimava a minha alma. Ele estava sendo sincero e como sempre, parecia saber o que eu realmente estava pensando. Ele colocou seu peso sobre mim e segurou minha cintura pressionando nossas intimidades, enquanto me beijava com lasciva. O beijo era quente e nós nos movíamos tentando aliviar aquela tensão que havia em nós. Ele se esfregava em mim enquanto nos beijávamos, mas sem me invadir; apenas me provocando. A necessidade de tê-lo em mim só aumentava. Era mais forte do que eu. Passei minhas mãos nas costas dele o arranhando enquanto nossos olhares se cruzavam. Os lábios dele estavam entreabertos e sua respiração pesada. Os fios de cabelo úmidos colavam em sua testa, dando uma visão ainda mais atraente. —Luiza... - Chamou ele me fazendo sentir seu membro tocar minha coxa, como se me alertasse entre linhas que estava prestes a entrar em mim. Senti Augusto descer os beijos até os meus seios, aboc
Assim que acordei, notei que eu estava sozinha na cama. Me levantei e fui para o banheiro tomar um banho, me vestindo para sair do quarto em seguida. Assim que desci as escadas, ouvi risos no andar debaixo e ao me aproximar, Cybele e Augusto compartilhavam um vinho. Os olhos da mulher encontraram os meus e então ela sorriu, me deixando sem graça. De repente, Augusto se virou para me olhar e se levantou da cadeira, virando-se para mim. —Luiza, eu... - Ele ameaçou falar, com seu timbre de voz suave, mas eu o interrompi. —Cybele, peço desculpas por interromper vocês. Eu já estava indo procurar um hotel para passar a noite e... De repente fui interrompida. —Luiza! - Chamou Augusto com a voz firme, me olhando seriamente. —O que é? - Perguntei irritada, me sentindo culpada. Eu levei os olhos até ele o vendo franzir o senho. De repente, uma mulher saiu da cozinha e veio até nós, secando as mãos no avental branco. —Ah, essa deve ser a felizarda senhora Eisner! - Disse ela se aproxi
Com um movimento rápido, Augusto me beijou, mas eu não o retribui. Virei para o lado vendo as meninas nos olharem espantadas e então, um sorriso genuíno formou nos lábios de Cybele. E naquele momento, uma sensação estranha me tomou. Ela não sabia de nada. Talvez só o lado da história que ele contou. Ou quem sabe o que acabara de escutar, a fez torcer por nossa conciliação. A questão era que, havia mais sobre nós. Eu então o olhei nos olhos o vendo tentar me decifrar e subi a escada apressada. Assim que passei pela porta, respirei fundo o vendo vir atrás de mim. —Luiza! - Chamou ele, batendo a porta atrás de nós. —O que foi isso? Eu me virei para o olhar, vendo-o se espantar ao ver uma lágrima descer dos meus olhos. —Eu não vou ficar aqui! - Falei indo até o closet para pegar a minha mala e assim que passei pela porta, Augusto a tomou da minha mão. —Luiza, pare com isso! - Disse ele me segurando com um braço, jogando a mala para o lado. Ele então, olhou nos meus olhos e segurou