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Capítulo 1: Centro Desmoralizado (parte 2)

Me colocaram em uma carroça e me levaram até os aposentos do castelo sul. Passei por alguns dos bairros menos movimentados da cidadela, vendo alguns filhos e parentes de membros do exército e da administração conversando casualmente como se nada estivesse ocorrendo algumas quadras abaixo, na maioria dos lugares a gritaria e as canções eram recitadas, porém no distrito que eu passava era calmo e até um pouco relaxante. 

Algumas meninas com resalve a uma medusinha de cor chocolate tocavam alguns de seus instumentos para passar o tempo em vossas janelas, abaixo nas ruas alguns garotos saiam correndo e brincando de pega pega com um lampado, era uma brincadeira um tanto idiota mas ajudava-os a serem ágeis contra certos imprevisto da vida. Passando pela paisagem dou-me a visão dos muros da fortificação. 

Os soldados pararam a escolta perguntando coisas simples e fazendo burocracias inúteis, eu aos poucos me entediava já contando as pedras do muro à espera da autorização para eles entrarem. Depois de alguns minutos, o portão se abria e continuávamos a prosseguir, chegando às portas do pacato castelo sul. Olhava para ambos lados ao mesmo tempo que a carroça ia embora, via somente alguns servos e soldados perambulando e fazendo oque  mais sabiam fazer. O Orc que me guiará até a fortificação apontava para mim e dizia

 — Você entra sozinho. Não iremos entrar por ordem da Majestade-- 

O soldado ditava de forma bruta enquanto olhavam para a porta de madeira clara do pequeno castelo fazendo um sinal com suas lanças em direção à mesma. Passava pelos guardas já abrindo a porta dando de cara com um dos servidores da casa. Era um goblin narigudo que usava um monóculo, olhava para mim sentado e olhei para ele sem muitas apresentações o recepcionista disse 

-- 2° andar na porta 2. Ele te espera senhor Magne--

 Olhei para ele com certa seriedade, não sabia como ele já tinha conhecimento de meu nome. Comecei a andar em direção às escadarias já subindo aquela estrutura de madeira e pedras. Era comum ter leves rachaduras nas madeiras fazendo agudos barulho enquanto subia, cheguei a entrada do Primeiro andar e notei algumas pessoas carregando roupas manchadas de sangue e logo em seguida um minotauro Gordo com uma máscara de bronze carregando um pequena cirifa em mãos, estava indo atrás dos outros, paralisei naquele momento e voltei a andar já chegando no 2º andar de forma bem ligeira. 

Estava quente graças a estrutura e o calor que fazia do lado de fora. Aos poucos dava leves passos pelo corredor daquele andar, enxerguei por uma fresta da primeira porta, uma tribal amarrada com a face pasmada. A olhava por um curto tempo sem entender e fui direto à sala do imperador. Abrindo a porta observei o "Grande" Gurvo Gobrius, um goblin musculoso e mais alto que o normal para a própria raça, tinha uma verruga em cima da sobrancelha esquerda e uma cicatriz entre o nariz ea boca como se fosse um bigode macabro, utilizando uma armadura de Loriga segmentada, atrás dele havia uma grande espada semelhante a um Sabre só que mais longo e pesado. 

Ele olhou a sua frente e ficou me encarando por segundos, suspirando.

--sente-se temos assuntos para tratar-- 

Fixei os olhos no goblin e me sentei enquanto mostrava uma rigidez em sua face e centrado naquele homem à espera de sua fala. 

--bom como deve saber a morte de Irgvor foi muito repentina e não se sabe ao certo quem ou o que o matou.  Mas não foi este o motivo que lhe chamei aqui, devo lhe dizer que graças a seus antecessores você está em uma situação delicada, Mauricius.-- 

olhava para ele de forma tênue e sóbria, colocando a mão abaixo do cavanhaque dizendo. 

--Qual seria tal situação "delicada" Imperador Gobrius? sendo eu que não pretendo ou anseio em minhas ambições o cargo deixado por Maltius?--

Falava de forma confiante, mostrando certeza em minhas palavras. Gurvo com uma faca, cortava uma fruta que tinha tirando da gaveta.

 --é por estes motivos que tu serve como um alvo dos interesses do senado. Muitos não sabem que este é seu pensamento, outros acreditam que na primeira oportunidade tu ganharás o cargo graças a população que sabe oque tem feito a ela e dos senadores que conhecerá os feitos de teus avós. Alguns já contrataram assassinos para te dar cabo, outros estão começando a agir de forma mais agressiva em busca de poder antes que você mostre a cara.-- 

Eu olhei aquilo com certo espanto, com tantas informações jogadas à mesa pelo 3° Imperador. Pessoas queriam me matar para tomar algo que nem eu tinha. Toquei na mesa já preocupado enquanto batia os dedos 

--e oque devo fazer para evitar isso?-- 

Ele pegava um papel jogando na mesa, lá estavam documentos dos membros da defesa exterior de Centurion e um mapa de um reino. 

-- tem um, você vai para este lugar lá aprenderá como ser o melhor. Para que logo retorne e pegue o cargo antes que um inconsequente faça isso antes de ti.-- 

olhei para o papel e depois para a cara dele com certo desprezo 

--já te disse que não tenho vontade de ter tal função-- 

Ele cruzava os braços com uma cara levemente irritada 

--Não lembro-me de ter dado muitas opções para ti, mas independente de sua vontade, tu terás que assumir tal cargo. seja por ordem ou por sangue, já que tem descendência direta de uma senadora.-- 

O mesmo olhava de forma intimidadora, me fazendo perder a minha calma e trocando-a por uma postura mais invasiva.

--Porque eu deveria confiar em ti? sendo que foi você que separou minha família, na tentativa de reduzir do poder. é difícil acreditar em tuas palavras imperador, achas que eu não sei que tu pretendes colocar um dos teus primos no senado?-- 

Mostrava minha arrogância e a raiva contida expondo tudo que ele havia me feito anos atrás, ele ficou puto e bateu com força na mesa gritando raivosamente.

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