Me colocaram em uma carroça e me levaram até os aposentos do castelo sul. Passei por alguns dos bairros menos movimentados da cidadela, vendo alguns filhos e parentes de membros do exército e da administração conversando casualmente como se nada estivesse ocorrendo algumas quadras abaixo, na maioria dos lugares a gritaria e as canções eram recitadas, porém no distrito que eu passava era calmo e até um pouco relaxante.
Algumas meninas com resalve a uma medusinha de cor chocolate tocavam alguns de seus instumentos para passar o tempo em vossas janelas, abaixo nas ruas alguns garotos saiam correndo e brincando de pega pega com um lampado, era uma brincadeira um tanto idiota mas ajudava-os a serem ágeis contra certos imprevisto da vida. Passando pela paisagem dou-me a visão dos muros da fortificação.
Os soldados pararam a escolta perguntando coisas simples e fazendo burocracias inúteis, eu aos poucos me entediava já contando as pedras do muro à espera da autorização para eles entrarem. Depois de alguns minutos, o portão se abria e continuávamos a prosseguir, chegando às portas do pacato castelo sul. Olhava para ambos lados ao mesmo tempo que a carroça ia embora, via somente alguns servos e soldados perambulando e fazendo oque mais sabiam fazer. O Orc que me guiará até a fortificação apontava para mim e dizia
— Você entra sozinho. Não iremos entrar por ordem da Majestade--
O soldado ditava de forma bruta enquanto olhavam para a porta de madeira clara do pequeno castelo fazendo um sinal com suas lanças em direção à mesma. Passava pelos guardas já abrindo a porta dando de cara com um dos servidores da casa. Era um goblin narigudo que usava um monóculo, olhava para mim sentado e olhei para ele sem muitas apresentações o recepcionista disse
-- 2° andar na porta 2. Ele te espera senhor Magne--
Olhei para ele com certa seriedade, não sabia como ele já tinha conhecimento de meu nome. Comecei a andar em direção às escadarias já subindo aquela estrutura de madeira e pedras. Era comum ter leves rachaduras nas madeiras fazendo agudos barulho enquanto subia, cheguei a entrada do Primeiro andar e notei algumas pessoas carregando roupas manchadas de sangue e logo em seguida um minotauro Gordo com uma máscara de bronze carregando um pequena cirifa em mãos, estava indo atrás dos outros, paralisei naquele momento e voltei a andar já chegando no 2º andar de forma bem ligeira.
Estava quente graças a estrutura e o calor que fazia do lado de fora. Aos poucos dava leves passos pelo corredor daquele andar, enxerguei por uma fresta da primeira porta, uma tribal amarrada com a face pasmada. A olhava por um curto tempo sem entender e fui direto à sala do imperador. Abrindo a porta observei o "Grande" Gurvo Gobrius, um goblin musculoso e mais alto que o normal para a própria raça, tinha uma verruga em cima da sobrancelha esquerda e uma cicatriz entre o nariz ea boca como se fosse um bigode macabro, utilizando uma armadura de Loriga segmentada, atrás dele havia uma grande espada semelhante a um Sabre só que mais longo e pesado.
Ele olhou a sua frente e ficou me encarando por segundos, suspirando.
--sente-se temos assuntos para tratar--
Fixei os olhos no goblin e me sentei enquanto mostrava uma rigidez em sua face e centrado naquele homem à espera de sua fala.
--bom como deve saber a morte de Irgvor foi muito repentina e não se sabe ao certo quem ou o que o matou. Mas não foi este o motivo que lhe chamei aqui, devo lhe dizer que graças a seus antecessores você está em uma situação delicada, Mauricius.--
olhava para ele de forma tênue e sóbria, colocando a mão abaixo do cavanhaque dizendo.
--Qual seria tal situação "delicada" Imperador Gobrius? sendo eu que não pretendo ou anseio em minhas ambições o cargo deixado por Maltius?--
Falava de forma confiante, mostrando certeza em minhas palavras. Gurvo com uma faca, cortava uma fruta que tinha tirando da gaveta.
--é por estes motivos que tu serve como um alvo dos interesses do senado. Muitos não sabem que este é seu pensamento, outros acreditam que na primeira oportunidade tu ganharás o cargo graças a população que sabe oque tem feito a ela e dos senadores que conhecerá os feitos de teus avós. Alguns já contrataram assassinos para te dar cabo, outros estão começando a agir de forma mais agressiva em busca de poder antes que você mostre a cara.--
Eu olhei aquilo com certo espanto, com tantas informações jogadas à mesa pelo 3° Imperador. Pessoas queriam me matar para tomar algo que nem eu tinha. Toquei na mesa já preocupado enquanto batia os dedos
--e oque devo fazer para evitar isso?--
Ele pegava um papel jogando na mesa, lá estavam documentos dos membros da defesa exterior de Centurion e um mapa de um reino.
-- tem um, você vai para este lugar lá aprenderá como ser o melhor. Para que logo retorne e pegue o cargo antes que um inconsequente faça isso antes de ti.--
olhei para o papel e depois para a cara dele com certo desprezo
--já te disse que não tenho vontade de ter tal função--
Ele cruzava os braços com uma cara levemente irritada
--Não lembro-me de ter dado muitas opções para ti, mas independente de sua vontade, tu terás que assumir tal cargo. seja por ordem ou por sangue, já que tem descendência direta de uma senadora.--
O mesmo olhava de forma intimidadora, me fazendo perder a minha calma e trocando-a por uma postura mais invasiva.
--Porque eu deveria confiar em ti? sendo que foi você que separou minha família, na tentativa de reduzir do poder. é difícil acreditar em tuas palavras imperador, achas que eu não sei que tu pretendes colocar um dos teus primos no senado?--
Mostrava minha arrogância e a raiva contida expondo tudo que ele havia me feito anos atrás, ele ficou puto e bateu com força na mesa gritando raivosamente.
---PORQUE SE NÃO FOR VOCÊ, NÃO VAI EXISTIR MAIS CENTURION! ACHAS QUE TE CHAMARIA AQUI EM PLENA CRISE PARA LHE FAZER AMEAÇAS! PREFERIRIA LHE MATAR ENQUANTO DORMIA AO INVES DE PERDER MEU TEMPO TE CONVENCENDO A VIAJAR E VOLTAR JÁ COM A PORRA DA VAGA DE SENADOR!!!!---Era notável tal atitude explosiva, comecei a respirar devagar agora olhando para baixo notando que a situação estava realmente conflituosa ao meu lado. Suspirei e voltei a encará-lo.-... está bem, compreendo a gravidade dessa situação, a nossa nação corre perigo, mas que lhe faz confia que eu seria a solução? -Peguei o papel e o li de forma rasa, enquanto observava o mapa. Surpr
--é um prazer lhe conhecer Magne Mauricius, me chamo de Liria Návairidia.--Ela falava e mordia levemente aquele fruto se lambuzando levemente sua face com o suco do mesmo, vendo-me de forma curiosa e um tanto diferente como se quisesse algo. A jiboia que descia aos poucos chegava em meus pés e subia em minha perna.--Bom senhor Mauricius, lembro agora algumas coisas que minha família comentou sobre você. tu és bisneto da Erlina, a tempestuosa. Minha mãe contou-me sobre essa história. Mas me diga, já que és familiar de tal pessoa... a lenda é verdadeira?--Ela perguntava, conseguia segurar um pouco do riso com uma face ténue e suspirava enquanto a criatura se enrolava
Tendo a infelicidade de não ter sucesso, ele havia desaparecido com o aumento do movimento... fiquei um pouco frustrado, mas entendia os motivos que o levaram a fazer aquilo, me sentei em um dos bancos de pedra, refletindo um pouco enquanto comia uma fritura feita de frango. Comia de forma devagar enquanto observava o toda minha volta, estava bem cheio e agitado com pessoas de fora e muitos nativos que tentavam ganhar fama, alguns escreviam com grafite nos pilares o nome de muitos candidatos que tentavam entrar na vaga de Maltius. Conseguia ver até um certo tom de humor daquelas frases e desenhos, porém com o tempo vi um ser se aproximando o olhando com elevada seriedade e certa hostilidade.Mesmo assim ele se sentava ao meu lado, com um sobretudo que tampada de sua cabeça até seus pés deixando apenas parte de seu rosto, percebi que era humano m
Saía de casa notando que o sol ainda não havia nascido, fiquei um pouco surpreso por acordar tão cedo mas continuei andando, foi a seguir minha antiga rota, até que percebi algo estranho. no escuro da madrugada um grande pássaro sobrevoando o lugar, olhei por um leve tempo tentando saber qual era... era um Tengu, ele iniciava uma descida em seu voo em minha direção, comecei a correr para o beco. Com sorte cheguei rápido me reencontrar com os meio Orcs que estavam ainda cuidando do lugar--ei olha é o hobgoblin! Ei patrão precisa de ajuda!?!--o do tacape perguntava, ainda correndo na direção deles ainda permanecem confusos me olhando. Parava na frente deles já procurando o ser pelos céus os fazendo uma proposta.
--estão bem?!?-- Um deles se levantava segurando a cabeça depois do tombo --isso foi do caralho, quem era esse ladrão de merda?-- O besteiro olhava a besta quebrada e olhava para mim. Logo suspirava --tá, eu pago pela besta... não sei bem quem pode ter o mandado, mas era certo que ele não esperava um grupo. Devo essa para vocês, bom tomem aqui. Não é muito mas isso é um agradecimento pela ajuda-- entregava a eles um pequeno rubi lapidado, olhavam fascinados para a jóia --isso é muito, têm certeza?-- <
Havia sido um dia cheio, tinha resolvido tudo que havia de fazer dentro da cidade... compra de itens, contatos com colegas e amigos, contas que teria que receber e pagar, mas no fim estava tudo pronto. A manhã tinha sido bem corrida e as primeiras horas da tarde haviam sido exaustivas, voltei para minha casa, já com tudo em mãos... mesmo que ainda com sangue seco em meu corpo, isso não fazia eu me aparecer em meio a multidão já que acostumadas com os sangrentos espetáculos da capital viam aquilo com normalidade. Entrei em casa vendo minha matriarca sentada olhando alguns documentos, ela visava-me por um momento e dizia.--então é verdade... terás que ir embora?--Sua voz se mostrava triste e cabisbaixa. Eu respirei fundo enquanto tocava minha fe
eu o perguntava mas mesmo assim ele não me respondia. ficava um pouco irritado com tal comportamento, olhei para os lados e vi 2 gnolls conversando com um soldado médio. acenei para eles e apenas um membro do povo hiena veio até meu chamado. olhando para mim ele apenas disse--oque foi? --Eu apontava para o escravo o questionando da origem do ser. ele olhava e depois via as correntes, vendo a numeração.--lembro bem, nós capturamos eles depois de uma tempestade de areia no leste do deserto das almas. Ele estava sozinho mas resistiu um pouco, ele é meio caladão mas é um ótimo escravo de carga. Se quiser comprá-lo lhe vendo por algumas peças de prata, não
o Minauro me respondia olhando para baixo já um pouco envergonhado com o problema que tinha montado--entendi então. venham comigo, mas eu não me responsabilizo por nenhum dos dois!--eu falava com um tom mais sério e rígido enquanto olhava aos rattans--deixem eles irem juntos, são um reforço na defesa. Se quiserem eu pago depois os gastos deles.--Eles começavam a se afastar enquanto nós íamos até a última carroça já correndo e subindo nela. o meio elfo olhava já sentado no canto da caravana nos olhando silenciosamente, os dois novos integrantes se aliviavam enquanto estava