Já faz uma semana desde a morte de Irgvor, não há outra notícia se não a sua morte e a ausência no senado, as ruas de pedras estavam cheias de pessoas de fora e palanques com clérigos e bardos cantando e bem dizendo sobre aqueles que pagaram ou que lhes eram convenientes. Minha mãe já velha, olhava pela janela com seriedade e pesar que fazia seu rosto se tornar duro, sendo ela a muitos anos atrás uma membra respeitada do parlamento de Vóreia Ámna antes de se aposentar e vir a capital.
Após se afastar da janela se virava a fechando e dizendo com certo desdém
--mesmo sendo um pouco cruel de minha parte, meu filho, esta é uma chance pequena que pode ter para se tornar algo tão grande quanto sua bisavó foi nas épocas das guerras dracônicas.--
Ela me olhava tocando em meu braço enquanto eu apenas notava os papéis daqueles que pretendiam se tornar senadores, vendo tanto suas qualidades quanto seus defeitos sendo um pior que o outro.
-- Entendo mãe, mas devo deixar isso de lado por enquanto. Não tenho muitos apoiadores e vários vão querer me matar caso eu tente entrar nesse ramo de forma tão imatura--
Eu me levantava e tocava na cabeça dela
--mas não se preocupe, tenho certeza de que no futuro posso chegar a algo semelhante. Bom, agora devo ir a uma reunião de negócios com um dos Rattans.--
Abraçava-a e pegava meu manto e meu gládio já andando para os andares abaixo em direção da feira central, saia de casa e começava a andar pelas estradas de pedra da capital. Enquanto passava em meio da multidão, meretrizes Medusas cantavam em cima de palanques de apoio enquanto no meio daquele povo, goblins passavam e gritavam as palavras do 3° Imperador Casius Torus IV
--Estão abertas as vagas para o festival dos deuses! Bardos e guerreiros essa é sua chance de alcançarem a glória e serem aclamados!!!! Os vencedores ganharam 500 peças de Ouros e tamanha fama que jamais sonharam--
Olhava para eles enquanto saia do meio da multidão entrando pelos becos do bairro de Soldin como um atalho, estava sujo e com pessoas famintas... ex escravos, refugiados e mendigos que se escondiam entre tábuas de madeira e lixo. Era algo nojento e depressível de se ver mas dava pena deles, finjo derrubar algumas moedas de cobre de minha mão e como cães, eles pularam nas pequenas peças e olhava-os com desdém e logo passava por aquele beco escuro. Ao fim do caminho dei de cara com alguns meios Orcs que vigiavam o lugar.
Mercenários armados com machados de guerra, tacapes e algumas bestas leves desgastadas, um deles ia à minha frente e me parava.
--parado! oque faz por aqui hobgoblin?--
o portador do tacape me pergunta com a arma em ombros
--estou de passagem, usei deste lugar para não ser roubado por goblins.--
eles olhavam para mim com certa desconfiança e eu joguei a eles 6 moedas de prata
--tomem isso, agradecimento por não deixarem esse caminho se encher de gatunos e prostitutas--
Eles sorriam e davam um tapa na minha bracadeira como se fosse um amigo próximo.
--mas é claro patrão! Pode passar, se tiver algum problema com algum cara de oni, pode nos avisar que esmagamos para você!--
Os mesmo riam enquanto passava por eles fazendo um sinal de despedida. Um deles, de bom grado, me acompanhou por todo o percurso até o outro lado do beco. Em poucos minutos chegava a grande feira, naquele dia havia sido enviado uma nova remessa de escravos. Muitos desses capturados entre os refugiados das tribos sulistas foram afugentados pelas hordas Daémis.
Suas peles queimadas de sol e sua elevada altura eram grandes características, entanto havia alguns supostos azarados no meio, fui caminhando pelo lugar enquanto olhava os produtos a venda nas barracas olhei para uma pera rosada e a comprei de um elfo de cobre, era saborosa e crocante só que era muito doce para um furto. Continuava me movendo até chegar a "Toca do Coruja", uma taberna famosa por suas bebidas e pela sua estrutura um tanto peculiar. Eu entrava lá dentro já observando todos
a procura de meu comerciante, que se encontrava ao fundo da taberna, ele me olhava fazendo um sinal com as mãos enquanto eu ia na direção dele.
--demorei muito?--
eu perguntava
--Não... chegou mais cedo na verdade.--
Me sentava puxando a cadeira de madeira enquanto ele tirava parte do turbante que escondia sua boca. Ele comia um pedaço de queijo e dizia
-Bom, vamos aos negócios. Eu sei que você possui relações amistosas com alguns membros dos executivos, eu estive pensando em vender alguns itens que possam facilitar certas obras que vos fazem, como construções, estradas, aquedutos...-
Olhava para ele e mordia a pera com uma cara reflexiva.
-tipo?-
Ele mostrava alguns papiros com anotações em rúnico e Rattanico, mostrando desenhos de tecnologias anãs.
-isso são itens de construção anas, muitos deles facilitaram a criação de dezenas de estruturas assim diminuindo os gastos do império com mão de obra inútil-
olhava de forma precisa vendo aquelas "bugigangas".
-Mas não seria caro usar algo que só existe na federação rúnica?-
ele olhava por um tempo em minha face e dizia em tom de confiança
-não se preocupa. Trazer até aqui é fá....-
na hora que era dita a palavra o mesmo era interrompido pelo bater da porta e a entrada de dois Orcs da legião. O Rattan guardavam suas plantas enquanto sorrateiramente saia de perto da mesa, os dois marcharam por toda a taberna me olhando
--senhor Magne Mauricius, o 2° Imperador, Gurvo Gobrius, quer vossa presença.--
Eu falava na tentativa de amenizar o clima
--vejo que é para este momento, não?--
Eles se olharam por um instante e me fitavam novamente com bastante seriedade, eu me levantava já saindo da taberna com eles e deixando umas moedas de prata na mesa como sinal de aviso para o rattan que voltaria em breve.
Me colocaram em uma carroça e me levaram até os aposentos do castelo sul. Passei por alguns dos bairros menos movimentados da cidadela, vendo alguns filhos e parentes de membros do exército e da administração conversando casualmente como se nada estivesse ocorrendo algumas quadras abaixo, na maioria dos lugares a gritaria e as canções eram recitadas, porém no distrito que eu passava era calmo e até um pouco relaxante.Algumas meninas com resalve a uma medusinha de cor chocolate tocavam alguns de seus instumentos para passar o tempo em vossas janelas, abaixo nas ruas alguns garotos saiam correndo e brincando de pega pega com um lampado, era uma brincadeira um tanto idiota mas ajudava-os a serem ágeis contra certos imprevisto da vida. Passando pela paisagem dou-me a visão dos muros da fortificação.&
---PORQUE SE NÃO FOR VOCÊ, NÃO VAI EXISTIR MAIS CENTURION! ACHAS QUE TE CHAMARIA AQUI EM PLENA CRISE PARA LHE FAZER AMEAÇAS! PREFERIRIA LHE MATAR ENQUANTO DORMIA AO INVES DE PERDER MEU TEMPO TE CONVENCENDO A VIAJAR E VOLTAR JÁ COM A PORRA DA VAGA DE SENADOR!!!!---Era notável tal atitude explosiva, comecei a respirar devagar agora olhando para baixo notando que a situação estava realmente conflituosa ao meu lado. Suspirei e voltei a encará-lo.-... está bem, compreendo a gravidade dessa situação, a nossa nação corre perigo, mas que lhe faz confia que eu seria a solução? -Peguei o papel e o li de forma rasa, enquanto observava o mapa. Surpr
--é um prazer lhe conhecer Magne Mauricius, me chamo de Liria Návairidia.--Ela falava e mordia levemente aquele fruto se lambuzando levemente sua face com o suco do mesmo, vendo-me de forma curiosa e um tanto diferente como se quisesse algo. A jiboia que descia aos poucos chegava em meus pés e subia em minha perna.--Bom senhor Mauricius, lembro agora algumas coisas que minha família comentou sobre você. tu és bisneto da Erlina, a tempestuosa. Minha mãe contou-me sobre essa história. Mas me diga, já que és familiar de tal pessoa... a lenda é verdadeira?--Ela perguntava, conseguia segurar um pouco do riso com uma face ténue e suspirava enquanto a criatura se enrolava
Tendo a infelicidade de não ter sucesso, ele havia desaparecido com o aumento do movimento... fiquei um pouco frustrado, mas entendia os motivos que o levaram a fazer aquilo, me sentei em um dos bancos de pedra, refletindo um pouco enquanto comia uma fritura feita de frango. Comia de forma devagar enquanto observava o toda minha volta, estava bem cheio e agitado com pessoas de fora e muitos nativos que tentavam ganhar fama, alguns escreviam com grafite nos pilares o nome de muitos candidatos que tentavam entrar na vaga de Maltius. Conseguia ver até um certo tom de humor daquelas frases e desenhos, porém com o tempo vi um ser se aproximando o olhando com elevada seriedade e certa hostilidade.Mesmo assim ele se sentava ao meu lado, com um sobretudo que tampada de sua cabeça até seus pés deixando apenas parte de seu rosto, percebi que era humano m
Saía de casa notando que o sol ainda não havia nascido, fiquei um pouco surpreso por acordar tão cedo mas continuei andando, foi a seguir minha antiga rota, até que percebi algo estranho. no escuro da madrugada um grande pássaro sobrevoando o lugar, olhei por um leve tempo tentando saber qual era... era um Tengu, ele iniciava uma descida em seu voo em minha direção, comecei a correr para o beco. Com sorte cheguei rápido me reencontrar com os meio Orcs que estavam ainda cuidando do lugar--ei olha é o hobgoblin! Ei patrão precisa de ajuda!?!--o do tacape perguntava, ainda correndo na direção deles ainda permanecem confusos me olhando. Parava na frente deles já procurando o ser pelos céus os fazendo uma proposta.
--estão bem?!?-- Um deles se levantava segurando a cabeça depois do tombo --isso foi do caralho, quem era esse ladrão de merda?-- O besteiro olhava a besta quebrada e olhava para mim. Logo suspirava --tá, eu pago pela besta... não sei bem quem pode ter o mandado, mas era certo que ele não esperava um grupo. Devo essa para vocês, bom tomem aqui. Não é muito mas isso é um agradecimento pela ajuda-- entregava a eles um pequeno rubi lapidado, olhavam fascinados para a jóia --isso é muito, têm certeza?-- <
Havia sido um dia cheio, tinha resolvido tudo que havia de fazer dentro da cidade... compra de itens, contatos com colegas e amigos, contas que teria que receber e pagar, mas no fim estava tudo pronto. A manhã tinha sido bem corrida e as primeiras horas da tarde haviam sido exaustivas, voltei para minha casa, já com tudo em mãos... mesmo que ainda com sangue seco em meu corpo, isso não fazia eu me aparecer em meio a multidão já que acostumadas com os sangrentos espetáculos da capital viam aquilo com normalidade. Entrei em casa vendo minha matriarca sentada olhando alguns documentos, ela visava-me por um momento e dizia.--então é verdade... terás que ir embora?--Sua voz se mostrava triste e cabisbaixa. Eu respirei fundo enquanto tocava minha fe
eu o perguntava mas mesmo assim ele não me respondia. ficava um pouco irritado com tal comportamento, olhei para os lados e vi 2 gnolls conversando com um soldado médio. acenei para eles e apenas um membro do povo hiena veio até meu chamado. olhando para mim ele apenas disse--oque foi? --Eu apontava para o escravo o questionando da origem do ser. ele olhava e depois via as correntes, vendo a numeração.--lembro bem, nós capturamos eles depois de uma tempestade de areia no leste do deserto das almas. Ele estava sozinho mas resistiu um pouco, ele é meio caladão mas é um ótimo escravo de carga. Se quiser comprá-lo lhe vendo por algumas peças de prata, não