--é um prazer lhe conhecer Magne Mauricius, me chamo de Liria Návairidia.--
Ela falava e mordia levemente aquele fruto se lambuzando levemente sua face com o suco do mesmo, vendo-me de forma curiosa e um tanto diferente como se quisesse algo. A jiboia que descia aos poucos chegava em meus pés e subia em minha perna.
--Bom senhor Mauricius, lembro agora algumas coisas que minha família comentou sobre você. tu és bisneto da Erlina, a tempestuosa. Minha mãe contou-me sobre essa história. Mas me diga, já que és familiar de tal pessoa... a lenda é verdadeira?--
Ela perguntava, conseguia segurar um pouco do riso com uma face ténue e suspirava enquanto a criatura se enrolava em minha coxa.
--Queres na teoria ou na prática?--
Perguntava a ela, tirando o sorriso confiante do rosto da medusinha, a deixando com uma cara genuína de dúvida.
--como seria na prática.....?--
Estendia a ela minha mão do braço direito que também portava a braçadeira de minha bisa.
--toque em meu dedo e descobrirá.--
sorria em sua direção, ela ficava desconfiada e com um olhar sério, com sua mão tocou por um segundo meu dedo e liberei um pequena ponta da energia do bracelete. Causando um leve choque em sua mão, que levantou para cima imediatamente mostrando sua cara de surpresa.
--nossa! isso não se faz com uma dama!...mas devo admitir... fiquei surpresa, pensei que seria uma coisa mais clichê.--
A garota ria levemente, me punindo indiretamente fazendo seu cabelo serpente apertar mais minha perna enquanto subia de forma bem mais rápida.
-- Então, senhora Liria, agora lhe tenho uma pergunta. Oque te fez ter olhos a meu ser? Que sei não sou um dono de muitas propriedades e minha beleza é um tanto diferente .--
dizia aquilo enquanto a serpente subia em minha perna, agora de forma mais calma repousando a cabeça em meu robe, perto de meu quadril.
--Se propriedades e beleza fosse meu desejo... eu estaria indo atrás de um herdeiro de um rico aristocrata ou de um aventureiro Bardo que ganhou centenas invadindo masmorras de monstros. Mas algo me interessa em ti... você é uma pessoa que não se vê todo dia--
Sua fala estava bem relaxada enquanto me olhava de forma serena e concentrada, tinha sensação que poderia ser um interesse dela. Mas ainda desconfiava muito daquela bela moça. Ela discursava de forma lenta enquanto aquelas escamas passavam por minha túnica começando a me enrolar lentamente até meus ombros, a cobra agora com sua cabeça em meu pescoço passava aquela língua levemente em minha pele, incomodava bastante no entanto não queria tirar minha postura para me queixar. A garota se levantava de seu cômodo, indo lentamente a minha direção já se sentando em cima do apoio de braço da cadeira, seu cabelo caía em mim enquanto ela acariciava com seus dedos o grande réptil.
-– Então para ti, sou uma pessoa diferente? e oque me faz ser diferente dos outros que você conhece, Liria?--
As unhas delas raspavam por debaixo de meu queixo até chegar em meu cavanhaque onde ela pegava com seus dedos, ela tocava em minha testa com suas outra mão brincando com meus cabelos enrolados.
-- sua aura, sua presença se mostra diferente do que já vi. e que às vezes o diferente é bom, mas há outros motivos no entanto não posso dizê-los... e infelizmente devo lhe dispensar desta calorosa conversa. Não quero que sofra depois por minha causa quando os donos da casa retornarem.--
O sorriso dela mostrava um pouco de sadismo e certo orgulho, aos poucos ela me desamarrou do esmagador serpentino que me enrolava, consegui finalmente me levantar com certa falta de ar. Levantei minha mão enquanto a fazia um sinal de despedida
--Espera, tenho uma lembrancinha para lhe dar antes de partir. Magne.--
A jibóia desferiu uma mordida em minha orelha, pegando suas duas maiores presas de um lado da boca no lóbulo de minha orelha, a dor causada era aguda assemelhava-se a ser perfurada por dois pregos ao mesmo tempo. Rindo um pouco a moça colocava no lugar dos dois furos um enfeite escuro semelhante a um 8 de cor roxo bem escuro.
--Por enquanto isto pode não parecer útil e doloroso. Mas no futuro, quem sabe você usará disto.--
A medusa terminava de encaixar aquele "brinco" e se afastava se deitando em sua cama de forma bem peculiar, olhava aquilo e me sentia um pouco atiçado, mas entendia que era questão de tempo até que os pais da garota chegassem no lugar. Começava a descer as escadarias de forma devagar, me precavendo contra o encontro com outras pessoas na saída. Via que estava limpo, mesmo assim, preferi procurar outra saída evitando ser visto pelos outros residentes, com um pouco de tempo e com o conhecimento que eu tinha sobre construção.
Fui passando pela uma cozinha e indo direto pela outra passagem, vi alguns servos da residência e coloquei umas moedas de cobre na mesa para eles, na tentativa de silenciar suas vozes. Saindo pela porta, dei-me conta com um beco aberto onde alguns servos passavam sem serem vistos pelos outros membros da alta sociedade, comecei a me aproximar de um pequeno grupo de camareiras e amas de leite. De início, elas estavam um pouco incomodadas mas usando um pouco de charme e delicadeza em minhas palavras consegui me juntar a aquele humilde grupo. andando em direção dos bairros mais agitados. já estava ficando tarde muito, a noite se eleva perante as benção de Lunaren, várias estrelas "pintavam" os seus escuros criando centenas de constelações. Estava me apressando, corria levemente por alguns instante para terminar o'que tinha começado.... chegando novamente a grande feira, iniciava minha procura ao Rattan.
Tendo a infelicidade de não ter sucesso, ele havia desaparecido com o aumento do movimento... fiquei um pouco frustrado, mas entendia os motivos que o levaram a fazer aquilo, me sentei em um dos bancos de pedra, refletindo um pouco enquanto comia uma fritura feita de frango. Comia de forma devagar enquanto observava o toda minha volta, estava bem cheio e agitado com pessoas de fora e muitos nativos que tentavam ganhar fama, alguns escreviam com grafite nos pilares o nome de muitos candidatos que tentavam entrar na vaga de Maltius. Conseguia ver até um certo tom de humor daquelas frases e desenhos, porém com o tempo vi um ser se aproximando o olhando com elevada seriedade e certa hostilidade.Mesmo assim ele se sentava ao meu lado, com um sobretudo que tampada de sua cabeça até seus pés deixando apenas parte de seu rosto, percebi que era humano m
Saía de casa notando que o sol ainda não havia nascido, fiquei um pouco surpreso por acordar tão cedo mas continuei andando, foi a seguir minha antiga rota, até que percebi algo estranho. no escuro da madrugada um grande pássaro sobrevoando o lugar, olhei por um leve tempo tentando saber qual era... era um Tengu, ele iniciava uma descida em seu voo em minha direção, comecei a correr para o beco. Com sorte cheguei rápido me reencontrar com os meio Orcs que estavam ainda cuidando do lugar--ei olha é o hobgoblin! Ei patrão precisa de ajuda!?!--o do tacape perguntava, ainda correndo na direção deles ainda permanecem confusos me olhando. Parava na frente deles já procurando o ser pelos céus os fazendo uma proposta.
--estão bem?!?-- Um deles se levantava segurando a cabeça depois do tombo --isso foi do caralho, quem era esse ladrão de merda?-- O besteiro olhava a besta quebrada e olhava para mim. Logo suspirava --tá, eu pago pela besta... não sei bem quem pode ter o mandado, mas era certo que ele não esperava um grupo. Devo essa para vocês, bom tomem aqui. Não é muito mas isso é um agradecimento pela ajuda-- entregava a eles um pequeno rubi lapidado, olhavam fascinados para a jóia --isso é muito, têm certeza?-- <
Havia sido um dia cheio, tinha resolvido tudo que havia de fazer dentro da cidade... compra de itens, contatos com colegas e amigos, contas que teria que receber e pagar, mas no fim estava tudo pronto. A manhã tinha sido bem corrida e as primeiras horas da tarde haviam sido exaustivas, voltei para minha casa, já com tudo em mãos... mesmo que ainda com sangue seco em meu corpo, isso não fazia eu me aparecer em meio a multidão já que acostumadas com os sangrentos espetáculos da capital viam aquilo com normalidade. Entrei em casa vendo minha matriarca sentada olhando alguns documentos, ela visava-me por um momento e dizia.--então é verdade... terás que ir embora?--Sua voz se mostrava triste e cabisbaixa. Eu respirei fundo enquanto tocava minha fe
eu o perguntava mas mesmo assim ele não me respondia. ficava um pouco irritado com tal comportamento, olhei para os lados e vi 2 gnolls conversando com um soldado médio. acenei para eles e apenas um membro do povo hiena veio até meu chamado. olhando para mim ele apenas disse--oque foi? --Eu apontava para o escravo o questionando da origem do ser. ele olhava e depois via as correntes, vendo a numeração.--lembro bem, nós capturamos eles depois de uma tempestade de areia no leste do deserto das almas. Ele estava sozinho mas resistiu um pouco, ele é meio caladão mas é um ótimo escravo de carga. Se quiser comprá-lo lhe vendo por algumas peças de prata, não
o Minauro me respondia olhando para baixo já um pouco envergonhado com o problema que tinha montado--entendi então. venham comigo, mas eu não me responsabilizo por nenhum dos dois!--eu falava com um tom mais sério e rígido enquanto olhava aos rattans--deixem eles irem juntos, são um reforço na defesa. Se quiserem eu pago depois os gastos deles.--Eles começavam a se afastar enquanto nós íamos até a última carroça já correndo e subindo nela. o meio elfo olhava já sentado no canto da caravana nos olhando silenciosamente, os dois novos integrantes se aliviavam enquanto estava
--não viaja muito em negócio né?--ela me olhava com uma cara caída-na verdade quase nunca sai de dentro dos portões da cidade. só uma vez na revolta dos escravos de Pólemos, aquele dia foi um caos total...--me lembrava levemente daquele ocorrido foi um dos maiores presságios da morte do maltius, lembrava como se tivesse sido ontem aquele trágico evento.--bom. bem vinda a sua segunda vez então... mas tenho uma duvida sobre vocês dois. oque vocês buscam agora como aventureiros? duvido que não tenham um objetivo em mente-- --entendo... agora me responda, porque está indo para Balcadia. Pensei que todos os humanoides ou a maioria deles odiava aquele lugar por conta da Sultana ou será que eu estaria errado?--o velho perguntava olhando em minha face com suas mãos enrolando o turbante que tinha usado, eu apenas consentiu com a cabeça e novamente respondia-- fui meio que obrigado a ir. tenho que fazer isso pelo bem de minha nação, mesmo que isso vá contra minha vontade--ele sorria e colocava um de seus pés na pequena mesa--isso aparenta ser bem interessante, conte-me mais senhor hobgoblin--&Capítulo 2: Início da Expedição (parte 5)