Tendo a infelicidade de não ter sucesso, ele havia desaparecido com o aumento do movimento... fiquei um pouco frustrado, mas entendia os motivos que o levaram a fazer aquilo, me sentei em um dos bancos de pedra, refletindo um pouco enquanto comia uma fritura feita de frango. Comia de forma devagar enquanto observava o toda minha volta, estava bem cheio e agitado com pessoas de fora e muitos nativos que tentavam ganhar fama, alguns escreviam com grafite nos pilares o nome de muitos candidatos que tentavam entrar na vaga de Maltius. Conseguia ver até um certo tom de humor daquelas frases e desenhos, porém com o tempo vi um ser se aproximando o olhando com elevada seriedade e certa hostilidade.
Mesmo assim ele se sentava ao meu lado, com um sobretudo que tampada de sua cabeça até seus pés deixando apenas parte de seu rosto, percebi que era humano mesmo que não soubesse se era um ex escravo ou um imigrante esquisito. O homem olhou para mim e apontou sua mão escura como um carvão em minha direção, no momento olhava aquilo com certa irritação e me levantava, escutei uma risada tosca e roca saindo dele enquanto o mesmo fazia um sinal com seu polegar passando em seu pescoço, na outra mão, ele começava a somar números de forma forma muito aleatória e inconveniente. Olhei para ele já sacando meu gládio colocando na cabeça dele
-Não minta... quem te pagou?-
eu levantava o capuz dele e notei que era um Abissal... um mão de navalha, ele sorria sorrateiramente fazendo o sinal do silêncio para mim.
-Vim dar um aviso. Não sei, mas acho que devo o dizer as seguintes palavras, sabia que os ratos mataram o elefante dormindo?-
Ele começava a gargalhar de forma histérica enquanto eu pressionava a lâmina no pescoço dele, todos o olhavam como uma aberração. Aquela coisa sacava uma garrafa branca puxando a rolha com a boca fazendo um denso nevoeiro se formar, eu o atacava na tentativa de decapitá-lo mas errava o golpe miseravelmente, ele desaparecia. Todos olhavam a situação assustados ou mesmo apavorados com a atitude, muitos corriam fugindo da névoa branca.
Os guardas corriam em direção da mesma, chegava ao local sem entender nada, olhando para todos tentando ver o acontecido. Alguns plebeus iam em minha direção me questionando sobre o ocorrido. Eu guardava meu gladio na bainha, atento.
--Era apenas um homem louco, brincando com itens mágicos.... fiquem tranquilos, logo logo ele se entrega ou é achado num beco tombado de bêbado.--
Os respondia enquanto arrumava minha túnica e saia do lugar, esperava o pior... um ataque a qualquer momento ou mesmo o uso de um feitiço contra minha pessoa. A noite chegava a todo seu ápice, as duas luas estavam em sua total beleza iluminando aos poucos a grande cidade. Em minha mão esquerda estava uma pequena orbe que usava para conjurar magias e na mão direita, a empunhadura da espada, trilhava meus passos pelas ruas centrais, evitando os meus atalhos. Vendo o cotidiano noturno do povo, algumas luzes coloridas se espalharam em algumas casas, cada uma com um significado... o rosas simbolizavam prostíbulos de exóticos, o verde mostrava locais de leilões de objetos de luxo ou perigosos e o vermelho era a mais repugnante... mostrava as rinhas de escravo.
Mesmo acostumado com algumas luzes notava iluminações diferentes, poderiam ser casas de apostas ou mesmo duelos arcanos(esta última uma prática proibida por diversos motivos), continuava em meu caminho nas ruas agora vazias... o ar estava calmo, as poucas coisas que faziam barulho eram algumas pessoas em bancos esperando algum "serviço" ou mesmo um encontro. Tinha em minha mente grande preocupado com o meu redor, mas ainda nada acontecia.... não via ninguém nas correndo nas paredes, nos telhados, andares suspeitos na rua em minha direção ou algum ser voando, só conseguia perceber apenas uma rua vazia.
Com um pouco de tempo, cheguei em casa entrando e trancando a porta, parava encostando as costas em uma estante pensando o porque daquilo ter ocorrido, sentia que aquele ocorrido tinha sido um trocadilho para me fazer fugir de Centurion ou me humilhar perante todos... já que mãos de navalhas, mesmo sendo seres cruéis, eram filhos do deus de Dooma, sendo inconsequentes e precisando de pouco para motivá los a fazer aquela ação. Colocava a mão na cabeça enquanto me levantava da estante, fiscalizava tudo pela casa a procura se houve algum roubo ou objeto caído, depois de ver que estava tudo limpo fui a procura de minha mãe para ver como ela estava.
Entrei em seu quarto de forma silenciosa, observava ela dormindo pesadamente e bem, vi que a janela estava aberta então fui lá e a fechei para evitar incômodos. Ia em direção de meu quarto, fazia uma pequena vigia na janela a procura de algo suspeito mas não achava nada, a fechava e logo começava a inspecionar meu quarto a procura de algo de errado, um inseto venenoso, uma serpente silenciosa, agulhas, rastros mágicos... mas nada encontrava.
Me sentava na cama suspirando, comecei a preparar uma magia de alerta que encobria todo meu quarto e ia dormir em seguida.
No outro dia acordava tranquilamente, testava minha magia e notava que ela ainda estava ativa e logo eu a desativava para evitar certos importunos, saindo do quarto andava até o quarto da minha mãe para vê-la e certificar que estava tudo bem. Me senti aliviado que todo aquele discurso que o abissal havia feito era pura balela, começava a me arrumar para dar um ponto final à negociação. ia até a cozinha já preparava alguns pães com um pouco de geleia mista, comia alguns e deixava outro na mesa para quando ela acorda-se.
Saía de casa notando que o sol ainda não havia nascido, fiquei um pouco surpreso por acordar tão cedo mas continuei andando, foi a seguir minha antiga rota, até que percebi algo estranho. no escuro da madrugada um grande pássaro sobrevoando o lugar, olhei por um leve tempo tentando saber qual era... era um Tengu, ele iniciava uma descida em seu voo em minha direção, comecei a correr para o beco. Com sorte cheguei rápido me reencontrar com os meio Orcs que estavam ainda cuidando do lugar--ei olha é o hobgoblin! Ei patrão precisa de ajuda!?!--o do tacape perguntava, ainda correndo na direção deles ainda permanecem confusos me olhando. Parava na frente deles já procurando o ser pelos céus os fazendo uma proposta.
--estão bem?!?-- Um deles se levantava segurando a cabeça depois do tombo --isso foi do caralho, quem era esse ladrão de merda?-- O besteiro olhava a besta quebrada e olhava para mim. Logo suspirava --tá, eu pago pela besta... não sei bem quem pode ter o mandado, mas era certo que ele não esperava um grupo. Devo essa para vocês, bom tomem aqui. Não é muito mas isso é um agradecimento pela ajuda-- entregava a eles um pequeno rubi lapidado, olhavam fascinados para a jóia --isso é muito, têm certeza?-- <
Havia sido um dia cheio, tinha resolvido tudo que havia de fazer dentro da cidade... compra de itens, contatos com colegas e amigos, contas que teria que receber e pagar, mas no fim estava tudo pronto. A manhã tinha sido bem corrida e as primeiras horas da tarde haviam sido exaustivas, voltei para minha casa, já com tudo em mãos... mesmo que ainda com sangue seco em meu corpo, isso não fazia eu me aparecer em meio a multidão já que acostumadas com os sangrentos espetáculos da capital viam aquilo com normalidade. Entrei em casa vendo minha matriarca sentada olhando alguns documentos, ela visava-me por um momento e dizia.--então é verdade... terás que ir embora?--Sua voz se mostrava triste e cabisbaixa. Eu respirei fundo enquanto tocava minha fe
eu o perguntava mas mesmo assim ele não me respondia. ficava um pouco irritado com tal comportamento, olhei para os lados e vi 2 gnolls conversando com um soldado médio. acenei para eles e apenas um membro do povo hiena veio até meu chamado. olhando para mim ele apenas disse--oque foi? --Eu apontava para o escravo o questionando da origem do ser. ele olhava e depois via as correntes, vendo a numeração.--lembro bem, nós capturamos eles depois de uma tempestade de areia no leste do deserto das almas. Ele estava sozinho mas resistiu um pouco, ele é meio caladão mas é um ótimo escravo de carga. Se quiser comprá-lo lhe vendo por algumas peças de prata, não
o Minauro me respondia olhando para baixo já um pouco envergonhado com o problema que tinha montado--entendi então. venham comigo, mas eu não me responsabilizo por nenhum dos dois!--eu falava com um tom mais sério e rígido enquanto olhava aos rattans--deixem eles irem juntos, são um reforço na defesa. Se quiserem eu pago depois os gastos deles.--Eles começavam a se afastar enquanto nós íamos até a última carroça já correndo e subindo nela. o meio elfo olhava já sentado no canto da caravana nos olhando silenciosamente, os dois novos integrantes se aliviavam enquanto estava
--não viaja muito em negócio né?--ela me olhava com uma cara caída-na verdade quase nunca sai de dentro dos portões da cidade. só uma vez na revolta dos escravos de Pólemos, aquele dia foi um caos total...--me lembrava levemente daquele ocorrido foi um dos maiores presságios da morte do maltius, lembrava como se tivesse sido ontem aquele trágico evento.--bom. bem vinda a sua segunda vez então... mas tenho uma duvida sobre vocês dois. oque vocês buscam agora como aventureiros? duvido que não tenham um objetivo em mente-- --entendo... agora me responda, porque está indo para Balcadia. Pensei que todos os humanoides ou a maioria deles odiava aquele lugar por conta da Sultana ou será que eu estaria errado?--o velho perguntava olhando em minha face com suas mãos enrolando o turbante que tinha usado, eu apenas consentiu com a cabeça e novamente respondia-- fui meio que obrigado a ir. tenho que fazer isso pelo bem de minha nação, mesmo que isso vá contra minha vontade--ele sorria e colocava um de seus pés na pequena mesa--isso aparenta ser bem interessante, conte-me mais senhor hobgoblin--&Capítulo 2: Início da Expedição (parte 5)
-- bem. como devo lhe dizer, o funcionamento dele mistura vários tipos de políticas entre elas a dos sultanatos, a de código e a de conquista...--eu olhava para ele ainda sem entender nada--sei... e oque isso tem em sua finalidade?--perguntava agora de forma mais séria e baixa enquanto tocava nas costas do golem para ver do que era feito... era como uma pedra bem polida--isso quer dizer que para chegar nela você deve ajudar algum membro da administração daquele lugar a chegar no mesmo objetivo que você... em resumo, vai ter que usar de suas habilidades de lábia para conquistar a confiança de um líder