Uma conversa tranquila

Christian Müller –

Saí do hospital com passos lentos, como se meus pés ainda carregassem o peso de tudo o que ficou para trás. Lá fora, a tarde já se despedia, tingindo o céu com tons alaranjados.

O vento era frio, mas leve. Pela primeira vez em muito tempo, não senti que ele me cortava por dentro.

Laura estava encostada no carro, com os braços cruzados, mas quando me viu, seu rosto se suavizou.

Caminhei até ela em silêncio e quando cheguei perto o suficiente, ela apenas abriu os braços. Me joguei naquele abraço como quem finalmente encontra terra firme depois de um naufrágio. Fiquei ali por alguns segundos, respirando seu cheiro, o cheiro de casa.

Entramos no carro sem dizer nada e o silêncio que nos acompanhava não era pesado — era confortável.

Estávamos cansados, mas juntos. E isso era o que importava agora.

No caminho de volta, com a estrada se desenrolando à frente como uma promessa, Laura foi quem quebrou o silêncio.

— O delegado foi justo com você, não foi?

Assenti, mantendo os
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