Carolina Narrando.
O tal rapaz não chegava e eu já estava até mais calma. Por um momento pensei que não teria mais nenhum casamento e nem nada, mas meus pensamentos foram interrompidos com um barulho de vozes vindo do corredor junto com minha mãe. Quando virei o rosto pra vê-los, apareceu uma mulher que parecia ser bem chique e um homem. E atrás vinha ELE. Ele não era um velho, e muito menos feio. Era lindo. Lindo demais. Fiquei encarando, observando seus passos e ele olhava tudo em sua volta. Virei pra frente, peguei a taça e bebi tudo que tinha ali. A bebida desceu queimando. Suspirei e escutei minha mãe me chamando. Fechei os olhos e contei até três. Levantei e me virei, andando na direção deles. - Minha filha, esse é o Matheus seu noivo e Matheus essa é Carolina. - Minha mãe nos apresentou. Ele me mediu de cima a baixo e sorriu de lado, parecendo ser simpático. - Oi. - Falei secamente. Eu não queria ter amizade com eles e com ninguém. - E aí...- Ele disse, e que voz perfeita. - Esses são seus sogros, Henrique e Helena. - Oi Carolina, tudo bom? - perguntou me dando dois beijos na bochecha. - Tudo. - Sorri forçado. Pedi licença pra eles, e fui até meu quarto. Sentei na cama, respirando fundo e fiquei alguns minutos encarando o chão. - Minha filha? - Escutei minha mãe atrás da porta. - Oi mãe. - Falei. - Minha filha, seu pai está te chamando, vamos descer? - Perguntou, entrando no quarto. - Tá bom, só vou passar um batom. - Ok. Passei um batom e sai do quarto. Dei o braço pra minha mãe e fui com ela. Vi meu pai, os meus futuros sogros e o Matheus sentados à mesa. - Então, vamos conversar sobre aquilo. - Você fala? - Meu sogro perguntou. - Pode ser. - meu pai disse. - Então vocês vão ficar casados durante um ano e alguns meses pra não dar na cara, e depois podem se separar. Vocês vão ter que agir como um casal apaixonado e vão morar juntos, já comprei uma casa pra vocês. - Meu pai falou nos encarando. - Escutou Matheus? Nada de namoro com Nicole. - Meu sogro disse. Virei a cara pro Matheus observando ele revirar os olhos e fechar a cara. Opa, então ele tinha uma namorada e está largando ela? O resto da noite, foi apenas assuntos de trabalho entre eles e minha mãe com a Helena falando sobre qualquer coisa que eu nem prestei atenção. Sentei longe deles e fiquei mexendo no celular, querendo achar o que fazer. Até sentir alguém sentando do meu lado, levantei o olhar e vi que era Matheus. Ele estava cheiroso, pois mesmo longe sentir seu cheiro. - A gente nem conversou direito. - Ele disse, me encarando. - Pois é. - Respondi. - Você não é muito de falar ou...? - Me perguntou. - Desculpa, eu não estou muito bem com isso tudo, então... - Eu entendo. Eu também não estou nada bem com isso, ainda tenho alguém que está sofrendo também. - Você namora, né? - Sim, só que agora eu já não sei como vamos ficar. - Continue com ela ué. - Eu quero, mas acho que você percebeu que meu pai não gosta dela, então vai ficar bem mais difícil agora. - Complicado isso. Mas ela sabe de mim? - Sabe, eu preferi contar do que ficar escondendo. - Fez certo. E ela aceitou? - Não, ela sabe que isso é coisa do meu pai. - Estão conversando? Que maravilha, assim vão se conhecendo já que vão morar na mesma casa. - Henrique interrompeu, sorrindo pra nós. Dei um sorriso de lado. - Pai, podemos ir? To cansado. - Claro meu filho, já estamos de saída. Henrique foi andando até meu pai e começamos a se despedir deles. Quando fui me despedir de Matheus por pouco um beijo na bochecha não virou um selinho, o que me fez corar e ficar sem graça. Já Matheus sorriu de lado e deu tchau pra todos. Me despedi dos meus pais e logo fui pro quarto. Estava cansada, doida pra dormi assim passaria logo a dor de cabeça que eu estava sentindo. Mas antes de pegar no sono, o medo rondava minha mente, será que se casar seria o certo? Matheus é um homem bonito e se ele me desse mole, eu não iria resistir. Mas ele ainda tem uma namorada, o que pode complicar tudo.A manhã do dia seguinte já começou muito animada, mas não para mim. Eu tinha ouvido a voz da minha futura sogra do meu quarto conversando com minha mãe, e se eu não me engano, era sobre meu casamento. Suspirei assim que sai da cama e fui direto pro banheiro, desejei ficar trancada no mesmo até o dia acabar, ou então até esse pesadelo passar. Mas não iria adiantar, era essa minha vida a partir de agora. Fiz minha higiene, arrumei meu cabelo e sai do quarto. Enquanto eu descia, elas me olharam e minha sogra me deu um sorriso. - Bom dia querida. - Bom dia. - Sorri, a cumprimentado com dois beijos na bochechas. - Bom, estava conversando com sua mãe sobre o casamento, estávamos vendo uma igreja mara... - Não. - Interrompi ela. - Não quero me casar na igreja, o que estou fazendo não é por amor e não vou pra igreja por causa disso. - Minha filha...? - Não mãe, eu sempre sonhei que me casaria em uma igreja, então não vou destruir isso agora. Eu não quero igreja. - Hum..
Matheus Narrando. Nicole tinha feito aquilo tudo pra provocar. Não tínhamos terminado, eu ainda sinto algo muito forte por ela e também tem a Carol. Porra, ela me deixa louco, quando a vi hoje com aquele vestido branco, minha vontade era de rasgá-lo e ter pego ela ali mesmo. Mas me comportei. Fiquei batendo papo com os caras e a noite não poderia estar melhor. Até eu dar de cara com a Nicole. Dava pra perceber que Carol ficou incomodada, e eu também havia ficado. Quando Carol foi até o banheiro, me pegou de surpresa me dando um selinho, mas deixei pra lá, no fundo até gostei da sua atitude. Levantei e fui andando até Nicole. - Oi, veio acompanhado é? - Ela perguntou, de deboche. - Para com isso, por favor. - Pedi, suspirando. - Eu não vou fazer nenhum barraco não, você sabe que não sou mulher disso. - Ela disse, sorrindo de lado. Nicole era uma mulher e tanto, mas sabe como se comporta como uma doida, esse lado que eu não gostava tanto. - Você está com raiva? -
Carolina narrando. Meu casamento estava indo tudo bem, todos estavam conversando entre si, se divertindo. Ao contrário de mim, que sempre tinha que força um sorriso. Minha mãe estava flutuando, junto com minha sogra. Meu pai e o meu sogro, estavam em uma roda de amigos da empresa só falando o quanto seria bom esse casamento. Ju esta dançando com o Bruno, e rindo. Pelo o menos ela estava com alguém que está afim de verdade. Eu estava dançando com o Matheus, até ele sair de perto de mim e ir até uma mulher, que era a Nicole. Aquela mulher estava na festa e nem eu sabia. Suspirei e fui andando até uma mesa de frios. - Cadê seu noivo, Carolina? - Escutei meu sogro pergunta, me olhando. - É... ele foi lá dentro, ao banheiro. - Disfarcei, pra não dizer a verdade. - Tem certeza? - Ele perguntou, me olhando atentamente. - Bom, eu apenas o vi com uma mulher, não sei para aonde foram. - Respondi. Ele me deu as costas sem falar nada e foi com rapidez pra dentro da casa
Logo puxei Matheus pra irmos até a cama e deitei no mesmo. Observei ele um pouco, percebendo o quanto ele é lindo mesmo dormindo. Apaguei a luz e sai do quarto. Olhei o apartamento todo enquanto andava, era lindo mesmo. E só de pensar que eu viveria agora ali. Peguei uma garrafa de vinho e abrir, indo até a varanda e sentando em um sofá. Fiquei vendo as estrelas ali e bebendo o vinho. Até que deitei e dormi ali mesmo. - Carol? - Escutei uma voz chamando e sentia meu rosto queimar aos poucos. - Acorda Carol, você vai ficar com dor ai. - Abrir meus olhos, e dei de cara com Matheus na porta só de bermuda e o sol em minha cara. - Aí merda, fiquei bebendo aqui e acabei dormindo. - Falei, levantando e sentando. Arrumei meu cabelo, prendendo o mesmo e olhei Matheus. Ele veio andando até mim, e sentou ao meu lado. Me abraçou de lado, me dando um beijo no rosto e ficou ao meu lado quieto. - Tá de resseca? - Perguntei. - Sim, mas tomei remédio. - Acho que também est
O dia logo amanheceu, a hora passou tão rápido que parece nem que dormi tanto assim. Fiquei enrolando na cama, até que tive coragem de levantar e fui até o banheiro. Fiz minhas necessidades e sai do quarto. Fui andando devagar e parei em frente ao quarto do Matheus. Abrir devagar e não tinha ninguém ali. Fechei o mesmo e fui andando até a sala, a mesma estava vazia também, olhei pra cozinha e ninguém também. Ele não havia dormido em casa. Suspirei e fui trocar de roupa, pra ir até alguma padaria próxima. Comprei algumas coisas que não tinha no apartamento e voltei pro apartamento. Entrei no elevador e fui pro meu andar. Mas parou um andar abaixo do meu, o que fez me lembrar do meu vizinho gato. Rir com meus pensamentos e quando olhei pra cima, sim, estava o gato do meu vizinho na minha frente. Ele estava com um sorriso no rosto, e diferente daquele dia, não estava com roupa de praia. - Oi vizinha. - Ele me cumprimentou, sorrindo. - Oi vizinho. - Sorrir. - Cara, posso te ped
Matheus narrando. Nicole ficou irritada vendo eu sair com a Carol e não ter levado ela pra casa, mas eu não poderia deixar a Carol sozinha e bêbada. E falando nela, ela estava linda e gostosa demais hoje. Ela estava apagada no banco do carro, e quando chegamos no apartamento, foi um sacrifício tirar ela do carro e subir com a mesma. Ela falava coisa com coisa e estava bêbada demais. Coloquei ela sentada no vaso do banheiro e fui até a cozinha, preparei um café e fui de volta pro banheiro. Encontrei ela tirando o vestido, e ficando apenas de lingerie de renda preta, e salto. Puta que pariu. Fiquei olhando o corpo dela, e ela sorriu safada. - Gosta do que vê? - perguntou, me olhando. - Vai pro banho Carol, sério. - Falei, desviando o olhar dela. - Vem comigo então. - Ela sorriu. - Não, vou lá na cozinha. Sai do banheiro quase correndo e fui até a cozinha. Suspirei, e passei a mão no rosto sentindo calor. Tirei a camisa e fiquei apenas com a calça. Coloquei o café
Carolina narrando. Minha cabeça doía. Parecia que passou um caminhão em cima dela, e a minha vontade era só de ficar deitada. Eu estava muito bêbada, mas eu lembrava de uma coisa... o meu beijo com o Matheus. Sim, isso eu lembrava muito bem e como. O meu celular tocava, o que me fez parar de pensar nisso. Peguei o mesmo e apenas coloquei na orelha, sem ver quem era. - Oi filha, tudo bom? Esqueceu da mãe é? - Era minha mãe, no telefone. - Oi mãe, a senhora me acordou. - Resmunguei. - Desculpa, mas você já viu a hora? - ela falou. - Filha, vamos semana que vem pra fazenda da família do Matheus. - Tenho escolha? - Perguntei. - Não querida, então depois a mãe do Matheus deve ligar pra vocês e resolver melhor, porque eu também nem sei de muita coisa. - Ta bom mãe, é só isso? - Sim, eu já estou ligando pra avisar antes pra a senhorita não sair. E acorda filha, vai almoçar vai. - Tá mãe, vou desligar agora tá? Te amo, beijo. Desliguei e coloquei o celular em q
Acordei com um braço em volta da minha cintura e um volume na minha bunda. Sim, eu estava de conchinha com o Matheus. Tentei tirar os braços dele em volta de mim, sem ter que acorda-lo. Ele não deveria nem ter se ligado que fez isso, então não era melhor ele acordar agora e ver isso. Consegui tirar seu braço e fui até o banheiro, fiz tudo o que queria fazer e voltei pro quarto. Deitei na cama, olhando pro teto. - Bom dia. - Escutei o Matheus dizer, com a voz rouca, acordando. - Bom dia. - Respondi. - Acordou faz tempo? - Ele perguntou. - Não, quase agora. - Falei, pegando o celular e vendo que era quase dez da manhã. - Que horas são? - Ele perguntou. - Dez já. Vamos acordar. - Já estou indo. Quero te levar pra conhecer a fazenda. - Então levanta, se não vai ficar tarde e eu quero aproveitar. - Falei, batendo no braço dele. Ele logo levantou reclamando e foi pro banheiro. Saiu com a toalha em volta da cintura e foi até o armário pegando uma roupa pra vesti