Fomos ensinados a existência do bem e do mal desde os tempos bíblicos. Às vezes, o lado bom parece ser a melhor opção. Mas e o mal? É realmente tão ruim quanto nos disseram? Quando os humanos surgiram, aprendemos que as dinastias governantes através dos homens mais poderosos e respeitados, para o bem ou para o mal, eram influenciadas pela fama e poder que vinham com seus títulos. Nem sempre uma dinastia se constrói com honestidade e muito trabalho, algumas pessoas nascem com sede de poder e a capacidade de sacrificar qualquer coisa pelo que quiserem, independente das consequências
As organizações mafiosas surgiram por volta da Idade Média, organizadas e geridas por grupos anônimos, escondidos em todas as áreas da sociedade. Seus membros, conhecidos como Máfia, estão espalhados pelo mundo capitalista, penetrando por caminhos tortuosos financeiros e políticos. A Cosa Nostra é dominada pela família Mortalla, uma das organizações mais ativas e inteligentes do mundo, na qual Marco Greco, um capo ganancioso das atividades criminosas de seu atual líder Julian Mortalla, colocou seus melhores interesses lá para substituir sua posição.
***
— Você sabe o que fez, Marco? — Dante, soldado leal e amigo, tentou me questionar, mas eu estava morrendo de vontade de beber.
— Eu tenho, mas está tudo bem neste momento, está feito.
— Você roubou um Mortalla, isso é traição. Você acabou de assinar sua sentença de morte!
— Ele pensaria que foi outra pessoa que manipulou os registros de embarque.
— Desista desse desejo ambicioso, você nunca tomará o lugar de Julian, não esqueça que ele também tem um neto.
— Acabei com os pais dele e posso fazer o mesmo com aquele garoto. Esta família lidera nossa irmandade há gerações, e é hora de alguém tomar seu lugar.
— Você está fora de controle. Não pense que você vai enganar um Mortalla e eles vão te matar se descobrirem.
— Mil maldições!
— E sua família? Irina acabou de ter sua filha.
— Esta é a minha menor preocupação.
***
Pouco tempo depois, infelizmente para Marco, Julian descobre que está envolvido no roubo das exportações a granel do grupo. Ele foi julgado e condenado por traição, e sem esperar por um veredicto, rapidamente se escondeu onde ninguém pudesse encontrá-lo. Irina, sua esposa com um bebê recém-nascido nos braços, implorou a Julian que fizesse um acordo por consideração por seu pai antes de morrer. A família Greco foi para a propriedade Mortalla e, embora ele quisesse reconsiderar o convite por medo de sua própria vida, sua esposa habilmente acalmou seus nervos e o convenceu a acabar com o mal-entendido. Marido e mulher passam pelo portão até o escritório onde a reunião será realizada.
— Irina, há quanto tempo não nos vemos? — Julian a cumprimentou educadamente, ignorando a presença de Marco.
— Tem muito tempo, Sr. Mortalla. —Irina respondeu com uma cara séria, talvez com um pouco de preocupação.
— Depois de se atrever a roubar a organização, você tem um minuto para me convencer do meu impedimento de matar seu marido. — Deixando a arma carregada sobre a mesa, avisou.
— Lembro-me de ouvi-lo discutir as terras do meu pai e sei que você está interessado nelas. — Irina é firmemente responsável por seu marido, negociando em sua terra fértil, dado-a em seu casamento. Ela está tentando fazer um acordo que salve seu marido de uma vida de morte e fuga, porque um bebê agora depende deles.
— Mesmo que você morra, eu possuo essas terras. — Julian é conhecido por nunca agir com emoção. Mesmo que ele tenha um apresso por Irina e sua família.
— Você esqueceu que agora temos um herdeiro legal?
— É fácil tirá-la da criança. — O chefe responde rudemente. Marco teme que seu plano de permanecer são e salvo não dê certo.
— Irina, você sabe que respeito sua família por fazer negócios juntos ao longo dos anos, embora você seja a única que restou em seu sangue.
— Não vou desrespeitá-lo em sua casa, mas sabemos que você só se importa com dinheiro.
— E lealdade! — Julian responde ofendido — Algo que seu marido não conhece o significado.
Depois de falar, todos ficaram em silêncio, e Irina perguntou:
— A final, qual é a sua resposta?
— Aceitar terras em troca de manter seu marido vivo?
— Sim!
— Só aceitarei sua oferta se você aceitar minha oferta.
— Qual seria? — Sam perguntou curioso.
— Quero entregar sua filha ao meu neto para que o acordo não seja quebrado
Irina ficou em silêncio sobre os termos de Julian, não esperando que sua filha com pouco tempo de nascida tivesse um casamento arranjado. O homem aparentemente jovem, mas com quase cinquenta anos, esperou por sua resposta confirmada, mas seu marido respondeu por ela:
— Aceito!
— Quê? fora de questão! — retrucou Irina. — Minha filha deve escolher com quem casar!
— Você é casada com o capo da Cosa Nostra, e um casamento arranjado é mais normal do que você pensa. Você sabe que a decisão não é sua. — Julian olhou para Marco com firmeza.
— Não faça isso com nossa filha! — Irina implora ao marido, que a repreende com olhos mortais. Ele voltou sua atenção para o líder e disse: — Deixe-me falar a sós com Julian e me espere lá fora. — Marco pediu a sua esposa.
Sabendo que não havia opções para rebeldia, Irina deu uma última olhada em Julian, esperando que ele desistisse dessa bobagem. Então, por uma fração de segundos, seus olhos encontraram com os de um garoto parado na frente da porta ouvindo a conversa. Olhando também para o bebê, por um tempo, ele se sentiu um pouco diferente quando olhou para o bebê no colo da mãe. Assim que Irina saiu do quarto, o avô do menino disse ao menino para ficar porque já não havia nada a esconder.
— Eu disse que aceito sua oferta. — Marco deu a resposta final, Julian sorriu com satisfação.
— E quanto a sua esposa?
— Vou falar com ela em casa.
— Bom saber, Marco... quem faz um pacto comigo está fazendo um pacto com o diabo.
— Eu não vou te decepcionar novamente.
— Eu não dou segundas chances. Agradeça a esposa.
O capo deixou a sala e o garoto permaneceu na frente da mesa do seu avô, olhando-o com seriedade sabendo que foi prometido sem menor questionamento. Julian, como se tentasse entender a mente do neto, falou:
— Anime-se, ela será seu presente no patriarcado!
— Não acho que seja um bom negócio. Ainda mais quando se trata de bebês.
— Você ainda vai aprender muito, rapaz.
— Mas é apenas um bebê! — Sebastian ainda não consegue acreditar em tudo, mas sabe que nunca poderá ir contra seu avô.
— Casamento não significa prisão, você pode comer quantas mulheres quiser.
— E depois do casamento, O que faço com ela?
— Faça o que quiser com ela, a garota será sua.
Para surpresa de Julian, o menino deu um sorriso maquiavélico. Ele tinha muitos planos ao se dar conta de que uma doce e inocente menina, seria dada como objeto para seu bel prazer. Sebastian com seus quase nove anos já fora ensinado que amor e negócio não se misturavam, jamais poderia amar por ser um sentimento de fraqueza, para ele um sentimento assim poderia lhe custar a sua vida. Mas quanto ao prazer foi lhe dito ser algo intenso e relaxante para um homem frio e cruel, então se não podia amar, faria bom proveito de sua futura fonte de prazer.
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Gostaram do prólogo, meninas?
Um resuminho sobre o destino de Alice. Mas a pergunta é; Será que ela vai aceitar?
Muitas surpresas em breve...
Alice Greco Qual é o preço da liberdade? Talvez não o valor que todo o dinheiro do mundo pode comprar. Algumas pessoas precisam se redimir para serem livres nas ruas, pagar suas dívidas ou cumprir penas de prisão pelo que fizeram. Mas como posso ter minha liberdade se meu único erro foi ternascido em uma organização criminosa? Às vezes é difícil acreditar que estou fugindo da minha antiga vida, de um noivo que não vejo há dez anos.Califórnia-EUA*** Estava em meu quarto procurando entender aparição de mamãe ao me pedir que tomasse um banho e vestisse um lindo vestido, quando de repente eu ouvi outra vez a discussão com papai. Já os vi em meio de um desentendimento, sempre o meu nome estava envolvido e antes eu não entendi, mas agora eu consigo ente
Depois do café eu me despedi com um beijo em sua cabeça e fiz carinho no bichano com o sapato. Antes de passar pela porta eu fiz uma prece que minha tia ensinou, embora eu não seja religiosa, sempre me apego ao homem lá de cima que me proteja assim que eu passo por esta porta. Andava pelas ruas com passos largos, sempre olhando para os lados até chegar na faculdade, ainda estou aprendendo a disfarçar a minha desconfiança. A casa da minha tia é pouco distante da universidade, moro com ela desde que deixei Itália. Passei pelos portões e segui direto para a minha sala, a primeira aula seria microbiologia de alimentos, afinal eu escolhi gastronomia, sempre adorei o feitio de cozinhar, para mim era terapêutico, não como aulas de tiro e boxe. Assim que entrei na sala, sentei-me na frente como sempre, gostava de ouvir atentamente os professores nas explicações.
Irina GrecoCresci em uma bela fazenda com vários hectares de terras férteis cultivando belo café, cacau, algodão, maçãs e uvas. É uma mistura enorme passada de geração em geração através da família do meu pai. Minha infância foi tranquila com minha irmã Daniele, éramos filhas únicas. Não tínhamos do que reclamar, nossas vidas eram boas e refinadas até ouvirmos falar do sobrenome Mortalla e o envolvimento de nosso pai em seus negócios. Julian parecia um inseto venenoso em nossa terra que desejava mais do que qualquer a possuir as terras da minha família, mas meu pai não queria vendê-la, ele escolheu negociar. Lucio, meu pai sempre foi um homem fraco quando se tratava de riqueza e poder, afinal quem não gostaria? Mas como Sandra é uma boa mãe e esposa,
Irina Greco3 anos depois... A sensação de terminar a ligação foi entristecedora. A empregada Teresa que me emprestou o celular para ligar para Alice olhou para mim e viu meu rosto angustiado, ela me lança o mesmo olhar de pena, sempre tentando me animar com a esperança de que Alice um dia deixará de ser caçada como um animal valioso.— A pequena Alice é forte e sabe se cuidar, senhora.— Eu sei, Teresa. Mas temo pela vida da minha filha.— O senhor Mortalla não vai encontrá-la.— Não subestime o inimigo, Teresa. Se Sebastian a encontrar, talvez seja apenas vingança por ter sido deixado no altar.— Não vamos pensar no pior, ok? A pequena Alice est&aacut
Alice Greco Com os olhos cansados eu me forço a jogar uma água sobre o rosto, encarei o espelho e sem muito entusiasmo eu vi as olheiras gritantes abaixo dos olhos, sempre os malditos pesadelos. Consigo ouvir sua voz de comando longe, enquanto corria pelo labirinto, também escuto tiros atrás de mim, aquilo parece ressoar em minha cabeça, espantei meu sonho e me enfiei embaixo do chuveiro. Era uma manhã de terça quando chegava na universidade ás 7h da manhã, logo na entrada eu vi Luana e Rebecca paradas com olhares cansados, me aproximei delas e cumprimentei da maneira de costume.— O que fazem paradas aqui?— Bom dia para você também, queridinha. — Respondeu Luana.
Alice Greco— Não sente falta dos seus pais? — Becca perguntou.— Eu sinto dos meus todos os dias. — Luana revelou, mas faz parte do ciclo da vida.— Os meus fingiram que eu morri, isso também faz parte do ciclo? — Becca perguntou com um olhar triste.— Seus pais não entendem de sua vontade, apenas a vontade deles. Um dia perceberão a loucura que fizeram.— Enquanto isso não acontece, eu vou me virando e trabalhando para me sustentar e bancar a faculdade. — disse com orgulho.— Foi muito bom passar um tempo com vocês, mas eu preciso ir, tenho que passar no mercado para minha vó. — Luana avisou se levantando do sofá, resolvi acompanhá-la na saída.— Antes que vá, voc&eci
Alice GrecoA morte do professor havia chocado grande maioria dos alunos, professores e funcionários da universidade, ele era bastante querido por todos. Fui ao seu enterro junto com parte de membros da faculdade, tudo para se despedir da pessoa incrível que ele era. Lembro-me das vezes que ele me aconselhou sobre assuntos que ele não sabia, nem entendia, mas sabia como acalmar um coração com palavras, ele parecia um anjo. Fiquei afastado da maioria, com roupas pretas e cabeça baixa, observando o caixão descer e aquele buraco ser fechado com monte de terra. Eu já não me encontrava tão entusiasmada para a boate a noite, porém tia Daniele não me deixaria desistir tão fácil, já que com a notícia ficou feliz e pretende me levar ao shopping e escolher um belo vestido para mim. Resolvi deixar o cemitério o quan
Alice GrecoEstava em frente ao espelho do meu quarto observando meu corpo coberto por um lindo casal e um véu que ia arrastando sobre a calda. Meu cabelo longo estava forrado em uma trança com poucos fios soltos, uma maquiagem simples com rubor sobre a bochecha que me deixava com um ar virginal, saber que aquilo era o propósito me deu náuseas. Estava sozinha no quarto quando a porta foi aberta por mamãe, ela entrou e trancou a porta em seguida, virei-me para ela.— Veio ver como estava o objeto de acordo?— Não se insinue assim, meu amor.— Como devo me insinuar daqui por diante? Ah! Como senhora Mortalla. — Sorri sem humor, mas a minha vontade mesmo era de chorar.— Depois que descobriu sobre seu arranjo com um Mortalla, viu como é a minha verdadeira vida ao lado do seu pai. E